Já todos andávamos, mais ou menos, desconfiados.
No tempo de Sócrates, o PSD e toda a oposição afirmavam que, a política levada a cabo pelo seu governo, era uma porcaria. Agora, no tempo do Coelho, Portas, Gaspar e troica, o PS e os outros excluídos da governação dizem, repetidamente, que a política levada à prática por este governo é uma porcaria.
Uns afirmando outros desconfiando, todos íamos tendo a percepção que a política, em Portugal, se andava a tornar uma porcaria.
Se duvidas ainda alguém poderia acalentar, da tese da porcaria de política, desde ontem ficou comprovadíssima e irrefutadamente demonstrada, por um douto professor, sindicalista, que não só demonstrou que a política portuguesa se tornou uma grande porcaria como são os próprios suínos já envolvidos nela.
Não admira que da política e, grande parte, dos políticos nela envolvidos cheire tanto mal.
P.S.
Uma palavra de solidariedade para os professores portugueses. Não merecem nem esta política nem estes sindicalistas.
De .PS. Partidos alternantes e más lideranç a 28 de Janeiro de 2013 às 14:00
Às turras no PS
(-http://www.cousasliberaes.com/2013/01/as-turras-no-ps.html#comment-form )
Parece que as várias facções do PS decidiram envolver-se em lutas internas na praça pública.
Os problemas e as divisões não parecem causados por divergências relativas ao programa político a apresentar, visto que nenhuma das facções parece ter ideias para o país.
Como sempre (em outros partidos é parecido), os problemas parecem causados por tricas e alianças pessoais, por lutas entre vários grupos caracterizados por serem variações sobre o vazio.
A imagem que me fica é de António José Seguro aos gritos na TV, berrando chavões na defensiva.
Fala-se em congressos do PS. Fala-se em António Costa decidir sobre se vai avançar para a eleição como novo Secretário-Geral do PS ou para uma recandidatura à Câmara de Lisboa.
Fala-se no processo político, nas tricas, nas guerrinhas internas. Mas não vi ninguém tentar clarificar as divergências programáticas entre António José Seguro e António Costa.
E isso interessa - interessa muito.
Não basta bradar pelo Estado Social.
É preciso dar explicações, exequíveis, para como iria funcionar esse Estado Social, incluindo em relação a financiamento, e basear essas explicações em mais do que conversa fiada.
É este trabalho de casa que a Oposição tem de fazer.
É suposto o PS estar a fazê-lo com o "Laboratório de Ideias para Portugal", e veremos o que sairá dali. Tendo em conta a retórica sobre "project bonds", duvido que saia alguma coisa de muito diferente do que se tem feito cá nas últimas décadas.
Essa minha suspeita de que o PS vai dizer mais do mesmo aplica-se a todas as facções internas do PS.
O pluralismo interno parece ter muito a ver com personalidades e pouco a ver com ideias, o que, de novo, faz sentido, porque as ideias não abundam.
De qualquer forma, parece que a campanha para as autárquicas vai ser apimentada por estas extremamente excitantes manobras políticas de grandes mentes políticas no PS, às quais acrescerão sem dúvidas brilhantes estratégias no PSD e noutras paragens.
Já entrámos no circo político das eleições.
Deixo à escolha do leitor quem são os palhaços, quem são os acrobatas, quem são os domadores de animais, etc.
Vai variar dependendo das preferências de cada um.
A única coisa certa é que nós não podemos ser apenas espectadores passivos.
Temos de intervir. Temos de participar. Temos de votar.
E, principalmente, temos de pensar.
