Terça-feira, 2 de Outubro de 2012
 
   ...  se ao genocídio em curso na Síria, somarmos o histórico (mas não relativizável) drama da Palestina, as crises sociais (que são, incontornavelmente, económicas e políticas) da Grécia, de Portugal e da Espanha e as que ameaçam a Itália ou a França... temos ou não temos, um mar incendiado, aqui mesmo aos nossos pés ...
 
 
        Em  Atenas,  a  fome  organiza-se  (-por Joana Lopes) 

   «Por favor, deixem pão e comida fora do contentor» (daqui) 

       Entretanto, os três líderes da coligação governamental (grega+troika) reuniram-se para um último acordo sobre as novas trinta medidas a serem aplicadas e que, em resumo, parecem apontar para ( + 'cortes' em salários e pensões ... + despedimentos, ...):  

       Mais contentores serão necessários em Atenas (e Lisboa, Porto, Madrid, ...) – destinados apenas a restos de comida

 

 - e tu, nós, estaremos 'na valeta' já a seguir ...  se nada fizermos.

 

Não esqueçam que este é também um campo de batalha da guerra global ('abafada' e manipulada pelos mídia), é a guerra dos trabalhadores/classe média  contra os atacantes oligopolistas e plutocratas do capitalismo selvagem e agiotas sem freio, mais os seus capatazes e 'paus mandados'.



Publicado por Xa2 às 13:22 | link do post | comentar

7 comentários:
De .Economia e Democracia pró INFERNO ! a 2 de Outubro de 2012 às 14:06

A democracia é mais frágil do que pensam

(-por Tomás Vasques, I online, 1/10/2012)

Portugal, a Grécia e a Espanha estão no mesmo barco. Há um fio condutor que une estes três povos:
deram, num passado mais ou menos longínquo na História, contributos decisivos que marcaram o mundo até hoje;
livraram-se de ditaduras que os oprimiam na mesma altura, entre 1974 e 1976;
e aderiram à União Europeia, para consolidar os novos regimes democráticos e alcançar um maior bem-estar, na mesma década.
Hoje, navegam à deriva em mar encapelado, à procura de um porto de abrigo que a vista não alcança. Sem bússola, começam a navegar em círculo, aguardando o naufrágio como uma fatalidade.
Com maior ou menor reverência, cada um dos governos – por sinal da mesma família política ou aparentados – aceita como inevitável os programas de empobrecimento, sem dó nem piedade, dos seus povos, ditados por Bruxelas e Berlim.
Mas, como está demonstrado, primeiro na Grécia, agora em Portugal e, como se verá em breve em Espanha, os pesados cortes dos salários e o brutal aumento de impostos, agravam substancialmente as dificuldades que se propunham resolver:
criam profundas recessões, destroem o tecido económico e aumentam o défice orçamental e a dívida externa, destruindo todos os equilíbrios sociais e lançando milhões de pessoas no desemprego e na miséria.
Se no caso da Grécia ainda poderiam existir dúvidas sobre as consequências dos programas impostos, dada a má fama no seu cumprimento à risca,
no caso português, onde um governo de “bons alunos” foi além do que lhe era exigido, essas dúvidas foram dissipadas.
A saída que os nossos credores nos propõem, não é uma saída, é uma entrada no inferno.

Contudo, o pior está para vir. Os resultados desastrosos das medidas aplicadas, aconselhavam, neste momento,
um confronto duro entre o nosso governo e os nossos credores: a abertura de uma renegociação séria, com voz grossa, da dívida externa, quer quanto a prazos, quer quanto a juros, bem como a fixação de novos prazos e novas metas para o equilíbrio orçamental, senão mesmo a extinção de parte da dívida.
Só isso poderia permitir uma maior “folga” para incentivos ao crescimento económico que, acompanhados de uma distribuição mais equitativa dos sacrifícios por todos, poderia, a curto prazo, reanimar o tecido económico, conter a recessão, diminuir o desemprego e manter a coesão social.
Mas não vai ser este o caminho que os governos de Portugal, da Grécia e de Espanha vão percorrer.
Pelo contrário. Presos ao euro, à teia dos tratados europeus e à Direita dominante na União Europeia, estes governos querem, submissos, “respeitar” os ditames dos especuladores financeiros até ao último suspiro.
No caso português, o governo prepara-se para repetir, em 2013, a dose de austeridade, aplicada sempre aos mesmos, que tão maus resultados já produziu.
Esse é o pior caminho, é o caminho do abismo.

