A arte de bem depenar o ganso ou seguidismo de Socrates?
Nada disso, dona Efigénia, ora veja:
Primeiro, o homem falou no preciso dia 1 de Abril que, como toda a gente sabe é dia das mentiras e nesse dia nada se pode levar a sério muito menos as palavras de um político, sobretudo, quando candidato a primeiro-ministro.
Segundo, o homem afirmou, quando duas jovens lhe perguntaram: "Vai tirar os subsídios de férias aos nossos pais?", quando chega-se ao governo e na altura nada estava garantido que o viesse a ser, Passos Coelho respondeu, peremptoriamente, isso "é um disparate". As duas jovens concordaram, afirmando: "Pois, também nós achamos".
"Isso é um disparate", reforçou Passos Coelho.
O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, agora primeiro-ministro, efectivamente não só não tirou qualquer subsídio de férias, aos pais e avozinhos das meninas, como, tão-somente, apenas, se comprometeu sacar 50% do valor acima do OMNG, no subsídio de Natal. Eu ainda não vi, não li, nem ouvi qualquer barafustar, por parte do Pai Natal!
Olhe minha cara amiga, como o Pai Natal não reclama e o povo português continua de brandos costumes, tenho que concordar com o que me diz o meu marido, “estamos cada vez mais fu..das” é cada vez menos dinheiro no ordenado e na reforma e menos compras no supermercado. Os impostos não nos largam, cada vez maiores e mais desiguais.
De inacção da UE e 'Mercados são o Problema a 5 de Julho de 2011 às 10:50
Até um economista percebe que "OS MERCADOS" NÃO SÃO a "nossa" SOLUÇÃO !
"Se a União Europeia não nos emprestar mais dinheiro, se continuar a acreditar que os mercados vão resolver o problema, estamos arrumados.
Eu não acredito que os mercados resolvam o problema, pelo contrário, vão agravá-lo",
acrescentou José Silva Lopes.
Estou estupefacto. Pasmado! Então um ex-ministro das Finanças e ex-governador do banco de Portugal não acredita n' Os Mercados ? Então acredita em quê? Na ciência?
Desculpe-me, caro Silva Lopes, mas permita-me que o aconselhe: fale com Pedro Passos Coelho e com Victor Gaspar ou até com "o Álvaro". Eles explicam. Eles sabem. Os mercados é que sabem. E que mandam. E se os rapazes não forem os rapazes dos mercados como é que eles se poderão aguentar?
"Portugal é diferente da Grécia?
Não é não. Só somos um bocadinho melhores que a Grécia nas finanças públicas.
Não tenhamos dúvidas. Se acontecer alguma coisa na Grécia, nós somos logo a seguir", disse.
«Silva Lopes disse ainda que, na sua opinião, os 78 mil milhões de euros que Bruxelas e o Fundo Monetário Internacional (FMI) acordaram emprestar a Portugal é "largamente insuficiente" e que
"a União Europeia tem de arranjar novos esquemas para apoiar países, nomeadamente Portugal",
caso contrário o problema só se vai agravar.»
«"A União Europeia até agora não tem estado a arranjar uma solução capaz, tem empurrado os problemas uns meses para a frente, e não mostra nenhuma vontade para o fazer", afirmou Silva Lopes,
considerando mesmo como um dos maiores riscos para Portugal a falta de apoio da parte da União Europeia ao esforço realizado nos países em dificuldades, como Portugal.»
Silva Lopes defendeu ainda que Portugal tem, para já, de "cumprir o acordo com a “troika”, por muito duro que ele seja",
que apesar de não garantir uma saída da crise, é uma "condição necessária".
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Nota: A insinuação do título é apenas uma torpe blague que pretende atingir apenas os "economistas por conta".
Etiquetas: a dívida, a Grécia, Silva Lopes
# posted by Raimundo Narciso , PuxaPalavra, 4.7.2011
De NÃO a 'Golpe d'Estado ultra-Neo-Liberal' a 5 de Julho de 2011 às 11:51
O austeritarismo não passará !
[ DEMOCRACIA REAL, Ya ! ]
Um aspecto em aberto é o de saber se o liberalismo anti-igualitário e conservador deste Governo será ou não democrático.
Parece-me significativo que Passos Coelho tenha nomeado como seu assessor político alguém que considero ser o nosso mais talentoso crítico da democracia: o meu amigo e ex-aluno Miguel Morgado. Uma das ideias fortes do Miguel é a de que
"todos os Governos funcionantes são autoritários" e que, em democracia, não é possível a existência de autoridade.
Isso leva-me a pensar que a grande tentação do actual Governo, no seu afã de ser "funcionante", consistirá em invocar uma espécie de estado de emergência - a lembrar Carl Schmitt -
devido à ameaça de bancarrota, impondo autoritariamente à sociedade portuguesa uma liberalização radical da economia e das funções sociais do Estado, muito para além do memorando de entendimento e contra o espírito da Constituição.
