Segunda-feira, 28 de Novembro de 2011

NA EUROPA: melancolia socialista.

Hoje, vou dar-vos a conhecer um pequeno texto noticioso, publicado no diário espanhol El País, escrito em Bruxelas, pelo jornalista , Ricardo Martínez de Rituerto, intitulado “Papandreu culpa a los conservadores de "hacer fracasar a Europa" ”, cujo subtítulo é “Los socialistas europeos buscan respuestas a la crisis que los arrolla”.
   Pelo texto, se pode confirmar a gravidade do esvaziamento político que atingiu o Partido Socialista Europeu. Em contrapartida, não se consegue vislumbrar o mínimo sinal de esperança nos horizontes por ele sugeridos. Tenhamos esperança, apesar de tudo, de que se trate apenas de uma falha de informação e fiquemos a aguardar melhores notícias.

   Mas se isso não acontecer , talvez não nos reste outra saída do que a de nos rebelarmos contra a inércia cinzenta das burocracias que sufocam o socialismo europeu, condenando-o a uma quase irrelevância. Uma irrelevância que as dificuldades presentes tornam insuportável.

Vejamos o texto:
   "Los socialistas europeos celebran este viernes y sábado en Bruselas el congreso de su partido en la atmósfera de depresión y desorientación propia de quienes se han convertido en los administradores de políticas que sus electores consideran serviles a las ideas liberales y a los mercados. “Necesitamos otro espacio político”, dice el danés Poul Nyrup Rasmussen en el discurso de despedida como presidente del Partido de los Socialistas Europeos (PSE), un mandato que comenzó con otras expectativas en 2004. En su parlamento, Rasmusen ha dado calor político al ex primer ministro griego Yorgos Papandreu, quien, a su vez, ha arremetido contra “la Europa conservadora que ha hecho muy poco y muy tarde” por evitar la crisis que tiene a la UE contra las cuerdas.
    Papandreu ha sido el penúltimo socialista al que la crisis le ha costado el cargo, justo por delante de los socialistas españoles barridos en las urnas el pasado domingo. A ambos les precedió el portugués José Socrates. Ante este panorama, Rasmussen ha animado a sus correligionarios con el hecho de la llegada de socialistas a los Gobiernos de Irlanda, Finlandia y Dinamarca, en todos lo casos en coalición y sólo en Copenhague al frente del Ejecutivo. Socialistas quedan también en las coaliciones gubernamentales de Eslovaquia (con próximas elecciones que pintan mal para ellos), Austria y Bélgica (en funciones).
    Para animar al auditorio ha dicho Ramussen que quizá haya de nuevo socialistas al frente de Bélgica (si es que Elio di Rupo, que hace unos días tiró la toalla de formador de Gobierno, acepta el encargo regio de seguir intentándolo), Alemania (donde hay elecciones el próximo otoño), Francia (con François Hollande deseoso de desplazar a Nicolas Sarkozy en mayo de 2012) e Italia, en fecha imprevisible.
En buena ley, más deseos que realidades. “El enfado contra la austeridad está ahí fuera”, ha dicho Rasmussen a un auditorio que lo sabe de sobra porque lo está pagando caro. Con ánimo batallador ha pedido que estos dos días de debate y reflexión sean los de renovación y reactivación del socialismo europeo.
    Papandreu ha reconocido las cosas como son: Europa “hoy está dominada por los conservadores”, antes de arrojar sobre ellos toda la responsabilidad de lo que ocurre: “Son los que han hecho fracasar Europa y han fallado al pueblo”. En el caso griego, subraya, fueron los conservadores de Nueva Democracia quienes minaron el territorio. Él, ha dicho, sólo heredó los problemas y adoptó medidas impopulares “para poner la casa en orden”, siguiendo los dictados de la ('tróica') Comisión Europea, el Banco Central Europeo y el Fondo Monetario Internacional.
    Las referencias le han servido para explicar su órdago fallido del referéndum sobre el plan de rescate griego:

se trataba de “redistribuir el poder, dar el poder a la gente, voz a su voluntad e ir más allá de los intereses conservadores”. En el aire ha quedado por qué no llegó hasta el final en su deseo de dejar al pueblo que “decidiera su futuro” mientras ha vuelto a hacerse eco de palabras que de repetidas suenan a hueco a electores de izquierda frustrados: estrategia responsable de crecimiento, Europa competitiva, necesidad de invertir en la juventud y el empleo...
    Rasmussen cede la presidencia del PSE al exprimer ministro búlgaro Serguei Stanishev, que en 2009 perdió en su país las elecciones generales y europeas."



Publicado por Xa2 às 07:45 | link do post | comentar

6 comentários:
De .Políticas de Direita (do PS e PSD/...) a 28 de Novembro de 2011 às 11:23
[comentário a « Mais um da Gui », por Sérgio Lavos, 25.11.2011, Arrastão - e relativo ao:
''Ciclo do endividamento Perpétuo'' com a ''Ajuda'' (dizem eles) do FMI/BCE/CE ...]

CausasPerdidas
Devolvo-lhe a pergunta.
(E que tal contra-argumentar apontando exemplos concretos, ao invés de refugiar-se na ''boca'' fácil ?)

Exemplos:
construir catedrais de futebol em detrimento de equipamentos desportivos mais pequenos e multidisciplinares onde a população possa praticar desporto,
abusar das auto-estradas contra os caminhos-de-ferro,
propor várias linhas de TGV e fechar linhas que mantêm a ligação com o Interior, promovendo o seu despovoamanto e aniquilando a possibilidade da radicação de actividades económicas,
promover o transporte particular e desinvestir nos transportes públicos,
fechar escolas e equipamentos sociais na "província" para promover grandes centros escolares com turmas cada vez maiores, obrigando as crianças a horas de deslocação, não é política de Esquerda.

