Quarta-feira, 27 de Maio de 2015

  Banif  ou  BPN, parte 2  e BPP, BES, ..., BCP, CCAgrícola, Montepio, CGD e BdP... BCE.

      Intervenção do deputado do BE Pedro Filipe Soares sobre a benemérita "ajuda" ao Banif, um banco avaliado em 570 milhões de euros no qual foram injectados 1100 milhões. E sem o Estado ter qualquer poder de decisão nos destinos da instituição. Segundo o Governo, a expropriação do dinheiro dos contribuintes para injectar num banco privado servirá para o Banif poder estimular a economia. Se não fosse uma tragédia, daria para rir.   Uma vergonha !.

       A Caixa Geral de Depósitos (instituição financeira oficialmente "ainda" 100% do Estado) encerrou no paraíso Fiscal (offshore) da ilha da Madeira (agora «menos competitivo»- irra !!) e abriu dependência no 'offshore' das ilhas Caimão !!! ... não é só o PD que foge ('legalmente') aos impostos ...  alguns organismos (autónomos) do Estado também !!   
     Para que conste e esperando contribuir para a consciencialização dos cidadãos e moralização da política e economia em Portugal, repasso alguns dados retirados do site da CGD, referente a 2009:

       Presidente - remuneração base:                 371.000,00 €
       Prémio de gestão:                                       155.184,00 €
       Gastos de utilização de telefone:                     1.652,47 €
       Renda de viatura:                                           26.555,23 €
       Combustível:                                                      2.803,02 €
       Subsídio de refeições:                                        2.714,10 €
       Subsídio de deslocação diário:                              104,00 €
       Despesas de representação: não quantificado (cartão de crédito onde "apenas" são consideradas despesas decorrentes da actividade devidamente documentadas com facturas e comprovativos de movimento). Situações semelhantes passam-se no Banco de Portugal (BdP),  IGCréditoPúblico, etc.
     A directora do FMI, Christine Lagarde , vai ter um rendimento anual líquido de 323 mil euros, a que se somam 58 mil euros para gastar em despesas, o que representa mais 10% do que o seu antecessor, Dominique Strauss-Kahn, mas mesmo assim menos do que o presidente da CGD, entre outros gestores portugueses, pelo que a senhora ainda está mal paga pelo padrão da élite de Portugal
    Note-se que, em média, os trabalhadores portugueses ganham menos de 50% em relação aos dos restantes 27 países da EU.  "... os portugueses comuns (os que têm trabalho) ganham cerca de metade (55%) do que se ganha na zona euro, mas os "nossos excelsos" gestores/ administradores recebem, em média:
 ·       mais 32% do que os americanos;
 ·       mais 22,5% do que os franceses;
 ·       mais 55 % do que os finlandeses;
 ·       mais 56,5% do que os suecos".        (Manuel António Pina, JN, 24/10/09) 

     Não esquecer que cada um destes meninos da élite económico-financeira e do arco do poder têm 2, 3, 4 e mais "tachos", cada um deles muito bem remunerado... e vivem a "mamar/ sugar/ saquear" o Estado e destruir o erário e interesse público.
     E são estes mesmos (des)governantes e seus sabujos e apaniguados que têm a lata de afirmar que "os portugueses devem trabalhar mais", "gastam acima das suas possibilidades", "têm de empobrecer" ... e "emigrar" !!

    Sabemos que é necessário melhorar a eficiência do Estado, abrangendo também os  institutos e empresas públicas (e dos municípios e regiões) ... - e que muitas entidades duplicam funções e têm gestores com vencimentos e regalias muito superiores ao vencimento do Presidente da República.

    Mas também sabemos que esta sociedade (e 'democracia') está cada vez mais injusta, irracional e auto-destruidora.

    É uma vergonha o aumento da pobreza e a disparidade de rendimentos entre cidadãos.  É inaceitável a delapidação dos recursos (financeiros e patrimoniais) que deveriam privilegiar o desenvolvimento e não uma prática/ política neoliberal (selvagem) onde alienação de bens e interesses da comunidade é feita por  incompetência, nepotismo, corrupção e ganância sem limite nem justiça.
    É isto que ajuda a explicar a grave crise económica, financeira e social que Portugal está a viver.

    Mais palavras para quê ?!

    Isto só se resolverá quando ... os cidadãos (em conjunto com os da U.E.)  quiserem, mesmo !  (i.e., quando diminuir a iliteracia e a alienação).

 [- um português preocupado com o futuro ... especialmente dos jovens, dos desempregados e dos cidadãos explorados, humilhados e burlados...]

-----(post original em 2/1/2013)



Publicado por Xa2 às 07:48 | link do post | comentar

25 comentários:
De .Quem Beneficia e quem Paga. a 3 de Janeiro de 2013 às 10:01
A BANCA (e seus grandes accionistas, especuladores, administradores pagos principescamente, consultores sabujos, ...) é que «anda a viver à conta dos trabalhadores» por conta de outrém (directamente pelo que saca aos clientes, e indirectamente pelo que saca ao Estado via ParceriasPP, intermediações, pareceres, outsourcings, juros agiotas, ...)
veja:
http://www.youtube.com/embed/58ZT9PeozzU Raquel Varela no Inferno e seu livro «Quem Paga o Estado Social»
Conclusão:
Mas Há sempre saída : tomar as coisas em mãos..., em vez de (se alienar e só) "passar cheques em branco" (a partidos/governantes/...) !!

