Parece que temos um governo de farsantes e exterminadores (contando com o apoio da primeira figura do Estado). Figuras de um teatro de uma vida real, com peças levadas à cena em vários atos, cuja conjugação resulta de uma política de ataque a tudo o que seja do mundo laboral, a funcionários públicos, a pensionistas e tudo o que cheire a Estado. É o endeusamento, puro e simples, da iniciativa privada e do mercado.
A canalhice de desrespeitar a palavra dada e de fazer o contrário do afirmado em tempos de oposição ou em campanha eleitoral é tão grande que até admira como o povo se não revolta e não assume, através de comissões had-hoc, tomar nas próprias mãos a organização de novas formas de fazer política.
Chegamos a este estado de coisas devido a um processo conjugado de uma política do “bota-abaiso” do PCP/BE associados à direita, à incoerência do PS e ao laxismo, putativamente obscurantista, do eleitorado. Já não há forças telúricas revoltosas embora se viva sob uma ditadura disfarçada de democracia. A ditadura dos mercados e da especulação financeira.
Os primeiros andam, desde as datas das suas respectivas certidões de nascimento, com o, quase, único objectivo o de derrubar governos. A direita sempre foi contra a existência de Estados capazes de controlar e enfrentar grupos económicos organizados e especulativos, sempre foi contra qualquer Estado com praticas socializantes e tudo faz para o reduzir a nada.
A direita esforça-se para exterminar o Estado colocando o sector privado como dogma quase absoluto. O PS há muito perdeu o Norte e não consegue encontrar quaisquer coordenadas depois que o partido se deixou aprisionar pelos grupos neo-religiosos e se entregou, de alma e coração, aos banqueiros.
Os cidadãos, tanto social como política e partidariamente, nunca assumiram verdadeiramente o exercício da cidadania. Não sabemos o que é, concretamente, a democracia representativa e da democracia direta ninguém demonstra interessar-se em praticar.
É fácil, não é barato nem dá milhões, dizer que os políticos são os culpados de tudo o que de mau acontece no país, que os políticos são todos uns malandros (é quase sempre verdade) e que a culpa é sempre dos outros (é quase sempre mentira) e assim vamos vivendo, governados por artistas quase sempre iguais aos espectadores. Farsantes de um teatro que, queiramos ou não, é sempre nosso.
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