Terça-feira, 14 de Maio de 2013

                     Guerra  civil  não  declarada       (-por OJumento, 13/5/2013)

  photo Goya_zps31c7a636.jpg   Ainda que sem assumir a forma de conflito armado o país já foi lançado numa guerra civil, ainda que não declarada e sem que as barricadas estejam totalmente definidas. O governo, ou alguns ministros do governo decidiram actuar como se em democracia a maioria pudesse governar sem respeitar regras, como se a legitimidade do governo viesse de três fulanos com ar de parvos que de vez em quando aparecem por cá, como se o Gaspar em vez de ter de responder perante o parlamento para o qual não foi eleito, tivesse de prestar contas ao ministro das Finanças (da Alemanha) que é quem o mantém.

     Os extremistas do governo declararam que o país deixou de ter regras e que a Constituição apenas está em vigor se for para ajudar a violar a lei e permitir a candidatura dos autarcas do PSD que querem desrespeitar a lei candidatando-se a mais mandatos do que os permitidos. Para tudo o resto, principalmente para a defesa dos mais elementares direitos dos cidadãos o Tribunal Constitucional está a mais e se ousar questionar as decisões do Vítor Gaspar o ministro das Finanças leva o primeiro-ministro a Belém para que Cavaco meta o país na (sua) ordem.
     Como em todas as guerras há inimigos e no caso das guerras civis os inimigos não merecem qualquer respeito ou a protecção de quaisquer regras. E os inimigos do Gaspar e do Passos Coelho estão claramente identificados, são aqueles que eles não se cansam de acusar de terem delapidado o país, os  funcionários públicos. Depois há outros inimigos perigosos, os que ganham mais do que o ordenado mínimo, os desempregados e os jovens, a esses é permitido emigrar e fugir enquanto tiverem tempo, os idosos que já não poderão fugir serão economicamente chacinados e os funcionários públicos ficarão prisioneiros do Estado sem receber vencimento, o país será o seu campo de concentração e de extermínio.
     [... Os ditadores, corruptos e incompetentes, os canalhas governam dividindo, espalhando o ódio, ignorando que somos uma nação. Há quem os apoie e quem os critique, entre os que os apoiam aparecem os ideólogos de circunstância, os pequenos Goebelzinhos que com um suposto dom da escrita ou da palavra  tornam tudo evidente. ... (-em: O ódio e a vingança)]
     Como em todas as guerras civis há oportunistas a apoiar uma das partes e em Portugal os que odeiam o Estado e a Função Pública, como o jornalista José Gomes Ferreira, da SIC Notícias que esteve bem perto do orgasmo enquanto o Rosalino ia explicando as sacanices que iria fazer aos funcionários públicos e pensionistas, um jornalista tão crítico umas vezes e tão concordante ao ouvir cortes retroactivos de pensões ou o envio de funcionários para casa com vínculo, deveres profissionais e sem direitos.
     Outros grandes apoiantes deste governo são os que já festejaram milhares de milhões com champanhe, os banqueiros que governam bancos à beira da falência e esperam pela transfusão da riqueza dos mais pobres para as suas contas através das reduções de impostos compensadas por aumentos dos aplicados aos trabalhadores, ou dirigentes do Estado que pedem a pele dos outros funcionários públicos para que os seus tenham 15 meses de vencimentos.
     O país já está em guerra civil, já há centenas de milhares de vítimas, já houve batalhas ganhas e perdidas para os dois lados, ainda não se percebeu muito bem de que lado estão algumas personalidades, algumas até desaparecem para não terem de dizer qual o lado que apoiam, ainda não se ouviram tiros, mas já estamos em guerra.
         Apenas despedimentos
     «Vinte mil, trinta mil, cinquenta mil. Não passa um dia sem que apareça uma nova versão sobre quantos serão os funcionários públicos a despedir. E não vale a pena lembrar as palavras enfaticamente proferidas pelo ministro Portas sobre "as rescisões serem de mútuo acordo". São pura e simplesmente despedimentos, como todos sabemos, inclusive o líder do CDS. Não há necessidade de lhes chamar requalificações e convinha mesmo não insultar a inteligência das pessoas dizendo que essas pessoas não receberão salário mas mantêm o vínculo ao Estado, logo não são despedidas - esta mania governamental da mentirinha, da meia verdade, dos eufemismos, chega a causar quase tanta indignação como as políticas propriamente ditas.
