o ministro da queca
«Hoje uma mulher que pretenda ser mãe, mais do que a disponibilidade financeira, reclama por disponibilidade para uma maior dedicação.
Se tempo tivesse para os acompanhar teria mais filhos»; «Queremos usar verbas europeias para suportar a empregabilidade parcial»; «Uma mãe ou um pai pode vir mais cedo para casa, pode eventualmente vir a trabalhar apenas meio-dia que o Estado suporta o restante».
Palavras de Pedro Mota Soares, o Ministro da Sexualidade/Solidariedade e Segurança Social, preocupado com a quebra da natalidade em Portugal.
Um autêntico benemérito, este ministro do governo mais liberal que Portugal já teve, criador de incentivos à procriação, com oferta de emprego a tempo reduzido, salário cheio e tempo de sobra para o lazer, durante o qual tanto se pode tratar dos filhos como de cuidar de fazer mais alguns.
Se conseguir executar este plano deixará obra de vulto. Deverá, pois então, passar à História com o epíteto do «Ministro da Queca».
Adenda:
Apesar do adiantado da hora a que foi escrito e editado, este post já suscitou alguma agitação nas redes sociais, acusando-se o autor de ter redigido um texto «ridículo», na versão mais branda, e «idiota», numa abordagem menos light.
Reconheço as críticas, aceito a censura e,
apesar de não ser ainda subsidiado (o que espero vir a conseguir), assumo a paternidade da coisa.
Tentando emendar a mão e contribuir, de forma positiva, para este tema,
sugiro ao Senhor Ministro que especifique, no diploma LEGISLATIVO que venha a consagrar esta sábia reforma, se o direito ao subsídio é anterior ou posterior à procriação.
E que, se possível, evite entregar a redacção da lei ao Dr. Paulo Rangel,
de modo a não termos que andar a discutir, nos próximos anos, se se trata de um subsídio «de» procriação ou «da» procriação.
(-por rui a. , Blasfémias, 3/4/2013)