Não é por acaso que, numa Europa aparentemente calma, até ver, em Portugal, na Grécia e em Espanha se assiste cada vez mais a greves gerais, a gigantescas manifestações populares de repúdio pelas políticas dos seus governos e, em última análise, ao desencanto quanto aos partidos políticos e à própria democracia.
E sabemos que qualquer regime pode cair de um dia para o outro. Às vezes basta um sopro para se desfazerem completamente, sem qualquer apoio civil ou militar.
Foi assim no dia 25 de Abril de 1974, quando militares descontentes, em meia dúzia de horas, com o apoio da população, derrubaram uma ditadura “estruturada” com quase 50 anos.
Foi, assim, também, a 28 de Maio de 1926, quando o general Gomes da Costa fez desaparecer a I República, marchando em triunfo de Braga a Lisboa, onde foi recebido por uma multidão de apoiantes na Avenida da Liberdade.
E foi assim, mais detalhe, menos detalhe, que a 4 de Outubro de 1910, umas centenas de revoltosos, entre militares e civis, do Partido Republicano, derrubaram uma monarquia com quase 800 anos de existência.

Este governo, ao seguir o caminho de mais austeridade, não está só a empobrecer a maioria dos portugueses e a lançá-los na miséria.
Este caminho pode pôr em causa a nossa frágil democracia.


De .Mais 'paus' para o incêndio... a 2 de Outubro de 2012 às 14:23
I online:
- 17 ex-administradores da CGD recebem dois milhões em reformas por ano ..

- John Perkins. “Portugal está a ser assassinado, como muitos países do terceiro mundo já foram” ..

- PPP. Relatório do InIR alimenta suspeitas de gestão danosa

- Madeira. Estado perdeu 360 milhões em três anos com saída de empresas da zona franca.

CM:
- Centros de saúde (USF do SNS) para os privados:
Ministério da Saúde cria grupo de trabalho para estudar modelos de gestão (privatização).
- ...


De Borges MENTIROSO, desonesto, incompetent a 3 de Outubro de 2012 às 11:01

Despesas com os funcionários públicos e António Borges

Muitos comentaram as declarações de António Borges considerando os empresários portugueses «ignorantes»,
mas pouco se falou numa afirmação sua que revela ela própria uma enorme ignorância quanto à situação nacional, ou então uma DESONESTIDADE sem pudor.
António Borges declarou que «80% da despesa do Estado são vencimentos de funcionários públicos» (aos 19 minutos deste vídeo).

Eugénio Rosa denunciou o equívoco (!!), dizendo que o valor real não é de 80%, mas sim cerca de 20%, ou ainda menos (cerca de 15%), caso sejam excluídos os gastos associados administrações locais e regionais.

Perante a magnitude da diferença, fui eu próprio confirmar os números. E é relativamente simples:
consultando o Orçamento de Estado é possível encontrar um quadro designado «Despesas dos serviços integrados, por classificação económica».
Neste quadro, basta dividir-se o valor associado à rública «Despesas com o pessoal» pelo valor correspondente ao «Total das despesas correntes». Para 2011, o valor é de 21,13%. !!!

Em conversa nas redes sociais tomei contacto com mais duas formas de obter este valor. Ou através dos dados da Comissão Europeia, que nos dão os resultados em proporção do PIB nacional. Dividindo pelo peso do estado na economia, é possível um valor próximo dos 22%. !!!
Ou então, fazendo as contas ao que o Estado poupou com os subsídios, e descontando as isenções para fazer uma estimativa por excesso, o valor calculado torna-se ainda inferior: 17,5%. !!!