     Porém, ninguém do Governo foi ainda capaz de explicar qual a razão para estarmos a falar de vinte ou cinquenta mil despedimentos na função pública.
    Salvo melhor opinião, despede-se esta gente toda porque há necessidade de fazer cortes. Como agora já sabemos que a história dos custos intermédios era uma versão da da carochinha e os ditos serão em salários e pensões, saca-se da máquina calculadora e zás: têm de ir estes para a rua. Depois põe-se um ar sério e diz-se que é uma reforma.
    Eu também sou daqueles que instintivamente diriam que há funcionários públicos a mais, mas antes gostava de saber que tipo de funções se quer para o Estado, que tipo de organização e métodos existem e que soluções se defendem para os melhorar. Até aí estes milhares de despedimentos não passam de medidas avulsas, sem racionalidade, sem estratégia e em que se corre o sério risco de estar a fragilizar ainda mais o já fraco Estado.
     Em primeiro lugar, que Estado se quer? Quais as funções, qual o papel que deve desempenhar na comunidade? Só a partir deste ponto é que podemos saber se há funcionários públicos a mais ou a menos. E é preciso dizê-lo com clareza: este Governo ou não sabe o que quer do Estado ou "esqueceu-se" de nos explicar.
     O Estado, ao mesmo ritmo que foi crescendo, foi esquecendo as suas funções essenciais. A justiça é um excelente exemplo dessa realidade, bem como a outro nível a regulação - que pouco mais é do que uma emanação das empresas que dominam o mercado - e outras funções se poderiam acrescentar. Tanto a dispersão de verbas como a de enfoque fez que as funções-chave se deteriorassem tanto ao nível dos profissionais que conseguem muito melhores compensações no sector privado, como no investimento em meios.
     Em segundo lugar, é fundamental olhar para o actual funcionamento do Estado. Não é possível aos serviços do Estado funcionarem de forma aceitável quando há um emaranhado de leis e regulamentos que entopem qualquer tipo de processo. O Estado funciona demasiadas vezes como se o seu papel fosse dificultar a vida às pessoas e às empresas de modo que sejam precisos ainda mais funcionários para tentar desenrolar o novelo. E nesta situação tanto há responsabilidades dos que foram entupindo o Estado em legislação como dos que não modernizam a sua estrutura, quer simplificando a organização e os métodos de gestão quer ao nível da formação.
     E importa fazer uma nota. Ouve-se muito a comparação dos métodos de gestão e organização entre o Estado e as empresas: digamos apenas que a falta de organização e de competências de gestão em Portugal está longe de ser monopólio do Estado, basta ver os nossos índices de produtividade.
    Não será baixando sistematicamente os salários dos funcionários públicos ou tratá-los como se eles fossem os culpados de todos os males no funcionamento do Estado que se vai melhorar o desempenho da máquina estatal. Longe disso. Esse tipo de medidas e de atitude perante os funcionários públicos afasta os melhores quadros da órbita do Estado prejudicando toda a comunidade.
     Reformar exige que se saiba exactamente o caminho que se quer tomar, impõe uma enorme dose de negociação e outra igual de firmeza, obriga a uma preparação aturada de todos os passos, a uma permanente avaliação dos sucessos e insucessos e, já agora, que não se destrua o que os nossos antecessores foram fazendo. Exige sobretudo tempo. E, aí sim, são precisos consensos que ultrapassem legislaturas.
     Grande ou pequeno, independentemente da opção política e ideológica, um Estado fraco não é opção. Mas despedindo indiscriminadamente e cortando cegamente é isso que irá acontecer. Só que há um problema: a democracia e o Estado de direito não se dão bem com Estados fracos.» [DN]-Pedro M. Lopes.   


Publicado por Xa2 às 13:37 | link do post | comentar

7 comentários:
De .Ai se tivessemos bons governantes... a 14 de Maio de 2013 às 14:05
AI SE PASSOS COELHO FOSSE HONESTO !

(-por Joaquim Letria, 2012 )

A REDUÇÃO das reformas e pensões são as piores, mais cruéis, e moralmente mais criminosas, das medidas de austeridade a que, sem culpa nem julgamento, fomos condenados pelo directório tecnocrático que governa o protectorado a que os nossos políticos reduziram Portugal.

