De . Grande irmã Grécia . a 2 de Novembro de 2011 às 15:16
------- A vez dos gregos
«As bolsas europeias abriram esta manhã em queda acentuada, depois de o Governo grego ter anunciado ontem, ao final da tarde, que vai levar a referendo o segundo pacote de resgate acordado na última cimeira europeia e que tem como pressuposto o ''perdão'' de 50% da dívida grega pelos credores privados.
É sabido que a maioria dos gregos é contra o plano e as consecutivas medidas de austeridade, o que aponta para o provável chumbo do pacote.
O primeiro-ministro assegurou ontem que a decisão saída do referendo será vinculativa, ou seja, se o plano for chumbado, a Grécia não o aplicará.» [Agência Financeira]
Parecer do Jumento:
Os gregos têm sorte, a sua opinião é ouvida.
«Sugira-se a Passos Coelho que leve a sua pinochetada orçamental a referendo.»
----------- Note-se que os factores/agentes em jogo não são claros:
- possibilidade de Golpe / Revolução
(militar? civil/popular? prá ditadura ? prá saída do Euro? contra a capitalismo financeiro agiota? contra o desemprego/ cortes/ privatizações ? ...)
- Reflexão/ chamada de atenção interna (do Pasok? do povo?...) ou externa ? ... sobre o Caminho da Tragédia económica ? valerá mesmo a pena seguir as indicaçõers da troika ?
- Não haverá mesmo outra via de superar a crise ... sem ser com cada vez mais sacrifícios para os trabalhadores/ povo ?
- O que é que dizem os ''economistas desalinhados'': Auditoria da dívida, Negociação, saída do Euro, ... ? os bancos que paguem a crise (até porque foram eles que a provocaram) ?!
------------ Entre Espada-Parede: a Palavra ao Povo !
Papandreu e o referendo
Com esta do referendo, Papandreu talvez meta o porta-aviões ao fundo mas, neste jogo de batalha naval, em que
os tutores da UE e dos países do euro, têm pusilanimemente, andado a brincar com o fogo e com o povo da Grécia,
talvez tenha "entalado" a Sra Merkel e o seu acólito, o Sr Sarcozi.
Entretidos com as suas agendas eleitorais, curvados perante a finança nacional e internacional e as agências de notação,
a Srª Merkel e o seu partenaire francês, foram com soberba e irresponsabilidade, deixando durante um ano e meio a Grécia e o povo grego arder em lume brando.
Com meias medidas, com falsas medidas e falsas ajudas, com hesitações e adiamentos, deixaram as labaredas ir queimando a Grécia
- afinal são gregos, gente do Sul que trabalha pouco - sem perceber que o fogo não ficaria por ali, pelo Sul "preguiçoso".
O fogo estava ateado no euro, não queriam ver ?
Com esta do referendo Papandreu talvez acabe com o Euro e a UE mas, entre a espada e a parede, entregou, em referendo, a decisão aos Gregos, numa Europa que nunca foi nem aceita, com 25 governos de direita em 27, ser uma Europa dos cidadãos.
----------- Lembrar: Grécia, pigs, Portugal, U.E.
Amor com referendo se paga
Há uns anos atrás a Europa andou tempos e tempos a negociar uma constituição e na hora da sua aprovação os franceses juntaram comunistas e fascistas num referendo e acabaram por recusar o projecto europeu.
Agora são os franceses a estarem muito indignados porque o primeiro-ministro grego ter decidido perguntar aos seus cidadãos se estavam de acordo com o resgate da dívida grega tal como foi decidido pelas potências europeias.
Parece que a democracia europeia é uma questão de preço, só a pode praticar quem tem dinheiro para isso e pode mandar a Merkel e o totó do Sarkozy apanharem gambuzinos.
A verdade é que temos assistido a uma imensa panelinha europeia com muitos países, incluindo alguns tão enrascados como os gregos, a cozinharem uma solução que trame apenas os gregos.
Nunca a Europa desceu tão baixo como está a suceder com esta vaga de líderes de direita que a governa,
os ingleses gozam com o euro, os analistas londrinos chamam pigs a povos europeus, qualquer borra botas europeu auto-elogia-se dizendo que não podem ser comparados aos gregos, ...
De . Observar e/ou seguir a Grécia ..?! ... a 2 de Novembro de 2011 às 15:19
Lembrar: Grécia, pigs, Portugal, U.E.,
Amor com referendo se paga
...
No meio de toda esta palhaçada sacrificavam-se os gregos, o governo de direita português antecipa-se à Merkel e trama os portugueses e tudo se resolvia da melhor forma.
Mas veio o Papandréu e lembrou-se de que a Grécia é o berço da democracia e neste capítulo nada tinha que aprender com bárbaros que ainda hoje poupam na água.
O homem lembrou-se de fazer um referendo e a mesma Europa que foi à Líbia ajudar a matar e empalar o Kadafi e impor a democracia à força da bomba,
ameaça agora a Grécia com a chantagem de não a ajudar se insistir nessa idiotice de ouvir a opinião do seu povo, gente menor que deve ser tratada à bastonada e se forem apoiantes de um Kadafi até merecem levar com umas bombas da NATO pelos cornos abaixo.
Só que agora somos todos gregos, muito antes de o referendo se realizar já a Itália estará à porta do BCE e
nessa altura os fracos dirigentes europeus vão lembrar de quanto recusaram à Grécia, Portugal e Irlanda,
dos juros brutais que lhes impuseram a troco de falsa ajuda,
das chorudas comissões que lhes cobraram,
das expressões humilhantes que usaram e
da forma vergonhosa como gozaram com a sua soberania.
Vão lembrar-se dos tempos em que a senhora Merkel pedia a todos os países europeus para que não adoptassem políticas restritivas como resposta à crise do subprime e
da Comissão Europeia ter decidido suspender os limites ao défice prometendo que não seriam iniciados processos por défices excessivos.
Tal como por cá a direita também se vai lembrar de quando chumbava orçamentos com o argumento de não apostarem no crescimento ou de quando chumbou o PEC porque foi feito nas costas do país e era austeridade a mais.
