Sexta-feira, 27 de Janeiro de 2012

     EU  TIVE  UM  SONHO !      (-por Rui Namorado)

    Este governo, politicamente, é um pigmeu que executa os rituais mais básicos da vulgata neoliberal como quem segue os ditames sagrados de uma religião imaginária. Na Europa, continua a servir as bicas aos patrões, embora seja tratado com a bonomia de quem partilha com eles o garrote que assombra o velho continente: o partido popular europeu.      ...

     As provocações grosseiras não pedem argumentos que as contrariem. Às provocações grosseiras responde-se sem ambiguidades e com verticalidade. Por isso, o PS tem que dar uma resposta à altura: sem blas-blas, sem hesitações, sem meias palavras. Ao abuso de maioria que a direita está a pôr em prática, só se pode responder na mesma moeda. A sobranceria não pode ser recompensada.

     ... ao Partido Socialista só resta um caminho: declarar, desde já, solenemente, que logo que a direita perca a maioria na Assembleia da República, ocorra isso quando ocorrer, o PS proporá a restauração dos feriados do 5 de outubro e do 1º de dezembro.
       Ou isso, ou um calvário de tergiversações, no decorrer do qual em cada dia a credibilidade do PS se arrisca a ir esmorecendo, mais e mais, até se reduzir a uma vaga sombra daquilo para que foi criado. Não nos deixaram uma terceira opção.

      Talvez por isso, eu tive um sonho:  desta vez o PS dá um murro na mesa !

---------  (por António Miguel :)

   Lindo sonho !
   Interessante porque é realizável!
      Mas ainda é possível juntar mais ingredientes a esse sonho que o Povo tanto anseia:

a verdade, actores dignos sérios e servidores da coisa pública, um plano que permita dar perspectivas de felicidade ao povo a quem têm juntado pobres sobre pobres, diminuir a despesa pública em esbanjamento de frotas de automóveis, em estudos e mais estudos milionários,proibir reformas acumuladas até um determinado limite, proibir que reformados até um determinado plafond exerçam trabalho remunerado, proibir gastos sumptuários como os que foram feitos na Assembleia da Republica, diminuir o nº. de deputados, reduzir Institutos, obrigar a que todos os Investimentos Públicos sejam objecto de estudo de rentabilidade, viabilizar leis que responsabilizem todos os políticos pela decisões tomadas pelo governo e autarquias.
    Esse é um exemplo pequeno do que o PS pode e deve apresentar aos portugueses com verdade, por que é exequível.
O PS tem que mostrar que servirá o Povo sem complexos, nem arrogâncias, nem sujeito a "polvos" instaladosO PS tem que reconhecer erros e mostrar que é constituído por portugueses sérios e capazes.
O PS tem gente competente e honesta capaz de implementar um projecto de regeneração da democracia, da política no ineteresse dos portugueses.
Como disse Camões "falta realizar Portugal".   Até quando ?   Somos capazes !



Publicado por Xa2 às 07:50 | link do post | comentar

10 comentários:
De .Austeridade MATA Lusos e economia. a 27 de Janeiro de 2012 às 10:43
E agora Gasparzinho?

«A austeridade, por si só, não tem os resultados pretendidos. Um bom exemplo disso é Portugal, disse Stephen King hoje em Davos.

Para o economista-chefe do HSBC, citado pela CNBC, a austeridade não dá os frutos desejados quando é seguida de forma isolada. Stephen King deu Portugal como o exemplo de um país que seguiu a via da austeridade e que está a seguir todas as regras, mas que continua em apuros.

“Há um risco nisso [na austeridade, por si só]. Observem Portugal. Fez as coisas todas certinhas, assumiu a via da austeridade, cumpriu os programas definidos pela União Europeia e, ainda assim, as ‘yields’ da sua dívida pública estão incrivelmente elevadas”, declarou King no Fórum Económico Mundial, a decorrer em Davos.» [Jornal de Negócios]

Parecer:
Parece que o Gasparzinho estava enganado e de nada servem as doses cavalares de austeridade que estão a matar qualquer hipótese de reduzir a divida.

«Sugira-se ao Gasparzinho que vá fazendo as malas.»


