Domingo, 29 de Julho de 2012


Publicado por [FV] às 14:22 | link do post | comentar

4 comentários:
De FARTO de pulhíticos do Centrão tuga. a 30 de Julho de 2012 às 09:54
ESTOU FARTO,
Sr. Primeiro-Ministro,
V. Exª não me conhece.
1 - Sou trabalhador do Estado, a minha esposa é enfermeira, tenho 2 filhos pequenos, não sou rico, vivo do meu vencimento (consecutivamente cortado de mil e uma maneiras) com o qual pago a prestação de uma casa simples (até aos 70 anos de idade), com imenso esforço, a prestação da minha viatura comprada em “leasing” a 10 anos, porque o dinheiro não dá para mais - na esperança de o poder pagar mais cedo - (para me poder deslocar para o trabalho que sempre foi longe de casa).
Não tenho bens patrimoniais nem heranças.
Procuro ser honesto, correcto, honrar os meus compromissos, de acordo com os meus valores ético-morais que adoptei, não só dos meus pais como também da Instituição que sirvo: os valores da honra, da dignidade.

2 - Dirijo-me a V. Exª na minha condição de cidadão português e de eleitor.
Após os descalabros sucessivos dos anteriores governos, acreditei em si, V. Exª inspirava-me confiança, parecia uma lufada de ar fresco neste terreno pantanoso em que se transformou o Portugal político-partidário.
Votei no seu colega de coligação no CDS, pois tinha a percepção de que os partidos políticos não teriam maturidade para terem maiorias (de acordo com o corrido no passado quer com o PSD, quer com o PS).
Sinto-me profundamente enganado, quer pelo Sr. Primeiro-Ministro, quer pelo Sr. Paulo Portas.
Explico porquê!

3 - Tenho 50 anos de idade, filhos para criar e já não tenho idade para ser enganado.
V. Exª mentiu-me (e eu acreditei), quando antes da campanha eleitoral garantiu, numa escola, que retirar os subsídios de férias e de Natal era um disparate e mera propaganda do partido adversário.
O Sr. Paulo Portas mentiu-me (e eu acreditei), quando foi fazer campanha eleitoral para um bomba de gasolina na fronteira com Espanha, dizendo que o que se passava em Portugal em matéria de preços dos combustíveis era um escândalo, e que resolveria o problema mal chegasse ao governo.
V. Exª disse que os sacrifícios seriam iguais para todos, que lutaria por justiça e equidade (e eu acreditei). Disse que a honestidade, a correcção, os valores pátrios, ético-morais, seriam um paradigma do seu futuro governo (e eu acreditei).
V. Exª prometeu transparência (e eu acreditei), veja-se o caso Miguel Relvas, o caso Ana Moura, por exemplo.
Fui enganado, sinto-me enganado e a réstia de esperança que tinha em muito poucos políticos desapareceu.
O aforismo popular de que “são todos iguais” deixou de ser mera conjectura subjectiva: tornou-se um facto de difícil discussão.

4 – Estou farto, Sr. Primeiro-Ministro, que me falem de sacrifícios, de equidade, quando o Sr. Ministro da Solidariedade Social trocou uma vespa por um bólide caríssimo, no qual afronta a pobreza em que estamos.
Estou farto, Sr. Primeiro-Ministro, quando tenho um incentivo fiscal de 250€ para 2013, e para o ter tenho de gastar mais do que o meu vencimento, sendo tratado não como um cidadão mas como um mentecapto.
Estou farto, Sr. Primeiro-Ministro, que me fale de transparência, quando o seu braço direito, o Sr. Relvas, teve o caso que teve com o jornal Público, foi denunciado publicamente num canal de TV por Helena Roseta de a ter aliciado para favorecer uma empresa onde na altura V. Exª era o responsável, tem um curso que envergonha o país (apesar de legal, segundo dizem), e mentiu no caso das secretas no parlamento, segundo referem os “media”.
V. Exª é conivente, ao manter a confiança política num político que não inspira confiança.
Estou farto, Sr. Primeiro-Ministro, que me falem de igualdade, de equidade, de justiça, quando a classe política não dá o exemplo de austeridade ao povo, aliás, contrariamente, faz o oposto, em carros de luxo, menus de luxo a preço de cantina na Assembleia da República, aumentos encapotados sob a forma de ajudas de custo e / ou despesas de representação.
Estou farto, Sr. Primeiro-Ministro, que me mintam.
Há tempos ...


