
A Europa vinha jogando há muito tempo
um jogo perigoso com a Grécia.
Hoje tudo se está a precipitar. Perguntam qual é o
limite para os sacrifícios que se podem impor a um povo inteiro sem perspectiva de saída. A Grécia é
a resposta. O que é que esperavam?
(-por José M. Castro Caldas às 1.11.11 )
De Há opções e ALTERNATIVAS ao Empobrecim.! a 3 de Novembro de 2011 às 11:39
Das alternativas
(-por João Rodrigues, 2.11.2011, Ladrões de B.)
Os que dizem que não há alternativa à actual política do empobrecimento desigual
devem ler o artigo, hoje saído no Público, de que o José Maria Castro Caldas é um dos co-autores:
“As opções da Europa, o Orçamento de Portugal e as alternativas”.
http://twitpic.com/79qx13/full
------------------------------------------
Por quem os sinos dobram?
Na sequência do anúncio da realização de um referendo sobre a nova «ajuda» europeia à Grécia (o tal «perdão», cujos reais contornos o Nuno Teles aqui assinalou),
o primeiro-ministro George Papandreou foi intimado pelo directório Merkosy (a hidra bicéfala, na certeira designação de Sérgio Lavos) a reunir hoje em Cannes.
Num mundo razoavelmente sensato e minimamente lúcido, esta reunião teria sido já há algum tempo solicitada pelo próprio Papandreou,
confrontando directamente Merkel e Sarkosy (e indirectamente o rebanho de líderes europeus que se abriga à sombra desta dupla medíocre)
com os danos devastadores causados ao povo e à economia grega, decorrentes da insistência criminosa na via austeritária.
Uma «chamada à pedra» para justificar os impactos recessivos fulminantes que resultam dos «ajustamentos» e que foram reconhecidos pela própria Troika, no tal relatório «estritamente confidencial» que é do conhecimento de todos.
(-por Nuno Serra às 2.11.11, Ladrões de B. )
De .FALSOS : ''perdão'', ''ajuda'', troika, a 3 de Novembro de 2011 às 11:45
Algumas razões para os gregos votarem "não"
A mistificação em torno do alegado "perdão" da dívida grega é extraordinária.
Primeiro, qualquer notícia de Telejornal anuncia triunfalmente um perdão da dívida em 50%.
Estamos já fartos de saber que não é o caso.
No entanto, de forma aparentemente mais honesta, somos informados pela imprensa que se trata de um perdão da dívida privada em 50%, no valor de 100 mil milhões de euros.
Felizmente, há quem faça o trabalho de casa, neste caso o Financial Times, e tente perceber melhor os contornos do acordo.
Segundo o FT, existem duas contrapartidas previstas neste acordo:
1- Um mecanismo de compensação (que erradamente pensei ser europeu e que ninguém sabe como vai funcionar) no valor de 30 mil milhões de euros para os credores estrangeiros.
Estes 30 mil milhões são emprestados pela troika e por isso contam como endividamento grego;
2- Um outro pacote de 30 mil milhões de euros para recapitalizar a banca grega, de forma a compensar os efeitos do... perdão à dívida.
De repente, os 50% já não o são.
Substitui-se, na verdade, dívida privada por dívida "oficial", da troika, cujo estatuto legal é "blindado".
Finalmente, a imprensa continua a anunciar a redução da dívida para 120% do PIB em 2020, o que, como já aqui assinalei, assenta em pressupostos inverosímeis.
E que tal olhar para o "nada-secreto" documento da troika e observar o impacto imediato, no todo da dívida pública grega, deste anunciado perdão?
(-por Nuno Teles às 2.11.11 , Ladrões de B.)
De .1% contra 99% de espoliados/explorados. a 3 de Novembro de 2011 às 11:54
-----D., H disse...
Esse perdão, que mais parece uma condenação, quer afinal ainda maior sofrimento sobre o povo grego!
Bem podem andar a dizer que vão “perdoar” de 20 a 50% da dívida grega (depende da perspectiva da engenharia financeira), que isto não altera o sentimento das pessoas.
