Quinta-feira, 23 de Maio de 2013

 Esquerda ensaia frente global com Aliança Progressista Partidos ou sindicatos da área democrática, social-democrata, socialista ou trabalhistas lançam amanhã movimento mundial. -Público, 21/5/2013.

           Seguro ao lado de Rubalcaba e Almunia em Madrid, sábado, para diálogo sobre Europa  organizado pelo Grupo da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas no Parlamento Europeu (S&D) e pelo Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE).

    O encontro - o primeiro dos diálogos políticos promovidos pelo PSOE antes da Conferência Política do partido, marcada para outubro próximo - conta também com a presença de Alfredo Pérez Rubalcaba, líder socialista espanhol e Javier Solana, ex-alto representante para a Política Exterior.
    Joaquin Almunia, vice-presidente da Comissão Europeia, Harlem Désir, primeiro secretário do PS francês e Felipe González, ex-presidente do Governo espanhol, estão também entre os intervenientes do encontro, que decorre na Casa da América.
    Os propósitos essenciais da conferência de sábado serão detalhados num encontro informativo marcado para sexta-feira, na qual participam os deputados socialistas Ramón Jáuregui, diretor de conteúdos políticos da Conferência Política do PSOE e Juan Moscoso del Prado, interveniente do Diálogo sobre Europa.
    Numa nota remetida à Lusa, o PS explica que António José Seguro foi convidado pelos socialistas espanhóis para falar sobre o futuro da Europa, a opção federal e as propostas para a saída da crise.  A união política europeia, tema sobre o qual intervirá Seguro, “crescimento e emprego” e “união social e democracia na Europa”, são os aspetos centrais da agenda da conferência de sábado.
    Declarado apoiante do federalismo europeu, Seguro defendeu na recente reunião da Internacional Socialista, em Cascais, um novo Tratado da União Europeia, postura vincada também no chamado “Documento de Coimbra”, aprovado no domingo passado pela Comissão Nacional do PS.
    “Este novo Tratado Europeu deve acolher, sem ambiguidades, a governação política e económica europeia (instituições, competências e instrumentos) e mais democracia (responsabilização política, através de eleição directa, dos principais decisores europeus)”, refere o documento.
    A par do novo tratado deverá ser aprovado um novo orçamento europeu “com dotação superior à existente (cerca de 1% do PIB) através de receitas próprias, com base no federalismo fiscal”, defende.
    “Um orçamento com mais recursos permite a adoção de políticas anti-cíclicas (necessárias para a saída da crise), o desenvolvimento económico (através de investimento reprodutivo), elimina os vetos aos países em dificuldades e põe fim aos ‘folhetins confrangedores’ para aprovação dos orçamentos da UE, como estamos, infelizmente, a assistir”, nota ainda.
    No texto de Coimbra, os socialistas consideram que “Portugal deve reafirmar a sua opção europeia, quer como membro da União, quer como membro da zona euro”, o que “exige ter um pensamento claro quanto ao que deve ser a Europa e que papel deve Portugal desempenhar no seio da União”.
    “Ao contrário do Governo que se comporta como um bom aluno, sem voz própria, aceitando e executando tudo o que a liderança europeia lhe transmite, o PS entende que, mesmo num quadro de assistência financeira externa, Portugal deve pugnar, de forma ativa, por uma União Europeia das pessoas que seja capaz de responder aos seus problemas concretos, de que o desemprego é o mais urgente”, refere o documento.
     O PS defende que a par de políticas orçamentais nacionais se deve caminhar para uma política económica europeia, combatendo as “ambiguidades” e evitando “a narrativa de punição moral” do atual clima de “egoísmos nacionais”.
    “Basta de ambiguidades, em que a Europa se entretém desde o início da década de noventa do século passado. É preciso fazer escolhas”, sublinha o documento que considera que “a Europa dos Governos deve dar lugar à Europa das Pessoas e dos Estados”.

