Sindicatos destroem a sua mais poderosa arma reivindicativa, a greve.
O recurso ao uso recorrente e corriqueiro de uma arma que, apenas e só, deveria ser usada em último recurso, torna-se ineficaz, além de a voltar contra quem dela deveria beneficiar.
Muitos trabalhadores já perceberam esses factos e circunstâncias erróneas do excessivo uso, por parte dos dirigentes sindicais que, a reboque de certos interesses partidários, recorrem excessiva e abusivamente à marcação de greves.
Esta realidade verificou-se, mais recentemente, com a greve promovida pelos sindicatos da função pública em que a adesão se redundou num claro fracasso para os comunistas acolitados pelos bloquistas, promotores de tais greves.
Mais uma vez, como sempre, estalou a guerra dos números que, para as contas oficiais das instituições públicas a greve não foi além dos 4,52% e para os sindicalistas chegou aos 60%.
Os números, a serem verdadeiros, conforme o DN fez publicação, (algo desconcertantes) foram, na área da saúde, de um universo de 78 mil, só não trabalharam 4.845 e nas finanças a adesão terá rondado os 4,52%. Já ao nível da educação, dos 78582 trabalhadores, terão picado o ponto 4.845 (demasiado preciosismo e muita coincidência!).
Sendo que no conjunto e, conforme divulgado, ao todo os que não picaram o ponto terão sido, em concreto, os 12.583.
O que não se sabe é quantos são os que fogem ou estão isentos de picagem de ponto ou, de qualquer forma, isentos de controlo de assiduidade, coisa que, também, muito frequentemente os sindicatos são permissíveis ou mesmo coniventes com tais irresposabilizações e laxismos.
Contradições, promiscuidades, corrupção de éticas comportamentais que prejudicam todos, muito particularmente os poucos sérios e cumpridores trabalhadores. Tais promiscuidades e faltas de ética nos empurraram ao estádio de irresponsabilidades e laxidão em que nos encontramos e que nos impõem a circunstância de ter vindo do exterior alguém para nos imporem regras de comportamentos e de novas atitudes.
É pena mas não será em vão se aprendermos a lição.
Bastar-nos-á a aprendizagem de novas atitudes e a correcção de erros cometidos, conseguido isso não será necessária a overdose de ultraliberalismo com que o PSD nos pretende brindar, segundo aquela velha máxima de ser mais papista que o próprio papa, sendo neste caso que o papista seria Passos Coelho e seus acólitos e o papa a troika, que nos veio impor as mediadas que deveríamos ter sido capazes de acolher por iniciativa própria.
Sem prejuízo do debate, mais aprofundado, que estas e outras matérias, muito urgentemente, exigem que seja feito.
Tanto como reclamar direitos é igual e primeiramente importante assumir obrigações, o nosso primeiro e, talvez, principal erro foi termos olvidado este principio.
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