Grosso modo, o Império Romano, como qualquer sociedade actual, (a esse nível parece que pouco evoluímos) assentava em três pilares fundamentais:
Socialmente, tal como hodiernamente, o Império Romano dividia-se em três extractos: o clero, a nobreza e o povo. Os escravos, tal como nos nossos dias (agora têm outros nomes), não contam. Nem para as estatísticas dos bifes.
A nobreza e o clero, conjuntamente e de forma mais ou menos partilhada, controlam o povo que representa o extracto social com menos poder e que, por via da sua insignificância e fragilidade, tinha (tem) a obrigação, involuntária, de sustentar as cortes e as igrejas.
A este nível pouca coisa se alterou, salvo a ilusão de que agora “o povo é quem mais ordena”.
A organização militar modificou-se, muito significativamente, na sua estrutura e forma de actuar contudo, continua a obedecer a certos nobres, agora impregnados de um republicanismo que em nada difere, no comportamento, dos antigos pretores imperiais.
O clero, também ele impregnado de vícios antigos, teve com concílio vaticano II algum arrimo de laivos modificativos que lhe não chegaram para desmistificar as razões da sua própria existência: as fragilidades do espírito ou a fraqueza da mente humana, que nos levam a acreditar na existência de uns deuses protectores de tais fraquezas e até aliviam as nossas inconsciências e malfeitorias.
A religião existirá enquanto o Homem não for capaz de assumir as suas, intrínsecas e naturais, fraquezas. A religião católica constitui-se como uma das mais profundas e duradoiras reminiscências do Imperio Romano.
Em termos de organização administrativa ainda hoje, pelo menos nas suas designações, continuamos a confundir paróquias com freguesias (umas e outras apegadas a santos e santas). Mesmo agora, com o debate da reorganização administrativa das freguesias, não houve a capacidade de se avançar, mais claramente, na laicidade do Estado.
Reminiscências culturais de impérios e imperadores de cujos fantasmas não conseguimos libertar-nos, até agora.
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