Uma coisa é evidente, os vencimentos dos funcionários públicos estão muito distantes dos 80%.
Esta foi uma enorme asneira (ou MENTIRA ) de António Borges, que merece ser DENUNCIADA pela comunicação social, para evitar equívocos.
Luís Reis Ribeiro, no Dinheiro Vivo, dá um bom exemplo.

" .Estado gasta oito mil milhões de euros em vencimentos, dizem os documentos das Finanças. Consultor aponta para 32 mil milhões .
Analisando todo o sector público, despesa com pessoal tem um peso de 23% na despesa corrente e de 21% nos gastos totais. "

(-por João Vasco, 3/10/2012, Esquerda Republicana)
---------------------

http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO062481.html
Toino:
...
CLARO QUE ...O CATRAIO, O FEDELHO, O LADRÃO, NÃO TEM QUE REMODELAR...
TEM QUE SE DEMITIR OU SER DEMITIDO !!! E PRESO !!!

NÃO SE DESTROI UM PAÍS !!! NÃO HAVERÁ PAZ SOCIAL ENQUANTO O QUE FOI ROUBADO AOS REFORMADOS NÃO FOR REPOSTO E OS LADRÕES ENVIADOS PARA A CADEIA !!!...

GOSTAVA QUE O MEU PAÍS, FOSSE GOVERNADO POR ADULTOS E NÃO POR FEDELHOS, QUE
PARA CONSEGUIREM CHEGAR AO "POTE", MENTEM AO POVO E ÁS CRIANÇAS, SEM NUNCA CUMPRIREM NADA DO QUE PROMETERAM...SÓ ROUBAM !!!

ESTE BANDIDO, NEM NO TEMPO VAI ACERTAR, UMA VEZ QUE O QUE POR AÍ VEM NÃO SÃO VENTOS FAVORÁVEIS, MAS SIM: TEMPESTADE, FURACÕES, TUFÕES, BORRASCA DA GROSSA E PROVAVELMENTE O BILHETE DE IDA SEM VOLTA...

GOSTAVA QUE O MEU PAÍS FOSSE GOVERNADO POR GENTE QUE SABE FAZER CONTAS E NÃO SE VENDE A INTERESSES ESTRANGEIROS !!!

GOSTAVA QUE O MEU PAÍS, FOSSE GOVERNADO POR GENTE SÉRIA E HONESTA QUE NÃO VENDEM O QUE NÃO LHES PERTENCE
E QUE FOI CONSTRUÍDO COM O ESFORÇO DE UMA VIDA PELOS AVÓS E PAIS !!!

POR FIM, GOSTAVA QUE O POVO TOMASSE O PODER, NOMEANDO PARA PRIMEIRO MINISTRO TIAGO CAIADO GUERREIRO E PARA MINISTRO DAS FINANÇAS JOSÉ GOMES FERREIRA !!! HOMENS COM AS MÃOS LIMPAS...
É QUE CORRER BEM OU MAL, NÃO DEPENDE DO COLECTIVO, MAS SIM POR TUDO O QUE O

BANDO DE LADRÕES FAZEM CONTRA O POVO !!! QUANTAS DAS MEDIDAS SUGERIDAS E APRESENTADAS PELA CGTP, SEGUIRAM !!!

...MAS TAMBÉM PERGUNTO AOS EMPRESÁRIOS: SÃO OBRIGADOS A ANDAR A PAGAR ALMOÇARADAS, JANTARADAS A ...MALUCOS ???

É QUE HÁ MUITO MAIS EM QUE APLICAR O DINHEIRO:
AUMENTAR AS PESSOAS, INVESTIR, DAR EMPREGO A DESEMPREGADOS, ETC !!!

ESTES LADRÕES, NEM UM COPO D'ÁGUA MERECEM !!! PORRA !!!