Para os reformados e pensionistas, o ano de 2013 vai ser ainda pior do que este 2012. Os cortes vão manter-se ou crescer e, com o brutal aumento de impostos, a subida dos preços dos combustíveis, do gás e da electricidade, e o encarecimento de muitos bens essenciais, o rendimento disponível dos idosos será ainda menor.

Os aposentados são indefesos. Com a existência organizada em função dum determinado rendimento, para o qual se prepararam toda a vida, entregando ao Estado o estipulado para este fazer render e pagar-lhes agora o respectivo retorno, os reformados não têm defesa. São agora espoliados e, não tendo condições para procurar outras fontes de rendimento, apenas lhes resta, face à nova realidade que lhes criaram, não honrar os seus compromissos, passar frio, fome e acumular dívidas.

No resto da Europa, os velhos viram as suas reformas não serem atingidas e, em alguns casos, como sucedeu, por exemplo, em Espanha, serem até ligeiramente aumentadas. Portugal não é país para velhos. Os políticos devem pensar que os nossos velhos já estão mortos e que, no fim de contas, estamos todos mal enterrados...


OS MONSTROS DE PORTUGAL !

AI SE PASSOS COELHO FOSSE HONESTO !

SE Passos Coelho começasse por congelar as contas dos bandidos do seu partido que afundaram o país, era hoje um primeiro ministro que veio para ficar.

Se Passos Coelho congelasse as contas dos offshore de Sócrates que apenas se conhecem 380 milhões de euros ( falta o resto) era hoje considerado um homem de bem.

Se Passos Coelho tivesse despedido no primeiro dia da descoberta das falsas habilitações o seu amigo Relvas, era hoje um homem respeitado.

Se Passos Coelho começasse por tributar os grandes rendimentos dos tubarões, em vez de começar pela classe média baixa, hoje toda a gente lhe fazia um vénia ao passar.

Se Passos Coelho cumprisse o que prometeu, ou pelo menos tivesse explicado aos portugueses porque não o fez, era hoje um Homem com H grande.

Se Passos Coelho, tirasse os subsídios aos políticos quando os roubou aos reformados, era hoje um homem de bem.

Se Passos Coelho tivesse avançado com o processo de Camarate, era hoje um verdadeiro Patriota.

Se Passos coelho reduzisse para valores decimais as fundações e os observatórios, era hoje um homem de palavra.

Se Passos Coelho avançasse com uma Lei anti- corrupção de verdade doa a quem doer, com os tribunais a trabalharem nela dia e noite, era já hoje venerado como um Santo.

...etc etc etc.

MAS NÃO !!!!

PASSOS COELHO É HOJE VISTO COMO UM MENTIROSO, UM ALDRABÃO, UM YES MAN
AO SERVIÇO DAS GRANDES EMPRESAS, DA SRª MERKEL, DE DURÃO BARROSO, DE CAVACO SILVA,
MANIPULADO A TORTO E A DIREITO PELO MAIOR VIGARISTA DA HISTÓRIA DAS FALSAS HABILITAÇÕES MIGUEL RELVAS,
E por UM ROBOT SEM ALMA E CORAÇÃO, VITOR GASPAR, também manipulado pela Alta Finança, pelos oligarcas das grandes empresas quase monopólios, pelos Merkel e apêndices do GoldmamSachs, ... pelos "mercados" nacionais e internacionais, pelos burlões e criminosos do neoliberalismo selvagem.


De .Terrorismo contra Estado Social. a 14 de Maio de 2013 às 15:41
Terrorismo de Estado

«Não é só em Portugal que, historicamente, as pensões do sector público em Portugal têm regras mais generosas do que as do trabalhadores do privado: isto acontece na maioria de países da OCDE.

E o que se decidiu na década passada para fazer os regimes convergir respeitou as medidas (aumento da idade da reforma, penalização das reformas antecipadas, etc.) e a estratégia habitual de estender o processo no tempo, protegendo as expectativas dos trabalhadores próximos da reforma.

No mundo civilizado, os sistemas de pensões reformam-se para o futuro e com impactos a longo prazo - e não alterando das regras que, fixadas no passado, regem o cálculo das pensões actuais, como propõe fazer o Governo.

Deixemos de lado a provável inconstitucionalidade da proposta e o seu terrível efeito sobre a economia, e centremo-nos numa questão (i) política e noutra (ii) sociológica.

