Segunda-feira, 28 de Novembro de 2011

A pilhagem da riqueza dos países pelos grandes bancos e corporações internacionais, o Banco Mundial e o FMI

 .
    A estratégia dos grandes bancos e corporações internacionais, do Banco Mundial e do FMI de pilhagem da riqueza dos países é concretizada, principalmente, através da criação de dívidas soberanas (dívidas dos estados) impagáveis, as quais acabam por obrigar os estados a realizar dinheiro, para o pagamento das suas dívidas, através da privatização (venda aos "investidores do mercado") de todo o património público dos países que possa gerar lucros. Por exemplo:

    a) Os transportes aéreos (TAP - Transportes Aéreos Portugueses e ANA - Aeroportos de Portugal);

    b) Os transportes ferroviários (CP - Comboios de Portugal e em estudo a REFER - Rede Ferroviária Nacional);

    c) Os transportes rodoviários (Carris e STCP);

    d) Os metropolitanos (Metro de Lisboa);

    e) A electricidade (EDP - Electricidade de Portugal e REN - Redes Energéticas Nacionais);

    f)  A água (Águas de Portugal);

    g) O gás e outros combustíveis (GALP);

    h) As comunicações e telecomunicações (Portugal Telecom e CTT - Correios de Portugal);

    i) A comunicação social (RTP - Rádio e Televisão de Portugal (Televisão Pública, Antena 1, 2 e 3) e LUSA - Agência de Notícias de Portugal);

    j) Campos petrolíferos (não há no caso português, ou melhor, os campos existentes ainda não foram considerados economicamente viáveis para serem explorados);

    k) Minérios (já foram concessionadas ao "capital estrangeiro", anteriormente, todas as minas rentáveis portuguesas)

    As cerejas em cima deste grande bolo são as seguintes:

    a) As privatizações são feitas a preços inferiores ao valor real das empresas devido ao facto destas vendas serem forçadas. Além disso, para ajudar a baixar ainda mais o preço de venda das empresas, as agências de notação financeira Moody's, Standard & Poor's e Fitch (controladas pelos grandes bancos e corporações internacionais) têm piorado sucessivamente a notação destas empresas. Este negócio de privatização é obviamente prejudicial para o interesse público;

    b) O aumento exigido do preço ao consumidor dos serviços a privatizar (electricidade, gás, água, transportes, etc.) serve para garantir que as empresas a privatizar possam vir a dar lucros;

    c) A diminuição generalizada dos salários em resultado do aumento brutal do desemprego e das medidas administrativas de contenção das actualizações salariais face à inflação, garante maiores lucros em resultado da diminuição dos custos de produção;

    d) O controlo total da comunicação social dos países nas mãos dos privados (grandes corporações internacionais) facilitará futuras pilhagens sem que os cidadãos se apercebam da situação;

    e) O controlo total das comunicações dos países (em especial a Internet) nas mãos dos privados (grandes corporações internacionais) juntamente com controlo total da comunicação social permitirá às grandes corporações internacionais o controlo total da informação a que os cidadãos terão acesso. A título de exemplo, veja-se o caso de França, onde Sarkosy conseguiu a aprovação de uma lei que permite às empresas fornecedoras de acesso à Internet a capacidade de cortar o acesso à Internet a qualquer cidadão ou entidade colectiva com base em denúncias de "downloads ilegais", sem ser necessária uma ordem judicial para o efeito (ver nota 2).

.

    Nota 1 - Convém chamar a atenção para o facto de que, desde há vários anos, as empresas privadas "portuguesas", que operam nestas áreas, têm vindo a ser compradas pelo chamado investimento estrangeiro (grandes bancos e corporações internacionais), graças à globalização e, em particular, à livre circulação de capitais imposta a todos os países.

