Terça-feira, 29 de Novembro de 2011

País de pobreza, famílias oligárquicas, segregação económico-social, exploração, medo, subserviência, emigração/ostracismo, caridadezinha, prisão e ditadura

(-Isabel do Carmo, Público, 28.11.2011, via PuxaPalavra)


Publicado por Xa2 às 07:55 | link do post | comentar

11 comentários:
De Arame Farpado : Problemas de Portugal a 30 de Novembro de 2011 às 12:56
Numa altura em que se discute a abolição de 4 feriados como solução para a crise sistémica nacional, proponho que partindo desse ponto façamos uma viagem pela sociedade portuguesa, refletindo sobre os dias que correm.

A proposta em cima da mesa parece pressupôr que a abolição de 4 feriados somada a meia hora extra de trabalho resolverá os problemas de produtividade e competitividade de Portugal.

É isso o que falta? São esses os fatores primordiais?
A grande maioria de nós concordará que não. O valor destas medidas, em termos líquidos, traduzir-se-á num diminuto impacto.

Porque temos baixa produtividade?
Na minha opinião os principais fatores que deveriam ser objetivo de análise e atuação por parte do Governo são:
- Custos de produção excessivos
- Custos energéticos elevados
- Carga fiscal pesada
- Falta de celeridade processual da Justiça que assusta investidores estrangeiros
- Falta de organização e competência na estrutura empresarial
- Falta de formação dos trabalhadores
- Falta de motivação

Discordam muito de mim? Não creio.
Nos países mais competitivos da Europa os colaboradores trabalham menos horas, auferem mais dinheiro e as empresas não só subsistem como proliferam.
Porquê seguir o caminho oposto se todos desejamos estes resultados?
Não acham que devíamos tentar concorrer com a Alemanha ao invés da China?!

Para os trabalhadores portugueses que não concordem com estas medidas e que nelas encontrem apenas a continuidade da prossecução de um ataque a direitos supostamente adquiridos espera-se sequer aumento da sua produtividade individual?

Assumindo esta argumentação como válida, qual o real objetivo na prossecução destas medidas?
Se o impacto positivo será mínimo e ainda assim discutível, quando os fatores que determinariam a correção dos nossos índices produtivos são outros e nem sequer de muito difícil perceção, quando o principal efeito se fará sentir nos mesmos do costume, para quê prosseguir?

A motivação é o motor do comportamento.
Se insistirem no caminho da desmotivação enquanto retiram direitos e simultaneamente apostam no empobrecimento real, assumido e abrupto da população sem se marimbarem nem para as empresas nem para as pessoas, esperam realmente bons resultados?

Caso a resposta seja afirmativa então não tenho qualquer pudor em afirmar que somos governados por uma data de idiotas chapados.

Caso saibam que não terão bons resultados, então assumam de uma vez que estão determinados em cumprir uma qualquer agenda que não a do interesse de Portugal, como até esta data demagógica e desavergonhadamente têm feito.

Numa sociedade pautada pela ética, pela lógica, pelo mérito e pela honra, um Governo que executasse o antónimo do que apregoou deveria ser destituído.
Não sei muito bem que pena aplicar a um executivo que prejudica deliberadamente o Povo que o sufragou...

Não só por ser parte integrada e interessada em todo este logro, também sob o ponto de vista sociológico questiono-me verdadeiramente até que ponto os portugueses se deixam enganar. Interrogo-me até quando o mentiroso e sofrível argumento da inevitabilidade de nos despojar de tudo, até da dignidade, é aceite como meio para nos salvar, sem qualquer protesto indignado e massivo.

Será que na nossa tão jovem e por isso tão frágil democracia teremos tido tempo e arte para, enquanto Povo, termos eliminado a nefasta e derrotista resignação que tão facilmente abre caminho às ditaduras e totalitarismos?

Tenho receio, confesso.
Quando vejo que os portugueses aceitam que tudo lhes roubem e em tudo os prejudiquem sem espírito crítico, sem reflexão, sem aparentemente sequer se importarem, este é, para mim, o estado de espírito de quem vive na subjugação e tudo, inclusivamente a perda da liberdade, é capaz de aceitar.

Esta é a conclusão e isto o que fundamentalmente me preocupa.
Mais do que a condução idiota dos destinos da nação, mais do que o cumprimento de uma qualquer agenda escondida, o que me deixa deveras preocupado é a falta de capacidade de análise, reflexão e reação do meu Povo.

A quem tudo aceita, tudo farão, não duvido.
Não gosto de me colocar nas mãos dos outros mas os meus concidadãos parecem desejar fazê-lo ardente, cegamente, sem qualquer critério.

... é para abrir olhos...


De .Ira Lusa. a 30 de Novembro de 2011 às 13:42
PODEM DISCORDAR À VONTADE

«Aprovado aumento do IVA para 23% na restauração»

«Aumento do IVA na alimentação e bebidas vai encerrar 21.000 empresas»

«Taxas moderadoras passam a custar o dobro»

«Freitas do Amaral insurge-se contra "ditadura" franco-alemã, que actua sob "pura ilegalidade"»

«Se não mudam, vai ser terrível. Não só para nós como para o resto do mundo. E não sabemos onde podemos parar. Se for assim, terá de haver uma revolução."»

«"A União Europeia está desorientada. Dantes era constituída por duas grandes famílias políticas:
os socialistas e os democratas-cristãos que seguiam a doutrina social da Igreja.
Hoje não há democratas-cristãos, ou quase não há, porque já não seguem a doutrina social da Igreja,
seguem o neoliberalismo, tendo o dinheiro como principal valor".
Também os socialistas europeus se entregaram a esta ideologia, considera Soares.

O dilema que existe hoje já vem de há dois ou três anos:
ou mudam o modelo de desenvolvimento ou todos os Estados europeus vão entrar numa decadência profunda", sustenta Mário Soares, que já foi também deputado europeu em Bruxelas.

O actual primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, é ele próprio um neoliberal cujo governo acolhe os conselhos da troika "como se fossem ordens"»
...
(por Arame Farpado, em 29.11.2011, no IRA LUSA http://iralusa.blogspot.com/?zx=ef95e39e964b0d74 )


De Espremer classe média p.conta d'outrem. a 2 de Dezembro de 2011 às 14:47
Surdinas [ XXII ] (baixinho para que ninguém nos ouça)

A teoria é simples (e antiga)

Não adianta espremer a classe baixa porque eles sabem que não podem ficar mais pobres.

Adianta espremer a classe média porque eles, ao sentirem-se espremidos, vão dar tudo o que podem para se manterem nessa classe.

Não se espreme a classe alta porque não somos masoquistas.


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