Mensagem de Natal do director de Finanças
Quatro linhas de mensagem que poderiam resumir-se em três palavras "comam e calem". O director de finanças, equiparado para efeitos salariais a subdirector-geral, faz o seu papel e interpreta os desejos do poder o melhor que pode e só falta dizer aos seus funcionários enquanto não forem doentes em fase terminal trabalhem com um sorriso mesmo que o meu querido ministro decida cortar-vos a totalidade dos vencimentos e aumentar-vos o horário de trabalho.
Há limites para
a graxa ao poder mas nestes
tempos negros de graças, subserviência, oportunismo e arbitrariedade tudo vale.
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Senhores da Troika: a fusão do fisco foi um sucesso
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Os dirigentes da DGCI visitaram instalações das alfândegas para escolherem as que mais lhes agradam, passearam-se nos corredores da DGAIEC com a sobranceria própria de centuriões romanos em províncias ocupadas, enquanto os dirigentes locais lhe manifestavam a obediência devida ao conquistador na esperança de lhes serem mantidos pequenos privilégios e receberem as migalhas do saque. Os dirigentes da DGCI disseram que instalações, que serviços e mesmo que pessoas querem, que lhes cabiam a título de saque, só não se lembraram de exigir que lhes entregassem as esposas porque os tempos são outros.
Em vez dos interesses do Estado defenderam-se os interesses da elite, a nova estrutura orgânica dos serviços aduaneiros não passa de um pequeno bairro de lata, com os serviços amontoados com sobras que os da DGCI não desejaram. Compreende-se que os dirigentes da DGCI desconheçam os serviços aduaneiros e se movam por interesses pessoais ou por ódios antigos, mas de um professor universitário esperar-se-ia mais distanciamento, elevação intelectual, imparcialidade. Mesmo na perspectiva do ocupante seria desejável alguma generosidade. Mas nem isso, faltou-lhes inteligência para tanto.
Ignoraram a importância dos serviços, a sua dimensão na protecção da soberania nacional, a sua importância estratégica para defender o país contra os mais diversos tráficos ilícitos, ignoraram a dimensão da nova instituição pelas responsabilidades na defesa da fronteira externa, aos dirigentes da DGCI e ao seu director-geral tudo se resumiu a proteger ou aumentar os tachos na DGCI à custa dos outros directores-gerais, pouco importando a defesa dos interesses nacionais ou dos interesses comunitários.
Para os que serviram o Estado e a União Europeia durante décadas ao serviço das Alfândegas foi um momento de vergonha, foi uma humilhação ver uma instituição com mais de oitocentos anos ser invadida, destruída e saqueada sem dignidade, apenas a troco de uns pequenos tachos, para que meia dúzia de amigos possam ganhar mais umas centenas de euros.
Se como disse o ministro das Finanças esta seria uma fusão modelo então muito mal estará este país, vai regressar ao tempo dos visigodos.
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Morte à inteligência
O secretário de Estado da Juventude sugeriu aos jovens que partissem, Passos Coelho diz aos professores que emigrem, amanhã dirão aos professores universitários que não fazem falta, depois dirão aos investigadores que estão a mais. Um dia destes o lema de Passos Coelho será o mesmo da falange espanhola e Francisco Franco: «morte à inteligência». (e a todos os esclarecidos, possíveis opositores ... para se poder 'governar' ''a bem da nação''!)
(-por OJumento, 19.12.2011)
De Boas festas pró pagode a 19 de Dezembro de 2011 às 14:18
Boas-Festas com muita saudinha
Pego num comentário que o Carlos deixou no post anterior de Festas-Boas para sacar o título e construir este texto que inicia a semana de Natal.
"Com muita saudinha" ou "e saúde da boa" são excelentes dicas para incluir nos discursos que estão em construção no poder.
Também podiam ser:
"vão-se catar" ou "tenham pacienciazinha" ou ainda "mantenham-se pequeninos mas honradinhos e mansos".
