A lição do Rei
Em 1892 o rei D. Carlos doou 20% (!) da sua dotação anual para ajudar o Estado e o País a sair da crise criada pelo rotativismo dos partidos (nada de novo, portanto).
De - Quem cala e quem beneficia ?? a 31 de Março de 2011 às 11:42
---- A crise mundial e a transferência de riqueza
O Senhor Raymond McDaniel, em 2010, recebeu 10 milhões de dólares em salários e prémios de desempenho.
Mas quem é McDaniel? É um Senhor que foi "alvo de críticas de agentes económicos e líderes governamentais, acusado pelo Congresso norte-americano de ter tido forte responsabilidade na primeira crise financeira do novo século". É o presidente da Moody's, relativamente ao qual o relatório da comissão do Congresso dos EUA diz que:
"Concluímos que as falhas das agências de notação foram engrenagens fundamentais na máquina de destruição financeira. As três agências (Moody"s, Standard & Poors e Fitch) foram ferramentas-chave do caos financeiro. Os produtos relacionados com hipotecas [subprime] não se teriam comercializado e vendido sem o seu selo de aprovação. Os investidores confiaram nele, muitas vezes cegamente..."
Aquela respeitadíssima agência de rathing que pouco tempo antes do Lehmon Brothers falir lhe dava notação máxima: AAA, é a mesma que agora vai com igual profissionalismo baixando e rebaixando a notação de Portugal e outros países em dificuldades.
Como se explica isso? É que as principais agências de rathing são meros instrumento daqueles grandes bancos que lançaram (e lançam) o mundo na maior crise mundial desde 1929. São os "Lehman Brothers" que pagam a estas agências como não se paga a príncipes e eles "fazem o seu trabalho".
E baixam a cotação de Portugal ? O negócio é o mesmo. Roubar ardilosamente, vendendo gato por lebre, produtos tóxicos, ou causticar quem no momento menos lhes pode resistir subindo os juros até ao céu. É roubo, puro e simples, mas... regozijemo-nos, é um roubo sofisticado, "científico" e, alto lá, legal! São os Mercados pá!! A crise financeira e económica está a ser aproveitada para uma astronómica e brutal transferência de riqueza das classes médias e classes trabalhadoras para os novos príncipes da finança através, mas não só, das reduções de salários, das reformas, das prestações sociais.
Mas não foi só o presidente da Moody's a ser recompensado:
"Segundo as contas ontem avançadas pelo jornal El País, o aumento global para os executivos da Moody"s foi de 60 por cento, o que os leva para um volume salarial total que é o dobro do verificado em 2005. Isto apesar de a agência, nesse período, ter visto os resultados operacionais da companhia caírem 17 por cento e o lucro líquido quase 10 por cento."
Etiquetas: Lehmon Brothers., McDaniel, Moody's
# posted by Raimundo Narciso, PuxaPalavra, 30.3.2011
---- A Crise política
"Os juros da dívida a cinco anos já superam os 9% ... bateram mesmo... os 9,125%.
Na ressaca de um novo corte de rating por parte da Standard & Poor`s - o segundo em cinco dias - os mercados não estão em maré de tréguas. O descrédito em relação a Portugal é cada vez maior."
O chumbo do PEC e a consequente queda do Governo acordada entre os 2 partidos da extrema esquerda e os 2 partidos da extrema direita parlamentar com a benção (ou instigação?) do Presidente da República começa a dar os seus frutos. Começa... que a procissão ainda vai no adro.
--------------------
------- Quem cala e quem beneficia ?
- E os governos periféricos nada fazem a nível diplomático e político nas instâncias regionais e na ONU contra este TERRORISMO financeiro de''bangsteres'' ??
- não se aliam e não actuam contra ''os mercados'' porquê ...??
- Porque é que a UE /BCE e os EUA/ OCDE nada fazem para regular/controlar a alta Finança, os especuladores, as agências de rating e os offshores ??
