Quinta-feira, 13 de Outubro de 2011

Mobilização em todo o mundo marcada para sábado

O movimento Occupy Wall Street que começou em Nova Iorque entrou neste domingo na sua quarta semana de vida e não esmorece. Ao mesmo tempo que alastra a revolta contra o capitalismo (financeiro e agiota) a muitas cidades norte-americanas e europeias (: Bélgica, Espanha, Portugal, ...), o movimento também toma conta do Facebook, do Twitter, numa auto-organização virtual sem líderes.

Manifestação neste sábado em Nova Iorque  cartaz_final 

Os manifestantes indignados gritavam: “Nós somos os 99 por cento”, reportava neste sábado o New York Times. A expressão refere-se aos 99% da população norte-americana versus os 1% que detêm uma fatia de 40% da riqueza do país, e contra o qual os protestos vão ganhando uma voz cada vez maior.
Rumo à maior manifestação internacional:  dia 15 de outubro, este próximo sábado.

 

15 O. – Unidos por uma mudança global

    No dia 15 de outubro 2011, gente de todo o mundo tomará as ruas e praças. Da América à Asia, da África à Europa, as pessoas estão-se levantando para reclamar seus direitos e pedir uma autêntica democracia. Agora chegou o momento de nos unirmos todos em um protesto mundial não-violento.

    Os poderes estabelecidos atuam em beneficio de uns poucos, ignorando a vontade da grande maioria sem que se importem do custo humano ou ecológico que tenhamos que pagar. Esta intolerável situação deve terminar. Unidos em uma só voz, faremos saber aos políticos, e às elites financeiras a quem eles servem, que agora somos nós, as pessoas, quem decidiremos nosso futuro. Não somos mercadorias nas mãos de políticos e banqueiros que não nos representam. 

    Em 15 de outubro nos encontraremos nas ruas para pôr em ação a mudança global que queremos. Nos manifestaremos pacificamente, debateremos e nos organizaremos até o conseguir. É a hora de nos unirmos. É a hora de nos ouvirem. Povos do mundo, levantem-se !

                           Saiamos às ruas do mundo no dia 15 de outubro !

Pela Democracia, «Convergência e Alternativa», contra a austeridade e capitalismo selvagem, a Cidadania sai à rua.



Publicado por Xa2 às 07:15 | link do post | comentar

9 comentários:
De Movim.s cívicos unem-se e lutam. a 10 de Outubro de 2011 às 15:03
Rumo à maior manifestação internacional

‘Democracia para quê? Democracia para quem?’ são as questões colocadas à discussão no próximo dia 2 de Outubro, domingo, às 14h30, na livraria ‘Ler Devagar’, na Lx Factory, em Alcântara.

O evento será lançado pelo colectivo que envolve, até à data, 23 movimentos sociais que organizam a manifestação internacional de 15 de Outubro. O debate sobre democracia participativa terá como convidados Manuela Magno, que lançou a sua candidatura à presidência da república em 2004, e Luís Alves do movimento ‘Indignados’.

Na agenda deste colectivo consta ainda a sua participação na próxima Assembleia Popular do Rossio, às 19h de sábado, dia 1 de Outubro, depois da manifestação da CGTP programada para o mesmo dia.

No seguimento dos últimos acontecimentos em Paris e em Wall Street o colectivo deixa claro o seu repúdio às repressões policiais registadas sobre cidadãos pacíficos que se têm manifestado um pouco por todo o mundo por uma democracia mais representativa e por um mundo mais justo e solidário.


Debate - EVENTO NO FACEBOOK:
https://www.facebook.com/event.php?eid=175464835865617
Página Facebook do 15 de Outubro:
https://www.facebook.com/pages/15-Outubro/161447463927164
8Sep

- 15 de Outubro junta forças contra a crise


COMUNICADO DE IMPRENSA
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15 de Outubro junta forças contra a crise

Movimentos cívicos unem-se contra a degradação das condições de vida no país e no mundo


No seu manifesto afirmam-se como “gerações à rasca, pessoas que trabalham, precárias, desempregadas ou em vias de despedimento, estudantes, migrantes e reformadas, insatisfeitas com as condições de vida” e saem à rua, no dia 15 de Outubro, pelas 15h00, por mais Democracia participativa, pela transparência nas decisões políticas e pelo fim da precariedade de vida.