(i) Esta ENGENHARIA LEGAL é mais própria dos regimes DITATORIAIS do que das democracias liberais.
Onde aqueles se alimentam da constante incerteza e ameaça do uso da retroactividade em nome de um valor absoluto de "justiça",
as segundas fazem da segurança jurídica um princípio basilar da relação entre o cidadão e o Estado.
Ora, o modo como se faz "justiça" - como se a expropriação dos rendimentos do trabalho passado fosse aceitável desde que afecte apenas antigos servidores do Estado - não é uma mera formalidade,
sobretudo quando as condições de que beneficiam os actuais pensionistas foram fixadas no passado por governos democráticos, no respeito da lei e das expectativas dos cidadãos.

(ii) Em todos os inquéritos, os portugueses revelam baixos níveis de confiança nos órgãos de soberania e no Estado.
Uma medida destas aprofundaria um problema que corrói tanto a qualidade da democracia como a capacidade da economia prosperar.
Claro que, para os INIMIGOS do ESTADO SOCIAL, ela tem um amplo potencial, porque transmite aos actuais trabalhadores a mensagem de que a sua pensão não está garantida por um Estado prepotente, e que mais vale descontar para fundos PRIVADOS

Quem se regojiza com isto brinca com o fogo:
este é um daqueles momentos em que os ideais de Estado de direito, de Estado social, e de democracia liberal são defendidos ou ATACADOS em conjunto.»

[DE], Hugo Mendes.


De Estado de Mal-Estar (em Portugal e U.E.) a 15 de Maio de 2013 às 09:40
ESTADO DE MAL-ESTAR

Na página virtual da revista brasileira de grande circulação CartaCapital , acaba de ser publicado o texto que a seguir transcrevo, cujo conteúdo fala por si. Para além disso, vê-se a que vozes portuguesas é atribuída credibilidade no Brasil. Em título destacado, sublinha-se que o “Sociólogo português diz que
Europa criará "Estado de Mal-Estar" “ .
Logo de seguida, ainda em texto destacado, continua-se: “Boaventura de Sousa Santos, diz que o continente está virando “um miniatura do mundo, com países de primeiro, segundo e terceiro mundos” .

“A crise econômica está fazendo a Europa deixar de ser o continente em que as políticas sociais diminuem os efeitos das DESIGUALDADES ao conjunto da população.
“Querem criar o Estado de Mal-Estar na Europa”, critica Boaventura de Sousa Santos, o sociólogo português mais conhecido no Brasil, fazendo referência ao antigo Welfare State [Estado de Bem-Estar] criado na Europa, a partir do final da 2ª Guerra Mundial (1945).
Segundo Boaventura, a Europa está deixando de ser um continente de primeiro mundo para tornar-se “um miniatura do mundo, com países de primeiro, segundo e terceiro mundos”.
Ele se refere ao EMPOBRECIMENTO de alguns países e a falta de proteção aos cidadãos, como acontece em Portugal, na Espanha e na Grécia, mas com reflexos em todo o continente.
Para o sociólogo, o modelo de governança da União Europeia esvaziou-se e o projeto está DESFEITO de forma irreversível.
Ele atribui ao “neoliberalismo” os problemas enfrentados pelo continente, como o desemprego.
“Esta crise foi criada para DESTRUIR o trabalho e o valor do trabalho”, disse, ao encerrar em Lisboa um colóquio sobre mobilidade social e desigualdades.
Conforme os dados do Eurostat, há 26,5 milhões de pessoas DESEMPREGADOS nos 27 países.
Para o sociólogo, parte das demissões ocorre por alterações nas regras de contratação.
“Mudam os CONTRATOS de trabalho, mas não mudam os contratos das PPPs”, disse se referindo às parcerias público-privadas contratadas entre governos e companhias particulares para a exploração de serviços como concessionários ou de infraestrutura.

Além da inflexão na economia e no plano social, Boaventura assinala transformações políticas, como o ESVAIZAMENTO do poder decisório dos parlamentos, e dos lugares de “concertação social”, como os portugueses chamam os conselhos e pactos criados para diminuir conflitos entre empresários, trabalhadores e governo.
Na opinião do sociólogo, em vez dessas instâncias, se IMPÕE a vontade dos credores externos, como acontece em Portugal, segundo ele, por causa da Troika (formada pelo Fundo Monetário Internacional, o Banco Central Europeu e a Comissão Europeia).

