Esta Associação Cívica concluiu que cerca de um terço dos deputados que exerceram mandato na última legislatura pertencia, simultaneamente, a empresas que mantinham negócios com o Estado. Dos 230 deputados que integravam o anterior Parlamento, cerca de sete dezenas eram também administradores, gestores ou consultores de empresas que tinham directamente negócios com o Estado.
O levantamento, divulgado esta quinta-feira, pelo «Jornal de Notícias» (JN), a que a TVI teve acesso, foi feito por Paulo Morais, antigo vice-presidente da Câmara do Porto e actual vice-presidente da Transparência e Integridade - Associação Cívica. De acordo com declarações de Paulo Morais ao JN, na Comissão de Obras Públicas, «quase metade dos deputados eram administradores de empresas privadas de obras públicas».
O responsável vai ainda mais longe e adianta que a Comissão de Ética tem servido para «branquear todo e qualquer conflito de interesses». «A Comissão de Ética tem sido uma das vergonhas do Parlamento», acusa.
Paulo Morais insiste que a acumulação de funções «gera um conflito de interesses permanente», que faz com que os deputados não saibam, a cada momento, que interesses estão a defender.
Esta segunda-feira, a Transparência e Integridade lançou um alerta numa carta dirigida aos representantes da Comissão Europeia, BCE e do FMI, dizendo que a «Assembleia da República parece um escritório de representações» e considera que as reformas acertadas com a troika podem abrir a porta à corrupção.
P.S.
Por aqui se vê o comprometimento em que os chamados “aparelhos partidários” estão envolvidos. Tanto quanto se sabe estas como outras matérias igualmente pertinentes são abafadas de todo e qualquer debate no interior dos partidos. Estas questões assim como quem nelas anda envolvido/a parecem uma espécie de “vacas sagradas” intocáveis. Os indivíduos/militantes que pretendam trazer à liça tais debates acabam por ser ostracizados e, mais ou menos, airosamente afastados como sucedeu com João Cravinho. De outros nem se ouve falar por ficarem acantonados para uso eleitoralista e nada mais.
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