Cavaco, Passos, Gaspar, Portas e muitos mais que por tais lugares passaram têm vindo a criar condições para que Portugal se torne numa SOCIEDADE DE ESCRAVOS E MENDIGOS. A geração grisalha é para acabar, os outros irão a seguir.
Depois de morto o Estado, depois de destruído o “Contrato Social”, depois de anulada a democracia, depois de enterrada a cidadania só restará o regresso à escravidão e a exclusão social.
Entre a desumanização da sociedade e o pensamento platónico da existência humana situa-se a hipocrisia organizativa que serve alguns e explora a maioria.
Há cada vez mais habitantes no planeta que sem cana para pescar se vêm obrigados a mendigar o peixe que lhes foi roubado. E as sociedades criam, paulatinamente, as chamadas almofadas caritativas que não resolvendo a questão de fundo entretêm o pagode para que este se não revolte. As igrejas/religiões (quase) sempre ao serviço dos poderosos estão na linha da frente desse “para-choques” social.
Assim, por mais que se encha a boca com ele nenhum Deus nos salva se não nos salvamos a nós próprios, tanto no plano individual como colectiva e universalmente.
Desumanizado o Homem, fica desumana a sociedade. Por mais peditórios que se façam, por mais associações caritativas e misericórdias “mendicantes” que se criem não deixará de se aprofundar a queda da sociedade, na imparável e contraditória hipocrisia de uns possuírem cada vez mais bens enquanto a maioria é empurrada para a margem da vivencia com dignidade natural.
Entre a brutalidade da especulação financeira, a concentração da riqueza e o exército de espoliados fica a caridade que muito atenua e nada resolve, evita o rompimento do “statu quo” enganador de que “os pobres hão-de um dia alcançar o reino dos céus”.
Enquanto continuarmos a aceitar, platonicamente, que a existência do Homem não é neste mundo e que haveremos de reencarnar um dia, vamos sendo tornados escravos de ditadores que com tais dogmas vão enganando o povo ao mesmo tempo que nos exploram e nos roubam a produção e a criatividade.
O Homem, assim entendido, não será compreendido como um ser natural e socialmente humanista nem assumirá, em toda a sua plenitude, um espírito territorialmente responsável e responsabilizador. É aqui, no local que habitamos e com as circunstâncias que nós e os que nos rodeiam formos capazes de construir, que criamos céus e infernos. O inferno que urge vencer, nos tempos que correm, é o da globalização, da especulação e do roubo.
Todas estas coisas não se conseguem nem por decreto (seja ele civil ou canónico) nem mantendo os iguais comportamentos que a humanidade tem mantido, ao longo dos séculos.
Como dia Agostinho da Silva “se a evolução tecnológica permitiu ao Homem criar escravos que lhes não colocam problemas de consciência porque é que esse mesmo Homem persiste em fazer de escravos outros homens?”
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