Se Seguro for reeleito
Reconheçamos que não deve ser fácil aos elementos publicamente mais interventivos do PS – António Costa, João Galamba, Silva Pereira, Augusto Santos Silva, Pedro Marques, Vieira da Silva, Fernando Medina, Marcos Perestrelo e outros,
os que fazem verdadeiramente oposição ao Governo –
verem o partido conquistar alguma confiança dos eleitores graças às suas intervenções assíduas (são, para todos os efeitos, os rostos públicos do partido)
e ao mesmo tempo verem Seguro colher os louros, apesar das suas desastradas intervenções, dos seus desaparecimentos, da inépcia como líder, da recusa em defender o passado e do desligamento total e notório que existe entre ele próprio e os ditos militantes.
Algo aqui não bate certo.
Há uns que fazem oposição e há outros que esperam que o poder lhes caia no regaço, recusando ir à luta com os mesmos princípios que os primeiros, mas beneficiando da sua qualidade.
Alguém imagina o que seria a oposição do PS sem as ditas intervenções?
A ideia de greve aflora-me à cabeça.
A situação tem, portanto, que ser clarificada.
Se Seguro conquistou os órgãos locais do partido e se quer apresentar a futuras eleições legislativas com base no trabalhinho interno de sedução e promessas,
ou seja, com as bases na mão,
mas sem programa para o país nem mérito para unir o partido e atrair os melhores,
os que em Abril lhe renovarem o mandato devem preparar-se para perder as eleições nacionais (Seguro já mostrou não ter força de argumentação nem consistência)
e entregar o país mais uns anos a este bando de estarolas que se alcandorou ao poder e que, convém não esquecer, dispõe de técnicas políticas poderosas, que não olham a meios.
Se, pelo contrário, Seguro perder, a estratégia de oposição do partido passará a ser coerente, racional e implacável, com pessoas bem preparadas a assumi-la, além de propor sem medo aos portugueses um projeto de desenvolvimento
que vinha fazendo o seu caminho com Sócrates, até ao eclodir da crise, e que deve agora ser bem negociado em Bruxelas e com os credores.
É que a economia entretanto afundou-se, caso não tenham reparado.
Que se reúnam, pois, e partam a louça toda dentro de portas, se preciso for, mas a situação atual do partido não pode continuar.
É demasiado injusta.
Tantas deixas que o Governo oferece – para só citar as mais recentes: o relatório do FMI, a alegada boa execução orçamental, mas que estranhamente exige cortes de 4000 milhões no Estado social, a RTP, a farsa da ida aos mercados –
e que Seguro, como líder, incrivelmente desperdiça!
Quem nelas pega e as desmonta são outros e por sua própria iniciativa, enquanto o líder prefere andar pelas feiras e fábricas locais a angariar apoios das “bases”.
Será preciso que o partido perca as eleições legislativas, vergonhosamente,
dadas as circunstâncias, para a liderança mudar?
E o país, ó gente?
De contribuinte cansado a 28 de Janeiro de 2013 às 19:48
Era bom que o comentador entendesse que o País não é um campo de futebol e que a população não é propriamente uma claque de um club, onde independente de o seu club jogar mal, o objetivo principal é a vitória, nem que para isso se utilizem meios ilegítimos.
Mas o país é diferente. Só faz sentido o PS ganhar as próximas eleições, sejam elas quando forem, se isso trouxer melhorias ao país. Ora os nomes que indicou, todos, ou quase, têm imensas responsabilidades pela péssima situação que o Portugal atravessa. Eu sei que a generalidade da população é burra, sim...BURRA, mas até os burros aprendem alguma coisa e duvido que com o leque de "atores" que indica, o PS vença as futuras eleições legislativas.
