Richard Wilkinson: o vídeo
A que já fizemos referência aqui e no qual Wilkinson sugere que a prosperidade de um país decorre da existência de uma relação dialética - de mútuo benefício - entre crescimento económico e equidade social, contrariando assim as teses que defendem que o combate às desigualdades apenas pode ter lugar depois de se alcançar uma situação de crescimento da economia (coisa que, em regra, nunca é reconhecida, ficando sempre postergada para as calendas gregas).
(Com um agradecimento à Joana Lopes, pela ajuda na colocação desta versão legendada em português, que a Iniciativa para uma Auditoria Cidadã à Dívida produziu).
(-por Nuno Serra às 24.11.11 Ladrões de bicicletas)
De 1º Mudar o nosso país, Justiça, Economia a 25 de Novembro de 2011 às 17:02
Austeridade menos crescimento e mais desemprego
Vale a pena ler Joseph Stiglitz:
Austeridade é receita para suicídio económico
Mesmo quem defende que as medidas da Tróika apontam para a saída da crise deve minimamente colocar a questão e se a Tróika estiver errada?
Ou melhor quem deveria interrogar-se sobre isto eram os partidos que alinharam com a Tróika, talvez desesperadamente, porque da Tróika já se conhece há muito aonde quer chegar.
Não oferecerá dúvidas se tudo anda a "correr bem", se o governo actual carrega,carrega nas medidas de austeridade, cortes e mais cortes no rendimento das pessoas, que venham as empresas de Rating americanas afundar ainda mais a situação baixando a notação?
Etiquetas: austeridade, Stiglitz, Tróika
# posted by Joao Abel de Freitas
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"Este país não é para jovens"
(-por João Gomes de Almeida )
...
E depois de tudo isto o que tenho a dizer?
Apenas que me sinto triste por ver os jovens da minha geração empurrados para as caixas dos hipermercados.
armados em estúpidos,
iludidos a pensar que um dia vão poder ser empreendedores e todos ricos,
sem que para isso tenham que mudar primeiro o nosso país, a nossa justiça, a nossa economia e a nossa mentalidade enquanto povo.
Até lá, este país nunca será para jovens, muito menos para empreendedores.
Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/este-pais-nao-e-para-jovens=f690232#ixzz1ejePcvPS
De .NEPOTISMO 'por confiança ou amor'. a 2 de Dezembro de 2011 às 15:43
Nepotismo ou envergonhar-se do amor...
A ministra da Justiça
(por Dr.MarinhoPinto)
Depois de andar a acusar-me de lhe dirigir ataques pessoais, a sra. ministra da Justiça veio agora responder à denúncia que eu fiz de ter usado o cargo para favorecer o seu cunhado, Dr. João Correia.
Diz ela que não tem cunhado nenhum e que isso até se pode demonstrar com uma certidão do registo civil.
Já antes, com o mesmo fito, membros do seu gabinete haviam dito à imprensa que ela é divorciada.
Podia explicar ... Vou fazê-lo, porém, com a linguagem própria dos meus princípios e convicções sem deslizar para os terrenos eticamente movediços em que a sra. ministra se refugia.
A base moral da família não está no casamento, seja enquanto sacramento ministrado por um sacerdote, seja enquanto contrato jurídico homologado por um funcionário público.
A base moral da família está na força dos sentimentos que unem os seus membros.
Está na intensidade dos afectos recíprocos que levam duas pessoas a darem as mãos para procurarem juntas a felicidade; que levam duas pessoas a estabelecerem entre si um pacto de vida comum, ou seja, uma comunhão de propósitos existenciais através da qual, juntos, se realizam como seres humanos.
Através dessa comunhão elas buscam em conjunto a felicidade, partilhando os momentos mais marcantes das suas vidas, nomeadamente, as adversidades, as tristezas, as alegrias, os triunfos, os fracassos, os prazeres e, naturalmente, a sexualidade.
O casamento, quando existe, agrega tudo isso numa síntese institucional que, muitas vezes, já nada tem a ver com sentimentos, mas tão só com meras conveniências sociais, morais, económicas ou políticas.
Por isso, para mim, cunhados são os irmãos das pessoas que, por força de afectos recíprocos, partilham entre si, de forma duradoura, dimensões relevantes das suas vidas.
É um gesto primário de oportunismo invocar a ausência do casamento para dissimular uma relação afectiva em que se partilham dimensões fundamentais da existência, unicamente porque
não se tem coragem para assumir as consequências políticas de opções que permitiram que essa relação pessoal se misturasse com o exercício de funções de estado, chegando, inclusivamente, ao ponto de influenciar decisões de grande relevância política.
Tal como o crime de violência doméstica pode ocorrer entre não casados também não é necessário o casamento para haver NEPOTISMO.
Basta utilizarmos os cargos públicos para FAVORECERmos as pessoas com quem temos relações afectivas ou os seus familiares.
Aliás, é justamente aí que o NEPOTISMO e o COMPADRIO são mais perniciosos, quer porque são mais intensos os afectos que o podem propiciar (diminuindo as resistências morais do autor), quer porque pode ser mais facilmente dissimulado do que no casamento, pois raramente essas relações são conhecidas do público.
Aqui chegados, reitero todas as acusações de nepotismo e favorecimento de familiares que fiz à Sra. Ministra da Justiça.
Mas acuso-a também de tentar esconder uma relação afectiva, unicamente porque não tem coragem de assumir as consequências políticas de decisões que favoreceram o seu cunhado, ou seja o irmão da pessoa com quem ela estabeleceu essa relação.
Acuso publicamente a Sra. Ministra de tentar tapar o sol com a peneira, procurando dissimular uma situação de nepotismo com a invocação de inexistência de casamento, ou seja, refugiando-se nos estereótipos de uma moralidade retrógrada e decadente.
A sra. ministra da Justiça tem o dever republicano de explicar ao país por que é que nomeou o seu cunhado, dr. João Correia, para tarefas no seu ministério, bem como cerca de 15 pessoas mais, todas da CONFIANÇA exclusiva dele, nomeadamente, amigos, antigos colaboradores e sócios da sua sociedade de advogados.
Isso não é uma questão da vida pessoal da Sra. Ministra. É uma questão de estado.
Nota:
Desorientada no labirinto das suas contradições, a sra. ministra da Justiça mandou o seu chefe de gabinete atacar-me publicamente, o que ele, obediente logo fez, mas em termos, no mínimo, institucionalmente incorrectos.
É óbvio que não respondo aos subalternos da sra. ministra, por muito que eles se ponham em bicos de pés.
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