De Izanagi a 27 de Janeiro de 2012 às 11:03
teria sido ainda mais pertinente no seu comentario se indicasse onde e como se financiava. Ficaria o comentario completo se indicasse onde investir, COM RETORNO e não em cimento, esse financiamento. Mas concerteza ao ler este comentario vai seguramente concluir o seu, para não se ficar apenas por "lugares comuns"


De .Melhor Governação Políticos e Cidadãos. a 27 de Janeiro de 2012 às 14:22
''- onde e como se financiava ?
- onde investir ...? ''
...
1- Podia devolver-lhe as questões ... pois também é cidadão eleitor, preocupado e informado... e não sou secretário do economista-chefe...

2- O comentário refere que Austeridade (por si só) não está a resolver o problema (de Portugal e outros...), pelo contrário, está a gravar a crise/recessão.
E nada refere sobre soluções para a economia ('nacional' ou internacional) ou investimentos ou financiamentos - se estão bem, mal, se são suficientes ou não, ...

3- São necessárias :
3.1- medidas económicas que dinamizem o emprego e o desenvolvimento (...), por ex: mais educação em cursos com empregabilidade (medicina, saúde, biotecnologias, ..., telemática, robótica,...); aproveitamento de fundos da UE (que podem ir até 95% !!), ...

3.2- medidas políticas-financeiras a nível da UE (e não apenas de 1 ou 2 países) que exigem diferente posicionamento e alianças entre Estados para fazer mudar o des-governo da CE/Merkozi, Ecofin, a actuação do BCE, ... tais como:
emitir mais massa monetária em €, Eurobonds, taxas sobre transações financeiras, harmonização de impostos na UE (e controlo/eliminação dos offshores), empréstimos directos aos Estados, criação de agência de notação europeia, ...

3.3- medidas políticas, por ex: melhoria da Justiça, melhoria da participação política e cívica dos cidadãos, melhoria da transparência e controlo das contas/dinheiros dos partidos, das entidades públicas e de todas as entidades que recebem participações, subsídios e isenções do Estado/autarquias/... , ...
3.4- ...


De Izanagi a 27 de Janeiro de 2012 às 10:51
O sonho comanda a vida. Para alguns, digo eu. Porque de facto o POVO revê-se nos deputados que elege, nos políticos que escolhe, que são maioritariamnete auqeles que conduziram o país a esta situação. Acreditar que o POVO é diferente tem sido um erro de "casting" , que conduz a resultados errados.
Com um POVO assim, de onde emanam os políticos, a solução tem sempre necessariamente que passar pelo exercícioÍNTEGRO da Justiça, com sanções dissuadoras para os prevaricadores. Tudo o mais é adiar e agravar o problema.


De Fazer oposição a sério... a 27 de Janeiro de 2012 às 11:09
Alguém viu o Seguro(/PS) por aí?

Paulo Portas costuma ser criticado pelas suas ausências prolongadas que denunciam uma estratégia do líder centrista de não dar a cara pelas medidas mais duras, optando por aparecer nos momentos mais agradáveis.
Sucede que o suposto líder da oposição aparece ainda menos do que o Paulo Portas, se não fosse deputado nem sequer teria que suportar a chatice dos debates quinzenais.
Parece que Seguro apenas queria chegar ao conforto da liderança do PS e agora vai desfrutando as mordomias do cargo, gabinete, vencimento livre de grandes austeridades, carro e motorista, algumas viagens ao estrangeiros, umas almoçaradas oferecidas e muito pouco para fazer.

O governo negoceia com uma pequena central sindical impondo-lhe uma eliminação de muitos direitos dos trabalhadores,
direitos adquiridos com mais mérito e mais merecidos do que a pensão que o Luís Cunha recebe do Banco de Portugal
e o que tem a dizer o líder da oposição, secretário-geral de um partido que transporta a designação de socialista? Nada.

O governo adopta uma lei que terá como consequência o encerramento de milhares de microempresas e o despejo de dezenas de milhares de famílias e o que diz António José Seguro?
Dão-se alvíssaras a quem souber o que pensa o líder do PS sobre o tema.

O governo decidiu cortar os subsídios a parte dos portugueses não hesitando em concentrar o grosso da austeridade sobre os funcionários públicos e o que fez o líder da oposição?
Lamuriou-se sugerindo o corte de apenas um dos subsídios, nem sequer questionando a constitucionalidade da medida e no momento da votação absteve-se.
Foi tão incompetente que fez o frete e ainda acabou gozado pela direita que, com razão, lembrou-lhe as posições de apoio ao orçamento que assumiu ainda antes de conhecer o documento.