Em resposta a um apelo internacional, mas com reivindicações que reflectem o actual estado de degradação das condições de vida no país, mais de uma dezena de movimentos cívicos, aos quais todos os dias se juntam novas organizações, vão partir da Praça do Marquês de Pombal e caminhar até ao Parlamento, onde reunirão de forma pacífica, em assembleia popular.

Os colectivos defendem “uma Democracia onde os mais ricos não sejam protegidos por regimes de excepção e um sistema fiscal progressivo e transparente, onde a riqueza seja justamente distribuída e a segurança social não seja descapitalizada”.

Acreditam que “os recursos naturais como a água, bem como os sectores estratégicos, são bens públicos não privatizáveis” e que “uma Democracia abandona o seu futuro quando o trabalho, educação, saúde, habitação, cultura e bem-estar são tidos apenas como regalias de alguns ou privatizados sem que daí advenha qualquer benefício para as pessoas”.

Em Lisboa, o protesto é convocado por uma plataforma informal de pessoas e movimentos.

Estão também já agendados protestos noutras cidades – Angra do Heroísmo, Braga, Coimbra, Faro e Porto – e há apelos para que em todas as capitais de distrito as pessoas façam ouvir a sua voz.

Dia 15 de Outubro a Democracia sai à rua.


De Indignados: ao poder ou prá valeta. a 10 de Outubro de 2011 às 15:37

Indignados/Espanha:
Isabel Allende espera "onda mundial" contra a corrupção

Alcalá de Henares, Espanha, 10 out (Lusa) -

A escritora chilena Isabel Allende disse hoje que espera que as manifestações previstas este mês em dezenas de cidades do mundo sejam "uma onda mundial de mudança" e que "acabem com a corrupção".

"Os jovens não têm nada que herdar, nestes momentos, exceto um desastre. Se não tomam o poder, não têm vida futura", comentou.

Allende, 69 anos, falava aos jornalistas em Alcalá de Henares onde recebeu, na noite de domingo, o Prémio Cidade desta localidade nos arredores de Madrid, uma das dezenas de cidades espanholas que acolhe, no sábado, ações de protesto no âmbito do
movimento ("Unidos para a mudança global")


De Nós somos a Mudança: acção Global.! a 10 de Outubro de 2011 às 17:02

Manifestações contra a banca
esperadas em Zurique, Genebra e Basileia

Manifestantes vão concentrar-se sábado nas cidades suíças de Zurique, Genebra e Basileia para protestar contra o poder do sector bancário, à semelhança do movimento «anti-Wall Street» lançado há um mês nos Estados Unidos, informaram hoje organizadores.

Um milhar de manifestantes é esperado a partir das 08:00 TMG (09:00 em Lisboa) na Paradeplatz de Zurique, praça emblemática da finança suíça onde se encontram as sedes dos bancos UBS e Credit Suisse.

«O nosso objectivo é pacífico, qualquer outro comportamento seria contra-produtivo», explicou à agência noticiosa francesa AFP Fabian Fuhrer, militante do ramo helvético do
“We are change” (Nós somos a mudança), associação que reúne opositores do sistema financeiro, mas também partidários das teorias da conspiração.

Na página da rede social Facebook “Ocupem Paradeplatz”, os organizadores explicam que as manifestações suíças serão organizadas no quadro de uma jornada mundial de concentração.

«Os bancos contam mais que os cidadãos. Não deveria ser assim. Temos de corrigir esta situação», considerou Fuhrer.

Segundo ele, «os bancos não devem ser salvos com o dinheiro dos contribuintes e depois queixarem-se dois anos mais tarde de uma regulação mais rigorosa».

«Esperamos que muita gente se mobilize» para a manifestação no sábado, cuja autorização está a ser negociada junto das autoridades locais, disse Fuhrer.

Os organizadores suíços tomaram como modelo o movimento iniciado nos Estados Unidos, onde militantes «anti-Wall Street» iniciam a sua quarta semana de ocupação de uma praça no centro do bairro financeiro de Nova Iorque.

Segundo o site «Ocupemos juntos» (www.occupytogether.org), sábado ocorreram ‘ocupações’ em perto de 70 cidades norte-americanas, entre as quais Washington, Los Angeles, Chicago, Miami e Dallas.

