Foi por aí um alerido de esgalha pessegueiro quando um qualquer demagogo numa qualquer acção político-partidária esboçou um leviano ensejo, fez um pequeno bocejar de “estou-me marimbando para os credores” e não devíamos pagar a divida.
Caiu o Carmo e a trindade com tanta demagogia, como se tais atitudes fossem algo inusitado, fossem uma novidade nunca dantes vista e não um corriqueiro comportamento de quem se tem governado no pressuposto desempenho do papel de governantes.
A questão de fundo é que nem a oposição e nem o governo colocam, e deveriam colocar, era saber o quê e a quem se deve pagar, enquanto divida, justa e efectivamente contraída, para fins de utilidades públicas foram feitos os empréstimos?
Dito de outro modo, a questão a colocar é conhecer as várias e diferentes parcelas da factura que constitui a divida. Será que o governo e a oposição estarão dispostos a trabalhar para esta clarificação? Que dizem o senhores Passos e Seguro?
Quanto dessa pressuposta divida não foi deslocada para paraísos fiscais e quanto não entrou em contas particulares de quem a contraiu dizendo que o fazia para proveito e em nome do Estado?
Qual é, efectivamente, o montante da divida legitima e legalmente contraída e que natural e efectivamente deve ser paga com taxas de juros não usurários? Porque não aceita a senhora Merkel e os bancos alemães que se aprovem protocolos iguais ao assinado em 1953, acordo de Londres quando, a 27 de Fevereiro, depois de duras negociações com representantes de 26 países, com especial relevância para os EUA, Holanda, Reino Unido e Suíça? Nesse acordo alem de ter sido a divida reduzida a 50% do seu valor inicial a taxa de juro tinha um valor de razoabilidade não podendo ultrapassar os 5% do valor das exportações.
É por isto e por muitas mais razões que uma, isenta e global, auditoria cidadã à divida publica tem razão de ser. Tardou a iniciativa, tardam os resultados na medida em que, entretanto, os usurpadores vão engordando à custa de tantas vítimas sugadas.
Do respaldo da maratona dominical levado a cabo, conforme por aí já se vai escrevendo, pelos rapazes de Chicago, mandaretes da Sr.ª Merkel, sem qualquer ideologia político-social mas com firme determinação em cumprir as orientações da actual dama de ferro, apenas saiu a informação de que são necessárias mais medidas de austeridade, alem das já aprovadas para 2012, numa corrida enciclopédica que parece visar a extinção da classe média nacional.
Há quem diga que, se nada for feito para inverter as orientações políticas mais recentes, Portugal se arrisca a tornar-se a China da Europa no que respeita a condições de trabalho e nivel social.
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