Pela boca morre o peixe e vai divertido ver os que por cá acusaram Sócrates de ter feito o PEC em segredo
virem agora criticar os gregos por se terem libertado da asfixia democrática e levado a austeridade a referendo.
Não será melhor do que fazer como o governo português que optou por fazer ameaças contra eventuais tumultos e como resposta aumentou o orçamento das polícias ao mesmo tempo que cortava brutalmente na educação e na saúde?
Não será mais saudável a democracia do que a pinochetada orçamental do Gaspar?
A total ausência de sensibilidade social e devisão política destes amanuenses promovidos a políticos impede-os de perceber que estão a conduzir a Europa para a maior crise social e política do pós guerra.
Vão perceber que na Europa há valores bem maiores do que os dos mercados e riscos bem mais perigosos do que as crises financeiras.
OJumento
De Sacrifícios e vampiros a 2 de Novembro de 2011 às 16:29
A saída para os sacrifícios é tornar-mo-nos todos gregos. ou seja mais sacrifícios mas acabando com os vampiros financeiros.
De Igreja contra a alta finança a 3 de Novembro de 2011 às 10:40
Apear os ídolos da alta finança
(-por AG , 3.11.2011 CausaNossa)
Não, não é radicalismo meu a invectivar nada.
É o que propõe num artigo do Financial Times de hoje o insuspeito Arcebispo de Cantuária.
Que endossa o apoio do Vaticano à proposta de um imposto sobre transações financeiras.
Para investirmos na economia real em vez de continuarmos a estimular a especulação gananciosa da finança
que amestra políticos e governantes para gerir a economia "financeirizada".
Que destrói riqueza e emprego e nos precipitou nesta crise de que não vemos ainda o fim.
De Grego deixa de ser amestrado ! é Democra a 3 de Novembro de 2011 às 10:49
O grito do "Ipiiggrego"
(o BASTA do PM Grego, ao vampirismo agiota da troika e alta finança sem pátria)
(-por AG )
"Chazinho de camomila a rodos, recomenda-se.
Tanto mais que, se caminharmos para a bancarrota, não iremos sozinhos - o Euro vai connosco.
Antes tremerão os maninhos bancos espanhóis, alemães, franceses, britânicos e todos os que cá investiram, empurrando-nos para o endividamento fácil mas suicida.
Talvez então Merkeles e seus amestrados no Conselho Europeu se assustem, acordem e façam o que há a fazer.
Para salvar Portugal, mas sobretudo para salvar a Europa.
No fundo, para se salvarem a si próprios e de si próprios."
Isto escrevi eu aqui no Causa Nossa nos idos de Abril de 2011, sobre a pressão brutal que a banca portuguesa e os parceiros europeus exerciam então sobre o governo de Sócrates para que recorresse ao resgate troikista.
Sócrates, ele mesmo amestrado, acabou por sucumbir. E a ter de entregar o poder à direita neo-liberal que se quer mais troikista do que a troika a fazer os portugueses que não tiveram culpa da crise pagar por ela e com palmatória. Com a ajuda do PCP e do BE, sublinho, pressurosas parteiras a ajudar ao parto da tripla Coelho/Relvas/Portas.
Recordo o que escrevi em Abril porque tudo se volta a aplicar agora, sete meses volvidos, neste turbulento inicio de Novembro.
Na primavera Portugal foi salvo da bancarrota "in extremis", pelo menos temporariamente, o euro lá foi continuando a mancar e os piigs a amargar as punitivas rações merkozys.
Mas agora a doença congénita do Euro chega a Itália, a Espanha, a Bélgica e até ao coração do Directório merkozy, a França!
Os piigs estão a contaminar o curral e, não tarda, os bancos e a economia teutónica vāo sentir o contágio!!!
O PM Papandreou pensou melhor, vendo-se bem grego com as castigadoras raçōes "merkozys" servidas nas duas ultimas Cimeiras Europeias
- a divida publica grega estará em 120% do PIB em 2020, apesar do "haircut" de 50% aplicado aos credores privados,
o desemprego vai subir aos 20% (16,5 % oficialmente) a que já chega hoje,
o PIB vai continuar a contrair-se alem dos 7,3 negativos a que hoje se reduz,
exigiam-lhe mais cortes nas reformas dos pensionistas e despedimento de 150.000 funcionários públicos em troca de uma mão cheia de bolotas podres...
E, vai daí, sem mais nem ontem, decidiu assumir as suas responsabilidades face ao povo grego que já está draconianamente a pagar a crise
e devolver-lhe a escolha, em vez de entregar, em eleições, o poder à direita sem vergonha que precipitara a crise e queria voltar a chafurdar nela.
No fim de contas, o pacote de ajustamento europeu inclui gravíssimas alterações ou violações da Constituição,
alem da efectiva e ostensiva transferência de soberania que a Troika permanente que lhe foi imposta comporta:
nada de mais adequado para referendar pelo povo.
Sendo que a escolha será dramática: ou isto ou sair do euro, nada menos.
Enfim, o piig helénico desistiu de se comportar como amestrado e convocou um referendo, sem sequer avisar ninguém.
Abriu a caixa de Pandora !
Que já estava entreaberta, pois a falência do Fundo MF Global, na véspera e alem atlântico, já deixava ver que a ultima Cimeira europeia parira mais uma ratazana...
O piig Papandreou assusta e abala assim os outros piigs, mai-los Merkozys que julgam ser donos e donas dos piigs e capazes de os amarrar ao empobrecimento forçado.
Expõe lhes a estultícia, o embuste, a incompetência, a tacanhez.
E mais, eles vão rapidamente perceber o que hoje ainda se obstinam em não ver:
que a possível bancarrota da Grécia arrasta a deles,
a dos Merkozys, que se candidatam a ficar na História por afundarem o euro e o projecto europeu.
Pode não parecer, mas um inestimável serviço pode estar, afinal, a ser prestado à Europa pelo corajoso piig ateniense, por meio do iconoclasta grito do Ipiiggrego que anuncia o referendo.