Lusa/SOL, 10.10.2011


De .Junta-te aos teus iguais e Luta. a 13 de Outubro de 2011 às 14:59

Poder aos cidadãos; não às Soc.Anónimas.

EUA: Apoiantes do "Occupy Wall Street" voltaram a desfilar pelo centro financeiro de Nova Iorque
Nova Iorque, 04 out (Lusa) -

- Centenas de apoiantes do movimento "Occupy Wall Street" voltaram hoje a desfilar pelo centro financeiro de Nova Iorque, muitos deles disfarçados de
"zumbis corporativos" visando simbolizar a morte do capitalismo e dos grandes bancos e outras empresas.

"Queremos que o nosso poder seja nosso de novo e não parte de um interesse corporativo", disse Matty Slick-Hex, um dos indignados de Nova Iorque em declarações à Efe.



De Indignados levantai os olhos do chão !

Democracia sai à rua, tb nas seguintes Cidades e locais em Portugal :

Braga - A. Central
Porto - P.Batalha
Coimbra - P.República
Lisboa - M.Pombal
Évora - P.Sertório
Faro - J.M. Bivar
Angra H. - P.Velha
...
---------------------Boa!
Finalmente uma manifestação contra este Sequestro a que estamos a ser submetidos pelo excesso de desregulação dos mercados, pela direita neoliberal e pela cegueira dos media mainstream .

Gostei em especial do "Isto é um sequestro, não um resgate!".

Dia 15, lá estarei.

Levanta os olhos ...e junta-te aos teus iguais

É este o texto que ontem foi elaborado e que segunda-feira vai ser posto à discussão na Praça do Sertório, à Assembleia de Rua, para servir de base de apoio à convocatória para a manifestação de 15 de Outubro, em Évora. Leiam com atenção, e se for o caso, proponham alterações. Aqui ou na Assembleia de Rua de 2ª.
---------------------------------------------
"Temos uma palavra a dizer!

Somos cidadãos livres e empenhados, queremos que a nossa... voz se oiça e, ao contrário dos burocratas no poder, temos soluções para a crise!

Sábado, 15 de outubro, centenas de milhar de cidadãos vão sair à rua em todo o mundo para exigir uma maior participação na vida pública, o fim da precariedade e uma maior transparência na actividade política.
Por todo o planeta o capitalismo selvagem quer impor a sua ordem. Aqui, na China, nos Estados Unidos, onde quer que seja.

Se a opressão é mundial, a indignação e a revolta têm também de o ser a partir daqui, destas ruas, da nossa vida, do nosso quotidiano constantemente agrilhoado.

Todos pressentimos que a Europa e o mundo estão a caminho do desastre por causa de um modelo económico baseado na ganância, no lucro, no desperdício.
Sabemos tambem que temos apenas uma vida e queremos vivê-la em plenitude.
A felicidade não pode repousar nos bens que possuímos ou no número de dígitos a que cresce ou decresce a economia mundial.
Ela reside na capacidade que temos de ser dignos da nossa condição: humanos.
Na nossa capacidade de construir laços de solidariedade, de igualdade e de fraternidade, numa sociedade sem explorados nem exploradores, sem oprimidos nem opressores.
Numa sociedade sem exclusão seja qual for a sua origem.

Nós somos cidadãos, de todas as gerações, mulheres e homens, de todas as minorias, de todas as maiorias, jovens, velhos, gente de corpo inteiro que exige respeito, consideração, gente que não deixa que a levem por tola.

*Queremos um desenvolvimento sustentado onde o trabalho, a competência, a honestidade, sejam os valores fundamentais.

* Somos contra a opacidade na vida política, contra a corrupção, contra a democracia limitada e compartimentada em que nos querem enclausurar.
A democracia que queremos não se limita ao voto de quatro em quatro anos.

*Exigimos, neste tempo das novas tecnologias e da sociedade em rede, novas soluções, novas altenativas que tragam o poder cada vez mais próximo das pessoas, abrindo-lhes horizontes de participação, horizontes de liberdade.

Traz a tua família e os teus amigos.

"Levanta os olhos do chão, que eu quero ver nascer o sol".