E depois nomear gestores que se fazem pagar mais que os seus congéneres estrangeiros,
emagrecer quadros de pessoal, despedir trabalhadores e substitui-los por empresas empreiteiras e de aluguer de mão-de-obra precária e mal paga,
destruir empresas públicas e serviços através da má gestão,
enchendo-as de "boys" para depois as privatizar ao preço da chuva
para virem a ser geridas por amigos do partido,
vender monopólios naturais e motores de economia
transformando-os em prestadores de serviços que compram no estrangeiro os equipamentos outrora fabricados em Portugal,
fazer parcerias onde o dinheiro público é esturricado num rendimento máximo garantido aos grupos financeiros, não-industriais,
abandonar o investimento produtivo a favor da especulação,
apostar na mão-de-obra barata (outra vez)
e no fim distribuir dividendos em vez de investir na Investigação e Inovação, desorçamentar os poucos locais onde ela é feita,
desinteressar-se da Qualidade, pedir crédito para manter tudo como está,
criar mais dívida, fazer os outros pagar por isso, não é política de "Esquerda", é de Direita, e radical.

(a 26/11/11 às 18:26)


De .Movimento soarista debaterá... a 28 de Novembro de 2011 às 17:39

Soares 'transforma' manifesto em movimento

Manifesto 'Novo Rumo' é o 1.º passo do movimento dos soaristas para 'abrir Seguro à sociedade' e trazer massa crítica ao PS

Mário Soares e um grupo de amigos do fundador do PS planeiam
lançar, no próximo ano, um conjunto de debates que pode «abrir a influência da área socialista», na sequência do manifesto 'Novo Rumo', que esta semana veio
apelar à mobilização política e cívica de quem se opõe às medidas de austeridade.

«Isto não afecta nada o PS, muito pelo contrário», diz o soarista Vítor Ramalho.
«Do nosso ponto de vista, ajuda ao alargamento da influência da área do socialismo democrático.
E forçará – no bom sentido – a direcção do PS a ver que há gente com experiência longa na vida pública que tem a concepção de que a intervenção política é uma causa nobre» adianta ao SOL.

Na calha, para o próximo ano, está um movimento de intervenção que assentará num conjunto de debates envolvendo figuras com peso político, algumas sem filiação partidária.
«Estamos a pensar também em personalidades internacionais», antecipa Ramalho.

O texto 'Novo Rumo', divulgado em vésperas da greve geral, começou, no entanto, a germinar há mais de mês e meio, entre o grupo que se reúne, com ou sem Soares, «de dois em dois dias».
O ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Medeiros Ferreira, o ex-dirigente do PS Pedro Adão e Silva, o próprio Vítor Ramalho, um dos socialistas mais próximos de Soares e líder do PS/Setúbal, Vasco Vieira de Almeida (advogado e ex-ministro pelo PS) e o professor universitário Mário Ruivo integram o grupo e assinam o documento.

manuel.a.magalhaes@sol.pt
Tags: PS, Política, Mário Soares
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por enquanto, vo tem que se contentar com o debate sobre a comprovada corrupção PSD, que tão cara está a sair ao povo português. refiro-me, como calcuka, ao escândalo do BPN e à MAMADEIRA, e ao Duarte Lima. E a tantos do PSD que enriqueceram. E que não queriam que nada mudasse, por isso tão encarniçadamente atacarma Sócrates. V. será um deles ou será apenas um idiota útil? Também conheci desses, no meio dos corruptos PSD que observei de perto.
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Debato sempre que me apetecer as "Modernices domingueiras" do teu ze-trafulha. Os seus off-shores, as pensoes burlescas da sua maezinha. Debato a destruicao arbitraria de escutas por parte de um gajo qualquer do supremo. Debato os Freeports, debato a anulacao do concurso internacional para a 3a travessia e o contrato do TGV Caia-Poceirao. Debato a renegociacao das PPPs e a sua negociacao inicial. Debato a nacionalizacao do BPN. Debato a djudicacao directa dos cagalhaes. Debato sucateiros e robaleiros. Debato financiamentos publico CGD aos mamoes do BCP e a passagem da administracao que os aprovou para... o BCP. Debato aeroporto de Macau do melancia do soares. Debato os diamantes e marfim do filho do soares. Debato os contratos das PPPS tanto quanto as "amizades coloridas" do paulinho campos que valem promocoes nas Estradas de Portugal a loiras espevitadas e um passivo alarve a todos os outros. Debato "patrocinios" com dinheiros publicos do Taguspark ao peseteiro que sabem a subornos deslavados. Debato toda a javardeira xuxa e so nao o faco aqui porque nunca mais parava - ficaria anos a escrever sem chegar a meio...
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Sócrates se cometeu algum crime, que seja julgado, e que pague por esse crime, mas apesar do esforço de muitos, e de terem vasculhado durante mais de 6 anos a vida dele, como antes nunca fizeram com nenhum PM, nunca provaram nada, e não venha com as desculpas do costume, porque já não pegam.

Eu o que me indigna mais é dizerem que não há alternativa, que tal começarem a pagar a alguns profissionais ordenados proporcionais à nossa realidade, e ao nosso ordenado mínimo, porque o mínimo, é mesmo mínimo, enquanto outros recebem ordenados equiparados aos países mais ricos, ou superiores.

-E que tal acabar com a mama dos que passam por o Banco de Portugal, pela CGD, Tribunal Constitucional, e por muitos outros serviços, e ao fim de meia dúzia de anos, ou menos, têm direito a uma reforma escandalosa, e não é aos 65 anos, como os demais trabalhadores, é aos 40 e tais, ou à volta dos cinquenta anos.

-Acabar com a mama dos que acumulam vários tachos, com
...


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