“Documento Verde”, falta bom senso e há cegueira autárquica a mais no seu, respectivo, aprofundamento.
Tendo como verdadeira a ideia de que as organizações são criadas pelas pessoas e a terem como objectivo, directa ou indirectamente, servir quem as cria e, através de si, a comunidade, não será entendível, a uma mediana inteligência, que elas (organizações) sejam criadas à revelia e contra tais interesses.
Contudo, como sabemos, o “interesse” é, pela sua própria natureza intrínseca, algo egoísta que, com algum esforço e bom senso, poderá e deverá servir o altruísmo colectivos e individualizável.
Parece que, tanto da parte do governo, aqui no processo representado pelo seu ministro Miguel Relvas, apenas parecendo visar o economicismo, redutor da gestão de recursos, pouco se importando com o isolamento que daí possa recair para certas populações de meio rural, como da parte de muitos autarcas que de urbanidade pouco ou nada demonstram, atentas as atitudes clubísticas e pessoalizadas na defesa de quintinhas de “filhos da Igreja”, isto é, das suas freguesias, entretanto “apanhadas” por meio de listas partidariamente constituídas de forma, muitas das vezes, pouco democrática e até de duvidosa legitimidade legal dada a circunstância de nem, sequer, serem eleitores os que nessas freguesia se fazem eleitos, não há, como objectivo principal, o bem servir populações.
A par do debate do “famigerado” documento Verde, os partidos deveriam ter a coragem de levar a debate interno uma espécie de Livro Branco, livro de transparência, sobre a forma como se procede (ou não procede) ao debate e “selecção”/escolha dos militantes e cidadãos não inscritos partidariamente, para formar as listas e as equipas concorrentes aos diferentes órgãos autárquicos.
O trabalho preparatório à escolha/selecção das candidaturas e a eventual constituição de coligações ou acordos pré-eleitorais deve iniciar-se quanto antes. As mudanças são necessárias e urgentes.
As 4.259 freguesias, actualmente existentes, ninguém questionará que são um exagero para as necessidades dos tempos actuais. Toda a gente compreenderá da necessidade e urgência da sua, significativa, redução.
De igual modo também, quase toda a gente compreenderá (espera-se que incluído o governo), que têm de ser, muito seriamente, ponderados os critérios. Caso em que ao concelho com reduzida população nada justifica a sobreposição de uma freguesia, do mesmo modo e inversamente, onde exista uma freguesia, geograficamente isolada e distante do respectivo concelho, mesmo com reduzido número de eleitores, possa ser extinta. É exigível acautelarem-se os interesses e as necessidades das populações.
Será que, efectivamente, as pessoas estão primeiro?
Para que se acredite que são as pessoas a estar primeiro é necessário que isso seja demonstrado. De frases, vazias de conteúdo, andamos cansados. De mentiras estamos fartos. Os senhores que falam em nome dos partidos têm de demonstrar que deixaram de ser mentirosos para que a população em vós voltem a acreditar.
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