    Nota 2 - A lei de Sarkosy é justificada oficialmente pela necessidade de defender os direitos de autor e impedir as cópias piratas via Internet. Porém, em termos práticos, quando o utilizador da Internet transfere um ficheiro digital (contendo uma música, uma fotografia, um livro, uma apresentação de PowerPoint , um vídeo do YouTube, etc. ) por qualquer via (downloads, messenger, e-mail, aplicações específicas, etc.), a maior parte das vezes, não sabe nem pode saber se o conteúdo está protegido por direitos de autor, ou se o pagamento do download cobre os direitos de autor. Quem disponibiliza na Internet ficheiros digitais para venda ou para partilha é que sabe se os seus conteúdos estão sujeitos ou não a direitos de autores. Portanto, não é o consumidor final dos ficheiros digitais que é responsável pela pirataria. Assim, torna-se claro, que o objectivo final e encoberto da lei de Sarkosy é o de permitir o corte discricionário do acesso à Internet aos cidadãos ou entidades colectivas "perigosos" para o sistema.

 

    As "ajudas" do FMI (os chamados resgates) para que os países possam honrar o pagamento das suas dívidas são, na prática, uma forma de endividar ainda mais os países que se encontram já muito endividados, pelas seguintes razões:

    a) As "ajudas" são, nada mais nada menos, que novos empréstimos com juros (agiotas), que serão utilizados para pagar os empréstimos já existentes. Ou seja, os países endividados, além de manterem as dívidas anteriores impagáveis, acumulam, com estas "ajudas" mais dívidas!

    b) As exigências do FMI de privatização da maior parte da riqueza pública, tornam os países endividados em países mais pobres!

    c) As medidas impostas de austeridade sufocam a economia dos países endividados, o que implica a redução da produção de riqueza e consequentemente tornam esses países ainda mais pobres!

    d) As exigências do FMI em reduzir os direitos dos trabalhadores, quer ao nível do código do trabalho, quer ao nível dos apoios sociais, mais o aumento do desemprego decorrente das medidas de austeridade, implicam o empobrecimento geral da maioria da população, o qual, por sua vez implica um menor consumo, logo, acaba por se produzir menos riqueza nos países "ajudados"!

    Em suma, as "ajudas" do FMI "enterram" ainda mais os países endividados!

 

    A pilhagem dos recursos (materiais, financeiros e laborais) dos países não é feita, desta vez, através de uma guerra militar, mas sim é feita, subtilmente, através de uma guerra financeira, com o conluio de muitos governantes e "peritos" (políticos, economistas, e jornalistas) e com a colaboração inconsciente dos restantes governantes e de quase todos os restantes peritos, nos países saqueados.

 

    Documentários

    Confissões de um "assassino económico":

    http://aeiou.expresso.pt/assassino-economico-como-se-destroi-um-pais-video=f659998

    http://www.youtube.com/watch?v=rcxRfs0ozF0  e http://www.youtube.com/watch?v=AyBS88nRhDM     (Há mais vídeos no YouTube sobre este tema)

    Citação

    Toda verdade atravessa 3 fases:

    Na 1ª fase - É ridicularizada;

    Na 2ª fase - É violentamente contrariada;

    Na 3ª fase - É aceite como a própria prova.

    Arthur Schopenhauer (1788-1860), filósofo alemão

    Informação complementar

    O plano de privatizações dos sectores estratégicos da Argentina:

    http://www.youtube.com/watch?v=mHKWoE8qyu0&feature=email

    Os banqueiros aceleram a marcha para o saqueio da Grécia e os sociais-democratas votam pelo suicídio nacional

    http://resistir.info/crise/hudson_24jun11_p.html

    The Essence Of Banking...

    http://dailybail.com/home/the-essence-of-banking.html

    Portugal não precisava de ajuda externa e agências de "rating" têm de ser travadas

    http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=479179

    Privatizações agravam défice externo e endividamento do país

    http://resistir.info/e_rosa/privatizacoes_divida_02jul11.html

    Privatização da água fracassa na América Latina e na Europa

    http://luizromanelli.com.br/modules/news/article.php?storyid=328

    Impedir a privatização da água

    http://www.aguadetodos.com/index2.php?option=com_content&do_pdf=1&id=62

    Big Banks Waging Warfare Against the People of the World

    http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=25586

    Demolição controlada da economia mundial?