De FARTO de pulhíticos do C. interesses... a 30 de Julho de 2012 às 09:59
ESTOU FARTO,
...
Há tempos o Sr. Ministro da Administração Interna referiu, pelo menos por duas vezes, que era preciso dizer ao povo que o plano da troika não visava o crescimento mas apenas a correcção da despesa. No entanto, o discurso inverso, de que este caminho de austeridade louca visa o crescimento, continua a ser injectado por V. Exª.
Estou farto, Sr Primeiro-Ministro, de maus exemplos por parte de quem deveria dar bons exemplos. Refiro-me em concreto às duas principais figuras do Estado português (a 2ª figura foi escolhida por V. Exª), que exercendo cargos de alta responsabilidade dispensaram os respectivos ordenados para auferirem chorudas reformas (mais de 7 mil euros por 10 anos de trabalho, a Srª Assunção Esteves).
Estou farto, Sr. Primeiro-Ministro, que me digam que tudo isto é dentro da Lei (que os senhores elaboram ao longo dos anos, para que possam fazer o que bem entendem).
Estou farto, Sr. Primeiro-ministro, dos ordenados escandalosos dos gestores públicos, enquanto V. Exª vai cortando o pouco que cada português da classe média, e por aí abaixo, auferem ao fim do mês.
Estou farto Sr. Primeiro-Ministro de ver inúmeros “especialistas” no governo de V. Exª, na casa dos 20 anos, a auferirem ordenados equivalentes, por exemplo, a um General em fim de carreira.
Estou farto, Sr. Primeiro-Ministro, que alterem as leis de acordo com os vossos interesses (refiro-me ao subsídio de férias e de Natal), quando ao que consta tal nem sequer foi imposto pela troika, e estava estatuído desde o tempo de Sá Carneiro (que falta fazem homens da sua fibra) que esses subsídios são inalienáveis e impenhoráveis.
Estou farto, Sr. Primeiro-Ministro, de haver leis para uns e leis para outros conforme as conveniências do momento.
Estou farto, Sr. Primeiro-Ministro, que me digam que tudo isto é inevitável pois sabe melhor que eu que não é.
O Sr. Miguel Cadilhe sugeriu há dias que se taxasse 4% sobre a riqueza líquida, numa única vez para amortizar a dívida pública.
Porque não o faz V. EXª? De quem tem medo? Porque insiste em massacrar o povo português quando tem esta hipótese? Ou será que o Sr. Miguel Cadilhe alucinou (não acredito)?

5 – Da minha parte, e embora tenha votado no projecto comum PSD / CDS, não me revejo nesta teimosia de, alucinadamente, ir atrás de um número para o défice, nem que para isso o país morra de fome.
Como cidadão e eleitor, não votei nos senhores para fazerem isto, mas sim para fazerem o que prometeram.
Uma vez que me sinto enganado, não reconheço legitimidade democrática a este governo, pois quem o elegeu, fê-lo partindo dos pressupostos prometidos na campanha eleitoral, e não no tratamento desigual que estão a ter para com os cidadãos.

6 - É simplesmente execrável:
Que haja cidadãos de 1ª e cidadãos de 2ª;
Que a uns tenha sido cortado o vencimento e a outros não;
Que a uns tenham sido cortados os subsídios de férias e de Natal e a outros não;
Que uns tenham um determinado tratamento e haja regime de excepção para outros;
Que as classes mais favorecidas sejam poupadas em detrimento dos menos favorecidos;
Que eu tenha de andar a pagar os desmandos das entidades bancárias;
Que estas entidades não contribuam para o esforço nacional;
Que se mantenham inúmeros Institutos, quando foi prometido acabar com a maioria deles, observatórios, e outras instituições redundantes que por aí abundam.
É preciso coragem para servir o povo!
Estou farto Sr. Primeiro-ministro!
José Lucas BI 7849415 jcmlucas@gmail.com
19 Julho 2012

P.S. – Ouvi na TV, V. Exª dizer que iria tirar uma semana de férias.
Eu não vou poder, mesmo pertencendo à ex-classe média, porque V. Exª tirou-me o subsídio de férias depois de estar no governo (após prometer não o fazer antes de estar no governo). Ficaria muito grato se V. Exª pudesse levar os meus filhos de 9 e 12 anos, com a família de V. Exª, para que possam usufruir de um pouco de praia.

Tenho outro problema: ainda não sei como vou comprar os livros para o próximo ano lectivo, mas isso é outra história, mais lá para diante…


De Parceria Lucro p.Priv., € e Risco Pub.!! a 30 de Julho de 2012 às 14:00

Consórcio de Luís Montez compra Pavilhão Atlântico por 21,2 milhões de euros

http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/consorcio-de-luis-montez-compra-pavilhao-atlantico-por-212-milhoes-de-euros-1556482


A "engenharia financeira" por detrás desta venda extraída duma caixa de comentários do '«porta de loja»

"Aparentemente uma excelente privatização:
afinal o consórcio vencedor era aquele que mais encaixe financeiro permitiria ao Estado, segundo o Governo.
Aparentemente, pois vejamos.
O Pavilhão de Portugal na Expo foi vendido ao consórcio entre a empresa de Luiz Montez e o BES. O BES terá afinal financiado a operação através do “fundo de capital de risco BES – PME”.
O Fundo BES-PME é financiado e apoiado pelo QREN/Compete http://www.pofc.qren.pt/compete/portfolio/fundos-de-capital-de-risco/entity/fundo-de-capital-de-risco--pmebes?fromlist=1
ou seja a Sociedade Gestora a ES Capital investe em empresas dinheiro que recebe de fundos comunitários.
Faz esses “investimentos” directamente pela ESCapital (ou ES Ventures), ou indo-se refinanciar ao Fundo de Sindicação de Capital de Risco, que é gerido pelo Ministério da Economia, através da PME Investimentos e do IAPMEI.

