Há quem afirme serem políticos medíocres, estes governantes europeus, que actualmente gerem os destinos da união.
Por cá há quem teime em se recusar renegociar a divida. Porquê tanta teimosia?
Passos a passos quer o delegado Gaspar como o seu chefe interno, mais tarde ou mais cedo aceitarão a renegociação que tanto dizem (publicamente) recusar.
Não terá sido isso que Gaspar sussurrava ao ouvido do patrão alemão, quando as câmara da TVI, muito sorrateiramente os captaram antes de uma reunião dos chamados ministros financeiros?
De cochicho em lamuria, de lamuria em cochicho lá vai reconhecendo que a dose de tratamento é demasiado forte e corre o risco de matar o doente, no caso da Grécia já chegaram ao ponto de perdoar 53% da divida e mesmo assim os credores ganham dinheiro. Se assim não fosse o perdão não se verificaria como seria natural.
No caso português, ainda que se não fale em perdão de parte do empréstimo terá, no mínimo, de falar-se em juros mais aceitáveis e pagamento mais dilatado, além de uma rigorosa auditoria interna (uma verdadeira auditoria cidadão) à forma como tais empréstimos foram aplicados e a favor de quem e de que interesses.
Conforme, recentemente, revelado em estudo levada a cabo pelo Instituto Kiel, o país não terá outra solução que não seja a de renegociar a divida e o memorando assinado com o triunvirato que representa os credores. Naquele estudo é demonstra que “mesmo crescendo 2% ou 4% ao ano, não dá. Portugal está numa “situação crítica” e vai ter de renegociar com os credores um desconto de "33% a 50%" da sua dívida pública, diz um estudo do Instituto Kiel para a Economia Mundial, um conceituado centro de investigação da Alemanha.
Segundo os últimos números divulgados a dívida soberana portuguesa está actualmente perto dos 200 mil milhões de euros, o que significa que, na pior das hipóteses, o Governo terá (mais tarde ou mais cedo se a economia continuar, recessivamente, estagnada) de renegociar cerca de 100 mil milhões, perto de 58% do produto interno bruto (PIB).
Assim, o discurso mais correcto e sério, tanto de Victor Gaspar como de Passos Coelho deveria ser (em vez de continuarem teimosos como Sócrates) o de estar abertos a soluções mais flexíveis e menos penosas para o povo português.
Passos e Gaspar deveriam admitir maior flexibilidade no cumprimento do memorando e a troika deveria tomar a iniciativa de prepor essa flexibilidade para que o país não corra o risco de se afundar ainda mais do que já está, com uma taxa de desemprego que nunca teve e com a economia parada que nem no tempo do PREC e possa honrar os compromissos assumidos.
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