De .DesGoverno Liquidatário. a 3 de Outubro de 2012 às 09:09

Sobre a necessidade de censurar e demitir a comissão liquidatária no poder - 3

(-por Miguel Cardina, Arrastão, )

"[O governo] não podia estar pior: está moribundo.
Tem toda a sociedade portuguesa contra ele, com raras exceções.
As Forças Armadas e as Forças de Segurança, os trabalhadores no desemprego e os que ainda estão a trabalhar,
a classe média (que está a ser destruída),
os médicos e os enfermeiros, os professores,
os empresários falidos e alguns dos que ainda não faliram,
os jovens cientistas sem emprego (que o Governo aconselhou que emigrassem!),
os agricultores, os estudantes, os pescadores,
os funcionários públicos, os autarcas, os pequenos e os médios empresários
e alguns dos ricos, etc.

Nunca houve um consenso tão amplo contra qualquer governo desde o 25 de Abril. (...) Mas o Governo mantém-se, embora os gritos de "demita-se!" se repitam por toda a parte. Até quando?
Não creio que vá além do debate do Orçamento para 2013."

Mário Soares, no DN de hoje
-------------------

A justa redistribuição da riqueza
(-por Sérgio Lavos)

Os ignorantes não sabem, mas o Governo de salvação nacional continua a distribuição de PREBENDAS à corja de empresas PARASITÁRIAS do Estado.
Paulo Núncio, mais um advogado oriundo da constelação de escritórios que MAMAM na teta estatal, foi colocado pelo partido do contribuinte, o CDS, no lugar que mais convém:
secretário de estado dos Assuntos Fiscais.

Assim instalado, toca a despachar ao arrepio da Inspecção-Geral de Finanças, tratando da vidinha dos empresários que se lembraram de deslocar a sede fiscal das SGPS's para o estrangeiro
quando foi alterado em 2010 o regime que isentava de pagamento de imposto os dividendos distribuídos por empresas intermédias da SGPS.

Ficam assim milhões por entrar nos cofres do Estado, mas não temeis:
teremos sempre a CLASSE MÉDIA por conta de outrém
que não pode mudar o seu domicílio fiscal para ESMIFRAR.
O CDS pode continuar a ser chamado "partido do contribuinte", e não interessa se esse contribuinte se chama Alexandre Soares dos Santos. As coisas são como são.

tags: crime organizado
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Sobre a necessidade de censurar e demitir a comissão liquidatária no poder - 2

(-por Miguel Cardina)

Já percebemos que cada dia que passa com este governo em exercício é um pouco do país que definha:
empobrecimento contínuo, desemprego, desigualdade, emigração, desinvestimento na cultura, assalto ao Estado social.

Já percebemos que esta direita tem um projecto claro e que está apostada em cumpri-lo, mesmo sem apoio popular:
empobrecer o país e vender barato o Estado.

Já percebemos que as alternativas no quadro actual não são fáceis, mas há passos a serem dados a um ritmo acelerado:
nas ruas, no Parlamento, na Aula Magna.

Seria importante por isso que os socialistas, na próxima quinta-feira, na apresentação de moções de censura ao governo, optassem por dizer "qualcosa di sinistra".

Abstenções violentas já não chegam.

tags: direita
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Sobre a necessidade de censurar e demitir a comissão liquidatária no poder

(-por Miguel Cardina)

Ministério estuda abertura das Unidades de Saúde Familiar aos privados.

tags: direita


De .+ Desempregados, + Desobedientes. a 3 de Outubro de 2012 às 10:03
Desemprego e Direitos Humanos...