De PERIGO:tolos devedores,Agiotas credores. a 3 de Novembro de 2011 às 10:54
Os credores dependem dos devedores
(-por AG )
Explica Martin Wolf no FT de hoje.
Explicações que a dona Merkel e seus conselheiros económicos teutónicos precisam urgentemente de receber.
Inclusive para desistirem dessa perigosa ideia de por a Europa a pedinchar aos chineses para reforçar o FEEF:
"A eurozona parece ter decidido que precisa da ajuda chinesa.
Por que é que os seus membros assim pensam é incompreensível.
Há dinheiro disponível na zona euro.
O que falta é a vontade de aceitar os riscos de perda. Mas, como o economista chinês Yu Yongding escreveu no FT, a China não assumirá esse risco".
(...)
Seria de bom senso admitir que tem havido demasiado endividamento pelos gastadores porque houve muito emprestanço pelos supostamente prudentes.
Uma vez que se entenda que ambos erraram, ambos devem ajustar-se.
Impor um ajustamento unilateral a grandes endividados não funcionará.
Como a Grécia parece estar a demonstrá-lo, os devedores podem infligir muito dano a toda a gente - como os EUA descobriram na Grande Depressão.
(...)
Os credores não vendem a Marte.
Estamos todos no mesmo planeta. Ponham se de acordo em corrigir os erros, já".
De .INCOMPETÊNCIA ou... dos líderes Europeu a 3 de Novembro de 2011 às 12:41
Europa está a dar um festival de incompetência, diz presidente do BCP
Ontem às 21:15O presidente do Banco Comercial Português, Carlos Santos Ferreira, entende que as respostas da "eurolândia" à crise da dívida soberana têm sido um grande tiro no pé.
(O jornalista Hugo Neutel escutou as críticas do presidente do BCP, Carlos Santos Ferreira)
Para Carlos Santos Ferreira difícil é escolher a pior das medidas europeias de combate à crise da dívida.
A "eurolândia" limitou-se a ajudar a destruir aquilo que até agora era considerado um activo sem risco, as obrigações dos países da Zona Euro.
Uma prova, diz o presidente do BCP de incompetência multiplicada por 17.
«Poucas vezes na minha vida assisti a um festival de incompetência tão grande como aquele que foi dado pelos líderes europeus.
Eu considerava que as decisões eram más e para mim a pior das decisões é ter-se transformado um activo livre de risco, a dívida soberana de um país da União, num activo com risco», criticou.
Um risco que já está a afectar, e muito, a Banca europeia.
Em Portugal, como no resto da zona euro, as acções dos principais bancos estão a cair a pique, as do BCP estão a valer cada vez menos.
Mas isso não preocupa o presidente da instituição que afirmou que «a robustez de uma banco não tem a ver com a cotação das acções».
As dificuldades dos bancos não se devem ao desempenho em bolsa e também não se resolvem com fusões. É má altura para isso.
«O mercado português não está a crescer, pelo contrário, e efectivamente, as sinergias traduzem-se em encerramentos de balcões e despedimentos», referiu Carlos Santos Ferreira.
Restam os aumentos de capital ou o recurso aos 12 mil milhões disponibilizados pela troika.
E se o BCP tiver de recorrer a esse expediente, Santos Ferreira não perde o sono, até porque já trabalhou para o accionista Estado.
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Esta INCOMPETÊNCIA dos líderes Europeus (Comissão E., Conselho Min.Fin.E., BCE, ... Governos dos 27) e nacionais, públicos e privados é o que mais se nota.
A não ser que a incompetência seja o disfarce actuação DOLOSA, criminosa, em benefício próprio e dos seus familiares e apaniguados/sócios ... e/ou ao serviço da alta finança..
De .UE tem de mudar de caminho !. e G20 tb. a 3 de Novembro de 2011 às 11:10
Quem acode à EU e zona Euro?
Ninguém. Só ela própria.
Se a UE não muda "de caminho" vai ficar mesmo pelo caminho.
A Europa é um pigmeu político com um monstro financeiro nos braços pelo que não tem braços para o segurar.
Tem um BCE que só tem parte das funções de banco central, estatuto imposto pela Alemanha.
Tem agora o FEEF quase com mais funções que o BCE mas sem credibilidade e ferramentas próprias para actuar e sem capacidade financeira.
Pensa apelar para os países emergentes, sem ter pensado nas contrapartidas que tem de dar para ter sucesso.
Ou muda de trajectória ou não vai longe.
As políticas de austeridade que estão a ser seguidas para o combate à crise financeira dos países são exactamente o contrário do que se devia fazer,
com a agravante de que são políticas impostas aos países e contra a vontade dos povos.
A nenhum país é permitido experimentar outro caminho.
A receita é da redução das despesas públicas.
Cortar despesas, cortar despesas, cortar salários, cortar despesas em domínios essenciais como a saúde, a educação, a segurança social, cortar investimentos essenciais.
Ninguém defende que não deva haver uma racionalização apertada nos custos.
Ninguém defende que o aparelho de Estado, no seu sentido mais amplo, não deva ser repensado.
Sem dúvida, estamos face a um processo urgente que acarretará reduções muito significativas nas despesas.
Mas tudo o que seja reduzir consumo, às cegas:
reduzir poder de compra, não apostar numa fiscalidade equilibrada e generalizada a todos os rendimentos é e será um descalabro em termos de economia.
É exactamente o contrário disto que a UE preconiza.
Etiquetas: Situação crítica, UE
# posted by Joao Abel de Freitas, PuxaPalavra
----------- UE precisa de :
- melhor regulação financeira, de taxar as transacções financeiras;
- de acabar com a fuga aos impostos feita através das 'offshores'...
- um orçamento comum e taxas/impostos harmonizados;
- mais Democracia interna e de con-Federalismo;
- ...
De MEDO da Democracia e chantagem à Grécia. a 3 de Novembro de 2011 às 11:27
O medo da democracia
«Bastou o primeiro-ministro grego anunciar que consultará o povo, através de referendo,
sobre as novas e gravosas medidas de austeridade
e perda total da soberania orçamental impostas ao país pelos "mercados"
e seus comissários políticos em Bruxelas e nos governos de Berlim e Paris
para cair a máscara democrática desta gente.
