De ''Bancocracia'' ou ''Bangsters'' ? a 27 de Abril de 2011 às 13:19
Goldmen... (homens d'ouro)
- por João Rodrigues

As declarações com laivos keynesianos de Strauss-Kahn e os alertas de alguma investigação do FMI, a que temos aludido,
sobre as consequências económicas negativas da austeridade,
sobre a responsabilidade da desigualdade elevada no desencadear da crise ou
sobre a eventual necessidade de controlos de capitais para desencorajar a especulação nos países em desenvolvimento,
não devem iludir, como sublinha Mark Weisbrot no The Guardian, a questão dos interesses que comandam as operações concretas do FMI, que têm acabado sempre por convergir com a máxima ortodoxia da CE-BCE por essa Europa fora:

acima dos governos do centro só mesmo a Goldman Sachs, a "bancocracia" de que fala hoje Rui Tavares no Público, não sendo aliás por acaso que o inefável Borges foi colocado a chefiar a secção europeia da internacional monetária.

O economista-chefe do FMI, Olivier Blanchard, que agora até defende condições financeiras mais realistas nos empréstimos às periferias que vão para os credores,
é há muito um dos mais entusiastas defensores de cortes, na ordem dos 20%, dos salários no nosso país.
Assim se explica o relaxamento com o desemprego e a obsessão com as regras laborais.
Uma prescrição para o desastre da interacção perversa entre deflação e dívida, com muita insolvência e fragilidade financeira à mistura.

Entretanto, quem quiser sair deste quadro de terror socioeconómico e ter uma perspectiva mais realista sobre problemas de competitividade das periferias pode ler este artigo no ''voxeu'',
que revela o que se esconde por detrás dos custos do trabalho e sobretudo do capital…

http://www.voxeu.org/index.php?q=node/6299


De ''ir ao pote'' / sacanagem disfarçada. a 27 de Abril de 2011 às 13:24
Passos para ir ao pote
- por João Rodrigues, http://arrastão.org , 20.4.2011

Talvez alguém que estude as nossas elites seja capaz de me explicar por que é que em Portugal
quanto mais intenso o preconceito de classe subjacente a declarações sobre politicas públicas de gente com responsabilidades,
maiores são os benefícios individuais que retiram de um Estado considerado gerador de perversidades.
Curiosamente, estas perversidades só atingem as classes subalternas.

Leite Campos do PSD é um estudo de caso: o seu conforto não pode ser suficiente para explicar as inanidades sobre o totalitarismo fiscal ou o inovador toma lá mas é um cartão de débito para não gastares tudo em vinho e bolos.

Mudando de assunto ou talvez não.
Até agora, o PS bateu todos os recordes nas opacas parcerias público-privadas.
Estas agradam muito aos espíritos santos que comandam a economia politica nacional, mas terão de ser bem auditadas e revistas.

Passos Coelho, revelando toda a hipocrisia da direita, quer alargar as engenharias políticas do PS a novas áreas e assim talvez bater os seus recordes.
Terá chegado o tempo das "parcerias privado-públicas"?
Nuno Serra analisa as ideias políticas do PSD no ensino: trata-se sempre de ir ao pote.


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