Políticos sanguinários e jornalistas draconianos.
Uns e outros (se não é pelo menos parece) o que pretendem é desvalorizar o que existe de nosso, o que temos de bens públicos para entregar, de bandeja e ao desbarato, aos privados, usurpadores.
O que há já algum tempo (estes dias repetidas até à exaustão) temos assistido a propósito das deturpadas notícias em relação ao sector de transportes públicos, são bem a evidencia dessa estratégia.
A notícia, agora mais uma vez, divulgada em grandes parangonas diz que “as empresas do Estado somaram prejuízos de 1.500 milhões de euros no ano passado. A derrapagem nas contas públicas foi superior a 38 por cento, com o sector dos transportes a contribuir quase na totalidade para os valores negativos. A ‘troika’ tinha definido o final de 2012 para o equilíbrio das contas no setor empresarial do Estado, mas o objetivo parece cada vez mais difícil de alcançar.”
Acrescentando que “os resultados líquidos das empresas públicas (excluindo o setor da Saúde, a Parpública e a Estradas de Portugal) apresentaram prejuízos na ordem dos 1.500 milhões de euros em 2011.”
E que “de acordo com o relatório da Direção-Geral do Tesouro e Finanças publicado ontem, o valor representa uma derrapagem de 38,5 por cento relativamente a 2010, quando os prejuízos foram de cerca de 1.080 milhões de euros.”
Ora quem lê o referido relatório (que respeita aos valores de 2010) não vê tais valores e os de 2011 ainda não foram divulgados. Por outo lado ninguém, nem a própria DGTF, é capaz de ser seria, honesta e digna a divulgar certas situações a que obriga os gestores de tais empresas. Como de igual modo, os jornalistas (só o são de nome) não aprofundam as reais razões porque essas empresas têm tais resultados.
O caso do Metro de Lisboa, que apresentou prejuízos em 2010 de 148M€, se lhe fossem atribuídos os valores idênticos aos que são entregues ao grupo Barraqueiro que explora a Metro Sul do Tejo pelo serviço social prestado, teria um resultado liquido de exploração de mais de 50 milhões de lucro, conforme foi já divulgado pelos trabalhadores desta empresa.
Ora, qualquer empresa que tenha de suportar encargos de juros pelos empréstimos que os vários governos lhes obrigaram a contrair ao longo dos anos e cujo deficit ronda cerda de 4 mil milhões não pode ter outra situação que não seja a de apresentar resultados negativos em cada ano que passa. Exigir o contrário não é de loucos é de gente estúpida e de má-fé. Gente que nos envergonha.
De .Lixo 'informativo'.. a 21 de Fevereiro de 2012 às 11:03
Muito pertinentes estes esclarecimentos.
Quanto a 'jornalismos' e 'informação' divulgada por governantes ou DG sabemos bem que são máquinas de desinformação e ocultação,... com seus 'spin doctors' e 'agências de comunicação' ... LIXO.
O imposto Ryanair
Em tempo de vacas magras o milionário Michael O'Leary é um dos maiores beneficiários de subsídios, ajudas, subvenções e programas regionais em toda a Europa.
E esta é uma das suas principais fontes de lucro, obtida frequentemente após chantagem em que ameaça retirar os seus aviões da região.
Tal como suspeitava, Portugal não é excepção, desde Dezembro de 2007 foram atribuídos 15 milhões de euros às companhias apelidadas de "baixo-custo" (na realidade o custo total da viagem é muito semelhante às outras companhias e muito mais caro se algo correr mal).
Relembro que a Ryanair foi já condenada a devolver 4,5 milhões de euros que recebeu da região da Valónia para operar em Charleroi.
A Ryanair estima um lucro de 440 milhões de euros em 2011.
Na prática trata-se de um imposto sobre a fortuna ao contrário.
O contribuinte paga aos milionários para estes obterem ainda mais lucros.
Os benefícios da Ryanair para turismo do país são muito duvidosos.
Faria muito mais sentido estimular o turismo suprimindo portagens nas regiões fronteiriças (as populações locais sentem bem no pêlo os estragos das portagens) do que subsidiar companhias que podem ser substituídas por outras que na prática oferecem custos totais semelhantes e um serviço com maior qualidade.
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Luís,
quando somas os custos todos da tua viagem entre um ponto A e um ponto B, o preço total pode ser 20000% mais caro do que o preço que aparece inicialmente no site da Ryanair.
Um exemplo baseado numa experiência minha:
1- No site o bilhete Bruxelas(Charleroi)-Bolonha(Forli) custava 0,99 € (99 cêntimos).
2- Para ir de Bruxelas a Charleroi pagas 14,99€ num autocarro deles. 30€ ida e volta.
3- Por uma mala até 15 kg pagas 30€ ida e volta. Já vamos em 60 €.
4- Tenho 1,94m, cada sapato meu pesa quase um quilo. Aconteceu no inverno levar muita roupa quente na mala. Resultado 18kg, ou seja 3kg a mais. A 20€/kg. Paguei 60€. Mais 60€ na volta. 120€ de excesso de peso. Somando as outras parcelas temos 180€.
5- Forli-Bologna 10€ de autocarro, 20€ ida e volta.
6- Preço total da viagem: 200€
Com a Brusseles Airlines arranjam-se ida e volta para Bologna, mesmo Bruxelas e mesmo Bolonha entre os 160 e os 220€. Sem chatices, com conforto e sobretudo sem tratarem o cliente como um atrasado mental.
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O Rui Curado nem sequer fala dos casos em que há atrasos com perda de ligaçöes/desvio para outro aeroporto. As "läu cosste" näo se responsabilizam por nada.
Veio nas notícias á pouco tempo uma dessas, o aviäo estava täo atrasado que o aeroporto previsto estava já fechado, desviaram para outro a 100km... "e você que se amanhem". Os passageiros recusaram-se a sair do aviäo, a tripulaçäo abandonou-os lá dentro (e é legal fazer isso?), inclusive trancando os WC. Ao fim de longas horas desta "greve à saída" lá desencantaram um autocarro.
Só em casos raros vale a pena, tipo Lisboa-Dublin, sem malas. De resto...
O barato sai bem caro.
As low-cost nos EUA duraram uns 5 anos. Lá näo houve subsídios dos governos para "incremento do turismo", nem construçäo de novos aeroportos de raíz só para elas. Resultado: pifaram.
Porca vacca!
Eles vendem Forli como "Bolonha"??? Forli que está a 75km de Bolonha?
Bem, mesmo Charleroi está a 65km de Bruxelas...
Entäo bota mais 2 horas extras no tempo de viagem. Tempo também é dinheiro!
RCS, na Brussels Airlines ainda däo qualquer coisinha para morder? Isso nas "low cost" é muito "high cost"!!!
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Na ryanair não tenho qq experiência. Na easyjet e na vueling já voei várias vezes e que me desculpem os autores deste post mas muito mais barato do que os voos das companhias regulares e exactamente para os mesmos aeroportos. Em todo o caso é preciso ver qual era o cenário antes destas companhias existirem para se perceber que para quem viaja é globalmente melhor esta concorrência. Não se esqueçam dos preços proibitivos que existiam nos voos na Europa ... Quando às cidades subsidiarem esses voos não me parece também que o artigo seja justo (independentemente da execução poder ser fraudulenta) porque a questão é que esses subsídios em principio pretendem fazer com que a industria turística se desenvolva e logo que existam recei
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