Para isso não será necessário um golpe de Estado no sentido clássico.
A invocação da absoluta excepcionalidade do momento será suficiente, desde que os restantes órgãos de soberania, em especial o Presidente, deixem passar a procissão. (João Cardoso Rosas, DE)
(- por Jorge Bateira, Ladrões de Bicicletas, 4.7.2011)
De Direita Tuga em CHOQUE - d' AGIOTAS a 6 de Julho de 2011 às 10:37
A direita está em estado de choque
Estava convencida que as agências de notação são também de direita e enganou-se.
Agora a direita vai ter de comer do mesmo veneno que foi servido ao governo de Sócrates, já não se excita nem deita foguetes com as más notícias do mercado financeiro.
Resta agora esperar que o grande defensor dos mercados mude de opinião e use o seu Facebook para criticar as mesmas agências de notação que em tempos beatificou.
A Moody's só se enganou numa coisa, não é a dívida portuguesa que é lixo.
De Club do LIXO ou dos Vampirizados p.Merca a 6 de Julho de 2011 às 10:47
Bemvindo ao clube... (do LIXO ! tal como a Grécia ! e a seguir-se-á...)
[-por AG, 6.7.2011, CausaNossa]
Acabo eu de lancar ao meu colega eurodeputado Paulo Rangel, mal terminou uma intervencao no plenario do PE hoje
incitando a nova presidencia polaca a empenhar-se no reforco da governacao economica europeia e
na regulacao das agencias de rating que,
de uma penada e irresponsavelmente, destroiem paises na mira do lucro especulativo.
Nada como uma cruel machadada, como a ontem dada pela Moody's no rating da Republica,
para fazer reflectir - e espera-se - inflectir os mais fogosos impetos neo-liberais e as mais estultas veleidades lusas
de demarcacao da Grecia armando-nos em "marroes" subservientes da Troika.
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Palavra de Presidente
[-por Vital Moreira, CausaNossa]
«Cavaco Silva voltou hoje a lançar um apelo "para uma distribuição justa dos sacrifícios"».
Aposto que o Presidente da República vai vetar o diploma que cria o imposto especial sobre o rendimento, por ser um caso flagrante de imposição injusta de sacrifícios, poupando desde logo os rendimento de capital...
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À borla
[- por Vital Moreira]
«Governo aprova fim das golden shares da PT, EDP e Galp Energia».
Cheio de gente dos negócios, este Governo tem uma tendência inata para favorecer os negócios, à custa do interesse público.
Mesmo que fosse obrigatório eliminar as golden shares, nada obrigava a dá-las à borla.
É evidente que com o fim das restrições que elas representavam os demais accionistas ganham uma considerável valorização do seu capital, sem terem de dar nada em troca.
Justificava-se plenamente o lançamento de uma taxa sobre a operação, igual à mais-valia dela resultante.
De Governo Neo-Liberal Penaliza Trabalhador a 5 de Julho de 2011 às 10:55
Juros e dividendos não pagam crise. Só os salários.
"Esta exclusão dos juros e dividendos do imposto especial [metade do subsídio de Natal] foi confirmada por Vítor Gaspar ao «Jornal de Negócios», depois de no Parlamento, Passos Coelho ter garantido que todos os rendimentos estariam abrangidos pelo novo imposto."
Por Nossa Senhora!... Caro Passos Coelho! Não prometa, faxavor, mais coisa nenhuma. Que os seus ministros, académicos do mais alto gabarito, puxam dos galões da ciência e estamos fo feitos com eles. E consigo.
Aqui está uma medida - esta do ministro das Finanças - que os capitalistas, os que vivem de rendimentos, de dividendos e de juros, aplaudem.
- Então quem paga a crise?
- Quem vive do salário, dos rendimentos do trabalho.
É uma decisão que, a confirmar-se, penaliza o trabalho e favorece o capital. E contraria a promessa feita na AR dois dias antes pelo 1ºM.
Será uma decisão genuinamente neoliberal, do ministro que revelou aos media ser um grande admirador de Milton Friedman (“O economista que mais admiro é Milton Friedman”).
Que defende o neoliberalismo? "Liberdade económica", "desregulamentação", "monetarização da economia", Estado fora da economia, Estado mínimo.
Frases bonitas. Que os media, os jornalistas e analistas por conta, tornaram muito simpáticas. Tão simpáticas que até dá mesmo vontade de votar nelas. O pior são as consequências. Com tais ideias, os muito ricos ficam muito mais ricos e os menos ricos muito mais pobres. Não é que os mais ricos desejem empobrecer as classes médias ou os trabalhadores mas para enriquecerem ainda mais têm de ir buscar o dinheiro a alguém. Que é que hão-de fazer, coitados?!