.  Aleida, filha de Che Guevara, pede á Esquerda Europeia para se Unir Contra o Neoliberalismo! que está destruindo as conquistas da luta da classe trabalhadora" e apelou á sociedade para mostrar Solidariedade com o Terceiro Mundo. ...Unir é uma Palavra Muito Importante, que se perdeu na Europa. A Esquerda foi fragmentada em pedaços. A Esquerda Desunida não está a funcionar!”. ... "A velha Europa tem de perceber que os tempos estão mudando. A Política Neoliberal está destruindo os países. É a privatização da Educação e da Saúde Pública. As conquistas Sociais Históricas dos Trabalhadores, que se estão a perder".   [- Plataforma de esquerda, 22-05-2013]

 "...  homens como Vitor gaspar, Carlos Moedas ou António Borges não se trata de incompetência. Trata-se de uma agenda politica e ideológica bem definida, voltada para atingir os fins de cobrar a dívida portuguesa para não prejudicar os Grupos Financeiros de que eles são agentes, suceda o que suceder ao povo e á economia portuguesa. Os falhanços dos sucessivos indicadores mostram que essa agenda está desfasada da realidade e da resistência dos povos, mas os títeres que seguem a agenda não deistem facilmente, porquer o falhanço dessa ideologia em Portugal será desastroso para o status quo da especulação financeira mundial. "
     M. Alegre ao Jornal i (18/5/2013) :   o sonho neste momento está transformado em pesadelo. ...é necessária uma ruptura.
... Neste momento ...somos um país ocupado, esta situação de resgate em que estamos põe em causa não só a economia e o Estado social, mas o próprio país. Nunca foi feito um referendo sobre a Europa. E eu interrogo-me, ouvindo o João Ferreira do Amaral, sobre a forma como a moeda única está a ser utilizada para consolidar a hegemonia alemã, se não será de fazer um dia destes um referendo sobre o euro.
... o projecto europeu levou uma machadada muito grande nos últimos tratados, como o de Maastricht, porque aquilo que ali se consagrou foi uma espécie de constituição ideológica não escrita que nos obriga ao neoliberalismo.
... Neste momento o PS é um partido de oposição que tem de romper com a pior coisa que aconteceu ao nosso mundo que foi o bloco central dos interesses ('o centrão de interesses'). 
... é preciso uma ruptura... e alternativas e a este neo-rotativismo, que historicamente levou à queda da monarquia em Portugal, é fundamental. As pessoas têm de saber que fazem escolhas. Que a democracia é uma escolha e que elas não são monopolizáveis pelos directórios partidários e que significam mesmo políticas diferentes. É necessária uma ruptura em Portugal. 
... as políticas que se estão a fazer vão muito para além do Memorando original que foi assinado. O Memorando foi o pretexto para a troika trazer a agenda política dos credores e para este governo ter o pretexto para fazer o seu programa ideológico. (ultra neoLiberal: privatizar/dar aos oligarcas todos os bens e recursos essenciais deste país, eliminar o estado social, a liberdade e os direitos laborais, subjugar a classe média e os trabalhadores por conta de outrem, transformando-os em servos e alienados sem direitos nem vontade própria...)
 ...este governo quando negoceia com a troika fala do ponto de vista dos interesses dos credores/especuladores, como se fossem funcionários deles. ... ninguém ainda explicou o que é que acontece se a gente disser que acabou o Memorando com a Troika. Ninguém me explicou se é verdade que deixa de haver dinheiro para pagar pensões e salários ou se outras soluções são possíveis. E esta resposta não está clara. 
... Sou do PS a que aderi, que defendia as ideias de um Tito de Morais, de um Zenha e aquelas por que Mário Soares se bateu. ...Agora do PS do bloco de interesses do bloco central não sou. Não sou de um PS integrado numa linha europeia de capitulação com o neoliberalismo, isso não sou. ... Muita gente se sente sem espaço e quer participar, mas muita gente que está disponível para movimentos de cidadãos como foi a minha candidatura e as grandes manifestações do 15 de Setembro reage à transformação dessa dinâmica num partido.
... Mas o problema do sistema não é só as pessoas que estão nos partidos não estarem contentes, mas a maioria da população já não ter nenhuma participação nem sequer nas eleições.
    Temos o privilégio de ter a esquerda mais forte da Europa, mas a esquerda em Portugal não serve para nada. Isso é trágico e um dia destes vai ter consequências na própria democracia. O PC não quer entendimentos, o Bloco diz que sim mas não quer, o PS a mesma coisa. Há uma parte do PS que prefere mil vezes aliar-se à direita a aliar-se à esquerda. Em Caminha para as eleições autárquicas os dirigentes locais dos partidos de esquerda entenderam-se para uma lista, da direcção do BE e do PC veio uma contra-ordem. Acho que não se podem pôr condições a um diálogo. Não se podem impor condições a ninguém: nem o PS vai impor que o PC seja favorável a estar na União Europeia e na NATO, nem o PC e o BE podem pôr como condição que o PS rasgue com a troika.
Não se pode querer um projecto global de sociedade, mas pode-se ter um acordo à volta de alguns pontos concretos em que estamos todos de acordo, como a defesa da escola pública e do Serviço Nacional de Saúde e outra política económica.