Na pátria da Democracia, o Governo decide-se por um processo democrático básico
e Sarkozy fica "consternado" e considera a decisão "irracional" enquanto alemães e FMI se mostram "irritados" e "furiosos" com ela.
E Merkel e Sarkozy assinam um comunicado conjunto dizendo-se "determinados" a fazer com que a Grécia cumpra as suas imposições e lhes ceda o que ainda lhe resta de soberania;
só lhes faltou acrescentar "queiram os gregos ou não queiram" e mobilizar a Wehrmacht e a "Force de Frappe"...
Até Paulo Portas, ministro de uma coligação eleita com base em compromissos eleitorais imediatamente rasgados mal tomou posse, está "apreensivo".
O medo que esta gente, que tanto fala em Democracia, tem da Democracia é assustador.
Aparentemente, o projecto de suspensão da Democracia por 6 meses (ou por 48 anos) estará já em curso.
Pinochet aplicou no Chile as receitas de Milton Friedman suspendendo sangrentamente a Democracia.
Como é que "boys" de Chicago como Gaspar ou Santos Pereira, que chegaram a ministros sem nunca antes terem governado sequer uma mercearia, o fariam em Democracia?»
[Jornal de Notícias], Manuel António Pina.
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A UE faz chantagem sobre a Grécia
«União Europeia (UE) planeia congelar a sexta tranche de ajuda internacional à Grécia, no valor de oito mil milhões de euros, até à realização do referendo anunciado pelo Governo helénico.
A informação, veiculada pela agência EFE com base em fontes comunitárias, surge no momento em que estão reunidos em Cannes, na véspera do começo do G20, a chanceler alemã Angela Merkel, o presidente francês Niholas Sarkozy, e representantes da UE, do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Eurogrupo e do Banco Central Europeu (BCE).» [DN]
Parecer:
Isto vai acabar muito mal.
«Espere-se para ver.»
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Direita europeia paga pela irresponsabilidade
«As quotas de popularidade do primeiro-ministro e do governo italiano continuam em queda livre, enquanto a esquerda apresenta uma vantagem de 10 pontos percentuais face à direita, indicou uma sondagem hoje publicada.» [DN]
«A maioria dos alemães está contra um terceiro mandato da chanceler Angela Merkel, após as legislativas de 2013, indicou hoje uma sondagem do Instituto Forsa para a revista Stern e a televisão privada RTL.» [DN]
Parecer:
Daqui a uns meses teremos a Europa à esquerda com o coitado do Durão Barroso na Comissão e a família dos Batanetes a governar Portugal.
De Há opções e ALTERNATIVAS ao Empobrecim.! a 3 de Novembro de 2011 às 11:39
Das alternativas
(-por João Rodrigues, 2.11.2011, Ladrões de B.)
Os que dizem que não há alternativa à actual política do empobrecimento desigual
devem ler o artigo, hoje saído no Público, de que o José Maria Castro Caldas é um dos co-autores:
“As opções da Europa, o Orçamento de Portugal e as alternativas”.
http://twitpic.com/79qx13/full
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Por quem os sinos dobram?
Na sequência do anúncio da realização de um referendo sobre a nova «ajuda» europeia à Grécia (o tal «perdão», cujos reais contornos o Nuno Teles aqui assinalou),
o primeiro-ministro George Papandreou foi intimado pelo directório Merkosy (a hidra bicéfala, na certeira designação de Sérgio Lavos) a reunir hoje em Cannes.
Num mundo razoavelmente sensato e minimamente lúcido, esta reunião teria sido já há algum tempo solicitada pelo próprio Papandreou,
confrontando directamente Merkel e Sarkosy (e indirectamente o rebanho de líderes europeus que se abriga à sombra desta dupla medíocre)
com os danos devastadores causados ao povo e à economia grega, decorrentes da insistência criminosa na via austeritária.
Uma «chamada à pedra» para justificar os impactos recessivos fulminantes que resultam dos «ajustamentos» e que foram reconhecidos pela própria Troika, no tal relatório «estritamente confidencial» que é do conhecimento de todos.
(-por Nuno Serra às 2.11.11, Ladrões de B. )
De .FALSOS : ''perdão'', ''ajuda'', troika, a 3 de Novembro de 2011 às 11:45
Algumas razões para os gregos votarem "não"
A mistificação em torno do alegado "perdão" da dívida grega é extraordinária.
Primeiro, qualquer notícia de Telejornal anuncia triunfalmente um perdão da dívida em 50%.
Estamos já fartos de saber que não é o caso.
No entanto, de forma aparentemente mais honesta, somos informados pela imprensa que se trata de um perdão da dívida privada em 50%, no valor de 100 mil milhões de euros.
Felizmente, há quem faça o trabalho de casa, neste caso o Financial Times, e tente perceber melhor os contornos do acordo.
Segundo o FT, existem duas contrapartidas previstas neste acordo:
1- Um mecanismo de compensação (que erradamente pensei ser europeu e que ninguém sabe como vai funcionar) no valor de 30 mil milhões de euros para os credores estrangeiros.
Estes 30 mil milhões são emprestados pela troika e por isso contam como endividamento grego;
2- Um outro pacote de 30 mil milhões de euros para recapitalizar a banca grega, de forma a compensar os efeitos do... perdão à dívida.
De repente, os 50% já não o são.
Substitui-se, na verdade, dívida privada por dívida "oficial", da troika, cujo estatuto legal é "blindado".
Finalmente, a imprensa continua a anunciar a redução da dívida para 120% do PIB em 2020, o que, como já aqui assinalei, assenta em pressupostos inverosímeis.
E que tal olhar para o "nada-secreto" documento da troika e observar o impacto imediato, no todo da dívida pública grega, deste anunciado perdão?
(-por Nuno Teles às 2.11.11 , Ladrões de B.)
De .1% contra 99% de espoliados/explorados. a 3 de Novembro de 2011 às 11:54
-----D., H disse...