E a cereja em cima do “perdão” seria a “imposição da administração do condomínio” in situ, para tomar conta deles…
É uma pena, esta Europa!
Não vejo como Merkel+Sarkozy queiram sequer ouvir falar de alternativas.
----- Bilder disse...
- Para quem trabalham esses dois que trocam abraços e ursinhos?
www.senhoresdomundo.blogspot.com
(para a alta finança sem pátria, que tudo corrompe ou mata )
De Começar a Revolução. a 3 de Novembro de 2011 às 17:42
É assim que as revoluções sociais começam
(-OJumento)
Cortam-me mais de 20% do rendimento, retiram-me todos os direitos, expõem-me socialmente como um gandulo responsável por todos os males,
ameaçam-me com o despedimento, não me dão quaisquer garantias quanto ao futuro, mantêm-me agarrado a um estatuto que me restringe a liberdade como não sucede com qualquer trabalhador, dizem aos meus filhos que emigrem.
É isto que o meu país e os seus responsáveis políticos me oferecem, algo como a Rússia dos tempos do Ieltsin.
Os trabalhadores por conta de outrem não terão melhor sorte, iludiram-nos ao manter-lhes os subsídios com o falso argumento de que ganham menos do que os do Estado,
mas não foi necessário esperar muito tempo para que se multiplicassem a propostas para que lhes sejam reduzidos os rendimentos.
O Álvaro não dorme pensando em formas de desvalorização do trabalho no sector privado, querem que se trabalhe mais 170 horas por ano à borla, já falam em reduzir feriados e em cortar dias de férias, alguns já pedem o corte dos subsídios à semelhança do que querem fazer no Estado.
A mensagem do governo aos empresários é clara, tratem de tramar os vossos trabalhadores porque o governo vai tramar os seus.
O país assiste à maior operação de redistribuição do rendimento ocorrida na história do capitalismo português,
pretende-se que em dois ou três anos e a coberto de uma crise financeira que há seis meses era negada se retire aos trabalhadores mais de um quarto do seu rendimento,
seja sob a forma de cortes salariais, de aumento da carga horária ou do aumento brutal de impostos.
E nem há qualquer preocupação para dar ares de quem está preocupado com a equidade social, muito simplesmente vai-se ao pote.
Julgam que para evitar tumultos basta governamentalizar a caridade e reforçar o orçamento da polícia.
O governo está a ignorar o sentimento de revolta que cresce nos portugueses,
despreza as consequências políticas de estar a adoptar medidas brutais justificando-as com mentiras sucessivas,
não mede a consequência da brutalidade das suas decisões, faz que não vê o sofrimento que está a infligir em dezenas de milhares de famílias que estão sendo condenadas à insolvência.
Estes Batanetes estão convencidos de que basta contratar alguns jornalistas manhosos,
pedir ao Correio da Manhã para fazer manchetes contra o Sócrates, sugerir ao director do DE que faça sucessivos editoriais dignos do Jornal da Madeira,
acenar com a privatização da RTP para manter os grupos empresariais da comunicação social na ordem ou
contratar alguns bloggers comunistas para o gabinete do Miguel Relvas para conter a revolta que vai enchendo a panela de pressão em que Portugal se está transformando.
Estes Batanetes ignoram que um dia a revolta poderá ter mais força do que o medo
e nessa hora não haverá orçamento da polícia que contenha todo um povo.
Ignoram que como se tem visto nas sondagens a sua pinochetada orçamental vai contra a vontade dos portugueses, que
já todos perceberam que os desvios colossais não passam de mentiras manhosas e
que está em curso uma política que alguns defendem desde há muito e que nada tem que ver com a crise financeira,
uma política que não foi a votos, que foi escondida dos portugueses e que está a ser implementada contra a sua vontade.
-----CCastanho:
O Passos, e seus estarolas, querem convencer-nos de menos Estado para um melhor desempenho dos Empresários no desenvolvimento económico.
O que dirão agora estes estarolas "Passistas", com o pedido de entrega ao Estado do Europarque feito pela AEP-Associação Empresarial Portuguesa sediada no Porto- sob liderança do patrão dos patrões o Sr Ludgero Marques,
por considerarem que é um projecto megalómano com custos incomportáveis fruto de uma má prospecção de mercado? E que não serve para nada. Ou muito pouco.