Começa a ser tempo de Seguro se explicar aos eleitores do seu partido já que os militantes parecem aceitar as suas posições, os portugueses precisam de saber se o líder do PS é o líder da oposição ou se desempenha o papel de ministro sombra do governo de Passos Coelho.
Os eleitores do PS precisam de saber se o líder do PS honra o programa do seu partido ou se prefere colocar acima deste a sua amizade e negócios privados com Passos Coelho.
Os país precisa de saber se o PS ainda é um partido ou é uma espécie de loja do PSD de Passos Coelho.

Compreende-se que Seguro não seja tão brilhante como se desejaria, que simpatize mais com o seu amigo Passos Coelho do que com o seu antecessor na liderança do partido,
que aprecie mais o estatuto de líder partidário do que o de membro do governo, mas os portugueses precisam de
saber se podem continuar a contar com o PS ou se é melhor irem procurar outro lado para fazer oposição a este governo.

--------- CCastanho:
... Os ELEITORES do PS -homens e mulheres de esquerda - não se sentem representados com esta liderança de "fogacho" nada objectiva, e pouco transparente, nos propósitos da defesa da maioria opositora aos estarolas.

Os eleitores do PS, vão fazer greve às urnas nas próximas eleições legislativas se este " projecto " de líder permanecer na liderança do PS.

Os eleitores do PS, estão envergonhados com a forma " canhestra " de fazer valer os valores de esquerda, face ao ataque voraz, e ultrajante, destes tresloucados governantes, com a cumplicidade e servilismo, de António José Seguro, sob a égide, de uma "oligarquia aparelhista" sempre disponível a golpe de rins, para depositar flores no regaço do novo líder, mandando às "malvas", todos aqueles que rejeitam o alinhamento partidário, mas que, sustentam com o seu voto despretensioso e democrático, o lugar ao sol, de um punhado de gente ( sempre os mesmos, é verdade !)nas cadeiras dos corredores do poder.

Falta a Seguro, o que sobra em Sócrates, nas formas de entender o futuro e perspectivá-lo .
--------


De Ministro da Oposição Mansa e Silenciosa. a 27 de Janeiro de 2012 às 11:29
nomeado

-----------RebeloSilva:
...
cadé a oposição da (in)Segura figura perante tanto desfilar de atentados aos direitos do cidadão e à democracia, que esta alma que acredito conluiada com o láparo deixa passar num "engano ledo e cego"que espero "a fortuna não deixe durar muito"!

O socialismo democrático convive sem problemas com casos como o que referi, quando na sua génese tem gente que sofreu na pele as sevícias da PIDE, os cortes da censura fascista que agora reverdece, os tribunais plenários e as deportações por simples delito de opinião?

Acordem se é que ainda vão a tempo porque as canalhices tomaram com descaro e impunes o freio nos dentes
para mais com os apoios da banca e do alto empresariado claro que com muito desinteresse.

--------ZédoTelhado:
Há muito que este "janota" demonstra ser uma personalidade amorfa, comprometida e traiçoeira.
Hoje fica claro que conspirou no derrube de Sócrates com P. Coelho, Portas. Jerónimo e Louçã.

É óbvio que esta oposição tem a consciência tão pesada que está moribunda de vergonha e não reage
a todos as barbaridades que o governo da ação nacional salazarista fez e continua a fazer aos aposentados e trabalhadores, mormente aos FP.

Com vermes deste calibre, socialistas descomprometidos sentem-se órfãos!...

--------J.Madeira:
... os partidos políticos , não tenho quaisquer dúvidas , são verdadeiros "sacos" de oportunistas e encostados...
as excepções fazem a regra!

Quanto mais tempo passar maior será a desilusão provocada pela liderança do PS, não se perce-
be a sua estratégia se, é que existe alguma !?! Deixa o P.Coelho ultrapassar pela direita o acor-
do assinado com a troika e, abstem-se no O.E.
enquanto grupos de portugueses selectivamente,
são aliviados dos subsídios de férias e de Natal!

O silêncio tem sido a norma face a outras prepo-
tências do des-governo...
cada vez mais, os portugueses irão exigir o FIM do REGIME vigente em virtude da incapacidade dos partidos para resolver os problemas que o País enfrenta !
...
-----------Jvlv:
Terá Portugal mudado, assim tanto, desde o 25A?

