Irei esmifrar-te até ao túmulo
(-por Sérgio Lavos, 15/9/2013, Arrastão)
Hélder Rosalino, o secretário de Estado da Administrição Pública, representa na perfeição a súcia de amanuenses SEM ESCRÚPULOS que está a executar as políticas de empobrecimento do país.
Alguém que faz olhando para os números, contabilizando cortes sem pensar em quem os sofre, sabendo que quando voltar ao seu gabinete de funcionário do Banco de Portugal tem uma situação de excepção à sua espera, desde o vencimento que aufere ao regime de pensões de que é beneficiário - estas não terão cortes com a lei do Governo.
[- o outro SEAdmPúb., do gov. Sócrates, que 'abriu a porta à desgraça' com o SIADAP e a 'Mobilidade especial' para o desemprego - também se segurou com um 'intocável' tacho/promoção a lugar de juíz no T.Contas !!! ]
É errado julgarmos moralmente os actos políticos dos nossos adversários, como não se cansam de repetir os defensores destas políticas de direita?
Muito pior é que esses actos políticos levem à miséria de forma amoral, sob a capa de necessidades tecnocráticas e "porque tem de ser".
Quando as decisões políticas ignoram de forma ostensiva quem vai sofrer com as consequências dessas decisões, quando a política se torna DESUMANA a ponto de ser mais importante pagar uma dívida a uma instituição financeira estrangeira do que a pensão a um velho, entramos noutro território.
Julgarei moralmente qualquer um que corte a pensão a um reformado de 90 anos.
É isso - também - que me torna humano.
Irei esmifrar-te até ao túmulo
(-por FERREIRA FERNANDES, DN, 16/9/2013 - 60 comentários)
Gota que fez transbordar o copo... Estou assim. E o abuso que sinto é este: 90 anos. Diz o governamental Rosalino das pensões:
antigo funcionário que, com 90 anos, ganhe 1050 euros vai ter um corte de dez por cento.
A medida não é de perseguição aos nonagenários, é geral, para baixar as pensões da função pública, estamos com a corda na garganta - dizem eles, e eu calado, estou cansado e não me apetece alimentar mais uma discussão.
E é então que é dito: quem aos 90 anos ganha 1050 euros vai ter um corte de dez por cento.
Reparem, já antes fora dito que, a aposentado de 70 anos que ganha 601 euros, a miséria de 20 euros por dia, lhe vão apagar três dias de vida.
Os dados soavam-me difusos, os últimos três anos de crise anestesiaram-me para discussões com números.
Continuaram com a lengalenga dos cortes e que aos 80, quem ganha 751 euros, tiram-lhe 75. E eu calado.
Foi então que o Rosalino das pensões disse:
"E aos 90 anos..."
Saltou-me a tampa e o Rosalino passou a ser de pensão rasca e sem águas correntes.
Não, não se pode tocar nos de 90 anos! Porque não, porque tudo tem um limite.
Nenhum contabilista tem o direito de assustar um homem de 90 anos e dizer-lhe que os seus 1050 euros são demais e tem de ficar sem 105 euros.
Nenhum contabilista, sobretudo um Hélder Rosalino que, passado o Governo, volta para o seu Banco de Portugal, onde se especializou naquilo que esse hotel de 5 estrelas tem de melhor, os seus planos de pensões.
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