"Passo" diz Passos, a ver a finança passar...
(-por AG , CausaNossa)
Para amaciar banqueiros resistentes a que lhes seja imposta a recapitalização dos bancos por terem de levar cortes nos activos à conta da reestruturação da dívida grega, o Primeiro Ministro disse que não tinham de se preocupar pois o Estado não os quereria nacionalizar e se limitaria a ser "accionista silencioso" e "passivo".
Ora os nossos bancos, ou melhor os banqueiros, financeiros e gestores bancários ou são tolinhos (e não são), ou foram agentes conscientes da engenharia defraudante para o Estado que sustentou o despesismo nas PPPs, as empreitadas de obras, bens e serviços a preços inflaccionados, com falsas contrapartidas ou subornos, como a dos submarinos e de muitos outras aquisições publicas, desde equipamento para a Defesa ao fornecimento de consultadorias diversas.
Além da conivência, pelo menos pelo silêncio, dos casos de polícia que foram, e são, o BPN e o BPP. Além de terem sido promotores, patrocinadores e instigadores da espiral de endividamento que agora dramaticamente estrangula as famílias portuguesas. E além de serem veículos centrais de esquemas de cartelização e de desvio de recursos financeiros gerados em Portugal para "off shores" e outras paragens ajudando empresas e indivíduos a fugirem ao fisco ou a arrecadarem proveitos de criminalidade diversa.
Isto é, se estamos na crise em que estamos, os bancos têm indesmentíveis responsabilidades. Não só os americanos e os europeus: os portugueses também.
Por isso é escandaloso que o governo entregue aos bancos e aos accionistas dos bancos dinheiro que é de todos nós, como são os 12 mil milhões que estão reservados para a recapitalizacão da banca portuguesa no empréstimo de 78 mil milhões de euros que o Estado contraiu junto da Troika BCE/CE/FMI. E que o faça sem cuidar da utilização que lhes será dada e sem garantir que banqueiros, bancários e quejandos passam a ser devidamente regulados, fiscalizados e disciplinados, designadamente para cumprirem o papel para que os bancos estão licenciados, que deve ser o de financiar a economia real e não o de promover a especulação.
Depois dos cerca de 5 mil milhões de euros já enterrados pelo governo de Sócrates no BPN e no BPP, Passos Coelho prepara-se para passar agora à banca mais 12 mil milhões de euros que todos nós, os contribuintes portugueses, pagaremos com língua de palmo.
É por isso intolerável que o governo diga que se limitará a ser "accionista silencioso e passivo", continuando a deixar os bancos enterrar-se - e enterrar-nos - em comportamentos económica e moralmente questionáveis, quando não ilegais, desde a distribuição de bónus e dividendos desproporcionados à cooperação encobridora com a criminalidade organizada que drena a riqueza produzida em Portugal.
É intolerável que um Primeiro Ministro que está a impor tão drásticos, injustos e iníquos sacrifícios aos portugueses, que não têm culpa da crise, tenha a desfaçatez de mandar a bancos e banqueiros - co-responsáveis pela economia de casino que nos pôs à beira da bancarrota - uma mensagem de aviltante submissão e de grotesca demissão.
Cortesia
(-por Vital Moreira)
«"Só vamos sair desta situação empobrecendo", diz Passos». O problema é que, enquanto quase todos empobrecem, uns tantos há que continuam a enriquecer, primeiro por que mal são afectados pela crise, segundo por que conseguem furtar-se a contribuir para os sacrifícios colectivos.
Cortesia de Governo amigo...
De .Conluio Banqueiros c. governantes... a 26 de Outubro de 2011 às 15:10
Passividade selectiva
Passos Coelho tentou sossegar os banqueiros ansiosos, garantindo que o Estado será um temporário “accionista passivo” se tiver de entrar no capital dos bancos privados,
como tudo parece indicar, para os salvar dos seus negócios com a dívida pública, até há pouco tão apetitosa, já que não é por patriotismo que os bancos nacionais detêm mais ou menos 20 mil milhões desta, a que se tem de juntar outra dívida periférica igualmente reestruturável, mas também para os salvar da dívida privada, num contexto de recessiva austeridade tão intensamente saudada pelos espíritos santos da economia política nacional e geradora de tantas insolvências.
Como referiu Silva Lopes, um economista com quem temos estado muitas vezes em desacordo, mas que sempre criticou a liberalização e a complacência financeiras,
o Estado não pode entrar no capital dos bancos para assistir impávido e sereno, sem participar na gestão.
O Estado tem de exercer todos os poderes de accionista.
Só assim se pode começar a superar um sistema financeiro que tão maus serviços prestou à economia portuguesa, aos sectores produtivos.
O crédito é um bem público e tem de ser um instrumento de política económica.
