OS PORTUGUESES TÊM DE REAGIR,
DE SE INDIGNAR,
DE ENCONTRAR SOLUÇÕES
PARA SAIRMOS DESTE INFERNO.
De Desgovernos Grécia, P.gal, UE, Merkozi.! a 31 de Outubro de 2011 às 10:09
«As comissões liquidatárias»
...
O cenário construído admite o agravamento da recessão e a continuação do aumento do endividamento da Grécia até 186% do PIB em 2013 (184% em 2014) e daí retira a conclusão de que é preciso mais "apoios" e reformas estruturais mais profundas.
O único elemento de realismo em todo o relatório é o reconhecimento da necessidade de uma restruturação da dívida, ou seja, o que a esquerda anda a dizer há um ano e as várias autoridades europeias garantiam que seria uma calamidade.
Por cá, esta comissão liquidatária arrisca-se a ser ultrapassada no seu zelo pelo próprio Governo.
Passos Coelho e os seus ministros multiplicam-se em medidas e declarações, entregando o país em sacrifício como prova do seu empenho.
Duas provas recentes são as declarações extraordinárias do Primeiro-Ministro, dizendo que se nos fosse oferecido um perdão da dívida, recusava e que para sair da crise é preciso "empobrecer" o país.
Hoje podemos ver na Grécia como esta estratégia é inteligente.
Mas é assim que continuarão a pensar as comissões liquidatárias.
Porque o seu objectivo não é resolver os problemas de endividamento.
O seu objectivo é cortar nos salários (como disse João Ferreira do Amaral aqui) e acabar com o Estado social.
E essa operação será um sucesso, se não conseguirmos construir o movimento e unir todas as forças para travar o fanatismo.
Dia 24 de Novembro trava-se uma das batalhas fundamentais.
Também publicado em www.esquerda.net
(-por José Gusmão, Ladrões de bicicletas, 28.10.2011)
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-------Anónimo disse...
O que estes senhores andam a fazer é um crime, pagar dividas com o sangue das pessoas só pode ser aceitável num país de loucos.
Todos os dias as pessoas são enganadas mas este facto é encarado com normalidade o que revela o quão doente a sociedade se encontra.
Actualmente tudo ou quase tudo parece ridículo.
------Felias disse...
http://blog-imfdirect.imf.org/2011/10/26/how-iceland-recovered-from-its-near-death-experience/
By Poul M. Thomsen, IMF troyka
------ dias 12 e 24 de Novembro 2011.
São dias de luta muito importantes para todos nós.
Convém dizer a todos, que Portugal não é a coutada destes individuos que tomaram conta do poder e que não ficaremos calados e de braços cruzados.
Se a situação é de emergência, como eles dizem mas não declararam, como deviam, então também o é para as pessoas que estão a ser esmagadas
justificando-se o uso de todos os meios legais, claro, ao dispor para fazer face a todas estas malfeitorias.
Quando um qualquer ladrão nos rouba temos não só o dever mas a obrigação de reagir impedindo-o.
Esperemos pois que as pessoas reajam.
De P.M.Lopes a 31 de Outubro de 2011 às 11:11
'Quo vadis' PS ?
«1. Segundo uma sondagem divulgada ontem pelo Expresso, 81% dos portugueses discordam do Orçamento do Estado para o ano de 2012. O Orçamento não é uma lei qualquer, é o documento político por excelência. Nele estão plasmadas as escolhas fundamentais do Governo, as traves mestras do que vai ser a governação. A conclusão seria óbvia: em apenas quatro meses os cidadãos arrependeram-se de terem dado uma maioria confortável aos partidos da coligação. Para reforçar esta ideia, e pela mesma sondagem, quase 60% dos portugueses afirmam não confiar neste Governo. Em resumo, nem pensam que o caminho político a seguir é o certo, nem confiam nas pessoas que o vão implementar. No entanto, se as eleições fossem hoje o PSD e o CDS voltariam a obter aproximadamente os mesmos resultados que em Junho passado.
Convenhamos, ele há coisas que aparentemente desafiam toda a lógica. No entanto, as pessoas têm comportamentos mais racionais do que à primeira vista se pode pensar. Não há quem não saiba da impossibilidade da mudança de governo nas actuais circunstâncias e do caos que se instalaria se por qualquer motivo fôssemos empurrados para eleições. Por outro lado, os processos de erosão de popularidade começam sempre da mesma maneira: primeiro contestam-se as políticas e só depois se materializa a vontade de mudança.
Simplesmente, a contestação não pode ficar eternamente no ar. Os cidadãos, em democracia, precisam de quem corporize as alternativas, e, de facto, neste momento não existe ninguém, pelo menos visível, capaz de o fazer.
Ache-se o que se achar sobre as opções do Governo, o caminho do Governo é notório, claro e evidente. O do PS ninguém sabe. Os socialistas não apresentam alternativas, não têm discurso, nem ru-mo, nem liderança. É um vazio total e absoluto. Conseguem cair no mais absoluto ridículo quando numa altura destas falam de pacotes contra a corrupção e propostas de tectos salariais para gestores públicos.
É verdade que o papel a desempenhar pelo PS nunca seria fácil. Entalado entre os últimos seis anos de governação, que António José Seguro renega, e o acordo de assistência financeira negociado pelo seu partido, o espaço para fazer oposição seria sempre reduzido. Mas o Governo fez-lhe um enorme favor e escancarou-lhe a porta de saída: optou por ir politicamente muito para lá dos acordos com a troika e fez escolhas em sede de orçamento, no mínimo, discutíveis. E o que faz o PS? Rigorosamente nada. E se não consegue construir uma alternativa face às opções radicais do Governo, ou estamos perante um caso de incompetência total, ou então, no fundo, concorda com as opções da maioria, apesar dos remoques e da retórica apatetada. Pode muito bem ser isso, pode ser que o caminho escolhido pelo PSD e CDS seja também o do actual PS e, nesse caso, em razão desse consenso, está na prática a disponibilizar-se para aderir à coligação.
Só que António José Seguro pode não ser um líder político capaz, mas de política partidária tem um doutoramento fruto da única coisa que fez na vida: militar num partido. Ele sabe que o seu futuro dentro do PS estaria condenado se fosse para o Governo.
O que parece ignorar é que abstendo-se na votação para o Orçamento e não construindo uma alternativa política sólida e credível está a validar todas as opções governamentais e a entregar a oposição aos partidos anti-sistémicos, a movimentos inorgânicos e ao Presidente da República, hoje por hoje a única voz institucional oposicionista do campo da democracia liberal.
Se 80% dos portugueses não concordam com o Orçamento e 60% não confiam no Governo e, mesmo assim, Seguro não tem nada a dizer, das duas uma: ou o secretário-geral do PS não é homem para liderar o partido ou os socialistas demitiram-se de fazer oposição e são um peso morto na democracia portuguesa. Não há português, amante da democracia e consciente do papel fundamental do PS, que não prefira a primeira opção.
2. Nunca tive dúvidas de que Assunção Esteves seria uma excelente presidente da Assembleia da República. A maneira como não pactuou com a incompetência mostrada pelo Governo quando este se "esqueceu" de entregar as Grandes Opções do Plano mostra mais uma vez que temos alguém com verdadeiro sentido de Estado e de serviço público a dirigir o Parlamento
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