Junta-te aos teus iguais.
...


De A UNIÃO faz a FORÇA. Vem á RUA. a 13 de Outubro de 2011 às 15:03
ver mais em:

https://www.facebook.com/event.php?eid=265304693503393

--------------------------------

e + Subscritores do « OCCUPY the STREET » :

Acampada Lisboa – Democracia Verdadeira Já 19M
http://acampadalisboa.net/

Alvorada Ribatejo
http://protestoalvoradaribatejo.blogspot.com/

Attac Portugal
http://attacportugal.webnode.com/

C.B.L. - Casa do Brasil de Lisboa
http://www.casadobrasil.info/

Democracia Verdadeira Já 15M
http://15maio.blogspot.com/

F.E.R.V.E.
http://fartosdestesrecibosverdes.blogspot.com/

G.A.I.A.
http://gaia.org.pt/

Indignados Lisboa
http://indignadoslisboa.net/

Jornal Mudar de Vida
http://www.jornalmudardevida.net/

M.M.M. - Marcha Mundial das Mulheres
www.marchamundialdasmulheres.blogspot.com

M12M - Movimento 12 de Março
http://www.movimento12m.org/

Movimento de Professores e Educadores 3R’s
http://3rs-spgl.blogspot.com/

Movimento GerAções
http://movimentogeracoes.org/

Panteras Rosas - Frente de Combate à LesBiGayTransfobia - http://panterasrosa.blogspot.com/

Portugal Uncut
http://portugaluncut.blogspot.com/

Precários Inflexiveis
http://www.precariosinflexiveis.org/

Revista Rubra
http://www.revistarubra.org/

S.O.S. Racismo
http://www.sosracismo.pt/

U.M.A.R.União de Mulheres Alternativa e Resposta
http://www.umarfeminismos.org/

Movimento 'A Cultura está Viva e manifesta-se na Rua' (Évora)
https://www.facebook.com/culturanarua
...
-----------------------------------------
http://www.15deoutubro.net/
geral@15deoutubro.net

http://www.facebook.com/pages/15-Outubro/161447463927164
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FÓRUM - A Cultura está Viva e manifesta-se na Rua

Em Londres também há 15 de Outubro.
« OCCUPY LONDON »
Occupy the London Stock Exchange
Sábado, 15 de Outubro às 9:30
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Off Xore
A ocupação também alastra nos EUA
« OCCUPY TOGETHER »


De €$£ Esmagam classe média. Hora de Lutar a 14 de Outubro de 2011 às 13:51
Entre as brumas da memória:

«As concentrações de indignados são apenas um sinal dos tempos. Não é por ali que o mundo vai mudar, retomando os valores da liberdade e justiça. Mas pode ser por ali que alguma coisa nova comece.»
João Paulo Guerra, Indignação

####

«Se há uma coisa que sei, é que o 1% adora uma crise.
Quando as pessoas estão desesperadas e em pânico, e ninguém parece saber o que fazer: eis aí o momento ideal para nos empurrar goela abaixo a lista de políticas pró-corporações:
privatizar a educação e a segurança social, cortar os serviços públicos, livrar-se dos últimos controles sobre o poder corporativo.
Com a crise económica, isso está a acontecer em todo o mundo.

Só existe uma coisa que pode bloquear essa táctica e, felizmente, é algo bastante grande: os 99%.
Esses 99% estão a tomar as ruas, de Madison a Madrid, para dizer:
“Não. Nós não vamos pagar pela vossa crise”. (…)

Estou a falar de mudar os valores que governam a nossa sociedade.
Essa mudança é difícil de encaixar numa única reivindicação digerível para os média, e é difícil descobrir como realizá-la.
Mas ela não é menos urgente por ser difícil.»

Naomi Klein, Occupy Wall Street é o movimento mais importante do mundo hoje

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De ... mijam fora do penico... a 14 de Outubro de 2011 às 13:58

No dia 15 de outubro lá estarei.

Há muita gente que se dá mal com fenómenos sociais ou políticos novos. Já há quem reaja ao «perigo» dos resultados eleitorais obtidos pelo PAN – Partido pelos Animais e pela Natureza. Este partido apresentou-se pela primeira vez aos eleitores nas eleições legislativas de 5 de Junho, onde foi o segundo partido mais votado entre os que não elegeram deputados. Ontem, na Madeira, ultrapassou o BE, tendo eleito um deputado.