Em Portugal, a taxa de desemprego oficial atingiu os 15,9%, reiterando a urgência de uma análise objetiva e frontal do problema... Torna-se por isso, imperiosa a divulgação do que mais claramente se escreve sobre a matéria. É o caso do texto que aqui divulgamos, da autoria do MSE - Movimento Sem Emprego, cujo próximo plenário vai decorrer amanhã, dia 4 de outubro, pelas 18.30h no Parque Polivalente de Santa Catarina - Calçada da Combro nº82A (Lisboa). Vale a pena ler:

"Mais Desempregados, Mais Desobedientes

A POBREZA, como afirmou Amartya Sen, não é só o estado em que uma pessoa não consegue ingerir os nutrientes necessários para ter uma vida saudável.
É também o estado em que um individuo não consegue participar em actividades sociais nem ser livre de vergonha pública por não conseguir satisfazer as convenções sociais prevalecentes no meio em que se insere – tornaram-se comuns as referências à pobreza “escondida” ou “envergonhada” de quem tudo tenta para manter a ilusão externa de bem-estar material.
A DIGNIDADE é a última coisa que muitos rendem.
A visão emergente da pobreza afirma que a condição do pobre não se limita ao seu nível de rendimento – a condição de pobreza é igualmente afectada pela relação entre o individuo e o meio em que se insere.
A exclusão social surge portanto como um factor preponderante na condição dos pobres.
Um individuo pobre é aquele que não se consegue integrar nas actividades que estão no centro da vida social da mesma maneira que os outros.
Um individuo pobre é aquele que não consegue exercer a plenitude dos seus DIREITOS.
Resta-nos portanto identificar os mecanismos que aumentam e perpetuam a pobreza, e as actividades à volta das quais orbita a vida social.

Os governos que se têm sucedido em Portugal têm consistentemente demonstrado pouca vontade e ainda menos capacidade de distribuir a riqueza e de permitir a ascensão social aos membros mais pobres da sociedade.
E é esta incapacidade que condena uma secção considerável da população à EXCLUSÃO social e subsequentemente para a DESOBEDIÊNCIA civil, no mínimo, e por vezes ao crime, ao desespero e até ao suicídio.
As estatísticas demonstram claramente que com a subida do desemprego, multiplicam-se os pequenos actos de REVOLTA de quem se recusa a passar fome ou viver em prisão domiciliária apenas porque alguém decretou que são excedentes humanos – vulgo, DESEMPREGADOS.

Por exemplo, nos primeiros seis meses de 2012 registou-se o dobro de passageiros a viajar sem bilhete em comparação com o mesmo período em 2011.
Já a Carris, a STCP, o Metro de Lisboa e do Porto estimam que 42 mil passageiros viajam sem bilhete todos os dias.
Face ao flagelo que é a falta de mobilidade dos desempregados e dos mais pobres em Portugal, o Governo e as entidades que gerem os transportes reagem com SUBIDAS de preços para EXTORQUIR ainda mais de quem pode pagar (e forçando muitos outros a deixar de poder), junto com maior fiscalização, sendo esta última medida igualmente uma razão para a subida do número de MULTAS penalizando quem viaja sem pagar.
Porém, devemos pôr estes números em contexto. A mobilidade está no centro da vida social.
Com que MORAL é que um governo pede às pessoas que se tornem PRISIONEIROS DOMICILIÁRIOS porque este é incompetente demais para assegurar a mobilidade dos cidadãos,
quer através da criação de emprego (para que possam pagar o preço cada vez mais exorbitante dos transportes mal-geridos)
quer através da criação duma rede de transportes pública, competente e ao serviço da população?
A capacidade de se deslocar para procurar emprego, para visitar familiares, entes queridos e amigos é central. É um direito.
Direito esse que a subida do desemprego retira a uma secção cada vez maior da população. Este estado só cultiva a ESPIRAL de exclusão e DESESPERO.
Mas a falta de mobilidade não é o único factor que limita os direitos dos desempregados.
A FOME em Portugal está igualmente a crescer exponencialmente. O consumo de proteínas está a cair drasticamente, e o número de pessoas que é obrigado a recorrer a instituições de CARIDADE para se poder alimentar está igualmente a subir de maneira vertiginosa. O ROUBO de alimentos em supermercados disparou desde 2011....