Parece que sim, pois muitos cidadãos passaram a pensar e a fazer coisas a que, antes, não se atreviam.
Nem todas boas, claro, mas todas com uma marca distintiva:
feitas em liberdade e democracia, o que coloca um grande desafio aos cidadãos e órgãos de soberania:

como pode uma democracia defender-se de actos e acções que, sendo democráticos e aparentemente, necessários, atentam, claramente, contra os princípios da universalidade, igualdade, justiça, isenção e proporcionalidade,
contribuindo ainda para a manutenção e reprodução de problemas e bloqueamentos em sectores vitais como o da justiça, economia e saúde, para não falar da educação,
sector onde se cruzam todas as insatisfações e carências, pondo em perigo a delicada interactividade entre os corpos, docente e discente, este base insubstituível do futuro do país.

Muitos se interrogam, teremos melhorado? Respondo:
pensar e agir bem, com racionalidade, eficiência e eficácia é objectivo e razão de viver de todo o ser humano.
Há países onde tais desígnios foram, individual e colectivamente atingidos, com maior ou menor sucesso.

Existem, porém, países onde a confusão entre o público e privado é total, como o nosso, em que inúmeros
cidadãos se quedam, desarmados e impotentes perante a hipocrisia e falsidade demonstradas por responsáveis e ex-responsáveis políticos que se servem do seu estatuto para fins privados, familiares e de grupo, preocupando-se, apenas, acessoriamente, com o futuro do país.

----------A.Oliveira:
"Seguro" e "manso"... porque será que me veio à ideia a imagem da "maioria silenciosa"???
PORRA, só nos faltava esta :(


De o PS está em POLVOROSA e dividido... a 27 de Janeiro de 2012 às 11:40
-------José Cabral :

99% CERTO... 1% ENGANADO...
Estou de acordo com 99% deste texto do Jumento.

Mas há um "engano" no 1% restante:
"... já que os militantes parecem aceitar as suas posições ...".
Não é verdade que os militantes aceitem a atitude "frouxa" de Seguro e muito menos a sua política comprometida com a da direita.
O PS está em POLVOROSA, há um debate (não muito interno) forte e vigoroso onde se trava uma luta de ideias com argumentos, com propostas, com críticas e com alguns insultos à mistura.

Há muitas posições ainda... e aparecem os "seguristas" dos 7 costados com grande parte do aparelho a apoiá-los, alguns apoiantes de Assis, e muitos mas
mesmo muitos militantes que nas eleições internas ou se ABSTIVERAM por não reconhecerem qualidade em nenhum dos candidatos, ou APOIARAM o Seguro e agora se sentem TRAÍDOS (estes últimos estão muio REVOLTADOS ).

Mas começam a cristalizar-se duas facções principais:
a do Seguro e seus apoiantes (alguns tipicamente à espera de fazerem carreira política) por um lado,
e a daqueles que querem um PS de ESQUERDA, forte na oposição à direita e ao seu governo
e que acham que é preciso construir uma alternativa já e não dar 4 anos à DIREITA para DESTRUIR o país.

Nada está decidido ainda... é uma luta fortíssima a que se está a travar no PS.
Os "seguristas" têm a vantagem de ter grande parte do APARELHO e de terem um líder claro (António José Seguro).
Os militantes que querem dar uma VASSOURADA no partido e posicioná-lo à esquerda e na oposição sem qualquer margem para dúvidas têm também duas vantagens
- a do número (são mesmo muitos) e a da força das suas ideias (que está a mobilizar cada vezmais).
Mas têm uma desvantagem:
ainda não surgiu ninguém capaz de os liderar.

Vai ser duro até porque de uma coisa podem estar certos:
o Seguro pode não fazer nada na oposição (e não faz) mas é muitíssimo activo a querer manter-se no poder no PS a todo o custo!


De .Demita-se sr. deputado !. a 31 de Janeiro de 2012 às 10:59

Há desconhecimento e desconhecimento

Quem legisla não pode alegar em sua defesa o desconhecimento da Lei. ( e não declarar os seus depósitos/ rendimentos de uma? conta bancária, desde há vários anos...)
Para a credibilização do PS, o deputado que diz desconhecer os princípios pelos quais a república se rege, só tem um caminho.
Entregar o mandato e ir à sua vida.

É por estas e outras que considero que é a altura de também introduzir limitação de mandatos aos deputados e com efeitos retroactivos.

Lamentavelmente para estes casos as leis não podem ser retroativas, a não ser que sejam para cortar salários.