O mesmo acontece com a manifestação convocada para o próximo sábado, 15 de Outubro, sobretudo através das redes sociais.
Ontem, a SIC transmitiu uma peça onde fez referência à manifestação de 12 de Março, como uma das maiores dos últimos tempos e entrevistou uma das organizadoras da anterior e da próxima.
Contudo, a peça televisiva terminou assim: «A polícia teme que esta movimentação social possa provocar tumultos, os maiores desde 1975».
O mundo está a ficar perigoso, os senhores do dinheiro põem e dispõem; a Europa está de rastos e quem paga a factura dos desmandos financeiros são sempre os mesmos, mas quando cidadãos querem mostrar o seu desagrado e «mijam fora do penico» ficam todos em pânico.

Compreender os fenómenos sociais e políticos novos em vez de os atacar com caçadeira de canos cerrados é a melhor maneira de contribuir para uma sociedade mais justa e igualitária que cada vez se afasta mais do nosso horizonte.

Tal como fui à manifestação de 12 de Março, também estarei presente na Avenida da Liberdade a 15 de Outubro.
A 12 de Março vi por lá a direcção da JSD a distribuir «notas» de 100 euros com a fotografia do Sócrates.
Espero, no sábado, vê-los por lá, solidários, mesmo que não distribuam «notas».
Se não os encontrar fico a pensar que estão todos nos gabinetes ministeriais e que o facto de terem participado na manifestação de 12 de Março só tinha esse objectivo.
Se assim for, não se admirem de cada vez mais pessoas votarem no PAN e de participarem em manifestações fora do colete de forças estabelecido.

-Por Tomás Vasques, Hoje há conquilhas...


De . Manifesto dos INDIGNADOS : a 14 de Outubro de 2011 às 15:01
manifesto - 15 de Outubro - Porto

Em adesão ao protesto internacional convocado pelos movimentos 'indignados' e 'democracia real ya', em Espanha, ocorrerá, no Porto, uma manifestação sob o tema 'a democracia sai à rua', no dia 15 de Outubro de 2011.
As razões que nos levam para a rua são muitas e diferentes, de pessoa para pessoa, de país para país -
não querendo fechar o protesto a outras exigências de liberdade e de democracia, mas para que se saiba porque saimos para a rua, tentámos, entre os que estão a ajudar na organização e na divulgação do 15 de outubro, encontrar as reivindicações que nos são comuns - entre nós e relativamente aos outros gritos das outras praças, nas ruas de todo o mundo:

Dos EUA a Bruxelas, da Grécia à Bolívia, da Espanha à Tunísia, a crise do capitalismo acentua-se.

Os causadores da crise impõem as receitas para a sua superação:
transferir fundos públicos para entidades financeiras privadas e, enquanto isso, fazer-nos pagar a factura através de planos de pretenso resgate.

Na UE, os ataques dos mercados financeiros sobre as dívidas soberanas chantageiam governos cobardes e sequestram parlamentos, que adoptam medidas injustas, de costas voltadas para os seus povos.

As instituições europeias, longe de tomar decisões políticas firmes frente aos ataques dos mercados financeiros, alinham com eles.

Desde o começo desta crise assistimos à tentativa de conversão de dívida privada em dívida pública, num exemplo de nacionalização dos prejuízos, após terem sido privatizados os lucros.

Os altos juros impostos ao financiamento dos nossos países não derivam de nenhuma dúvida sobre a nossa solvência, mas sim das manobras especulativas que as grandes corporações financeiras, em conivência com as agências de rating, realizam para se enriquecerem.

Os cortes económicos vêm acompanhados de restrições às liberdades democráticas - entre elas, as medidas de controlo sobre a livre circulação dos europeus na UE e a expulsão das populações migrantes.
Apenas os capitais especulativos têm as fronteiras abertas.
Estamos submetidos a uma mentira colectiva.


A dívida privada é bem maior que a dívida pública (em Portugal é apenas 11,3%) e a crise deve-se a um processo de desindustrialização e de políticas irresponsáveis dos sucessivos governos e não a um povo que "vive acima das suas possibilidades"
– o povo, esse, vê diariamente os seus direitos e património agredidos.