Publicado por Xa2 às 07:46 | link do post | comentar

4 comentários:
De "Fome e Abastecim."-28maio FCSH. a 23 de Maio de 2013 às 14:24
Um debate de excelência sobre a fome, a terra, e a crise
(-Maio 23, 2013 por Raquel Varela , blog.5dias.net)

Um painel de excelência para o tema da fome, terra, questão agrária e propriedade.
No próximo dia 28 de maio na FCSH, entrada livre, terá lugar este debate público, numa altura em que alguns economistas falam da hipótese de uma crise de abastecimento geral nos países ricos.

Cabe-me a honra de moderar e lançar para debate as perguntas numa mesa redonda que conta com:

Jonas Duarte, discípulo de Josué de Castro Professor universitário membro do Movimento Sem Terra, do Brasil.
Constantino Piçarra, autor de uma tese sobre a reforma agrária na revolução,
Fernando Oliveira Baptista, ex ministro da Agricultura e Professor Universitário do ISA,
José Lima Santos, também do ISA, e
Isabel do Carmo, médica e
Renato Guedes, físico da Faculdade de Ciências.

Deixo aqui as perguntas que lhes vou lançar no debate, reiterando, em meu nome do Constantino Piçarra, o agradecimento público por terem aceite este desafio.

O que determina o preço dos alimentos?

A especulação tem um efeito assim tão decisivo?

Qual a relação entre padrões alimentares dos trabalhadores e crises económicas?

O que é a renda da terra?

Qual o impacto da restrição no acesso ao crédito no preço dos alimentos?

Qual a relação entre a caridade e o assistencialismo e a gestão de excedentes alimentares?

Pequena e grande propriedade e crise alimentar, qual a relação?

Importamos realmente muitos alimentos?

Qual a fronteira entre segurança alimentar e soberania alimentar?

Podemos viver, com uma nova crise cíclica, uma crise geral de abastecimento?
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De .Estado Social, Democracia e Desenvolvim a 23 de Maio de 2013 às 15:28
Estado Social, Democracia e Desenvolvimento
(-por Nuno Serra, 23/5/2013, Ladrões de B.)

«O alvo dos cortes redobrados é o ESTADO.
Não o Estado (dos tachos, leis e decisões) capturado pelos poderosos e posto ao serviço dos seus interesses,
mas o ESTADO SOCIAL.
O Estado que redistribui rendimento, investe na criação de emprego, garante os direitos dos trabalhadores e dos reformados, apoia os mais frágeis, qualifica o país com educação, ciência, saúde, segurança social.
O Estado Democrático de Direito. O Estado que garante os direitos humanos.
O Estado que pode e deve capacitar a sociedade com uma administração pública competente, desenvolver as infraestruturas coletivas, conceber estratégias, apoiar iniciativas individuais e coletivas, ajudar a economia e defender a posição internacional do país.

Claro que é preciso cortar nas gorduras.
Cortar nas RENDAS ILEGÍTIMAS, nos maus investimentos, nos juros e na dívida.
Mas o Estado Social não é gordura.
É o músculo de que o País precisa para se reconstruir, depois da devastação causada pela austeridade.
E não se trata apenas de defender o Estado Social que temos, trata‐se de o robustecer e transformar.
O Estado Social é o alicerce de uma ALTERNATIVA política à austeridade e ao EMPOBRECIMENTO.» (da maioria, a favor do super enriquecimento de uma minoria, de oligarcas e administradores de grandes empresas).