- será que estes governantes (e deputados, embaixadores, académicos e mídia) em vez de estarem a defender os interesses dos seus povos/países/estados ... estarão a defender interesses de quem lhes dá uns presentes, comissões, tachos, rendas, ... uns milhõezitos ??
De O Engano dos 'Resgates/Ajuda' do FMI-FE a 31 de Março de 2011 às 11:53
http://www.cuartopoder.es/invitados/otra-vez-el-engano-de-los-rescates-%C2%BFahora-portugal/1294
La realidad es que el "rescate" de Portugal, tal y como se daría allí siguiendo la línea de otros tantos anteriores (un préstamo muy cuantioso para que Portugal pague las deudas acompañado de medidas restrictivas y de recorte de derechos sociales y de gasto) no va a salvar a su economía. Es mentira que este tipo de operaciones rescaten a los países. Esto es solo un último y definitivo engaño: de lo que se trata no es de salvar o rescatar a un país sino a los bancos, principalmente, y a los grupos más ricos y poderosos, puesto que lo que se hace con el rescate es poner dinero para que ellos cobren sus deudas y obligar a que la sociedad cargue con la factura de la operación durante años.
Tan cierto es esto que resulta fácil y patético comprobar que son precisamente estos grupos financieros y las autoridades europeas que le sirven los que se empeñan en convencer a las portuguesas de que soliciten el "rescate", una buena prueba de quiénes son de verdad los que se beneficiarán de él.
Y esto pone sobre la mesa una última cuestión. Un engaño no menos importante. Quizá el peor. El que tiene que ver con el tipo de régimen político en el que vivimos y en el que los electores, los ciudadanos, no podemos decidir realmente sobre las cuestiones económicas.
Lo llaman democracia pero a la vista de lo que viene sucediendo está cada vez más claro que no lo es porque se nos ha hurtado la posibilidad de decidir sobre las cuestiones económicas que evidentemente son una parte central de las que directamente afectan a nuestra vida. Y es justamente por ello que hemos de hacer todo lo que esté en nuestras manos para tratar de cambiarlos. Eso sí que sería un verdadero rescate. Lo demás es otro robo.
Juan Torres López (www.juantorreslopez.com) es Catedrático de Economía Aplicada de la Universidad de Sevilla
30 de Março de 2011
De Povos/ países periféricos: Aliar e Lutar a 31 de Março de 2011 às 11:57
A arma das periferias
Renegociar dívida antes que seja inevitável pode ser solução. Vale a pena ler o oportuno trabalho de Ana Rita Faria, até pelo pluralismo da opinião económica auscultada, de “vários quadrantes ideológicos”, como deve ser, onde se incluem os economistas José Reis e José Castro Caldas do Ladrões.
Adenda: há uma (grande) diferença de economia política entre uma reestruturação imposta pelos credores e a reestruturação liderada por uma aliança das periferias.
A possibilidade desta última espevitaria a imaginação de quem comanda a des(união)...
- por João Rodrigues, Ladrões deBicicletas
De Agencias de rathing a 31 de Março de 2011 às 12:56
ofereceram-me ferias em Honolulu, mas como tinha que pagar juros elevados sobre o custo das ferias, fiquei-me pela Galiza.
Vendiam-me Mercedes com pagamento a prestações. Só que as taxas de juro eram elevadas. Comprei um Corsa.
Por esta opção, vou vivendo com o que ganho, sem ter que alimentar bancos com juros usurários. Já o meu primo não. Aceitou as ofertas: foi para Honolulu e andou de mercedes. Agora está com "as calças na mão". Opções.
Os juros são elevados? Simples: não solicite crédito.
De Agências de rathing a 31 de Março de 2011 às 13:00
Também sempre pode Portugal dizer que ou baixam o juro ou não recebem nada daquilo que emprestaram.
O Brasil não está disponível para ajudar Portugal? E a China?
Está na altura de se virar o feitiço contra o feiticeiro
Comentar post