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MAIS MIL e CEM MILHÕES

A dívida nunca mais tem fim! Esta é a última grande decisão do governo português em 2012 (31/12/2012 de transferir dos cofres do Estado para o BANIF a quantia de 1.100.000.000,00 € (mil e cem milhões de euros).
O caso passou de certo modo despercebido dada a coincidência com a data que as pessoas aproveitar para se distrais um pouco daqui que as atormenta, mas a verdade é que a SIC não se esqueceu dele, tendo veiculado a notícia no programa "Notícias da Tarde" pelo editor de economia daquela estação, José Gomes Ferreira, em delarações à jornalista Conceição Lino e mais tarde também politicamente por Miguel Sousa Tavares.

Enquanto isto, o (des)Governo continua a arranjar mil e um pretextos para tornar INSUSTENTÁVEL a vida de milhões de portugueses, para além dos 2 milhões de indigentes e 3 milhões desempregados e/ou precários, e centenas de milhar que expulsa, forçando-os a emigrar !...

Se, ao contrário do que diziam no início da crise, esta é, na maior parte, de Bancos Privados,
porque hão-de ser os cidadãos contribuintes(o Estado) a pagar tudo isto?
E o que fez a Justiça para condenar e reaver os milhares de milhões roubados de alguns desses Bancos?
Até hoje, nada!

As pessoas estão já fartas disto !!!


De .'chinificação' putrefacta por vendidos. a 3 de Janeiro de 2013 às 13:43
“Um dos grandes objectivos da troika é aproximar-nos da China”
(- 29/12/2012 por Raquel Varela, Entrevista que dei ao Jornal I, edição de hoje, a propósito de Quem Paga o Estado Social Em Portugal?. Entrevista de Nuno Ramos de Almeida.)
Aqui, alguns destaques:

«A obra contraria a tese muito em voga de que o nosso problema é que os pobrezinhos comeram muitos bifes. Nas suas páginas fazem-se contas e chega-se à conclusão de que alguém ficou com o dinheiro dos nossos impostos»

«Se nós tivemos de nos endividar nos últimos 20 anos para compra de habitação isso não significa que tenhamos vivido acima das nossas possibilidades, mas abaixo delas.
Os salários portugueses mantiveram-se tão baixos nos últimos 20 anos que as pessoas para resolverem este direito básico que é a habitação tiveram de se endividar»

«Estão-se a criar condições para ter um mercado de trabalho à escala continental.
É por isso que a nossa precarização vai ser o enterro dos direitos sociais dos trabalhadores alemães.
O que se prepara é que de hoje para amanhã os trabalhadores qualificados do Sul ocupem por um salário muito mais baixo o lugar de um trabalhador alemão.
É este o objectivo da política da troika»

«O processo de globalização que vivemos é um processo de globalização imperialista.
Era bom que recuperássemos a esse respeito este conceito que os cientistas sociais têm tido medo de usar.
Embora recentemente nas discussões de instituições internacionais como a OIT (Organização Internacional do Trabalho) haja alguns autores que recuperam estes conceitos»

«É preciso ter cuidado com todas essas chamadas teorias do decrescimento.
Dizer que um país vive acima das suas possibilidades não é correcto do ponto de vista histórico.
Num país há pessoas que vivem acima das suas possibilidades e outras que não (…)
Nós não temos um consumo excessivo, temos é um consumo exagerado de hidratos de carbono, temos um consumo deficitário de legumes frescos com nutrientes, temos um consumo exagerado de transportes individuais e um consumo deficitário de transportes colectivos.
Ou seja, o problema do consumo não é abstracto, concretiza-se numa sociedade que é DESIGUAL »

«Os historiadores marxistas estão sempre a anunciar crises terminais que nunca o são.
Aquilo que eu tenho lido é que se não tivesse havido um socorro enorme ao sistema financeiro estaríamos numa crise muito semelhante à Grande Depressão de 1929, embora nós vivamos um processo substancialmente diferente devido à globalização da economia.
A interdependência dos mercados é hoje infinitamente superior.
Se a crise teve as consequências que teve, revoluções e contra-revoluções durante dez anos, eu não sei que consequências teria tido esta sem as medidas que foram adoptadas.
Agora salvar o sistema financeiro teve um preço que é a situação de BARBÁRIE social que vivemos»

«Chegamos a um nível de desenvolvimento tecnológico que naturalmente acarreta um patamar de desemprego estrutural se nós não mudarmos a nossa forma de viver.
Temos de criar uma sociedade em que toda a gente trabalhe menos horas, mas que trabalhe»

Entrevista completa aqui
http://www.ionline.pt/portugal/raquel-varela-dos-grandes-objectivos-da-troika-aproximarmo-nos-da-china


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