Esse perdão, que mais parece uma condenação, quer afinal ainda maior sofrimento sobre o povo grego!
Bem podem andar a dizer que vão “perdoar” de 20 a 50% da dívida grega (depende da perspectiva da engenharia financeira), que isto não altera o sentimento das pessoas.
E a cereja em cima do “perdão” seria a “imposição da administração do condomínio” in situ, para tomar conta deles…
É uma pena, esta Europa!
Não vejo como Merkel+Sarkozy queiram sequer ouvir falar de alternativas.
----- Bilder disse...
- Para quem trabalham esses dois que trocam abraços e ursinhos?
www.senhoresdomundo.blogspot.com
(para a alta finança sem pátria, que tudo corrompe ou mata )
De Começar a Revolução. a 3 de Novembro de 2011 às 17:42
É assim que as revoluções sociais começam
(-OJumento)
Cortam-me mais de 20% do rendimento, retiram-me todos os direitos, expõem-me socialmente como um gandulo responsável por todos os males,
ameaçam-me com o despedimento, não me dão quaisquer garantias quanto ao futuro, mantêm-me agarrado a um estatuto que me restringe a liberdade como não sucede com qualquer trabalhador, dizem aos meus filhos que emigrem.
É isto que o meu país e os seus responsáveis políticos me oferecem, algo como a Rússia dos tempos do Ieltsin.
Os trabalhadores por conta de outrem não terão melhor sorte, iludiram-nos ao manter-lhes os subsídios com o falso argumento de que ganham menos do que os do Estado,
mas não foi necessário esperar muito tempo para que se multiplicassem a propostas para que lhes sejam reduzidos os rendimentos.
O Álvaro não dorme pensando em formas de desvalorização do trabalho no sector privado, querem que se trabalhe mais 170 horas por ano à borla, já falam em reduzir feriados e em cortar dias de férias, alguns já pedem o corte dos subsídios à semelhança do que querem fazer no Estado.
A mensagem do governo aos empresários é clara, tratem de tramar os vossos trabalhadores porque o governo vai tramar os seus.
O país assiste à maior operação de redistribuição do rendimento ocorrida na história do capitalismo português,
pretende-se que em dois ou três anos e a coberto de uma crise financeira que há seis meses era negada se retire aos trabalhadores mais de um quarto do seu rendimento,
seja sob a forma de cortes salariais, de aumento da carga horária ou do aumento brutal de impostos.
E nem há qualquer preocupação para dar ares de quem está preocupado com a equidade social, muito simplesmente vai-se ao pote.
Julgam que para evitar tumultos basta governamentalizar a caridade e reforçar o orçamento da polícia.
O governo está a ignorar o sentimento de revolta que cresce nos portugueses,
despreza as consequências políticas de estar a adoptar medidas brutais justificando-as com mentiras sucessivas,
não mede a consequência da brutalidade das suas decisões, faz que não vê o sofrimento que está a infligir em dezenas de milhares de famílias que estão sendo condenadas à insolvência.
Estes Batanetes estão convencidos de que basta contratar alguns jornalistas manhosos,
pedir ao Correio da Manhã para fazer manchetes contra o Sócrates, sugerir ao director do DE que faça sucessivos editoriais dignos do Jornal da Madeira,
acenar com a privatização da RTP para manter os grupos empresariais da comunicação social na ordem ou
contratar alguns bloggers comunistas para o gabinete do Miguel Relvas para conter a revolta que vai enchendo a panela de pressão em que Portugal se está transformando.
Estes Batanetes ignoram que um dia a revolta poderá ter mais força do que o medo
e nessa hora não haverá orçamento da polícia que contenha todo um povo.
Ignoram que como se tem visto nas sondagens a sua pinochetada orçamental vai contra a vontade dos portugueses, que
já todos perceberam que os desvios colossais não passam de mentiras manhosas e
que está em curso uma política que alguns defendem desde há muito e que nada tem que ver com a crise financeira,
uma política que não foi a votos, que foi escondida dos portugueses e que está a ser implementada contra a sua vontade.
-----CCastanho:
O Passos, e seus estarolas, querem convencer-nos de menos Estado para um melhor desempenho dos Empresários no desenvolvimento económico.
O que dirão agora estes estarolas "Passistas", com o pedido de entrega ao Estado do Europarque feito pela AEP-Associação Empresarial Portuguesa sediada no Porto- sob liderança do patrão dos patrões o Sr Ludgero Marques,
por considerarem que é um projecto megalómano com custos incomportáveis fruto de uma má prospecção de mercado? E que não serve para nada. Ou muito pouco.
Responsáveis por isto há !... Temos é que dar nome aos bois.
-----
O barco em que agora navegamos tem como timoneiro e restante tripulaçáo pessoas desclassificadas, isto é:
- Chulos, gatunos, parasitas, ratos,toupeiras, vermes e outros que tais.
Perante a injustiça, humilhação e desprezo, resta-nos a indignação, ódio e o ressentimento que nos impele à desinfestação da praga que agora nos comanda.
De ..Dizer NÃO ao garrote da Finança ultra- a 4 de Novembro de 2011 às 11:26
A alternativa
Nas televisões a pergunta tornou-se um ritual:
- mas há alternativa?
Em causa está o unânime reconhecimento de que o governo impõe ao país uma política cruel em nome da vaga esperança de que um dia a economia voltará a crescer sem novo endividamento.
E, à boleia da austeridade selvagem e inútil, o governo aproveita a oportunidade para reconfigurar a sociedade portuguesa segundo o modelo neoliberal anglo-saxónico sem que o país tenha voto na matéria.
Pois bem, a minha resposta é “Sim, há alternativa”.
Quando digo que há alternativa refiro-me à estratégia de um governo determinado a defender o interesse nacional, face à UE e face ao bloco central dos negócios que recruta cúmplices entre os agentes do Estado.
Um governo decidido a romper com os preceitos da doutrina neoliberal consagrados no Tratado de Lisboa.
Um governo que não está à vista, é certo, mas um governo que os portugueses vão ter de eleger se quiserem mesmo evitar um empobrecimento geral por longas décadas.
