Segunda-feira, 23 de Maio de 2011

Há quem diga que a queda do governo Sócrates terá sido uma “jogada” estratégica do próprio para possibilitar a entrada da Troika internacional na medida em que terá concluído não haver condições, por modo próprio interno, para implementar as reformas de que o país tanto necessita.

Francesc Relea em artigo publicado no El País, a 24 do mês passado, dá bem conta disso quando preconiza que o governo que surgir das próximas eleições terá de confrontar-se com a obrigação imposta, tanto pela necessidade como sobretudo, pelo memorando de entendimento assinado com o FMI, BCE e CE, como contrapartida para a solvência financeira do país, em modificar leis como a do arrendamento, da partidocracia na gestão das empresas públicas, nomeadamente as dos transportes, legislação autárquicas e do financiamento das autarquias, da justiça e processuais.

Como é referido no artigo “os problemas seriam mais maleáveis se Portugal tivesse um sistema de justiça eficiente. O que não é o caso. E a economia ressente-se por duas vias, segundo o coordenador científico do Observatório Permanente da Justiça, Boaventura de Sousa Santos: a corrupção, que desequilibra a competitividade entre empresas, e a demora na tomada de decisões que pode levar a elevados custos monetários.”

O facto de em Agosto haver tribunais com mais de um milhão de acções pendentes para cobrança de dívidas (70% do total dos processos em curso), conforme divulgou o Conselho Superior da Magistratura é revelador da inércia do sistema e da ineficácia da justiça.


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Publicado por Zé Pessoa às 08:50 | link do post | comentar

9 comentários:
De Zé das Esquinas, o Lisboeta a 23 de Maio de 2011 às 19:26
Eu não sei se isso é mesmo assim, como aqui refere...
Mas sei que andam autocarros com pagode a fazer cenário de apoiantes atrás da grande líder pelo país fora. Não sei se são do Martim Moniz ou dos subúrbios. Não sei se ganham em bifanas se em couratos.
Mas sei que é uma prática antiga deste PS (quem não se lembra da entrevista a um apoiante de António Costa à CM Lisboa, na RTP...) e de muitos outros partidos quer à esquerda quer à direita dele.
Sei que quem bate palmas nos programas da dona Fátima Lopes ou Júlia Pinheiro, recebe à hora. E passa recibo, nem que seja em nome de outras pessoas.
É uma medíocre prática que, infelizmente, está generalizada neste triste panorama político-partidário nacional...
Mas gostava é de saber quem são «eles» noutras perspectiva. Por exemplo: Passam recibo? Ou são todos reformados? Estão desempregados? Então não deviam estar à procura de emprego? Ou recebem o rendimento mínimo? Estão de baixa médica? Quem são mesmo estes acompanhantes?
Isso é que era importante saber. Mas uma coisa é certa, não estão a contribuir para a produtividade do País, nem a gerar riqueza nestes tempos de míngua.
O resto é uma questão de «vergonha» na cara. Mas como já aqui afirmei por diversas vezes, para ter vergonha, é preciso ter princípios e, estes infelizmente também escasseiam nesta nossa sociedade. E como os bons exemplos não vêm de cima…


De NOJENTO a 23 de Maio de 2011 às 23:47
Se duvida vá a
http://www.youtube.com/watch?v=bq3ZfrXoH-A&feature=player_embedded#at=16


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