Boaventura Sousa Santos diz que a ação direta da Troika leva à imobilidade do governo e questiona a racionalidade dos cortes dos gastos sociais que estão sendo feitos.
Na Assembleia da República, o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, disse que haverá convergência das pensões e aposentadorias de ex-funcionários públicos e ex-empregados privados.
O chefe do Executivo português afirmou que não é uma opção ajustar a economia e mudar direitos adquiridos. “O país tem que ajustar”, defendeu
A oposição critica, diz que a medida é INCONSTITUCIONAL, e reclama do governo por tratar a austeridade como inevitável.
De acordo com o secretário-geral do Partido Socialista, António José Seguro, em menos de dois anos de mandato de Passos Coelho 459 mil empregos foram cortados - quase a metade dos 952,2 mil desempregados contabilizados em março.”


De .desGoverno bárbaro: REVOLTEM-SE !. a 17 de Maio de 2013 às 10:16
OS BÁRBAROS NUNCA EXISTIRAM

POR FAVOR… REVOLTEM-SE !
NÃO TEMOS OUTRA ALTERNATIVA.

vejam em:
https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=InQZRp5NFks#!

Reis Novais sobre a "selvajaria" (-Jugular.) do desGoverno deste país em querer ARRASAR a Admin. Pública.




De .CULPADOS ?! -DesGov. e desAdm.Púb. a 17 de Maio de 2013 às 10:41
: A culpa toda é dos Funcionários Públicos !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Sim, a culpa da crise é dos funcionários públicos!!!!

Sim, a culpa da crise é do funcionário público Vítor Constâncio que não viu, ou não quis ver o buraco do BPN;

Sim, a culpa da crise é do funcionário público Teixeira dos Santos que não viu, ou não quis ver o buraco da Madeira;

Sim, a culpa da crise é do funcionário público Alberto João Jardim que criou "às escondidas para os do continente não cortarem nas tranches" um buraco de seis mil milhões de euros;

Sim, a culpa da crise é dos funcionários públicos da Assembleia da República que auferiram só em ajudas de custo no ano de 2010 a módica quantia de três milhões de euros, fora os salários e demais benefícios;

Sim, a culpa da crise é dos funcionários públicos que gerem, continuamente, em prejuízo as empresas públicas como a Metro do Porto, CP, ANACOM, REFER,REN, CARRIS, EDP, PT, Estradas de Portugal, Águas de Portugal,... a lista é interminável, mas não abdicam das viaturas topo de gama, telemóveis, talões
de combustível... enfim a lista é interminável;

Sim, a culpa da crise é dos funcionários públicos das Juntas de Freguesia e Câmaras Municipais que ganham por cada reunião assistida;

Sim, a culpa da crise é dos funcionários públicos da Assembleia da
República, já reformados, com as suas subvenções vitalícias por meros 6 anos de "serviço". Reformados alguns com apenas 40 anos de idade! Quantos são desde 1974? Enfim, a lista é interminável.

Sim, a culpa da crise é dos funcionários públicos que presidem fundações como a Guimarães 2012 com salários imorais, na ordem dos milhares de euros.
Quantas são? Enfim, a lista é interminável;



Sim, a culpa da crise é dos funcionários públicos que adjudicam pareceres jurídicos a empresas de advogados, quando podiam solicitar o mesmo serviço às Universidades, pagando dez vezes menos, ajudando dez vezes mais as finanças das mesmas;

Sim, a culpa da crise é dos funcionários públicos que adjudicaram obras permitindo as famosas "derrapagens financeiras". E quem paga? É o Estado!

Etc., etc., etc..

Sim, a culpa da crise é desses funcionários públicos, e não dos funcionários publicos que trabalham arduamente para alimentar estes pulhas!!!!!!!!!!

Carlos Couto, funcionário público,

O pagador de impostos.


De .NEPOTISMO: Boys/Girls de 'Mérito'. a 17 de Maio de 2013 às 10:55
15 de Maio de 2013
Assunto:
Os BOYS, herdeiros dos subsídios de férias e de Natal