O guru da escola de Chicago, e um dos mais célebres economistas do sec XX, Milton Friedman, não era nenhum reaccionário, mas a sua teoria económica era muito apreciada pela mais alta finança e pelos políticos de extrema direita, seus representantes. Não foi por acaso que Friedman foi consultor económico de Barry Goldwater, o candidato da extrema direita republicana à presidência dos EUA, em 1964, que felizmente foi derrotado por Johnson. Não foi por acaso que Pinochet seguiu os seus conselhos quando, em 1975, Friedman foi ao Chile explicar como resolver a crise económica. E, seguindo a sua doutrina, Pinochet venceu a crise mas com um pequeno senão, lançou milhões de chilenos na miséria. Milton Friedman também foi muito estimado por Reagan o presidente norte-americano da viragem do sistema financeiro mundial para a desregulamentação que culminou na apoteose da grande crise mundial de 2008/2009, crise que continua, como os vulcões, em estado entre o larvar e o explosivo.
Com o tempo vamos todos ver melhor o que é o "neoliberalismo", bandeira que Passos Coelho, não sei se com plena consciência, ufano, iça a mãos ambas.
Etiquetas: Cortes de Passos Coelho, Milton Friedman, neoliberalismo., Vitor Gaspar
# posted by Raimundo Narciso, 4.7.2011,PuxaPalavra
De PPC mentiroso, engana, desdiz-se, ... a 5 de Julho de 2011 às 11:00
"Estou estarrecido" com a falta à palavra por PPC
A coisa é do Youtube, percebe-se, mas descobri e roubei a coisa, aqui, no Câmara Corporativa.
Santana Castilho tinha redigido o programa de Pedro Passos Coelho para a Educação e teve o seu apoio ao que escreveu. Só que, sensível a outras influências PPC alterou o proposto sem lhe dizer nada. Apanhado pelo autor, PPC prometeu que voltaria atrás. Mas não voltou.
O assunto do vídeo é a avaliação do desempenho dos professores.
Santana Castilho, sente-se traído e não poupa palavras:
"Disse uma coisa e logo que foi governo um dia depois, desdisse."
...
"Digo e meço as palavras:
revela uma desonestidade politica que me surpreende"
E Castilho continua:
"Antes tinha dito que se houvesse necessidade mexeria nos impostos indiretos mas nunca nos rendimentos.
Logo que chegou ao Governo cortou nos rendimentos.
Tinha dito que cortar no subsídio de Natal era um disparate. Chegou ao Governo cortou.
Tinha dito que não tinha sido informado por Sócrates sobre o PEC-IV afinal veio-se a saber um mês depois que tinha tido uma reunião com Sócrates.
Fico estarrecido.
São só três casos mas são suficientes para percebermos a credibilidade e o valor de um político".
Estas frases soltas e transcritas "de ouvido" dão apenas uma pálida ideia, do que Santana Castilho, com amargura e zanga revela aqui.
Etiquetas: mentiras., Pedro Passos Coelho, Santana Castilho
# posted by Raimundo Narciso, PuxaPalavra
De Alternativa ao Austeritarismo Neo-Libera a 5 de Julho de 2011 às 12:38
CGTP apresenta propostas alternativas ao programa do Governo
A central sindical propôs medidas ao Ministério da Economia que substituem as do Governo em sete áreas. Promete reivindicação caso o Executivo não aceite algumas das propostas.
Reportagem de Nuno Amaral sobre as propostas alternativas da CGTP às medidas do Governo
A CGTP enviou ao ministro da Economia e do Emprego um documento com propostas alternativas ao programa do Governo relativas a sete áreas, entre as quais, privatizações, emprego e salários.
«Hoje analisámos o programa do Governo, verificámos que muitas das suas medidas vão mais além do que estava estabelecido no acordo com a 'troika' e elaborámos um documento crítico e com propostas alternativas em que privilegiamos sete áreas», disse o secretário-geral da Intersindical, Manuel Carvalho da Silva, em conferência de imprensa.
A economia e os transportes, as privatizações, o emprego, os salários, a legislação laboral, a contratação colectiva e a concertação social são os temas em destaque no documento enviado a Álvaro Santos Pereira.
De Apoio da Igreja e barões a troco de Milh a 13 de Julho de 2011 às 11:03
Retribuição
[-por Vital Moreira, CausaNossa, 12.7.2011]
Numa iniciativa sem precedentes, o cardeal-patriarca veio apoiar o anunciado imposto especial sobre o rendimento, apesar de ele representar uma manifesta quebra de um compromisso eleitoral e de se tratar de uma imposto manifestamente iníquo, como mostrei aqui.
Mas a hierarquia da Igreja Católica tem toda a razão para fazer todos os "fretes" políticos ao Governo, em
retribuição do que este já se comprometeu a dar-lhe e do que espera vir a receber, onde se conta
a gestão de hospitais do SNS,
o financiamento público das escolas privadas (maioritariamente católicas) e
a entrega das tarefas de protecção social.
"Negócios" que valem milhões.
E que valem também o insólito apoio político ao Governo, que não está nas tradições da Igreja Católica desde 1974...
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