Excerto do texto final de Resolução da Conferência «Vencer a crise com o Estado Social e Democracia», promovido pelo Congresso Democrático das Alternativas e que teve lugar no passado dia 11 de Maio no Fórum Lisboa.


De .+ HUMANISMO, -"empreendeDOR"/exploraDOR a 23 de Maio de 2013 às 14:56
Quem e porquê promove o DESEMPREGO ?
(-Maio 22, 2013 por Renato Teixeira )

O Martim não teve o monopólio da ignorância, naquele que já é, seguramente, o debate do «Prós e Contras» mais discutido dos últimos tempos. No vídeo acima, tal e qual como escreve a Marta Madalena Botelho, do P3, fica claro que “empreendedores há muitos, humanistas é que nem por isso”.
Chapeau!
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Empreendedores há muitos, HUMANISTAS é que nem por isso
(-por Marta Madalena Botelho • 22/05/2013)

O que me espanta é que haja quem aplauda o que foi dito pelo empreendedor de 16 anos.
Não pode arrogar-se o título de "empreendedor" aquele que EXPLORA o seu SEMELHANTE num sistema que pouco difere do trabalho FORÇADO e da ESCRAVATURA.
...
ganham o ordenado mínimo e, por isso, estão melhor do que estariam se estivessem desempregadas.
Não me espanta, porque um garoto de 16 anos ainda está na fase de se achar "a última batata frita do pacote" e de dizer parvoeiras que significam que
ele se está nas tintas para o valor do trabalho alheio e que não tem a menor noção do
tremendo disparate que é achar que, só porque estamos em crise, é melhor o "muito mau" do que o "péssimo", mesmo que isso ponha em causa princípios fundamentais e direitos humanos.
E também não me espanta porque ainda há dias foi noticiado como positivo pelos nossos media o facto de um restaurante espanhol pagar o trabalho dos seus empregados com comida, achando o dono do negócio que com isso desempenhava um importante papel de ajuda àquelas pessoas num momento de crise.
Aliás, os próprios empregados achavam a ideia óptima (bem melhor do que passar fome), tal como os clientes, que não viam problema algum no facto de alguém estar a enriquecer à custa de trabalho prestado em troca da mais elementar necessidade de sobrevivência do ser humano, a alimentação, aproveitando-se da conjuntura económica e social de um país em que os números do desemprego ultrapassam os 30% e os do desespero ultrapassam muito mais.
O que me espanta, confesso, é que haja quem aplauda.
...
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o desemprego serve justamente para isto. Serve para se legitimar o mal menor, isto é, a miséria. Desemprego é, numa palavra, criação de um exército de desesperados dispostos a trabalhar a qualquer preço – é esse o programa da troika, numa frase. A alternativa que não ocorreu a DO e SL, é lutar por salários dignos, mas isso, claro, doi, porque implica mexer nos lucros e o paraíso keynesiano é aquele – inexistente – onde salários e lucros crescem juntos.

Folgo em saber que além do José Manuel Fernandes, do Millenium BCP e de um site de anúncios, o vídeo do puto que importa camisolas da China foi amplamente divulgado por um site que apela à emigração, isto é, à exportação de mão de obra a troco de remessas, que também faz parte do programa do Governo. Todos uns empreendedores.

“ganhar o salário mínimo é melhor do que estar desempregado, estar no gulag é melhor do que estar morto, ser português é melhor do que ser somali, viver na brandoa é melhor do que viver em damasco, lavar casas-de-banho é melhor do que trabalhar em desminagem, ter um marido ciumento é melhor do que ser mulher em kandahar, ser insultado pela maria teixeira alves é melhor do que ser espancado por um skin, viver na carregueira é melhor do que estar preso no carandiru, viver com o passos coelho é melhor do que viver com dois pais, digamos um mobutu e um mugabe (há correntes), estar a recibos verdes é melhor do que ser escravo na Mauritânia vestir uma blusa over it é melhor do viver numa dama de ferro. Espero que o miúdo passe factura das vendas na internet.”