Obviamente, demita-se o senhor deputado (Lello).

(-Carlos Alberto, http://cadsf.blogspot.com/2012/01/ 29 )


De Vigarice em mandatos de autarcas. a 30 de Janeiro de 2012 às 09:44
Contra o xico-espertismo
(-por AG , CausaNossa 29.1.2012)

Francisco Assis tem todo o meu apoio ao defender que
o PS determine, à partida, que não candidatará a nenhum municipio nenhum presidente de câmara que em 2013 complete três mandatos consecutivos.

Não se trata apenas de aplicar a lei 46/2005 e de lhe respeitar razão e sentido.
Trata-se, antes de mais , de defender o PS, demarcando-o do PSD e da VIGARICE. (fazendo uma leitura enviesada da lei e permitir candidaturas ...a outro cargo ou município)

Trata-se, sobretudo, de não contribuir para desprestigiar mais a política aos olhos dos cidadãos.


De CGTP lutará a 30 de Janeiro de 2012 às 15:04
CGTP vai entregar carta reivindicativa ao Governo
Documento prevê medidas em 15 sectores

(-Por 2012-01-28, http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/cgtp-congresso-cgtp-medidas-cgtp-carta-reivindicativa-crise-governo/1321005-1730.html )

O XII Congresso da CGTP (Intersindical) aprovou este sábado por unanimidade uma carta reivindicativa que prevê medidas em 15 áreas de cariz económico, social e laboral que será entregue ao Governo e ao patronato. Também já foi aprovado o documento programático da Intersindical, agora liderada por Arménio Carlos, para os próximos quatro anos.

A «Carta Reivindicativa de Todos os Trabalhadores» propõe a valorização dos direitos dos trabalhadores como factor de progresso social e rejeita a desregulamentação laboral e o retrocesso social.

Para criar emprego e combater o desemprego, a CGTP quer que sejam implementadas medidas que garantam o crescimento económico. Medidas estas que, segundo a central, iriam contribuir para a redução do défice, que seria uma forma de responder à crise da dívida soberana.

Nesta matéria concreta, a Intersindical defende ainda a redução dos prazos, dos juros e dos montantes do empréstimo acordado com a troika.

Na Carta é também defendido o combate à economia clandestina, a efectivação do direito de contratação colectiva, o combate à precariedade laboral, a melhoria dos salários e uma mais justa repartição da riqueza.

É igualmente reivindicado o respeito pelo tempo de trabalho, a redução progressiva do horário de trabalho para as 35 horas semanais como forma de promover a conciliação entre a vida profissional e a vida privada, lê-se no documento, citado pela Lusa.

A garantia de um sistema público solidário e universal de segurança social, como instrumento para assegurar a coesão da sociedade é outra das reivindicações apresentadas no documento.

CGTP preparada para «todas as acções de luta»

Os sindicalistas assumiram, no congresso, o compromisso de defender as funções sociais inscritas na Constituição da República e os serviços públicos enquanto factor de desenvolvimento e coesão social.

Na resolução aprovada, a Intersindical condena «veementemente o paradigma do Estado neoliberal que o Governo do PSD/CDS procura impor» ao país.

Ao aprovarem esta resolução, os delegados ao congresso declararam-se disponíveis para «todas as acções e luta» em defesa de uma Segurança Social pública solidária e universal, um Serviço Nacional de Saúde (SNS) universal e gratuito e uma escola pública com qualidade.

Foi igualmente aprovada uma resolução em defesa da alteração às políticas económicas e sociais seguidas pelo actual Governo.

«O programa do Governo, cujas medidas integram, completam e aprofundam o memorando de entendimento com a troika, assim como a própria acção governativa, constituem instrumentos internos da política neoliberal que, para satisfazer as exigências dos grupos económicos e financeiros, impõem cada vez mais sacrifícios aos trabalhadores e à generalidade da população».

E, depois, «as medidas de austeridade são desastrosas, não resolvem a crise da dívida nem nenhum dos problemas com que o país está confrontado, antes o agrava».

Nota ainda para o facto de a CGTP prever 100 mil novas adesões à Intersindical até 2016.

«A situação exige uma resposta articulada e concretizada a um só tempo: a acção sindical integrada entre a organização e a acção reivindicativa nos locais de trabalho».


Tags: CONGRESSO CGTP, MEDIDAS CGTP, CARTA REIVINDICATIVA, CRISE, GOVERNO, CGTP


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