Aguardemos então os cara-de-pau que estão para invadir as televisões a desejar as Boas-Festas ao pagode pagante e tenhamos a clarividência de não estragar os ecrãs que nos farão muita falta para os ouvirmos, durante mais um ano, a dizer que
a primeira de todas as "Reformas Estruturais" será substituir o cinto de cabedal por um de elástico que permita esticar os furos para além do último aperto
e que a segunda se aplica aos certificados emitidos pelas Faculdades Portuguesas que passam a incluir um visto de imigração para os PALOPS e similares.
LNT, [0.602/2011]
De .Emigrar ou implodir P de vassalos !?!. a 19 de Dezembro de 2011 às 15:11
«EMIGRE o senhor (PM) !»
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-----Nightwish
O problema é que, em pleno século XXI, se quer mandar as pessoas a quem se pagou educação todas para fora para ficarem aqui os remediados a fazerem trabalho que nunca poderá ser de excelência porque os melhores já fugiram.
Mas, para quem quer uma pequena china na europa serve perfeitamente.
Berram menos e até trabalham 12h por dia.
-----Zé Manoel
Ora nem mais.
Ao menos lá fora não trabalham em turnos de 12 horas, não é assim?
É que lá fora as leis cumprem-se.
Eu vou emigrar e fui a uma entrevista e sabe o que me disseram?
Pasme. Irei ter direito a 30 dias úteis de férias por ano, porque é essa a legislação do país para onde vou trabalhar.
E também me pagam bem pela "aventura" e por isso considero-me um "aventureiro", ao contrário de gente com filhos em colégios e que concorda com a exploração em turnos de 12 horas com pagamento de 600 euros.
Antes de ir, gostaria de lhe desejar um bom natal, pense muito e já agora que vá badamerda, seu fascista.
----xuxu
Tambem acho que a maioria dos portugueses estara de acordo com o PM.
Com um povo assim tao parvo e natural que isso tenha chegado ao estado a que chegou.
Eu pessoalmente (nao sou PM - como o Daniel diz é uma posicao totalmente diferente) recomendo a toda a gente emigrar (para o Norte da Europa, de onde escrevo isto).
E levar todo o dinheiro que tenha no banco, por duas razoes:
1. Porque não é seguro deixar o dinheiro em bancos portugueses
2. Para ajudar o sistema a implodir:
antes quero que Portugal imploda, do que seja sustentavel um sistema de vassalos (!!).
Coisas como a destruicao do SNS ( http://www.publico.pt/Sociedade/listas-de-esperam-para-cirurgia-disparam-1525618 )
estao a ser feitas de PROPOSITO (com a desculpa da troika).
Se é para ser assim, então que imploda.
-----berto
Falar em "esmagadora maioria de portugueses" os crónicos participantes no forum TSF, realmente é de gritos.
Os portugueses sempre foram aventureiros?
Ou foi porque o país nunca lhes proporcionou uma vida digna e por isso tiveram que ir embora?
O estado paizinho acabou?
O que é agora, o estado-padrasto?
O último a sair que apague a luz.
-----Anónimo
Qual é o problema?!?
QUAL É O PROBLEMA?!?
O problema é termos 30 alunos por turma!!
O problema é termos profs que durante 1 hora ou 90 minutos são monitores, pais e sei lá que mais antes de serem professores!
É mais fácil reunir um rebanho de gatos do que dar aulas nas condições actuais.
Na cabeça destes deficientes mentais que para aqui comentam e que dão entrevistas é mais fácil aumentar as turmas para 40, 60 ou 100 alunos e assim resolve-se o problema dos custos da educação.
Os excedentários que emigrem.
O PROBLEMA é termos um governo que praticamente fecha o Instituto Camões (aquela iinstituição que tinha a responsabilidade de promover a língua e cultura portuguesa no estrangeiro)
e dizer aos professores para substituirem algo que é da competência do Estado fazendo-se à estrada.
----Zé Manoel
Meu caro tem toda a razão.
Tenho uma familiar professora e ela queixa-se que tem 30 alunos numa sala do ensino básico.
É impossível dar-lhes uma educação de qualidade nessas circunstâncias.
De facto o melhor é mesmo emigrar porque o ar deste país anda insuportável!
Começa já a cheirar a fascismo do mais básico neste país.
Cheira a Salazar.