...
Dentro de pouco tempo, a Itália (tal como a Grécia e Portugal, ...) concluirá que não pode pagar os juros do mercado.
Qual é a fonte de financiamento que lhe resta para além do Banco de Itália?
(Hoje no jornal i) (-por Jorge Bateira , Ladrões de B.)
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A CORAGEM e jogada de mestre do PM Grego parece que foi torpedeada...
no encontro com 'Merkozy'/G20 (reunião paga... pelos bancos),
Recuou Papandreo (PM grego) (aliás o apoio de parte dos seus ministros e parlamentares também já tinha sido recusado para o REFERENDO e para a próxima moção de confiança ao seu governo)...
e a DIREITA que desgovernou/enterrou a Grécia já veio exigir participar num governo de ''unidade nacional''...
o Referendo já não deverá avançar (moção de confiança derrotada?) e se o for será imposta uma pergunta completamente diferente e enviesada, para AMEDRONTAR os cidadãos gregos e levá-los a votar 'Sim' ao novo acordo com a Troica e ao agravamento da Austeridade....
Mas valeu a tentativa (embora seja o 'canto de cisne' do PM Papandreo e do governo do PASOK) para criar o PÁNICO aos bancos/UE/Merkosy,
e mostrar que se os Povos/Estados/governantes quiserem mesmo há ALTERNATIVA ao garrote da Finança ultra-liberal agiota e ao capitalismo selvagem.
De Merkosy/alta Finança: NÃO à DEMOCRACIA ! a 4 de Novembro de 2011 às 17:08
O "NÃO" imperial
(-por Bruno Sena Martins, Arrastão)
Para muitos proposta de referendo resumiu-se à rotunda humilhação do seu proponente, George Papandreous, alguém que, pragmaticamente, terá acabado por perceber a magnitude da sua veleidade. Pois bem, é uma leitura respeitável que só peca por estar olimpicamente errada.
Ao aventar a hipótese de referendo, Papandreous desencadeou um outro escrutínio:
- "A construção europeia tem algum pingo de respeito pela democracia?"
À falta de referendo tivemos, pois, uma significativa eurosondagem em que o NÃO à DEMOCRACIA demarcou com maior nitidez as fronteiras do seu império.
No ostensivo esmagamento perpetrado pelo "Não ao referendo" está a dádiva de limpidez de Papandreous para toda uma geração de europeus.
De .. 99% somos Gregos; 1% de Ladrões. a 4 de Novembro de 2011 às 09:22
A Troica cobra uma comissão de 665 Milhões de euros
A Troica, isto é os representantes da "solidária" União Europeia, dos "parceiros" do Euro, do "nosso" Banco Central Europeu (somos um dos accionistas), do "nosso" FMI (somos um dos seus membros),
pois a Troica - dizia - com o júbilo e empenho ideológico dos seus subordinados "Passos, Gaspar, Álvaro & Cia Lda", cobram pelos seus serviços - para nos dizerem o que temos de fazer e o que não temos de fazer -
uma comissão de... imaginem, é uma comissão, não são os juros predatórios que temos de pagar pela "ajuda"... é uma comissão de 665 milhões de euros. 665 milhões. Não é gralha. Faz parte da "ajuda". É um complemento da "ajuda".
E eles têm razão. Claro que têm razão, isto é, têm a força, são afinal, o verdadeiro, o legítimo capital financeiro especulativo.
E a ordem que nos rege é a de que quem têm FORÇA explora, submete, humilha, suga até ao tutano os que têm menos força, até onde estes o permitirem.
É o dogma, o alfa e o ómega do capitalismo neo-liberal à solta, agora sem o pavor do comunismo que o travava.
Sim que a "canalha", com as costas quentes, com a União Soviética lá atrás, podia fazer-lhes a partida, mesmo recusando intimamente o outro império, podia ameaçar juntar-se-lhe.
Eis o tão querido neo-liberalismo, guia ideológico de "Passos, Gaspar, Álvaro & Cia Lda":
deixai o campo livre às forças e à "inteligência" dos mercados, fora o Estado "gordo", fora com essa invenção estúpida e "gorda" do estado social "gordo", abaixo o Estado "gordo" e as suas regulamentações odiosas que só atrapalham o bom andamento da "nossa" liberdade.
A ordem vigente é assim, não há surpresa e sendo assim e não havendo força, no imediato, para a subverter
é obrigação de um governo dos portugueses defender a esmagadora maioria dos portugueses (ficam de fora, naturalmente os que constituem o prolongamento dos que nos sugam) minimizar efeitos nefastos desta ordem.
Mas o governo de "Passos, Gaspar, Álvaro & Cia Lda":
não só NÃO faz isso como diz que o futuro dos portugueses é empobrecer e afirma-o como quem aponta um desígnio.
Não só não minimiza os custos sociais da imposição do duunvirato "Merkel-Sarkozi", que usurpou, sem oposição, aliás, os poderes dos órgãos da UE,
como escarnece dos jovens e admoesta-os para que não fiquem "no conforto" do seu desemprego e "emigrem".
Estas e tantas outras atitudes destes governantes revelam uma agenda ideológica e
uma política que despreza a grande maioria dos portugueses, despreza os jovens condenados ao desemprego, os reformados, quem tem menos possibilidade de se defender e despreza os funcionários da administração pública que são afinal o suporte da acção do Estado.
É uma forma ODIOSA de manifestação da política do governo e é também uma mistura explosiva de ignorância, insensibilidade social e parvoíce.
A notícia daquela comissão de 665 milhões de euros não é nova mas hoje, ao relê-la, num artigo de opinião de Rui Pereira, no CM, voltei a indignar-me.
A revoltar-me.
Revolta é sem dúvida o sentimento que vai engrossando entre os "gregos" de Portugal.
Bem podem "Passos, Gaspar, Álvaro & Cia Lda" gritar que nós não somos a Grécia, como quem esconjura um perigo provável.
Não somos a Grécia é verdade, pois, por este caminho, ainda nos faltam alguns meses para nos vermos todos "gregos".