Pelo contrário, o sector privado financeiro - maior beneficiário da especulação - em vez de lhe aplicarem medidas de austeridade, vê o seu regime de excepção erigido.
As políticas de ajuste estrutural que se estão a implementar não nos vão tirar da crise – vão aprofundá-la.

Arrastam-nos a uma situação limite que implica resgates aos bancos credores, resgates esses que são na realidade sequestros da nossa liberdade e dos nossos direitos, das nossas economias familiares e do nosso património público e comum.

É preciso indignarmo-nos e revoltarmo-nos ante semelhantes abusos de poder.


Em Portugal, foi imposto como única saída o memorando da troika – têm-nos dito que os cortes, a austeridade e os novos impostos à população são sacrifícios necessários para fazer o país sair da crise e para fazer diminuir a dívida.
Estão a mentir !
A cada dia tomam novas medidas, cortam ou congelam salários, o desemprego dispara, as pessoas emigram.
E a dívida não pára de aumentar, porque os novos empréstimos destinam-se a pagar os enormes juros aos credores – o déficit dos países do sul europeu torna-se o lucro dos bancos dos países ricos do norte.
Destroem a nossa economia para vender a terra e os bens públicos a preço de saldo.

Não são os salários e as pensões os responsáveis pelo crescer da dívida.
Os responsáveis são as transferências de capital público para o sector financeiro, a especulação bolsista e as grandes corporações e empresas que não pagam impostos.

Precisamos de incentivos à criação de emprego e da subida do salário mínimo (em Portugal o salário mínimo são 485€, e desde 2006 duplicou o número de trabalhadores que ganham apenas o salário mínimo) para sairmos do ciclo recessivo.

Por isso, nós dizemos:
...


De ... a 14 de Outubro de 2011 às 15:04
manifesto - 15 de Outubro - Porto
...
Por isso, nós dizemos:

- retirem o memorando. vão embora. não queremos o governo do FMI e da troika!
- nacionalização da banca – com os planos de resgate, o estado tem pago à banca para especular

- abram as contas da dívida – queremos saber para onde foi o dinheiro
- não ao pagamento da dívida ilegítima. esta dívida não é nossa – não devemos nada, não vendemos nada, não vamos pagar nada!

- queremos ver redistribuídas radicalmente as riquezas e a política fiscal mudada, para fazer pagar mais a quem mais tem: aos banqueiros, ao capital e aos que não pagam impostos.
- queremos o controlo popular democrático sobre a economia e a produção.

- não queremos a privatização da água, nem os aumentos nos preços dos transportes públicos, nem o aumento do IVA na electricidade e no gás.

- queremos trabalho com direitos, zero precários na função pública (em Portugal o maior contratador de precários é o estado), a fiscalização efectiva do cumprimento das leis laborais e o aumento do salário mínimo.
- queremos ver assegurados gratuitamente e com qualidade os direitos fundamentais: saúde, educação, justiça.

- queremos o fim dos ajustes directos na administração pública e transparência nos concursos para admissão de pessoal, bem como nas obras e aquisições do estado.
- queremos mais democracia:

- queremos a eleição directa de todos os representantes cargos públicos, políticos e económicos: dos responsáveis pelo Banco de Portugal ao Banco Central Europeu, da Comissão Europeia ao Procurador Geral da República

- queremos mais transparência no processo democrático: que os partidos apresentem a eleições, não somente os programas mas também as equipas governativas propostas à votação.
- queremos mandatos revogáveis nos cargos públicos - os representantes são eleitos para cumprirem um programa, pelo que queremos que seja criada uma forma democrática para revogação de mandato em caso de incumprimento do mesmo programa;


Partilha esta informação, participa na divulgação do protesto.
(http://15out-porto.blogspot.com/ - material de divulgação, discussão aberta dos vários manifestos do protesto internacional e espaço para registares as tuas próprias propostas e reivindicações).

Vem para a rua fazer ouvir a tua voz. Dia 15, às 15h, na Batalha, no Porto.

(-por gui castro felga )
Marcadores:
15O, auditoria, austeridade, banca, capitalismo, contra-hegemonia, cortes, crise, dívida, economia, grécia, política, precariedade, trabalho, união europeia


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