"Estupidamente", disse Mário Soares à Radio France-Culture, "o primeiro-ministro anda a fazer mais do que lhe pede a troika". E sem perder tempo concretizou a ideia: Cavaco Silva e Pedro Passos Coelho "só fazem asneiras". As palavras duras do experiente ex-presi
dente da República resumem, de forma inequívoca e simples, a permanente onda de críticas que os partidos da oposição diariamente empurram na direção do Governo.
O que Mário Soares não disse, e em abono da verdade não será a ele que compete essa tarefa, é que soluções alternativas (decisiva palavra por estes dias) podem e devem ser postas à disposição dos portugueses. E a simbiose torna-se assim quase perfeita. Com uma importante diferença. É que aos partidos da oposição, e aos seus deputados eleitos, cumpre a obrigação de apresentar ao País alternativas sérias e exequíveis.
Já é tempo de dizer "chega" a esse prolongado e velho, de tanto usado, discurso (que corre sérios riscos de deterioração) dos "assaltos à mão armada". Não há um cidadão deste país que não saiba quem está contra ou a favor do Orçamento do Estado. Não há um cidadão deste país que não saiba que medidas propõe o Governo para 2013. Mas o que nenhum português sabe é quais são as soluções alternativas, os caminhos de uma diferença qualitativa que PS, PCP e BE tenham para apresentar.
A recorrente transumância do discurso político tem disto, principalmente na esquerda socialista e na direita centrista. É assim uma espécie de síndroma. Quem nos garante, para além das palavras e promessas, que estando no Governo o PS, não "oferece" ao País uma versão socialista do Excell de Vítor Gaspar?
DN 22-10-2012
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