    http://octopedia.blogspot.com/2011/05/demolicao-controlada-da-economia.html

    The Rampant Criminality of the Corporate and Political Elite - Murdoch and the rule of the oligarchy

    http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=25615

    Informação adicional

    http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Perkins

    http://en.wikipedia.org/wiki/John_Perkins_(author)

    http://en.wikipedia.org/wiki/A_Game_as_Old_as_Empire

    Economic Meltdown -- A Call for Systemic Change

    http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=16236

    Vamos Fazer Dinheiro / Let's Make Money

    http://www.youtube.com/watch?v=m146POWBDaA (1/8)

      



Publicado por Xa2 às 13:40 | link do post | comentar

3 comentários:
De . Agências de 'rating' i.e. de Agiotas.. a 28 de Novembro de 2011 às 15:16

Papel das agências de rating está a ser cada vez mais contestado na Europa, inclusive por Angela Merkel.
(6 de julho de 2011 )

O diretor da Agência das Nações Unidas para o Comércio Mundial e o Desenvolvimento (UNCTAD), Heiner Flassbeck, exigiu hoje a extinção das agências de rating, em declarações à televisão pública alemã ARD.

Na opinião do ex-secretário de Estado das Finanças alemão,
"as agências de rating, pelo menos, deviam limitar-se a avaliar empresas e não deviam poder avaliar Estados, que são uma matéria muito complexa, em que elas ignoram frequentemente muitos aspetos positivos".

O papel das agências de rating está a ser cada vez mais contestado na Europa, segundo um artigo publicado hoje no matutino "Berliner Zeitung".
O jornal lembra que, na terça feira, a chanceler Angela Merkel pôs em causa a importância da maior agência deste género, a Standard & Poor's, depois de esta ter afirmado que considerava o modelo de participação voluntária de bancos e seguradoras num novo pacote de ajuda à Grécia um "incumprimento parcial" do pagamento da dívida por parte de Atenas.

Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/agencia-da-onu-exige-extincao-das-agencias-de-iratingi=f659812#ixzz1f0t5gFt1


De ...Famílias do 'polvo finança' global... a 28 de Novembro de 2011 às 15:35
As grandes famílias que governam o mundo

Algumas pessoas já começaram a perceber que são os grandes grupos financeiros que dominam o mundo.

1 restrito núcleo de famílias que têm vindo a acumular cada vez mais riqueza e poder.
Fala-se em 6, 8 ou talvez 12 as famílias que dominam verdadeiramente o mundo. Saber quais são é um mistério difícil de desvendar.

Não estaremos muito longe da verdade ao citar os Goldman Sachs, Rockefellers, Lehmans e Kuh Loebs de Nova Iorque, os Rothschild de Paris e Londres, os Warburg de Hamburgo, os Lazards de Paris e os Israel Moses Seifs de Roma.

Muita gente já ouviu falar no Clube de Bilderberg, da Trilateral ou dos Illuminatis. Mas, quais são nomes das famílias que dirigem o mundo acima dos Estados e controlam os organismos internacionais como a ONU, a NATO ou o FMI?

Para tentar responder a essa pergunta, podemos começar pelo mais fácil: recensear os maiores bancos mundiais e verificar quem são os accionistas, os que decidem.

As maiores empresas mundiais são actualmente: Bank of America, JP Morgan, Citigroup, Wells Fargo, Goldman Sachs e Morgan Stanley.

Vejamos agora quem são os seus accionistas.
Bank of America:
State Street Corporation, Vanguard Group, BlackRock, FMR (Fidelity), Paulson, JP Morgan, T. Rowe, Capital World Investor, AXA e Bank of NY Mellon.

