Um povo cobarde gera Políticos sem vergonha.
Recentemente, a ACT-Autoridade para as Condições de Trabalho, concluiu que, só em 2011, os chamados contratos dissimulados atingiam um aumento de 162%.
Como todos sabemos a situação agravou-se, desavergonhadamente, durante o ano de 2012 e o referido número peca por defeito. São raros os contratos assinados com seriedade e respeito por quem trabalha. A malfadada crise não é geral, a concentração de riqueza nunca atingiu as proporções que atualmente se regista. O chamado (Leque salarial Este conceito serve essencialment... - Economia) que já se não ouve falar, nem pelos sindicatos (estranhamente) e nunca foi tão desigual.
Outro dado do problema, que para além de nos envergonhar deveria tirar-nos qualquer hipótese de descanso ou de noites bem dormidas, é o facto de existirem contratos, ditos legais (como quem aceita a falta de ética e moralidade como legal), em que a remuneração pouco mais atinge que 300,00€.
Os políticos e o governo dão cobertura a tudo isto, pois se mesmo o IEFP-Instituto do Emprego e Formação Profissional não se coíbe de publicar no seu `site` anúncios de emprego com remunerações vergonhosas e ilegais.
A chamada economia marginal, também designada paralela ou informal, com ou sem recibos verdes, nos quais não se determina qualquer valor mínimo remuneratório de referência, tornaram-se “a fome nossa de cada dia”. Situações provocadas pelo elevado número de desempregados cuja consequência é a existência de muitos lares e grande número de famílias já nem uma côdea de pão chegar a vislumbrar.
É esta a sociedade, dita, civilizada e solidaria que, como “o melhor povo do mundo” aceitamos ter!
Associada, com esta miserável pobreza de relações laborais, onde vingam empresários/patões sem vergonha nem escrúpulos, está uma grande fuga aos impostos.
Por um lado os patrões, escondidos atrás da economia subterrânea, desenvolvem (fiscalmente falando) a sua atividade clandestinamente. Por outro lado os trabalhadores, que não recebendo, ficam impedidos de contribuir para o Estado e para a Segurança Social, tornando-se uns e outros párias da sociedade.
Assim, para todos os que, por ética cidadã ou transparência vinculativa de trabalho, não queiram ou não possam esconder-se, o legislador é implacável, o fisco é carrasco e o contribuinte pagador torna-se escravo do Estado.
Colectivamente, por uma razão ou por outra, somos um povo cobarde que geramos políticos sem vergonha.
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