“Pelo menos nalguns distritos, é tal o peso dos pequenos poderes locais instalados, entre os apoiantes de Seguro, que só uma fé inexplicável nos pode fazer acreditar que por essa via se chegue a qualquer mudança de fundo no PS.”, escrevia há um certo tempo, Rui Namorado, no seu blog “O Grande Zoo”.
Um comentário a um post, neste blog por mim escrito, referia o seguinte:
“Lisboa, tudo indicia, não lhe foge à regra eu próprio conheço um certo camarada que passa a vida a criticar terceiros, sempre, verbalmente, defendeu as primárias para tudo e mais alguma coisa, foi crítico, fortemente crítico, a que o partido se abrisse a independentes e à dita sociedade, contudo por razões que só ele saberá (se é que sabe) propõe-se a organizar uma lista de candidatos ao congresso vinculando-se à moção de José Seguro. Será coerência com a pretensão mal escondida de “assalto” a um qualquer lugar cuja forma tanto crítica a outros ou será contradição, consigo próprio o que na resultante vai dar ao mesmo?
Creio que, embora sendo novo, já não vai a tempo de arrepiar caminho. O vício já é grande e infelizmente universalizado, cristalizou-se.
Tem razão, tem toda a razão DC. O mal deriva dos próprios militantes, corromperam-se ideologicamente que é a corrupção mais profunda e perigosa.”
Reflectindo em tais escritos cheguei à, triste e opinada, conclusão de que não tenho conhecimento de alguém se questionar sobre o facto de os estatutos do Partido Socialista obrigarem à vinculação de um programa e respectivo candidato, nos termos do disposto no artigo 47º, que determina no seu nº 1 que “Os delegados ao Congresso da Federação são eleitos pelos militantes inscritos nas secções de residência e de acção sectorial da área da Federação, com base em programas ou moções de orientação política.” Isto é, se os militantes se não reconhecerem em nenhum dos candidatos terão de escolher entre serem hipócritas ou ficam impedidos de ir ao congresso reportar as suas opiniões e reflexões.
Por nós continuaremos a fazer essas reflexões e a reportar as nossas opiniões por aqui, no Luminária, e à volta da mesa do café, bebendo um copo com outros camaradas e alguns amigos, ideologicamente, também, socialistas.
De - MUDAR o PS ou deixá-lo AFUNDAR-se ?! a 8 de Julho de 2011 às 09:50
Crítica pertinente de DC.
«...delegados ao Congresso da Federação são eleitos pelos militantes inscritos nas secções de residência e de acção sectorial da área da Federação, com base em programas ou moções de orientação política.”
Isto é, se os militantes se não reconhecerem em nenhum dos candidatos terão de escolher entre serem hipócritas ou ficam impedidos de ir ao congresso reportar as suas opiniões e reflexões....»
PS tem de mudar regulamento e prática de Candidaturas e Delegados aos Congressos.
Este modelo é redutor seguidista, limitando a liberdade dos militantes/representantes eleitos apresentarem as suas ideias/propostas/críticas e intenção de voto, pois ''amarra-os'' a uma posição prévia de apoio a 1 candidato/moção.
------De: Zé T. a 5 de Julho de 2011
O comentador não está a ver bem...
Vamos esclarecer, outra vez:
1- Assis e Seguro vão para eleições (seguindo o 'manual' existente) sem existir um Congresso prévio de reflexão geral ... e mesmo o debate entre candidatos só agora é que parece vir a ter lugar...
2- Assis compromete-se pelas Primárias (abertas a não militantes, ...) e Seguro referiu qualquer coisita pouco explícita sobre Primárias.
3- Aqui, no Luminária e em outros locais(OGrandeZoo, ...), muitos militantes expressaram ser a favor de Primárias (para todas as candidaturas), mas ... creio que a maioria não aceita/não gosta nada (de fazer o papel de 'palhaços' ou moços de recado...):
3.a-. que não-militantes/ não-filiados (''simpatizantes'' a registar...) tenham os mesmos direitos (de voto...) que os militantes.
3.b-. que se vá para eleições sem se fazer o prévio debate, reflexão e responsabilização pela situação em que estamos
. (as coisas não acontecem por acaso, ... e não reflectir não responsabilizar é o mesmo que esconder a cabeça na areia , por o lixo debaixo do tapete e voltar a cometer os mesmos erros ... com os mesmos agentes/personagens ...).
3.c-. que as práticas (e regulamentos...e ...) não sejam alteradas, depois de auscultados/referendados pelos militantes.
4.a- A existência de candidaturas /apoios para eleições internas é uma opção legítima e pró-activa, em nada contrária (mas antes a par) às críticas e propostas feitas ao que vai sucedendo no Partido.
4.b- A outra posição também existente no partido é a de auto-afastamento e abstenção de concorrer/apoiar/ participar... deixar de pagar quotas, deixar de estar filiado... e, ao mesmo tempo, continuar as críticas (pertinentes muitas vezes ... com propostas, menos vezes)
e esperar que as coisas mudem ... por via do trabalho/militância de outros ou por obra e graça do espírito santo...
5.a- Quem quiser continuar a ser socialista/social-democrata e cidadão de pleno direito creio que tem o dever de participar (tentar mudar) tanto no Partido (este ou outro) como na Polis.
5.b- Quem quiser ser apenas ''cidadão-mandado'' fique sentado, queixe-se enquanto lhe deixarem ... e espere que lhe tragam as sopas... se ...
De Muita parra e... a 11 de Julho de 2011 às 16:11
Esse camarada, (talvez mal) conhecido do autor do post e que muito provavelmente não nada à procura de um qualquer lugar, entre 2 males procura optar pelo mal menor. Mas opta. Não critica sistematicamente e quando chega o momento de actuar diz que não tem disponibilidade, que não dá para essa causa, ao contrario de camaradas que só estão disponíveis para utilizar a "caneta" convencendo-se que por esse facto o seu "mérito" deve ser reconhecido e recompensado, e só uma grande injustiça, ou total cegueira, tenham impedido essa "recompensa", a qual se vai tornando cada dia mais difícil, já que o actual governo mantém firme o propósito de reduzir as freguesias.
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