De Contribuinte cansado a 29 de Janeiro de 2013 às 09:50
«
O PS, como grande partido de Portugal, não deve deixar cair aqueles militantes que, com o seu saber, com a sua honestidade, com a sua democraticidade, o seu desinteressado trabalho em prol dos desfavorecidos e da causa pública, o transformaram numa instituição respeitada e acarinhada pelos portugueses. Aqueles que , sacrificaram os seus interesses pessoais, aos da Pátria e da Democracia, deverão ser os escolhidos na pesada tarefa de liderar o Partido. Saliento as figuras de José Sócrates, Paulo Campos, Mário Lino, José Lelllllo, Edite Estrela, A. Vara, Penedos, Ana Paula Vitorino, como candidatos, de mérito inquestionável , à liderança do Partido, em lugar desses betinhos ligados ao Seguro. Viva o PS. »
De Zé T. a 29 de Janeiro de 2013 às 10:24
Está mesmo cansado...
percebe-se a afectividade aos 'antigos' socratinos ... mas o juízo de 'qualidade/trabalho feito' é questionável ... (como também é questionável a dos afectos a Seguro ou a qq outro...) .
Pessoalmente gosto das intervenções de Galamba e outros jovens economistas deputados do PS, sua ala esquerda e sem 'telhados de vidro' ou papas na língua.
O que os cidadãos sentem é que tanto PS/socrático como PSD/CDS/banca/PPP (e destes há muito + a criticar...) são os culpados.
-São culpados pela crise/austeridade devido ao «forró» dos gastos descontrolados, pelos contratos e ParceriasPP com 'rendas' escandalosas, pela cedência aos bancos e grandes grupos económicos, pelos carteis que só lixam o consumidor, ... pela Corrupção e Nepotismo viral ... pelo abrir caminho ao neo-liberalismo com o «socialismo moderno», «flexinsegurança», «siadap/merdocracia», ... e pela UGT que se vende ao poder do centrão e assina todas as merdas que só prejudicam os trabalhadores por conta de outrem.
E sentem que o PS/Seguro também não vai lá, sem oposição forte e preparação de contra-propostas/medidas político-económicas, sem programa nem ideias claras sobre o que defende ou é contra ou a favor ... é tudo nim... tretas.
O que muitos militantes (e ex-) do PS sentem é que se devia mesmo «partir a louça»,
- responsabilizar quem tem culpas no cartório, afastá-los e dinamizar o Partido com mais Transparência e menos burocracia e esquemas
.- que só favorecem os aparelhistas e os 'barões' que estiveram no poder e ainda têm 'tachos' ou reformas douradas ...
- e que desmotivam/afastam militantes e eventuais candidatos a coordenadores, delegados, ... deputados e governantes.
De contribuinte palerma a 28 de Janeiro de 2013 às 14:23
Câmara de Lisboa
Quadro de Pessoal
Percebo agora a grandeza desta metrópole, bem demonstrada pelos 2521 Técnicos Superiores, licenciados ou doutorados que trabalham arduamente para o meu município, e entre eles:
- 330 arquitectos
- 101 assistentes sociais
- 73 psicólogos
- 104 sociólogos
- 146 licenciados em... marketing!!!
- 260 engenheiros civis
- 156 historiadores !!!, que se devem desunhar a trabalhar...
- 303 juristas, cujo serviço se supõe que deve ser dar parecer sobre os pareceres que a CML
encomenda aos gabinetes de advocacia privados.
Ah! Caramba! Grande cidade esta!
Grande País que alberga tal Câmara no seu Património.
Calculem a inveja dos Holandeses, Alemães, Dinamarqueses, Suíços, Suecos, etc. por não terem esta "vantagem competitiva".
Vais ver que é por inveja disto e de coisas similares que estes e os outros europeus não gostam de nos quererem "alimentar" os vícios.
De .Xulos e vampiros... a 28 de Janeiro de 2013 às 14:28
O Baltazar (do FMI), os xulos e a mirra
(-por OJumento)
...
Onde estavam os que agora estão muito incomodados com o suposto racismo do líder da CGTP quando
o Salassie disse que se os portugueses queriam um Estado Social teriam de ter dinheiro para o pagar?
Então este senhor chama xulos a todo um povo, ignora todo o dinheiro roubado aos fundos comunitários e aos cofres do Estado através da evasão fiscal
para insinuar que os portugueses são uns malandros que querem viver à custa dos alemães e todos ficaram calados?
...
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