E boas notícias (-por J.Vasco, 21.3.2012)
Como acompanho regularmente o Fado Positivo, já desde 2009 vou sabendo das notícias positivas quase silenciadas a respeito da nossa balança comercial.
Uma evolução gradual ao longo dos anos, com altos e baixos, que está prestes a atingir um ponto simbólico: a nossa balança comercial está quase equilibrada.
Como se conseguiu? Entre outras coisas, foi a aposta na inovação e na educação, no Turismo de qualidade, na produção de energia, etc...
Agora parece que se pretende apostar na diminuição dos salários e dos direitos laborais - uma escolha com falta de visão.
A aposta que falta fazer é a de criar um sistema de Justiça que funcione: é isso que vai promover o investimento, sem sacrificar o crescimento económico e o desenvolvimento do país.
«Receita do Estado caiu 4,3% nos dois primeiros meses deste ano»
«Défice do Estado quase triplica até Fevereiro»
«[BCE] não exclui a possibilidade de uma contracção de 5%, tal como consta do boletim mensal»
E haveremos de sair desta crise? Claro que sim, a mal ou a bem, mais tarde ou mais cedo, todas as crises chegam ao fim.
Mas a ganância, a sede de poder de quem chegou ao Governo foi responsável por um enorme agravamento desta crise, e o país vai pagar muito caro ter dado ouvidos às suas mentiras.
Revista de blogues (21/3/2012)
«(...) Arriscamo-nos a perder a geração que mais esforço e dinheiro nos custou a formar, e na qual depositámos esperanças na modernização do país. Se isso acontecer, os efeitos da austeridade de 2012 ainda estarão convosco em 2022. O país estará divido entre aqueles que mais dependem da segurança social e do sistema nacional de saúde e uma população ativa de onde os mais formados saíram do país. Junte-se a esse panorama as remessas da emigração e o “Conta-me como foi” passa a ser uma série sobre o futuro de Portugal.
Há maneira de inverter essa tendência. A União Europeia precisa de competir com o enorme investimento que os países emergentes fazem em Investigação & Desenvolvimento. Só o que a China gasta nessa área é superior a todo o orçamento da UE. O Brasil abre novas Universidades Federais todos os anos. Porque não fazem os europeus o mesmo, fundando estrategicamente Universidades da União nos países mais afetados pela crise para impedir a fuga de cérebros e preparar os sillicon valleys do futuro? (Defendo essa ideia, chamando-lhe “o programa Erasmus levado à maturidade” num artigo da revista Europa: Novas Fronteiras dedicado à sociedade do conhecimento).
(...)
Exemplos como o da emigração dos jovens qualificados permitem-nos entender como a austeridade, no contexto errado, pode ser pior do que um disparate: é um desperdício.» (Rui Tavares)
Revista de blogues (20/3/2012)
«(...) É verdade que o valor nominal dos impostos será menor se o Estado investir menos em educação, sendo o resto constante. Mas é falso que isto represente uma redução no esforço económico médio das pessoas que contribuem os impostos. Isto porque custa muito menos pagar dois mil quando se ganha seis mil do que pagar duzentos quando se ganha seiscentos. Os impostos são a melhor forma de reduzir o sacrifício médio de pagar algo que a maioria deseja, pela forma como distribuem o esforço. (...)
Haverá sempre quem tenha dinheiro para pagar cursos da treta, e haverá sempre empreendedores a lucrar oferecendo-os. Quanto mais o Estado se ausenta do ensino, mais o critério principal de concorrência passa a ser o lucro, que depende mais da capacidade de cobrar dinheiro aos clientes do que de de dar uma boa formação aos alunos. (...)
Felizmente, o curso não é o mais importante, porque o fundamental no ensino superior é que os alunos aprendam a aprender. Tanto faz que estudem física nuclear, biologia molecular ou história da arte, o que importa é que desenvolvam a capacidade de lidar com informação nova, de a examinar de forma crítica e de testar as opiniões que vão formando. Não é realista planear antecipadamente uma carreira de quarenta anos. Mas saber ler, escrever, aprender e pensar é sempre uma vantagem, e a proficiência nisto exige muito mais formação do que a maioria julga.
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