Quarta-feira, 1 de Julho de 2009

A “avozinha” e seus netitos querem que os portugueses acreditem na sua, repetitiva, ideologia neoliberal serôdia que empurrou Portugal, a Europa e o mundo para a crise em que nos encontramos, ao mesmo tempo que promete rasgar todos os avanços e reestruturações administrativas que toda a gente de bom senso, incluindo o próprio PR, achava necessárias.

Então, esta avozinha, acha que os portugueses já se esqueceram da sua (des)governação, como ministra das finanças cavaquista, período em que preciosamente divulgou e praticou a cultura da subsídio-dependência, isto é da dependência da sociedade ao Estado (alguma sociedade, precisamente os seus apaniguados) como forma de “partilha” das benesses vindas de Bruxelas?

E da (des)governação do seu netito, Santana, em Lisboa? Ainda ninguém (sobretudo os credores) esqueceu as dívidas que ele deixou por pagar, dos credores a bater à porta dos paços do concelho, das obras paradas, da cidade paralisada, etc., etc.

Ò “avozinha”, os portugueses andam descontentes, são muito críticos e exigentes, mas não andam assim tão distraídos, nem tão esquecidos a pontos de cometerem o grave erro de colocar na governação quem acha que a democracia deve ser suspensa para serem tomadas medidas de destruição do Estado social em que vivemos.

O actual governo, no seu ímpeto reformista, fez coisas menos boas e exigiu em demasia às classes médias e pobres, comparativamente ao que impôs às grandes fortunas, mas, também, toda a gente sabe que o PSD nada faria de melhor. Por isso e, ainda que sem maioria absoluta, o governo socialista será escolhido, quanto mais não seja, por oposição a um governo ultra-liberal que quer fazer desaparecer a segurança social, entregar a saúde aos privados, que quer acabar com o Estado, e com tudo o que ele representa numa sociedade própria de uma Europa promotor da igualdade social e democrática.

Contudo, e para que os portugueses possam optar, por uma via de esquerda, o PS e os seus, respectivos, responsáveis têm, obrigatoriamente, que mudar as trajectórias dos seus comportamentos, sob pena de serem co-responsáveis pela, hipotética, deriva direitista. O Parido socialista tem de se habituar a colocar na agenda política as questões sindicais (CGTP, UGT e Independentes), as questões do trabalho/desemprego e, concomitantemente, a distribuição da riqueza, versos, prémios de gestão chorudamente distribuídos.

A propósito de “prémios” as notícias mais recentes vindas a publico, referem que entre 1999 e 2006 foram distribuídos 291 Milhões, um verdadeiro escândalo num país onde há pessoas a sobrevir com pouco mais de 200,00€ por mês. Não esquecer que a maioria destas benesses foram cair, direitinhas, nas mãos de alguns dos amigos do “Cavaco de Boliqueime” e há quem diga que até financiaram a campanha eleitoral do actual Presidente.

Um governo PS tem obrigação, pela sua própria natureza, de explicar concisa, clara e competentemente, todas as medidas que toma. Mais deve toma-las em dialogo permanente franco e aberto, com convicção e sem desvio de rumo face ao programa eleitoral sufragado pelos eleitores.

A ideologia e correspondentes valores de esquerda não podem confundir-se com as ideias neo-liberais da direita. Havendo clareza de ideias o povo não terá duvidas de escolha. E essa clareza e prática que é exigida ao PS e a quem o represente.



Publicado por Zé Pessoa às 00:26 | link do post | comentar

2 comentários:
De Politica de Verdade? a 1 de Julho de 2009 às 13:00
Um forte abanão na politica de "verdade" da dona Manuela.

A guerra adensa-se a propósito da PT. Depois das acusações de Henrique Granadeiro a Manuela Ferreira Leite, o PS decidiu distribuir, esta quarta-feira, documentos que provam que a líder do PSD teve responsabilidades políticas na venda da rede fixa.

O porta-voz do Partido Socialista afirmou, mesmo, que Ferreira Leite sofreu um «forte abalo na sua política de verdade» ao recusar-se a assumir a responsabilidade pela venda da rede fixa à Portugal Telecom (PT). A posição de João Tiago Silveira foi transmitida em conferência de imprensa, depois da líder social-democrata ter contrariado na terça-feira afirmações do presidente do Conselho de Administração da PT, Henrique Granadeiro.

Recorde-se que, ao contrário do que afirmara Henrique Granadeiro ao jornal «i», Ferreira Leite que a venda da rede fixa foi decidida pelo Governo socialista de António Guterres e não pelo seu, de coligação PSD/CDS-PP, liderado por Durão Barroso.

Para contestar esta posição, o porta-voz do PS fez distribuir pelos jornalistas fotocópias da resolução do Conselho de Ministros em que o executivo de Durão Barroso aprovou a venda da rede fixa à PT, assim como fotocópias do Diário da Assembleia da República em que a então ministra de Estado e das Finanças assumiu que iria negociar essa operação com a PT.

«A drª Manuela Ferreira Leite afirmou terça-feira que a decisão da venda da rede fixa à PT não era da sua responsabilidade política, mas os factos provam o contrário. A resolução do Conselho de Ministros 147/2002, de 11 de Dezembro de 2002, aprovada pelo Governo PSD/CDS-PP, do qual a drª Manuela Ferreira Leite era número dois, estipulou as condições de venda e o preço de venda da rede fixa à PT».



De Falar da (sua) verdade a 1 de Julho de 2009 às 16:53

Ferreira Leite manifesta preocupação com os Santanas e outros Pedros que andam por aí, no PSD.

«Não façam promessas que não podem cumprir. Falem só a verdade às populações», disse a líder «laranja», citada pela agência Lusa, durante o encerramento da convenção regional autárquica do PSD/Algarve, que decorreu há dias em Lagoa.

Esta avozinha de quando em vez parece que tem momentos de lucidez!


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