Responsáveis por isto há !... Temos é que dar nome aos bois.
-----
O barco em que agora navegamos tem como timoneiro e restante tripulaçáo pessoas desclassificadas, isto é:
- Chulos, gatunos, parasitas, ratos,toupeiras, vermes e outros que tais.
Perante a injustiça, humilhação e desprezo, resta-nos a indignação, ódio e o ressentimento que nos impele à desinfestação da praga que agora nos comanda.
De ..Dizer NÃO ao garrote da Finança ultra- a 4 de Novembro de 2011 às 11:26
A alternativa
Nas televisões a pergunta tornou-se um ritual:
- mas há alternativa?
Em causa está o unânime reconhecimento de que o governo impõe ao país uma política cruel em nome da vaga esperança de que um dia a economia voltará a crescer sem novo endividamento.
E, à boleia da austeridade selvagem e inútil, o governo aproveita a oportunidade para reconfigurar a sociedade portuguesa segundo o modelo neoliberal anglo-saxónico sem que o país tenha voto na matéria.
Pois bem, a minha resposta é “Sim, há alternativa”.
Quando digo que há alternativa refiro-me à estratégia de um governo determinado a defender o interesse nacional, face à UE e face ao bloco central dos negócios que recruta cúmplices entre os agentes do Estado.
Um governo decidido a romper com os preceitos da doutrina neoliberal consagrados no Tratado de Lisboa.
Um governo que não está à vista, é certo, mas um governo que os portugueses vão ter de eleger se quiserem mesmo evitar um empobrecimento geral por longas décadas.
...
Dentro de pouco tempo, a Itália (tal como a Grécia e Portugal, ...) concluirá que não pode pagar os juros do mercado.
Qual é a fonte de financiamento que lhe resta para além do Banco de Itália?
(Hoje no jornal i) (-por Jorge Bateira , Ladrões de B.)
-------------------------
A CORAGEM e jogada de mestre do PM Grego parece que foi torpedeada...
no encontro com 'Merkozy'/G20 (reunião paga... pelos bancos),
Recuou Papandreo (PM grego) (aliás o apoio de parte dos seus ministros e parlamentares também já tinha sido recusado para o REFERENDO e para a próxima moção de confiança ao seu governo)...
e a DIREITA que desgovernou/enterrou a Grécia já veio exigir participar num governo de ''unidade nacional''...
o Referendo já não deverá avançar (moção de confiança derrotada?) e se o for será imposta uma pergunta completamente diferente e enviesada, para AMEDRONTAR os cidadãos gregos e levá-los a votar 'Sim' ao novo acordo com a Troica e ao agravamento da Austeridade....
Mas valeu a tentativa (embora seja o 'canto de cisne' do PM Papandreo e do governo do PASOK) para criar o PÁNICO aos bancos/UE/Merkosy,
e mostrar que se os Povos/Estados/governantes quiserem mesmo há ALTERNATIVA ao garrote da Finança ultra-liberal agiota e ao capitalismo selvagem.
De Merkosy/alta Finança: NÃO à DEMOCRACIA ! a 4 de Novembro de 2011 às 17:08
O "NÃO" imperial
(-por Bruno Sena Martins, Arrastão)
Para muitos proposta de referendo resumiu-se à rotunda humilhação do seu proponente, George Papandreous, alguém que, pragmaticamente, terá acabado por perceber a magnitude da sua veleidade. Pois bem, é uma leitura respeitável que só peca por estar olimpicamente errada.
Ao aventar a hipótese de referendo, Papandreous desencadeou um outro escrutínio:
- "A construção europeia tem algum pingo de respeito pela democracia?"
À falta de referendo tivemos, pois, uma significativa eurosondagem em que o NÃO à DEMOCRACIA demarcou com maior nitidez as fronteiras do seu império.
No ostensivo esmagamento perpetrado pelo "Não ao referendo" está a dádiva de limpidez de Papandreous para toda uma geração de europeus.
Comentar post