Já por diversas vezes tenho aludido o bom exemplo que é a relação que se pratica na Autoeuropa entre a empresa e os seus colaboradores tendo, normalmente, como principais protagonistas o seu Director Geral e o coordenador da Comissão de Trabalhadores, António Chora.
Dessa, respeitosa, relação sobressaem o facto do próprio Director Geral marcar plenários de trabalhadores a quem, sem quaisquer peias ou constrangimentos, se dirige e dos quais recebe críticas e aplausos e o aumento nos ordenados e em postos de trabalho, bastante significativos em tempos de crise e quando, em todo o país, o que se vê é diminuição de salários e empresas a fechar.
Como espécie de cereja no bolo foi agora divulgado que vai haver distribuição de lucros, dado o aumento da produtividade. Aqui há que fazer, com clareza, uma crítica à justiça distributiva mas também à injusta (ao que parece) repartição daqueles dividendos.
Das duas uma: ou tem de haver uma explicação dos critérios que subjazem a essa distribuição, que parece difícil de justificar, ou então (é o que salta avista) há uma grande injustiça distributiva.
Se o grupo teve um aumento de lucros acima dos 125% e a empresa dispõe de 730 milhões de euros para distribuir aos 97.700 trabalhadores alemães o que rondará 7.500 euros a cada um, porque cabem apenas 4 milhões a distribuir pelos cerca de 3.600 trabalhadores portugueses que, mesmo assim, recebem 938 euros quando a fabrica de Palmela está classificada como a mais produtiva do grupo?
Será que os pobres terão de ser sempre pobres?
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