Do Pedro Vieira.
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Se trabalhar pelo salário minimo é melhor que estar no desemprego;
trabalhar por um prato de comida também é melhor que o desemprego; ... e
trabalhar como escravo também é melhor que ser ... cozido de antropófagos.!!!
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Março 2013: Dívida 2pública" atinge os 127,3% do PIB. !! ... Se tivesse atingido os 20% era pior...
ou

...Foi atropelado mas só partiu um braço, uma perna, ... mas dê graças (não se REVOLTE, nem faça queixa dos RESPONSÁVEIS ) porque podia ser muito pior ...

... Estas atitudes e ideias (de CONFORMISMO com a selvajaria do ultra-neoliberalismo ) têm que ser DENUNCIADA"


De .Dignidade do trabalho e do cidadania. a 23 de Maio de 2013 às 15:12

O menino e a doutora
(- Maio 22, 2013 por António Paço)

... em defesa do Estado social, do emprego, da dignidade de quem vive do seu trabalho, contra a emigração como ‘solução’. ...

... a «desfazer» de uma penada toda a argumentação de RV.. E é ver a hostilidade contra a ‘doutora’ (contra o conhecimento e o trabalho sério) que para aí vai destilada
por esta direita ignorante, carroceira e chico-esperta, esta direita que deu ao mundo Relvas e Passos Coelho, esta direita que comanda um país com uma taxa de emprego de doutorados pelos nossos «empreendedores» de 2,6% (contra, por exemplo, 34% na Holanda ou Bélgica – Relatório da FCT citado pelo DN, 13-5-2013).

Mas que disse, afinal, o menino Martim, transformado em campeão da campanha de propaganda da direita:
que mais valia ganhar o salário mínimo do que estar desempregado. E isto mereceu aplausos na sala!
E que nos revela a ‘sabedoria’ precoce do Martim?
Que o desemprego de 1,4 milhões de portugueses não é uma infelicidade, um triste acaso – ele serve mesmo para nos fazer aceitar salários inferiores a 500 euros e achar que podia ser pior.
E não se pense que não existe uma base social relativamente alargada para estas ‘ideias’ bárbaras. Existe, sim.
As dondocas que exploram uma loja num centro comercial que só é viável graças a salários inferiores ao salário mínimo (com a desculpa que são part-times, por exemplo).
Os «empreendedores» chicos-espertos do import-export que mandam vir uns contentores de roupa ou de artigos de desporto, por exemplo, da China, da Índia ou da Indonésia e os vendem dez vezes mais caros.
Nenhuma desta gente produz seja o que for, mas vão-se safando na vida à custa dos outros.
A base social deste governo é feita em boa medida de gente assim, que, claro, são adeptos fanáticos do salário mínimo de 485 euros.

Falemos um pouco mais do «empreendedorismo». Este empreendedorismo que nos vende o governo e a direita é uma coisa muito diferente da iniciativa e do trabalho árduo.
No debate do Prós e Contras, a iniciativa e o trabalho árduo estavam representados pela Raquel Varela, que trabalha muito mais horas do que devia, já publicou seis ou sete livros e nem eu sei já quantos artigos em revistas científicas (com avaliação pelos seus pares) e acabou de ser reeleita a semana passada, por unanimidade, presidente de uma associação internacional de 34 instituições académicas de muito prestígio.
O ‘empreendedorismo’ do governo e da direita não é mais do que uma alcunha miserável para a expulsão de trabalhadores das empresas e a PROLETARIZAÇÂO das camadas médias.

São trabalhadores despedidos que passam a ser formalmente empresários, mas na verdade continuam dependentes – muitas vezes, senão quase sempre – das próprias empresas que os despediram e passam a não ter nenhuma da protecção social que antes tinham:
tornam-se únicos responsáveis pela sua segurança social, deixam de poder estar doentes, de poder tirar férias…
São os proprietários de pequenos negócios (restaurantes, empresas de serviços dos mais diversos matizes…) que mais não fazem do que explorar a sua força de trabalho e a da sua família, em micro-empresas onde o capital circula mas não se acumula.
É quase mais fácil ganhar o euromilhões do que ver um deles sair da POBREZA.

A dúvida mais importante que me fica depois destes espectáculos é:
por quanto tempo mais vamos aturar que o governo desta gente continue a destruir-nos, a nós e ao país?

É que quanto mais dilatado for esse tempo, mais demorado será reconquistar para a vida CIVILIZADA tudo aquilo que eles têm vindo a destruir.


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