(# posted by Raimundo Narciso , PuxaPalavra)
De .Roubam-nos a Dignidade e a Democracia.! a 4 de Novembro de 2011 às 10:29
Abaixo a democracia !
(-por Daniel Oliveira, Expresso online)
Cedendo à pressão de um povo que assiste, atónito, à destruição do seu País e a sucessivos planos de austeridade que o afundam cada vez mais,
Papandreou, tentando salvar-se e encostar a oposição às cordas, marcou um referendo a mais um plano de "resgate".
As reacções não se fizeram esperar.
Os dois imperadores entraram em estado de choque. Opinadores da situação mostraram a sua indignação.
Quem é que esta gente se julga para querer repor a democracia no lugar da chantagem?
Quem pensa este povo que é para julgar que decide do seu futuro?
Não saberão estes irresponsáveis que quem decide são os mercados?
E depois dele a barata tonta alemã?
E depois dela, se ainda houver alguma coisa para decidir, o senhor Sarko?
Julgarão que não havendo democracia europeia podem, no lugar dela, existir democracias nacionais.
O general Loureiro dos Santos falou-nos, ontem, dos receios de um golpe de Estado na Grécia.
Parece-me que o receio vem tarde.
O golpe de Estado já aconteceu.
Em vários países europeus, começando pela Grécia.
Com violações sistemáticas às constituições nacionais - em Portugal elas acontecem com a cumplicidade do Tribunal Constitucional -,
o assalto estrangeiro aos recursos das Nações e a perda ilegal de soberania -
veja-se o poder que o directório europeu se tem dado a si próprio no processo de saque às empresas gregas a privatizar.
O que está a acontecer ali, agora (com a proposta de REFERENDO), é a tentativa de repor a legalidade democrática.
Perante as reações indignadas de tanta gente à decisão de devolver ao povo grego o veredicto sobre o seu futuro fica evidente uma coisa:
anda por aí muito muito "democrata" que odeia a democracia.
Porque ela pode travar a imposição de um programa ideológico que nunca seria sufragado pelo povo sem estar debaixo de chantagem.
A Grécia deu o primeiro passo para travar esta ditadura perfeita.
Se for até ao fim, pode salvar a Europa do caos político para onde se dirige.
Pagará um preço alto?
Mas ainda tem alguma coisa a perder?
Se os gregos aprovarem mais este plano de destruição do seu futuro - coisa nada improvável, perante o cenário que a Europa e os "mercados" lhes vão impor pelo seu atrevimento -
pelo menos terão tentado dar um sinal de dignidade em tempos que ela parece ser um bem escasso.
De Depressão e investim.públi: USA e Aleman a 4 de Novembro de 2011 às 10:57
A história nunca se repete?
(-por Sérgio Lavos, Arrastão, 2.11.2011)
1945.
A Europa estava em ruínas. Depois de uma guerra devastadora que apenas foi ganha pelos Aliados depois da intervenção dos EUA, os países europeus tinham regressado aos níveis económicos dos tempos da Grande Depressão.
Os EUA, o país que mais sofrera com essa crise, acabaram por recuperar, com ajuda do New Deal de Roosevelt, inspirado pelas ideias de Keynes, que basicamente passavam pelo reforço do investimento público e da redução de impostos.
Na Alemanha de Weimar, o caminho para combater a crise de 1929 foi exactamente o oposto:
contrair a economia, cortando nos gastos e no investimento público, na esperança de que o equilíbrio das contas públicas levasse ao crescimento da economia.
Estas políticas levaram a um descontentamento crescente da população, e, em 4 anos, 1933, Hitler ascendia ao poder, aproveitando o descrédito da República de Weimar, impulsionado por um populismo nacionalista e anti-semita.
Sabemos no que isto deu.
Depois da derrota de Hitler, os países ocupantes da Alemanha começaram por desmantelar a indústria e os meios de produção do país.
Mas depressa os EUA inverteram o rumo desta política.
Em 1948, começava a ser aplicado o Plano Marshall nos países europeus destruídos pela guerra iniciada pela Alemanha.
O plano consistia, muito resumidamente, na concessão de empréstimos a longo prazo e a juros baixos e também na atribuição de doacções.
Do total acumulado por todos os países, apenas cerca de 15% eram empréstimos.
O resto foi dinheiro transferido directamente dos cofres do Tesouro americano para a reconstrução da Europa (e entrada em força dos produtos, serviços e empresas americanos na Europa), para o estímulo das suas economias, para a recuperação do berço da civilização.
Sem o plano, a CEE provavelmente nunca teria nascido.
A Alemanha, durante o período em que esteve em vigor o Plano Marshall (até 1951), recebeu 1448 milhões de dólares (câmbio da época). O último pagamento dos empréstimos concedidos pelos EUA foi feito em 1971.
Mas falamos dos tempos de Harry Truman, de Konrad Adenauer, de Churchill, de de Gaulle. Com todos os defeitos que alguns deles pudessem ter, com todas as divergências políticas que pudessem eclodir entre eles,
eram sobretudos políticos com estatura, que souberam estar à altura dos acontecimentos e conseguiram em poucos anos reerguer um continente, perdoando o principal culpado da destruição, a Alemanha
- havia o perigoso precedente do castigo aplicado à mesma Alemanha após a 1.ª Guerra Mundial, e o bom senso imperou.
Agora temos Merkel, Sarkozy, Berlusconi, Barroso. Não é preciso dizer mais nada.
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O período de hiperinflação foi mais acentuado até 1923, quando havia mais instabilidade política e sobretudo económica - os alemão tiveram de pagar aos vencedores da 1.ª Grande Guerra.
Entre 1923 e 1929, a inflação não era tão acentuada e a emissõa de moeda baixou, o que levou ao período de ouro da República.
O crash de 1929 (não esqueçamos que se deveu sobretudo à especulação financeira nos EUA) acabou por arrastar a Alemanha.
O governo conservador decidiu então impôr políticas de austeridade com cortes extremos nas políticas sociais, o que provocou elevado descontentamento e a crescente popularidade do partido nazi.