De . ATA 16 subdirectores-gerais !!!. a 19 de Dezembro de 2011 às 14:26
Bem prega Frei Tomás, mas vejam lá o que ele faz
(-por MMLM, CausaNossa)
A Autoridade Tributária e Aduaneira tem nada mais nada menos do que 12 subdirectores-gerais (!!), mais 4 directores equiparados a subdirectores-gerais e 34 directores de serviços.
Tive que ler a nova orgânica no Diário da República para acreditar.
É certo que reuniu numa só Direcção, a DGCI, a DGAEC (alfândegas) e a DGITA (informática dos impostos), ou seja absorveu duas direcções-gerais mais pequenas.
Justificar-se-ia assim, admito, uma excepção à anteriormente prometida eliminação do cargo de sub-director geral, se bem ouvi, para acabar com as "gorduras".
Digamos até, para ser justa, justificava-se mais do que um sub-director.
Mas daí até 12+4 vai uma grande distância.
Com que autoridade impõe o Ministro das Finanças restrições e cortes na despesa aos restantes colegas de Governo, às autarquias, a todos os funcionários públicos se dentro do seu Ministério se trata com esta enorme “generosidade”?
Se há qualquer outra explicação, temos direito, no mínimo, a conhecê-la.
O facto de cobrarem os nossos impostos não lhes dá direito de os gastarem com estes privilégios!
De Zé das Esquinas, o Lisboeta a 19 de Dezembro de 2011 às 15:44
Porque não os deportamos nós a «eles»...
Sim, pôr a milhas todos estes nossos governantes.
Porque deportar não é mais que obrigá-los a emigrar... e sem retorno à procedência.
E em «pacote», podíamos juntar aos atuais governates, todos os anteriores recentes, os dirigentes político partidários, «autarcas», dirigentes sindicais, e oura tanta cambada que, em nome do melhor para os portugueses, munícipes, fregueses, operários e trabalhadores, têm conseguido viver à custa dos tótós contribuintes, que ainda acreditam que um dia virá um «Pai Natal que levarará os mininos ao circo»!
«Circo» tem sido este País de há uns anos para cá, em que meia dúzia de «palhaços pobres» entram nos meadros da política e rapidamente se transformam em «palhaços ricos»...
Portanto a idéia, da emigração, até é boa, basta virar o feitiço para o feiticeiro!
De .PM ilegítimo ou PSD/PP bastardo ?!. a 19 de Dezembro de 2011 às 17:35
O último a sair que apague a luz
(ou, em vez de fugir: faça ''BBOOUUMMmmm'')
Quando muitos dos nossos capitalistas mais ligados ao regime anterior ao 25 de Abril estavam em fuga para o Brasil alguém com humor escreveu um grafitti (que nesse tempo se designava por pichagem) que ficou para a história, “o último a sair que apague a luz”.
Talvez seja uma ironia do destino, agora que os “filhos” dos que nesse tempo fugiam das responsabilidades do passado chegaram ao poder sugerem aos portugueses em situação mais difícil que abandonem o país.
Mas se aquela pichagem foi escrita por alguém que anonimamente se assumiu, quem agora sugere aos portugueses que emigrem em massa, especialmente os mais qualificados, é o primeiro-ministro.
E se o anarquista fez a sugestão a brincar mais de trinta anos depois é um primeiro-ministro que fala a série quando sugere aos portugueses que partam.
É óbvio que Passos Coelho nem conhece nem quer saber que enquanto primeiro-ministro jurou desempenhar as funções com dignidade e cumprir a constituição.
Talvez se compreenda que não tenha lá muita dignidade na forma como exerce o cargo, tem a que Deus lhe Deu e já se percebeu que nesse capítulo também não é muito dotado.
Mas como primeiro-ministro tem o dever
de “Promover o bem-estar e a qualidade de vida do povo e a igualdade real entre os portugueses, bem como a efectivação dos direitos económicos, sociais, culturais e ambientais, mediante a transformação e modernização das estruturas económicas e sociais;”
Mas parece que em vez de um governo que se move pela melhoria do bem-estar dos portugueses temos um governo apostado em empobrece-los,
em destruir quaisquer equilíbrios no mercado de trabalho transformando uns em escravos dos outros,
em distinguir os portugueses entre os que têm direitos porque nasceram ricos ou enriqueceram, pouco importando se o conseguiram com mérito ou simplesmente graças à corrupção.