>> Receba e torne a encaminhar. >>
>> É bom que decoremos os nomes.
>>
>> Quem disse que este desgoverno não cria empregos !!
>> Mas "coitados" de alguns que têm um vencimento inferior a outros !!
>> O ministro da economia resolveu esse problema; adjuntos, assessores/especialistas,
>> todos a ganhar por igual um "míseros" 5069,33 euros. !! Ainda não entendi bem para que serve esta gente ao Estado ! serão moços de recados dos ministros ou ajudam-nos a colocar os suspensórios !!!
>>
>> Os BOYS, herdeiros dos subsídios de férias e de natal
>>
ESPECIALISTAS (tão novinhos e já especializados?) saídos de Faculdades onde,
na maior parte delas, o curso é ... equivalente !!!
>> *O curioso desta lista é ver que qualquer um destes Assessores/Especialistas
>> para começo de carreira, a trabalhar para o Estado, vencem mais do
>> que um Coronel das Forças Armadas com mais de 30 anos de serviço!!*
>> e quatro vezes mais que um gerente bancário....
>> *Como é possível acreditar nestes partidos que ocupam sucessivamente
>> os lugares de poder neste pobre País?*
>>
>> *ROUBO DE SALÁRIOS E SUBSIDIOS DE FÉRIAS+NATAL PARA DAR DE MAMAR
>>
>> A ASSESSORES ... DO GOVERNO*
>>
>> Para os esquecidos?. Aqui vai parte da malta do PSD e do CDS que foi ao POTE! Todos à custa dos nossos salários (e da sua redução) e dos nossos subsídios de férias e de Natal!
>>
>> Lista de 29 assessores / adjuntos de Ministérios,
>>
>> todos de idade inferior a 30 anos, havendo 14 "especialistas" com idades entre os 24 e os 25 anos.*
>>ATÉ QUANDO VAMOS PERMITIR ISTO?!*
>>
MAIS UM ATENTADO A QUEM TRABALHA HÁ VÁRIOS ANOS ... E QUE TODOS OS MESES É ROUBADO E FICA SEM SALÁRIOS NAS FÉRIAS E NO NATAL E IMPOSTOS S/ IMPOSTOS....
>>
>> PARA PAGAR A ESTA CORJA DE BOYS, RESTANTES MEMBROS DO GOVERNO E DEPUTADOS, QUE NÃO PAGAM IMPOSTOS, NEM LHES SÃO RETIRADOS DIREITOS!... PORQUÊ?

>>
>> *MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL (2)
>>
>> Cargo: Assessora
>> Nome: Ana Miguel Marques Neves dos Santos
>> Idade: 29 anos
>> Vencimento Mensal Bruto: 4.069,33 ?
>>
>> Cargo: Adjunto
>> Nome: João Miguel Saraiva Annes
>> Idade:28 anos
>> Vencimento Mensal Bruto: 5.183,63 ?
>>
>> MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS (1)
>>
>> Cargo: Adjunto
>> Nome: Filipe Fernandes
>> Idade: 28 anos
>> Vencimento Mensal Bruto: 4.633,82 ?
>>
>> MINISTÉRIO DAS FINANÇAS (4)
>>
>> Cargo: Adjunto
>> Nome: Carlos Correia de Oliveira Vaz de Almeida
>> Idade: 26 anos
>> Vencimento Mensal Bruto: 4.069,33 ?
>>
>> Cargo: Assessor
>> Nome: Bruno Miguel Ribeiro Escada
>> Idade: 29 anos
>> Vencimento Mensal Bruto: 4.854 ?
>>
>> Cargo: Assessor
>> Nome: Filipe Gil França Abreu
>> Idade: 28 anos
>> Vencimento Mensal Bruto: 4.854 ?
>>
>> Cargo: Adjunto
>> Nome: Nelson Rodrigo Rocha Gomes
>> Idade: 29 anos
>> Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 ?
>>
>> MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA (2)
>>
>> Cargo: Assessor
>> Nome: Jorge Afonso Moutinho Garcez Nogueira
>> Idade: 29 anos
>> Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 ?
>>
>> Cargo: Assessor
>> Nome: André Manuel Santos Rodrigues Barbosa
>> Idade: 28 anos
>> Vencimento Mensal Bruto: 4.364,50 ?
>>
>> MINISTRO ADJUNTO E DOS ASSUNTOS PARLAMENTARES (5)
>>
>> Cargo: Especialista
>> Nome: Diogo Rolo Mendonça Noivo
>> Idade: 28 anos
>> Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 ?
>>
>> Cargo: Adjunto
>> Nome: Ademar Vala Marques
>> Idade: 29 anos
>> Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 ?
>>
>> Cargo: Especialista
>> Nome: Tatiana Filipa Abreu Lopes Canas da Silva Canas
>> Idade: 28 anos
>> Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 ?
>>
>> Cargo: Especialista
>> Nome: Rita Ferreira Roquete Teles Branco Chaves
>> Idade: 27 anos
>> VencimentoMensal Bruto: 5.069,33 ?
>>
>> Cargo: Especialista
>> Nome: André Tiago Pardal da Silva
>> Idade: 29 anos
>> Vencimento Mensal Bruto: 5.069,33 ?
>>
>> MINISTÉRIO DA ECONOMIA (8)
>>
>> Cargo: Adjunta
>> Nome: Cláudia de Moura Alves Saavedra Pinto
>> Idade: 28 anos
>> Vencimento Mensal Bruto: 5.069,34 ?
>>
>> Cargo: Especialista/Assessor
>> Nome: Tiago Lebres Moutinho
>> Idade: 28 anos
>> Vencimento Mensal Bruto: 5.069,34 ?
>>
>> Cargo: Especialista/Assessor
...
.