E o problema do regime nazi não foi o forte investimento público, como bem sabe. Foi a sua ideologia extremista e expansionista. Hitler prometeu investimento público porque o povo estava descontente com a falta dele.
Chama-se oportunismo. E populismo.
De
Xa2 a 4 de Novembro de 2011 às 12:58
- CRISE ? : Problema, causas, soluções, demagogia, aproveitamento, ...
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- ''Dívida Soberana'' ?, '' dívida pública'' ? ou privada ? !!
1. o problema das ''dividas soberanas'' é que c. dois terços (da portuguesa) é dívida PRIVADA (bancos, empresas, famílias), e só é um problema porque os governos (de Direita em 25 dos 27 países da UE, e com políticas neo-liberais...) assumiram os problemas dos bancos, suas dívidas e má gestão.
2. É matematicamente IMPOSSÍVEL resolver a questão das dívidas públicas e privadas, sem abordar a questão da criação monetária pelo crédito com juros associados, porque estas são as CAUSAS da dívida !.
...
( como muito bem é explicado no vídeo «
http://www.youtube.com/watch?v=f7cJ_ZBiU-I&feature=player_embedded » do 'post' «Compreender a dívida pública» de FV em 3.11.2011 aqui no LUMINARIA. )
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3. É impossível sustentar os serviços de um ESTADO (mesmo ''magro'', reduzido, sem ''má gestão'') sem IMPOSTOS e estes terão de ser suportados por TODOS os cidadãos e EMPRESAS.
Contudo, o sistema vigente em Portugal (e ...) está distorcido, pois :
-- as ''pessoas singulares''/ os TRABALHADORES por conta de outrém PAGAM impostos e
-- as ''pessoas colectivas''/ EMPRESAS (e fundações, 'trusts', ONGs de 'fachada', ...) FOGEM aos IMPOSTOS
(seja por falsificação de contabilidade, seja por actuarem ''debaixo da mesa''/sem recibos ou por sedearem os seus RENDIMENTOS/ LUCROS em ''OFFSHORES''/ ''paraísos fiscais''
- onde não pagam impostos ou têm taxas baixíssimas, e escondem e ''lavam'' dinheiro ''sujo''/criminoso ), ...
4. O que fazer ?
-- as Transações Financeiras (para o exterior) devem ser fortemente taxadas (''taxa Tobin'');
-- os ''offhores'' devem acabar ou ser-lhes exigida total transparência e troca de informações às autoridades dos países, tal como aos bancos (acabando com o segredo bancário) e um controlo muito apertado ;
-- a UE deve ter um reforçado orçamento comum, deve harmonizar os impostos dentro da UE, o BCE deve ter todos os poderes de um banco nacional e deve poder emprestar directamente aos Estados da UE, ...
-- devem ser proibidas as importações de países (e empresas) que pratiquem ''dumping'' (salarial, social, ambiental,) ou não combatam a discriminação homem-mulheres, a exploração de trabalho infantil ou ''semi-escravo'', ...
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5. No contexto desta crise, são TRETAS (políticamente intencionais, para degradar direitos democráticos e dos trabalhadores ) afirmações (propaganda demagógica) como:
- « a culpa é da má gestão e das despesas do Estado ou de baixa competitividade» (q.tb há) ;
- « as únicas soluções são privatizar a economia e aplicar planos de austeridade » (aos trabalhadores, à classe média)
- « não há alternativa »;
- ...
De Paraísos Fiscais (-->Crise) e os sociais a 7 de Novembro de 2011 às 09:38
A dívida pública dos EUA
A dívida pública dos EUA é a maior e mais importante a nível mundial e equivalia, em finais do 1ºTrimestre de 2011, a 14300 mil milhões de dólares.
Mas apenas 65% desta dívida é negociável. Isto significa o quê?
Que 35% da dívida dos EUA não podem ser transaccionáveis nos mercados porque detidos por administrações públicas para fins específicos como reformas, segurança social, etc.
Interessante é olhar para os principais credores dos EUA, naquela data. Assim temos:
- Paraísos fiscais 15,7%
- FED 13,9%
- China 12.0%
- Outros sectores financeiros 10,8%
- Famílias 10,0%
- Japão 9,2%
Nota:
a dívida europeia detida pelos países europeus são através dos PARAÍSOS FISCAIS.
Interessante o Sr. Sarkozy vir dizer, como ostentou na última Cimeira do G20, que os paraísos fiscais são para desaparecer.
Estas boas "intenções" se Sarkozy são apenas demagogia e sabe porquê?
Inquéritos recentes em França mostram que 65% do povo francês atribui das razões da crise financeira exactamente aos off-shores e as eleições estão aí.
Etiquetas: Dívida Americana, Off-shores, Sarkozy
(# Joao Abel de Freitas, PuxaPalavra, 6.11.2011)
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Surpresas
(-por Vital Moreira, CausaNossa, 7.11.2011)
Uma visita oficial ao Canadá na semana passada permitiu-me aperceber-me de algumas coisas que constituíram uma surpresa para mim.
Primeiro, tal como o Reino Unido, o Canadá não respeita inteiramente as regras da democracia representativa, visto que o Senado é composto por membros nomeados pelo Governo, o que é tanto mais estranho quanto o Canadá, sendo uma federação (de ''territórios'' e ''províncias''), não tem uma câmara representativa das unidades federais, como é regra nas federações.
Segundo, o Canadá é uma das federações mais descentralizadas, onde as unidades federadas mais competências têm. Por isso, o Canadá é uma economia menos integrada do que a União Europeia!
Terceiro, o Canadá deixa muito a desejar como economia de mercado, havendo no sector agrícola alguns monopólios PÚBLICOS de comercialização (trigo, por exemplo) e vários outros sectores protegidos contra a concorrência (lacticínios, por exemplo).
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[será por causa desta descentralização/ liberdade/ heterogeneidade a par da existência de alguns monopólios estatais/públicos, que o CANADÁ, social e economicamente, é o/um dos melhores do mundo para se viver, para se ser cidadão ?! ]
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