
A Europa vinha jogando há muito tempo
um jogo perigoso com a Grécia.
Hoje tudo se está a precipitar. Perguntam qual é o
limite para os sacrifícios que se podem impor a um povo inteiro sem perspectiva de saída. A Grécia é
a resposta. O que é que esperavam?
(-por José M. Castro Caldas às 1.11.11 )
De Igreja contra a alta finança a 3 de Novembro de 2011 às 10:40
Apear os ídolos da alta finança
(-por AG , 3.11.2011 CausaNossa)
Não, não é radicalismo meu a invectivar nada.
É o que propõe num artigo do Financial Times de hoje o insuspeito Arcebispo de Cantuária.
Que endossa o apoio do Vaticano à proposta de um imposto sobre transações financeiras.
Para investirmos na economia real em vez de continuarmos a estimular a especulação gananciosa da finança
que amestra políticos e governantes para gerir a economia "financeirizada".
Que destrói riqueza e emprego e nos precipitou nesta crise de que não vemos ainda o fim.
De Grego deixa de ser amestrado ! é Democra a 3 de Novembro de 2011 às 10:49
O grito do "Ipiiggrego"
(o BASTA do PM Grego, ao vampirismo agiota da troika e alta finança sem pátria)
(-por AG )
"Chazinho de camomila a rodos, recomenda-se.
Tanto mais que, se caminharmos para a bancarrota, não iremos sozinhos - o Euro vai connosco.
Antes tremerão os maninhos bancos espanhóis, alemães, franceses, britânicos e todos os que cá investiram, empurrando-nos para o endividamento fácil mas suicida.
Talvez então Merkeles e seus amestrados no Conselho Europeu se assustem, acordem e façam o que há a fazer.
Para salvar Portugal, mas sobretudo para salvar a Europa.
No fundo, para se salvarem a si próprios e de si próprios."
Isto escrevi eu aqui no Causa Nossa nos idos de Abril de 2011, sobre a pressão brutal que a banca portuguesa e os parceiros europeus exerciam então sobre o governo de Sócrates para que recorresse ao resgate troikista.
Sócrates, ele mesmo amestrado, acabou por sucumbir. E a ter de entregar o poder à direita neo-liberal que se quer mais troikista do que a troika a fazer os portugueses que não tiveram culpa da crise pagar por ela e com palmatória. Com a ajuda do PCP e do BE, sublinho, pressurosas parteiras a ajudar ao parto da tripla Coelho/Relvas/Portas.
Recordo o que escrevi em Abril porque tudo se volta a aplicar agora, sete meses volvidos, neste turbulento inicio de Novembro.
Na primavera Portugal foi salvo da bancarrota "in extremis", pelo menos temporariamente, o euro lá foi continuando a mancar e os piigs a amargar as punitivas rações merkozys.
Mas agora a doença congénita do Euro chega a Itália, a Espanha, a Bélgica e até ao coração do Directório merkozy, a França!
Os piigs estão a contaminar o curral e, não tarda, os bancos e a economia teutónica vāo sentir o contágio!!!
O PM Papandreou pensou melhor, vendo-se bem grego com as castigadoras raçōes "merkozys" servidas nas duas ultimas Cimeiras Europeias
- a divida publica grega estará em 120% do PIB em 2020, apesar do "haircut" de 50% aplicado aos credores privados,
o desemprego vai subir aos 20% (16,5 % oficialmente) a que já chega hoje,
o PIB vai continuar a contrair-se alem dos 7,3 negativos a que hoje se reduz,
exigiam-lhe mais cortes nas reformas dos pensionistas e despedimento de 150.000 funcionários públicos em troca de uma mão cheia de bolotas podres...
E, vai daí, sem mais nem ontem, decidiu assumir as suas responsabilidades face ao povo grego que já está draconianamente a pagar a crise
e devolver-lhe a escolha, em vez de entregar, em eleições, o poder à direita sem vergonha que precipitara a crise e queria voltar a chafurdar nela.
No fim de contas, o pacote de ajustamento europeu inclui gravíssimas alterações ou violações da Constituição,
alem da efectiva e ostensiva transferência de soberania que a Troika permanente que lhe foi imposta comporta:
nada de mais adequado para referendar pelo povo.
Sendo que a escolha será dramática: ou isto ou sair do euro, nada menos.
Enfim, o piig helénico desistiu de se comportar como amestrado e convocou um referendo, sem sequer avisar ninguém.
Abriu a caixa de Pandora !