Mas não esperem que o governo dos actuais e dos novos aspirantes a “donos de Portugal” perceba isso. Não está na sua natureza.
(por João Rodrigues, Ladrões de bicicletas)
De ''Élite dourada'' e desaVERGONHAda ! a 28 de Outubro de 2011 às 11:49
VERGONHA - se fosse eu a dever já tinha ido "engavetado"...
Isto é só a ponta do iceberg...
Quem cala consente!
Grandes figurões...e grupo de "Otários" silenciosos - IMPORTANTE DIVULGAR
NÃO HÁ PALAVRAS...!!!!
Vamos "acompanhar" a GRECIA?
Numa pequena notícia do Expresso, foi noticiado que prescreveu uma dívida de 700.000,00 Euros , de IRS de António Carrapatoso, figura de proa da Telecel/ Vodafone.
Porque razão prescreveu esta dívida?
Porque razão não se procedeu à cobrança coerciva, dado que o contribuinte em causa não tem, nem nunca teve, paradeiro desconhecido?
Aliás, António Carrapatoso nunca deixou de aparecer, com alguma frequência, nos écrans da televisão para entrevistas e comentários, onde sempre defendeu as virtudes do "sistema" em que vivemos e que nos
é imposto (pudera!!!!).
Esta dívida não pode prescrever porque se trata de dinheiro devido ao Estado, ou seja a TODOS NÓS.
No dia 14 de Janeiro de 2005, no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, durante um Encontro dos Correios de Portugal, os CTT pagaram 19.000,00 euros a Luís Felipe Scolari por uma palestra de 45 minutos, que teve como tema algo do tipo «Como fortalecer o espírito de grupo».
A decoração custou mais de 430.000,00 euros e havia dois carros de luxo. A despesa efectivamente, com a decoração do gabinete do presidente do Conselho da Administração dos CTT, Carlos Horta e Costa, bem como a sua sala de visitas e ainda das salas de visitas e refeições custou 430.691,00 euros.
Carlos Horta e Costa teve à sua disposição, um Jaguar S Type (a renda para o adquirir custou cerca de 50.758,00 euros) e um Mercedes Benz S320CDI comprado por 84.000,00 euros ).
Assim, o Relatório da Inspecção-Geral das Obras Públicas conclui haver «indícios de má gestão» e «falta de contenção de uma empresa que gere
dinheiros públicos», pelo anterior Conselho de Administração que liderou os CTT.
Vítor Constâncio governador do Banco de Portugal ganha 272.628,00 € por ano, ou seja quase 18.200 contos MENSAIS, 14 meses/ano.
Outros ordenados chorudos do Banco de Portugal :
O Vice-governador, António Pereira Marta - 244.174,00 €/ano
O Vice-governador, José Martins de Matos - 237.198,00 €/ano
José Silveira Godinho - 273.700,00 €/ano
Vítor Rodrigues Pessoa - 276.983,00 €/ano
Manuel Ramos Sebastião - 227.233 €/ano
O Vice-governador, António Pereira Marta até acumula com o seu salário com a sua pensão como reformado ... do Banco de Portugal.
Aliás, o Vítor Rodrigues Pessoa, também tem uma reforma adicional de 39.101,00 €/ano Total 316.084 €/ano e o José Silveira Godinho também acumula com uma pensão do BP, mais 139.550,00 €/ano Total 413.250,00 €/ano
Campos e Cunha, ex-ministro das Finanças recebeu durante os dois meses em que esteve no Executivo 4.600,00 euros mensais de ordenado e uma reforma de 8.000,00 euros do Banco de Portugal.
Mira Amaral saiu da Caixa Geral de Depósitos (CGD) com uma reforma de gestor 18.000,00 euros. Na altura acumulava uma pensão de 1,8 mil euros, como deputado e 16.000,00 euros como líder executivo da CGD.
O que me choca não é o valor da reforma. É o facto de Mira Amaral poder auferir desta reforma (paga pelos contribuintes) ao fim de apenas um ano e nove meses !!!!!!
Esta situação é profundamente escandalosa e tem repercussões que afectam a própria credibilidade do regime democrático.
Esta forma aparentemente ligeira como é gasto o dinheiro dos contribuintes é grave pelo acto em si e pelo seu impacto na legitimidade do Estado para impor novas formas de captar receita.
LEMBRAM-SE O QUE O POVO PORTUGUÊS FEZ EM RELAÇÃO A TIMOR ??????
E AGORA QUE FAZEMOS POR NÓS ??????? NADA !!! ??? !!!!!
«Eles comem, eles comem tudo ... e não deixam nada.»
Ponham bandeiras pretas nas varandas e janelas de todo Portugal. !!
