De Começar a Revolução. a 3 de Novembro de 2011 às 17:42
É assim que as revoluções sociais começam
(-OJumento)
Cortam-me mais de 20% do rendimento, retiram-me todos os direitos, expõem-me socialmente como um gandulo responsável por todos os males,
ameaçam-me com o despedimento, não me dão quaisquer garantias quanto ao futuro, mantêm-me agarrado a um estatuto que me restringe a liberdade como não sucede com qualquer trabalhador, dizem aos meus filhos que emigrem.
É isto que o meu país e os seus responsáveis políticos me oferecem, algo como a Rússia dos tempos do Ieltsin.
Os trabalhadores por conta de outrem não terão melhor sorte, iludiram-nos ao manter-lhes os subsídios com o falso argumento de que ganham menos do que os do Estado,
mas não foi necessário esperar muito tempo para que se multiplicassem a propostas para que lhes sejam reduzidos os rendimentos.
O Álvaro não dorme pensando em formas de desvalorização do trabalho no sector privado, querem que se trabalhe mais 170 horas por ano à borla, já falam em reduzir feriados e em cortar dias de férias, alguns já pedem o corte dos subsídios à semelhança do que querem fazer no Estado.
A mensagem do governo aos empresários é clara, tratem de tramar os vossos trabalhadores porque o governo vai tramar os seus.
O país assiste à maior operação de redistribuição do rendimento ocorrida na história do capitalismo português,
pretende-se que em dois ou três anos e a coberto de uma crise financeira que há seis meses era negada se retire aos trabalhadores mais de um quarto do seu rendimento,
seja sob a forma de cortes salariais, de aumento da carga horária ou do aumento brutal de impostos.
E nem há qualquer preocupação para dar ares de quem está preocupado com a equidade social, muito simplesmente vai-se ao pote.
Julgam que para evitar tumultos basta governamentalizar a caridade e reforçar o orçamento da polícia.
O governo está a ignorar o sentimento de revolta que cresce nos portugueses,
despreza as consequências políticas de estar a adoptar medidas brutais justificando-as com mentiras sucessivas,
não mede a consequência da brutalidade das suas decisões, faz que não vê o sofrimento que está a infligir em dezenas de milhares de famílias que estão sendo condenadas à insolvência.
Estes Batanetes estão convencidos de que basta contratar alguns jornalistas manhosos,
pedir ao Correio da Manhã para fazer manchetes contra o Sócrates, sugerir ao director do DE que faça sucessivos editoriais dignos do Jornal da Madeira,
acenar com a privatização da RTP para manter os grupos empresariais da comunicação social na ordem ou
contratar alguns bloggers comunistas para o gabinete do Miguel Relvas para conter a revolta que vai enchendo a panela de pressão em que Portugal se está transformando.
Estes Batanetes ignoram que um dia a revolta poderá ter mais força do que o medo
e nessa hora não haverá orçamento da polícia que contenha todo um povo.
Ignoram que como se tem visto nas sondagens a sua pinochetada orçamental vai contra a vontade dos portugueses, que
já todos perceberam que os desvios colossais não passam de mentiras manhosas e
que está em curso uma política que alguns defendem desde há muito e que nada tem que ver com a crise financeira,
uma política que não foi a votos, que foi escondida dos portugueses e que está a ser implementada contra a sua vontade.
-----CCastanho:
O Passos, e seus estarolas, querem convencer-nos de menos Estado para um melhor desempenho dos Empresários no desenvolvimento económico.
O que dirão agora estes estarolas "Passistas", com o pedido de entrega ao Estado do Europarque feito pela AEP-Associação Empresarial Portuguesa sediada no Porto- sob liderança do patrão dos patrões o Sr Ludgero Marques,
por considerarem que é um projecto megalómano com custos incomportáveis fruto de uma má prospecção de mercado? E que não serve para nada. Ou muito pouco.
Responsáveis por isto há !... Temos é que dar nome aos bois.
-----
O barco em que agora navegamos tem como timoneiro e restante tripulaçáo pessoas desclassificadas, isto é:
- Chulos, gatunos, parasitas, ratos,toupeiras, vermes e outros que tais.
Perante a injustiça, humilhação e desprezo, resta-nos a indignação, ódio e o ressentimento que nos impele à desinfestação da praga que agora nos comanda.