Que já estava entreaberta, pois a falência do Fundo MF Global, na véspera e alem atlântico, já deixava ver que a ultima Cimeira europeia parira mais uma ratazana...
O piig Papandreou assusta e abala assim os outros piigs, mai-los Merkozys que julgam ser donos e donas dos piigs e capazes de os amarrar ao empobrecimento forçado.
Expõe lhes a estultícia, o embuste, a incompetência, a tacanhez.
E mais, eles vão rapidamente perceber o que hoje ainda se obstinam em não ver:
que a possível bancarrota da Grécia arrasta a deles,
a dos Merkozys, que se candidatam a ficar na História por afundarem o euro e o projecto europeu.
Pode não parecer, mas um inestimável serviço pode estar, afinal, a ser prestado à Europa pelo corajoso piig ateniense, por meio do iconoclasta grito do Ipiiggrego que anuncia o referendo.
De PERIGO:tolos devedores,Agiotas credores. a 3 de Novembro de 2011 às 10:54
Os credores dependem dos devedores
(-por AG )
Explica Martin Wolf no FT de hoje.
Explicações que a dona Merkel e seus conselheiros económicos teutónicos precisam urgentemente de receber.
Inclusive para desistirem dessa perigosa ideia de por a Europa a pedinchar aos chineses para reforçar o FEEF:
"A eurozona parece ter decidido que precisa da ajuda chinesa.
Por que é que os seus membros assim pensam é incompreensível.
Há dinheiro disponível na zona euro.
O que falta é a vontade de aceitar os riscos de perda. Mas, como o economista chinês Yu Yongding escreveu no FT, a China não assumirá esse risco".
(...)
Seria de bom senso admitir que tem havido demasiado endividamento pelos gastadores porque houve muito emprestanço pelos supostamente prudentes.
Uma vez que se entenda que ambos erraram, ambos devem ajustar-se.
Impor um ajustamento unilateral a grandes endividados não funcionará.
Como a Grécia parece estar a demonstrá-lo, os devedores podem infligir muito dano a toda a gente - como os EUA descobriram na Grande Depressão.
(...)
Os credores não vendem a Marte.
Estamos todos no mesmo planeta. Ponham se de acordo em corrigir os erros, já".
De .INCOMPETÊNCIA ou... dos líderes Europeu a 3 de Novembro de 2011 às 12:41
Europa está a dar um festival de incompetência, diz presidente do BCP
Ontem às 21:15O presidente do Banco Comercial Português, Carlos Santos Ferreira, entende que as respostas da "eurolândia" à crise da dívida soberana têm sido um grande tiro no pé.
(O jornalista Hugo Neutel escutou as críticas do presidente do BCP, Carlos Santos Ferreira)
Para Carlos Santos Ferreira difícil é escolher a pior das medidas europeias de combate à crise da dívida.
A "eurolândia" limitou-se a ajudar a destruir aquilo que até agora era considerado um activo sem risco, as obrigações dos países da Zona Euro.
Uma prova, diz o presidente do BCP de incompetência multiplicada por 17.
«Poucas vezes na minha vida assisti a um festival de incompetência tão grande como aquele que foi dado pelos líderes europeus.
Eu considerava que as decisões eram más e para mim a pior das decisões é ter-se transformado um activo livre de risco, a dívida soberana de um país da União, num activo com risco», criticou.
Um risco que já está a afectar, e muito, a Banca europeia.
Em Portugal, como no resto da zona euro, as acções dos principais bancos estão a cair a pique, as do BCP estão a valer cada vez menos.
Mas isso não preocupa o presidente da instituição que afirmou que «a robustez de uma banco não tem a ver com a cotação das acções».
As dificuldades dos bancos não se devem ao desempenho em bolsa e também não se resolvem com fusões. É má altura para isso.
«O mercado português não está a crescer, pelo contrário, e efectivamente, as sinergias traduzem-se em encerramentos de balcões e despedimentos», referiu Carlos Santos Ferreira.
Restam os aumentos de capital ou o recurso aos 12 mil milhões disponibilizados pela troika.
E se o BCP tiver de recorrer a esse expediente, Santos Ferreira não perde o sono, até porque já trabalhou para o accionista Estado.
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Esta INCOMPETÊNCIA dos líderes Europeus (Comissão E., Conselho Min.Fin.E., BCE, ... Governos dos 27) e nacionais, públicos e privados é o que mais se nota.
A não ser que a incompetência seja o disfarce actuação DOLOSA, criminosa, em benefício próprio e dos seus familiares e apaniguados/sócios ... e/ou ao serviço da alta finança..
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