De Demagogia contra reestruturação dívida. a 26 de Outubro de 2011 às 15:16
O custo de uma reestruturação da dívida
O que diz um fala-barato? Uma reestruturação da dívida “iria significar anos para obter crédito externo”;
depois de 1892, o país esteve 60 anos “para voltar aos mercados financeiros internacionais”, disse o Ministro Santos Pereira no Parlamento (segundo o Público de 26 de Outubro, página 4).
Passos Coelho já tinha observado antes dele:
"Quando se fala em perdão de dívida para alguém, isso significa que os credores perderam a esperança de receber o que emprestaram. E enquanto tiverem memória não emprestam nem mais um euro".
O “perdão” da dívida colocaria Portugal fora dos mercados financeiros "durante muitos anos" e a viver "níveis de austeridade absolutamente incomparáveis e brutais" em relação aos actuais.
O que diz quem estudou o assunto (neste caso dois investigadores do “insuspeito” Fundo Monetário Internacional)?
“Este ensaio avalia empiricamente quatro tipos de custo que podem resultar de um incumprimento soberano internacional:
custos de reputação, custos de exclusão do comércio internacional, custos para economia doméstica canalizados pelo sistema financeiro, e custos políticos para as autoridades.
Conclui que os custos são em geral significativos mas de curta duração e que por vezes não operam através dos canais tradicionais.
As consequências políticas de uma crise da dívida, em contrapartida, parecem ser particularmente severas para os governos e ministros das finanças em exercício, como em geral acontece com as crises cambiais”.
Vejamos em mais detalhe o que se pode aprender lendo este estudo.
1) Os episódios de incumprimento são muito frequentes. Entre 1824 e 2004 ocorreram em todo o mundo 257 casos (cerca de três por ano). A maior parte, 126, teve lugar na América Latina, mas a Europa contribui com 15%. Metade dos incumprimentos registados diz respeito aos últimos trinta anos.
2) Incumprimento e crescimento do PIB: “o incumprimento surge associado a um decréscimo do crescimento de 1.2 pontos percentuais por ano”, mas, “o impacto do incumprimento parece ser de curta duração”. Além disso “embora as regressões anteriores sugiram uma associação robusta entre incumprimentos da dívida e baixo crescimento, elas são apenas indicativas de uma correlação entre as duas variáveis” sendo difícil identificar "a direcção de causalidade entre crescimento e incumprimento”.
3) Incumprimento e reputação: “Actualmente há acordo quanto ao facto de que um incumprimento não conduz a uma exclusão permanente dos mercados de capitais internacionais. De facto, a evidência sugere que, embora os países percam o acesso durante a fase de incumprimento, uma vez concluído o processo de reestruturação, os mercados financeiros não descriminam, em termos de acesso, entre incumpridores e não-incumpridores”.
“Países que entraram em incumprimento na década de 1980 conseguiram aceder de novo ao crédito internacional em cerca de quatro anos”. O incumprimento tem um efeito no custo do crédito, mas esse efeito é de curta duração: “Um incumprimento no ano t-1 tem um efeito grande e significativo nos ‘speads’ de cerca de 400 pontos base.
O efeito do incumprimento no ano seguinte ainda é considerável, 250 pontos base, mas não é estatisticamente significativo. Efeitos a mais longo prazo são pequenos e não são estatisticamente significativos.”
4) Incumprimento e comércio internacional: “O registo histórico de países impondo quotas ou embargos a um país que entrou em incumprimento é muito limitado”.
5) Incumprimento e o sistema bancário doméstico: “A evidência que encontramos sugerindo a presença de uma compressão de crédito nos mercados domésticos causada por incumprimento é muito fraca".
6) Implicações políticas de um incumprimento: “Os incumprimentos parecem encurtar, de um modo significativo, a esperança de vida dos governos e dos governantes encarregues da economia".
Corolário dos autores do estudo: “Por vezes os políticos e os burocratas parecem levar ao extremo o adiamento do que parece ser um incumprimento inevitável”. Muito para lá do “ponto de incumprimento”, isto é, “o ponto em que o custo de servir a dívida na plenitude dos seus termos contratuais é mais elevado do que os custos incorridos quando se procura uma reestruturação desses termos…”
De Crise? A qual crise nos referimos? a 27 de Outubro de 2011 às 10:11
Os norte-americanos mais ricos quase triplicaram os seus rendimentos entre 1979 e 2007, enquanto a classe média viu apenas os seus rendimentos aumentarem 40% e os mais pobres 18%, revela um estudo hoje divulgado.
Os rendimentos líquidos de um por cento das famílias mais ricas cresceu 275% entre 1979 e 2007, assinala o estudo elaborado pelo gabinete de ornamentos do Congresso, um órgão não partidário.
Para% da população da classe média, os rendimentos cresceram 40%, enquanto para 20% dos menos afortunados, a subida dos rendimentos foi de apenas 18%.
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