Documentário de Jorge Costa, baseado no livro homónimo de Jorge Costa, Francisco Louçã, Luís Fazenda, Cecília Honório e Fernando Rosas (Afrontamento, 2010). Estreia na RTP2, na noite de 24 para 25 de Abril.
Donos de Portugal é um documentário sobre cem anos de poder económico (e de chorudas negociatas de oligarcas sob a protecção ou colaboração de governantes). O filme retrata a proteção do Estado às famílias que dominaram a economia do país, as suas estratégias de conservação de poder e acumulação de riqueza. Mello, Champalimaud, Espírito Santo, ... – as grandes famílias cruzam-se pelo casamento e integram-se na finança. Ameaçado pelo fim da ditadura, o seu poder reconstitui-se sob a democracia, a partir das privatizações e da promiscuidade com o poder político. Novos grupos económicos – Amorim, Sonae, Jerónimo Martins - afirmam-se sobre a mesma base. Quando a crise desvenda todos os limites do modelo de desenvolvimento económico português, este filme apresenta os protagonistas e as grandes opções que nos trouxeram até aqui.
Cojones da Argentina e Memória do Saque a um País / Povo (-por Sérgio Lavos, Arrastão)
Cristina Kirchner, insatisfeita com os investimentos da maior empresa petrolífera (YPF) argentina no seu país, decidiu nacionalizá-la. A Espanha não gostou, porque a empresa é detida em parte pela Repsol. A resposta da Presidente argentina esteve à altura:
(No Ladrões de Bicicletas encontrei o documentário que relata os verdadeiros crimes contra o povo argentino cometidos inicialmente por Carlos Menem e continuados por Fernando de la Rúa em nome de um capitalismo predatório. A bancarrota argentina de 2001 foi o resultado dessas políticas que apostavam na privatização de toda a economia, incluindo a YPF que agora foi resgatada a mãos estrangeiras.)
De (neo)Liberais de m... a 4 de Maio de 2012 às 13:33
DEO, ir além do PEC IV e do Memorando (OJumento)
O governo está revelando um total desprezo pelos trabalhadores portugueses em favor dos empresários, está corrrendo o risco de conduzir o país para o conflito social, tudo porque pretende iludir os eleitores durante quatro anos, levando-os a aceitar a agenda económica da direita mais conservadora. O conjunto de medidas que o governo está a forçar os portugueses a aceitar não ´+e nem mais nem menos do que hoje seria Portugal se não tivesse havido 25 de Abril, Como não tem uma polícia política ao seu dispor a direita conservadora usa o medo da crise financeira para impor a sua política.
Chamar a esta política liberal é ofender o liberalismo, os liberais defendem a democracia enquanto esta gente trata a democracia como se fosse uma forma manhosa de ditadura, os liberais defendem a transparência enquanto esta gente fundamenta as suas políticas em mentiras, os liberis são defensores da concorrência enquanto esta gente é defensora de esquemas como os da EDP, os liberais defendem os mercados enquanto esta gente promove a compra de empresas privadas por outras empresas privadas usando o poder do Estado e substituindo o mercado por reuniões secretas entre os falsos liberais Gaspar e Borges e os representantes dos brasileiros endinheirados, os liberais defendem a propriedade privada enquanto esta gente não hesita em vender empresas estratégicas ao Partido Comunista da China desde que em troca os comunistas chineses ofereçam alguns lugares aos amigos.
O DEO (Documento de Estratégia Orçamental) é uma obra-prima da hipocrisia do governo, como assenta no dogma da infalibilidade do Chefe e este foi apanhado na ignorância, o que , aliás, sucede quase sempre que vai ao parlamento, foi necessário negar a existência de um PEC. Ainda bem que não se designa por PEC pois este DEO vai muito além de qualquer PEC ou do Memorando, tudo o que foi adoptado a título temporários para cobrir falsos desvios foi consolidado como medidas definitivas ou quase definitivas.
O que o governo pretende com o DEO é consolidar num documento aprovado em Bruxelas a estratégia de Passos Correia e de Gaspar de ir muito além da Troika. Iniciam com um memorando, inventam desvios para irem muito além do memorando e agora inventam o DEO para que deixe de existir um memorando e passe a haver o DEO, só que o DEO já não é a estratégia da troika mas sim a do Gaspar.
É preciso dizer basta, em Portugal há uma democracia, os portugueses não foram todos acometidos da doença de Alzheimer e uma maioria parlamentar não se substitui Às eleições legislativas. O mandato deste governo é o que resulta das eleições legislativas, dos compromissos internacionais e do programa de governo feito com base no programa eleitoral. Desde então a crise internacional não se agravou, não ocorreu qualquer grande calamidade, pelo que se o Governo quer adoptar medidas para além a actual legislatura, consolidando-as em negociações internacionais terá de ter uma legitimidade maior do que a que decorre da maioria parlamentar, ou vai a eleições ou consegue um consenso mais alargado.
Não está em causa aceitar ou não a agenda do Gaspar, está em causa o bem-estar da generalidade dos portugueses, o seu modo de vida, um modelo social e a paz, bens demasiado valiosos para que um qualquer Gaspar ou Passos Coelho os possa pôr em causa usando a chantagem sobre um povo e sobre a própria democracia.
Excelentes vídeos. Claro, informativo, mostra como a maioria empobrece e uma minoria enriquece (pela extorsão de bens públicos e à custa dos mais pequenos, à força ou com a conivência do poder político + económico+militar+religioso+...) É para ficar com ''ganas'' de fazer alguma coisa...