Ora este Fundo Público que sindica as operações de capital de risco neste QREN já se financiou em mais de 200 milhões de Euros, com os quais, sindicou operações em montantes equivalentes
http://www.pofc.qren.pt/areas-do-compete/financiamento-e-capital-de-risco/projectos-aprovados/page/1?area=5&search=y.

Na prática a ES Capital, que está sob supervisão da CMVM http://web3.cmvm.pt/sdi2004/capitalrisco/ficha_fcr.cfm?num_fun=%24%23%24%5B%5B%22P%20%20%0A

recebe pelo menos aquilo que investiu ou emprestou do Estado via QREN Capital de Risco.
E ainda cobra operações de gestão, avaliação e os muito naturais spread’s numa época de liquidez reduzida.

Sabendo-se que o BES está descapitalizado,
sabendo-se que é uma operação de risco,
nada mais natural que seja o Estado e fundos públicos a garantirem o risco,
que o BES e Luiz Montez parecem suportar.

Afinal tudo está bem quando acaba em bem.

O sogro de Luís Montez, o Prof. Cavaco com certeza não percebe nem quererá perceber a subtileza desta engenharia financeira,
pela qual o Estado vende um bem público único,
a privados, que garantem o financiamento e o risco, no próprio Estado.
É a natureza das coisas.
A rentabilidade e o risco que estes “privados” estão dispostos a assumir.
O risco de poder lucrar, livrando o Estado de tão grande encargo."

Lá vão a Maria e o Cavaco envergonhar mais um bocadinho o país
http://sol.sapo.pt/inicio/Politica/Interior.aspx?content_id=55388


De Lembrem-se das Negociatas privatizadoras a 31 de Julho de 2012 às 09:46
Lembrem-se do Pavilhão Atlântico

Tendo custado na altura o equivalente a cerca de 50 milhões de euros, e com um orçamento de manutenção a rondar os 600 mil euros anuais, o Pavilhão Atlântico foi vendido na semana passada ao Consórcio Arena Atlântico (constituído por Luís Montez, Álvaro Ramos e a actual equipa de gestão do equipamento), por cerca de 22 milhões de euros. Segundo a ministra Assunção Cristas, «o grupo Parque Expo tem uma dívida de 200 milhões de euros, daí a decisão de realizar activos, vendendo um conjunto de património relevante sobre o qual o Estado não tem função pública crucial a prosseguir».

Apesar de relevante, deixemos por agora de lado a muito discutível questão de o Estado não ter, com o Pavilhão Atlântico, nenhuma «função pública crucial a prosseguir» (sendo contudo que este critério deveria, então, ser coerente e consequente nas áreas onde se reconhece que o Estado «tem função pública crucial a prosseguir»). Mas fixemo-nos apenas na «racionalidade económica» do negócio: nas palavras da própria ministra, «o Pavilhão Atlântico era rentável» (já em plena crise, entre 2009 e 2010, os seus lucros triplicaram). O que quer isto dizer? Basicamente que não era um «fardo» para o Orçamento de Estado, antes pelo contrário.

A venda do Pavilhão Atlântico é pois apenas mais um episódio (evidentemente simbólico em termos financeiros comparativos), da longa história das privatizações em Portugal, que por sua vez se insere num processo mais vasto, o do empobrecimento deliberado do Estado. Uma história que tem vindo a ser escrita com as linhas da mais pura «irracionalidade económica» (para usar os termos do pensamento económico dominante), na óptica da defesa do interesse público e do dinheiro dos contribuintes.

Quando ouvirem falar do Estado gordo, que gasta mais do que tem, que é ineficiente e que não produz recursos suficientes para permitir a existência de políticas sociais decentes, lembrem-se do Pavilhão Atlântico. Quando vos disserem que não é possível manter um Serviço Nacional de Saúde universal e gratuito, ou um sistema público de educação com qualidade para todos, lembrem-se do Pavilhão Atlântico. Quando insistirem que não se podem assegurar os recursos mínimos de subsistência aos cidadãos mais carenciados, lembrem-se do que significa - simbolicamente - a privatização do Pavilhão Atlântico.
(-por Nuno Serra às 31.7.12 Ladrões de B.)


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