na guerra como na ‘austeridade’:
repara que o governo nos conseguiu convencer das coisas mais estranhas: que ‘não há alternativas’ a uma espiral descendente de empréstimos-em-bola-de-neve, que ‘o que a gente precisa é de empobrecer’, que ‘ o desemprego é uma oportunidade’, que ‘as pessoas mais novas têm de emigrar’.
os senhores que repetem essa lengalenga sem sentido, que mandam no país e aparecem na televisão, lamentando agora a má vontade da realidade que teima em não se adaptar às suas teorias, são os mesmos que primeiro mandavam vir o FMI, dizendo com a mesma cara de pau que os empréstimos a juros altíssimos dados aos bancos, mas pagos com os impostos de toda a gente eram bons para nós;
depois, passaram a dizer que bom, bom, não era, mas ‘tinha de ser’;
depois que afinal ia ser bom, mas demorava mais um bocadinho do que o previsto a lá chegarmos;
depois, que afinal não era bom, e ardia, mas curava …
e que agora continuam ainda a inventar desculpas, a tentar adiar o dia em que as pessoas reparem que empobrecer é só isso, ficar mais pobre, mais dependente e menos livre.
entretanto, esses mesmos senhores mataram a economia, a cortes, golpes e sangrias, acabam com os direitos de quem trabalha, criam exércitos de pessoas desempregadas e leiloam bibliotecas, pavilhões de espectáculos, escolas e hospitais, vendendo aneis e dedos como se os sacrificassem aos deuses do disse-que-disse, aos tais ‘mercados’ que é preciso aplacar (mas que não pagam impostos, claro).
pelo meio, não tenhas dúvidas, muita gente fica rica. esta guerra pode ser de ideias e não de balas – mas as ideias também matam.
(por isso é que precisamos de contrapropaganda.)
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