JP Morgan:
State Street Corp., Vanguard Group, FMR, BlackRock, T. Rowe, AXA, Capital World Investor, Capital Research Global Investor, Northern Trust Corp. e Bank of Mellon.

Citigroup:
State Street Corporation, Vanguard Group, BlackRock, Paulson, FMR, Capital World Investor, JP Morgan, Northern Trust Corporation, Fairhome Capital Mgmt e Bank of NY Mellon.

Well Fargo:
Berkshire Hathaway, FMR, State Street, Vanguard Group, Capital World Investors, BlackRock, Wellington Mgmt, AXA, T. Rowe e Davis Selected Advisers.

Podemos desde já constatar que aparece um núcleo presente em todas as entidades bancárias:
State Street Corporation, Vanguard Group, BlackRock e FMR (Fidelity). Para não as repetir vamos chama-los, daqui para frente os "quatro grandes"

Goldman Sachs:
"os quatro grandes", Wellington, Capital World Investors, AXA, Massachusetts Financial Service e T. Rowe.

Morgan Stanley:
"os quatro grandes", Mitsubishi UFJ, Franklin Resources, AXA, T. Rowe, Bank of NY Mellon e Jennison Associates.

Como acabamos de verificar são praticamente sempre os nomes dos accionistas principais. Para ir mais longe, podemos agora tentar saber quais são os accionistas destas empresas accionistas desses maiores bancos mundiais.

Bank of NY Mellon:
Davis Selected, Massachusetts Financial Services, Capital Research Global Investor, Dodge, Cox, Southeatern Asset Mgmt e ... "os quatro grandes".

State Street Corporation (um dos "quatro grandes"):
Massachusetts Financial services, Capital Research Global Investor, Barrow Hanley, GE, Putnam Investment e ... "os quatro grandes" (accionistas deles próprios!).

BlackRock (outro dos "quatro grandes"):
PNC, Barclays e CIC.

Quem é que está por trás de PNC? FMR (fidelity), BlackRock, State Street, etc
E por trás de Barclays? BlackRock

E podíamos continuar durante horas, passando pelos paraísos fiscais nas Ilhas Caimão, domiciliações jurídicas no Mónaco ou sociedades fictícias no Liechtenstein. Uma rede onde aparecem sempre as mesmas sociedades, mas nunca um nome de uma família.

Resumindo: as 8 maiores empresas financeiras dos Estados Unidos (JP Morgan, Wells Fargo, Bank of America, Citigroup, Goldman Sachs, US Bancorp, Bank of New York Mellon e Morgan Stanley) são controladas a 100% por dez accionistas e temos quatros empresas sempre presentes em todas as decisões: BlackRock, State Street, Vanguard e Fidelity.

Além disso, a Reserva Federal é formada por 12 instituições bancárias, representadas por um conselho de administração de 7 pessoas, do qual fazem parte os representantes dos "quatro grandes", que por sua vez estão presentes em todas as outras entidades.
...
O mesmo se passa na Europa. Os "4 grandes" controlam a grande maioria das empresas europeias cotadas em bolsa.
E todos os homens que dirigem os grandes organismos financeiros FMI, Banco Central E. e o Banco Mundial, foram "formados" e permanecem os "empregados" dos "4 grandes"...


De Zé das Esquinas, o Lisboeta a 28 de Novembro de 2011 às 17:04
Dizem que o atual ministro da Saúde, Paulo Macedo, foi buscar para coordenador do grupo de trabalho que vai propor os «cortes» a aplicar no Serviço Nacional de Saúde, José António Mendes Ribeiro.
Não sei se é o Dr. José António Mendes Ribeiro, economista, que entre 2004 e 2007 foi o presidente do Grupo Português de Saúde (do BPN, Sociedade Lusa de Negócios, British Hospital) e que, dizem, quando saiu do Grupo deixou um passivo perto de cem milhões de euros…
É que se é o mesmo, é preocupante, mesmo muito preocupante, pois não augura nada de bom…
Mas não deve ser. Devo ser eu que só vejo nuvens no horizonte.


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