De .Não temos Func.Púb. a mais. a 13 de Setembro de 2013 às 14:57
Não temos funcionários públicos a mais
(-por Daniel Oliveira, 12/9/2013, Arrastão)

O trabalho dos jornalistas não é repetir como factos as opiniões da moda. É verificar nos factos - na medida em que os factos nos podem dar respostas - a veracidade de ideias feitas. E, se necessário, desmontá-las. Umas das ideias feitas mais indiscutíveis em Portugal é esta: temos funcionários públicos a mais. O peso do Estado é insuportável e é necessário reduzir o número de trabalhadores e os encargos com eles. E como se bem torturados os números confessam sempre o que deles quisermos tirar, as provas desta verdade indesmentível acabam sempre por surgir. E se eles não confessam, inventa-se. Ainda me recordo de se dizer por aí que os salários dos funcionários públicos correspondiam a 80% das despesas do Estado, de tal forma a mentira se tornou banal.

Cumprindo a sua função, a RTP fez as contas às despesas do Estado. Não precisou mais do que ir aos números oficiais. Temos cerca de 575 mil funcionários públicos. Menos do que isto, só em 1991. Chegaram, em 2005, a ser quase 750 mil. Desde então não parou de descer. Sem que, no entanto, tenha havido um despedimento coletivo. Ou seja, ao contrário do reza a lenda, Passos Coelho não chegou ao governo e encontrou um Estado que não parava de engordar. Encontrou muito menos funcionários públicos do que cinco ou seis anos antes. Encontrou um Estado que estava a emagrecer há algum tempo. Pela mão do despesista Sócrates. Que, com exceção daquele aumento em ano de eleições, não se pode dizer que tenha tratado os funcionários públicos bem.

Os funcionários públicos representavam, em 2008 (quando eram mais do que hoje), 12,1% da população ativa. A média dos 32 países da OCDE é de 15%. A Dinamarca e a Noruega aproximam-se dos 30%. Abaixo de nós está, para estragar a dimensão europeia deste mito, a Grécia.

Mesmo assim é insustentável. Porque nós não produzimos a riqueza dos dinamarqueses ou da generalidade dos europeus. Bem, o peso dos vencimentos dos funcionários públicos, em Portugal, em relação à riqueza produzida é inferior à média da UE e da zona euro. 10,5% em Portugal, 10,6% na zona euro, 10,8% na União Europeia, mais de 18% em países como a Dinamarca ou a Noruega. Repito: estamos a falar de percentagens relativas ao PIB. Ou seja, dizer que os outros têm mais capacidade para comportar esta despesa não faz qualquer sentido.

Esta é uma das coisas que mais me perturba nesta crise: a repetição ad nauseam de verdades absolutas que os números e os factos desmentem. Não, o peso do Estado português, ou pelo menos os custos com os seus funcionários, não é incomportável para a riqueza que produzimos. Haverá racionalidade a acrescentar à gestão de pessoal do Estado. Haverá desperdício. Mas nem há funcionários públicos a mais nem eles ganham acima do que a nossa produção de riqueza comporta. Os nossos problemas, no Estado, no privado e na nossa integração europeia, são outros. Os funcionários públicos são apenas o bode expiatório de políticos incapazes de enfrentar os atrasos estruturais do País. E um saco de pancada para quem aposta em virar trabalhadores do privado contra trabalhadores do público para assim não pôr em causa os verdadeiros privilégios instalados.

Publicado no Expresso Online


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