Temos um primeiro-ministro que parece simpatizar com os mais ricos e que demonstra um profundo desprezo pelos menos ricos,
que inventa folgas orçamentais para enriquecer uns e sugere aos outros que abandonem o país.
Porque razão Passos Coelho não diz aos empresários que não são competitivos para que partam para a África ou para a Ásia porque por essas bandas a lei laboral lhes permite tudo e os salários são miseráveis?
Para Passos Coelho há três grupos de portugueses, os empresários que merecem ser ajudados,
os trabalhadores que estando empregados servem para pagar os impostos usados para ajudar os primeiros
e os que por estarem desempregados estão a mais em Portugal e devem emigrar.
Portugal tem um governo miserável cujo primeiro-ministro despreza a Constituição no que mais elementar tem a lei fundamental, é o caso do artigo 58.º que estabelece o direito ao emprego:
«1. Todos têm direito ao trabalho.
2. Para assegurar o direito ao trabalho, incumbe ao Estado promover:
a) A execução de políticas de pleno emprego;
b) A igualdade de oportunidades na escolha da profissão ou género de trabalho e condições para que não seja vedado ou limitado, em função do sexo, o acesso a quaisquer cargos, trabalho ou categorias profissionais;
c) A formação cultural e técnica e a valorização profissional dos trabalhadores.»
Quando numa situação de desemprego em que um dos problemas que mais afecta a competitividade da economia é a falta de qualificação profissional
um primeiro-ministro sugere precisamente aos professores que abandonem o país, Portugal está no fim da linha.
À crise económica junta-se uma grave crise política e social.
O poder perdeu totalmente a vergonha e não hesita em levar o país para o confronto social, senão mesmo para uma guerra civil.
Um governo
que assume o desprezo pela Constituição,
que evidencia um total desprezo pelo sofrimento do seu povo,
que assume claramente que governa só para alguns e
que usa o poder para escravizar e explorar uns em favor de outros e
que enganou os eleitores com um falso programa eleitoral deixa de ter legitimidade para governar.
De Zé das Esquinas, o Lisboeta a 19 de Dezembro de 2011 às 15:59
«Um deputado não está de joelhos»
Pois não. Os nossos pelos vistos estão de cócoras!
De Emigrar, exilar, ostracismo, afuguentar, a 20 de Dezembro de 2011 às 11:00
Mandar emigrar começa a ser mania
«Há tempos foi um secretário de Estado a convidar os jovens a emigrar, agora é o primeiro-ministro a propor o mesmo aos professores, irem para Angola ou Brasil.
Depois do "faça férias cá dentro", o slogan "vá trabalhar lá fora"...
Quando do primeiro convite para zarpar, escrevi:
"Ide embora" pode não ser um mau conselho.
Deu-o o meu bisavô ao meu avô, disse o meu avô ao meu pai, fiz eu pela minha vida em três países, decidiu a minha filha - ir embora.
Se uma família honesta o fez, por que não dois honestos cidadãos a dizê-lo? Mas da primeira vez que escrevi, acrescentei um porém: para político, "ide embora!" é curto.
Do secretário de Estado da Juventude esperam-se propostas para fazer cá dentro.
Porque conselhos sobre soluções naturais, como emigrar ou respirar, os portugueses não precisam, está-lhes no ADN.
E, agora, quando Passos Coelho reitera o convite a alguns para emigrar, o meu porém aumenta.
É que nas emigrações em geral os governantes podem lavar as mãos, chega o desenrascanço tradicional do candidato a ir embora.
Mas na específica emigração de professores, não: são necessários prévios acordos com os países para onde vão.
Passos tão expedito a mandar os outros trabalhar longe, não mostrou o trabalho que ele - com a rara sorte de português ainda a poder trabalhar em casa -
deveria ter feito:
acordos com Angola e Brasil.
Era mostrando-os que devia ter começado a conversa.»
[DN], Ferreira Fernandes.
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