No primeiro contacto, do técnico do FMI com um tuga taxista, percebeu logo a geração rasca que anda por cá...
- Hotel Tivoli?
- Daqui, do aeroporto, é um tiro...
- Então o amigo é o camone que vem mandar nisto?
- A gente bem precisa. Uma cambada de gatunos, sabe?
- E não é só estes que caíram agora. É tudo igual, querem é tacho. Tá a ver o que é?
- Tacho, pilim, dólares. Ainda bem que vossemecê vem cá dizer alto e pára o baile... O nome da ponte?
- Vasco da Gama. A gente chega ao outro lado, vira à direita, outra ponte, e estamos no hotel.
- Mas, como eu tava a dizer, isto precisa é de um gajo com pulso. Já tivemos um FMI, sabe?
- Chamava-se Salazar.
- Nessa altura não era esta pouca-vergonha, todos a mamar. E havia respeito...
- Ouvi na rádio que amanhã o amigo já está no Ministério a bombar. Se chega cedo, arrisca-se a não encontrar ninguém.
- É uma corja que não quer fazer nenhum. Se fosse comigo era tudo prà rua.
- Gente nova é qu'a gente precisa. O meu filho, por exemplo, não é por ser meu filho, mas ele andou em Relações Internacionais e eu gostava de o encaixar.
- A si dava-lhe um jeitaço, ele sabe inglês e tudo, passa os dias a ver filmes.
- A minha mais velha também precisa de emprego, tirou Psicologia, mas vou ser sincero consigo: em Junho ela tem as férias marcadas em Punta Cana, com o namorado.
- Se me deixar o contacto depois ela fala consigo, ai fala, fala, que sou eu que lhe pago as prestações do carro... Bom, cá estamos. Um tirinho, como lhe disse.
- O quê, factura?
- Oh diabo, esgotaram-se-me há bocadinho.
Nós por cá somos muito responsáveis e, acima de tudo, coerentes!
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