De .Condenados à EXCLUSÃO SOCIAL .?!!. a 3 de Outubro de 2012 às 10:17

"Mais Desempregados, Mais Desobedientes
...
...
Sobem igualmente os casos de utentes de serviços hospitalares que não pagam as TAXAS moderadoras. Espera-se das pessoas não só que fiquem fechadas em casa, mas também que se alimentem de raios solares.
Concluí-se que os governos NEOLIBERAIS gostariam que os desempregados fossem plantas de vaso, daquelas que se guardam na varanda de casa. Mas as pessoas RESISTEM.

Hoje, quando se fala em desobediência civil, conjuram-se imagens de MANIFESTANTES sentados no chão, recusando sair do caminho da polícia. Mas é isto tudo o que a desobediência civil pode ser ou até já foi?

Thoreau, “pai” da desobediência civil, recusou-se a pagar impostos que alimentavam guerras injustas e foi para a prisão por isso.
Ghandi usou-a na Marcha do Sal para dar um golpe pela independência económica dos trabalhadores indianos de impostos ingleses sobre o sal.

E precisa esta desobediência de ser anunciada publicamente para ser resistência?
Como enquadraríamos então as famílias alemães que esconderam judeus durante a Segunda Guerra Mundial?
É menos desobediência civil porque foi feita em segredo?
Podemos então concluir que a DESOBEDIÊNCIA CIVIL tanto pode ser ECONÓMICA e financeira como pode ser feita em SEGREDO sem por isso perder o seu valor enquanto acto POLÍTICO que desgasta um sistema INJUSTO.

O contra-argumento previsível é que estas pessoas não estão realmente a agir por necessidade mas sim por capricho. Isso é ignorar o sistema em que vivemos.
A DESTRUIÇÃO das CONDIÇÕES de VIDA da população não é por acidente mas por design.

Qualquer acto da população que procure RESISTIR e manter algum tipo de DIGNIDADE é portanto necessariamente POLÍTICO, mesmo que desenquadrado duma CAMPANHA maior e direccionada de desobediência civil.

A subida de incidências de ROUBO de COMIDA e evasão de pagamento nos transportes são somente dois exemplos de como a subida do DESEMPREGO e da POBREZA em Portugal estão a resultar numa subida de casos de desobediência civil a que cada vez mais cidadãos são obrigados recorrer para poderem SOBREVIVER.

A pergunta portanto é, - a que ponto é que recorrer a actos de desobediência civil não é cada vez mais necessário para uma secção da população cada vez mais condenada à pobreza e à exclusão social?

E até que ponto é que a subida do número de actos de desobediência civil não é de facto o resultado directo e inevitável das POLÍTICAS de EMPOBRECIMENTO e DESEMPREGO do Governo?

De qualquer das formas, um facto é inegável – o DIREITO da população portuguesa a uma VIDA DIGNA está cada vez mais a ser posto em causa e uma parte cada vez maior da sociedade encontra-se CONDENADA à EXCLUSÃO SOCIAL e à POBREZA."

(- por Ana Paula Fitas , 3/10/2012, ANossaCandeia )
Etiquetas: Direitos Humanos; Política; Economia; Sociedade; Cidadania; Cultura


De Izanagi a 3 de Outubro de 2012 às 12:29
Genocídio? Cuidado, porque não há inocentes na Síria. E os resultados da revolução da primavera, começam a verificar-se, e em especial para as mulheres. A distância para a Arábia Saudita é já muito curta, com um senão: não têm petróleo. Significa isto que o empobrecimento faz crescer o fundamentalismo irracional, passe a redundância, porque fundamentalismo é sempre irracional.
E eles aqui tão próximos. Eles que escrevem em Igrejas (antes de as destruírem e matarem cristãos) que Jesus é um porco, e que os católicos (porque são civilizados??) aceitam sem protestar. Errado e reprovável é o filme do outro (!?), de que resultaram manifestações em quase todas as grandes cidades europeias. E a reciprocidade? Será possível o inverso?
Vão (vamos, ocidentais) longe.


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