António Aleixo escreveu que “uma mosca sem valor poisa com a mesma alegria na careca de um doutor como em qualquer porcaria …”. Ora é uma questão de moscas e porcaria, está visto.
Estas palavras vieram-me à memória quando ouvi que o governo, para se limpar (ele e os que lhe antecederam visto que a doutrina continua a mesma, só que cada vez mais grave) tentou afastar as moscas, perdão os administradores (parece que se recusam apresentar a demissão conforme lhes foi sugerido pelas tutelas) das empresas públicas que estão metidas nos negócios das swaps, sobretudo do sector dos transportes.
É mais um caso em que as moscas, perdão os gestores não mudam, circulam, são sempre os mesmos, tal qual os políticos que os nomeiam. Tanto uns como outros, só e apenas, se revezam nos lugares.
O caso em apreço deriva, tão somente, do excessivo endividamento das respectivas empresas. E porque é tão elevado esse endividamento?
Todos deveríamos saber, se não tivéssemos andado tão distraídos. Os partidos políticos necessitam de financiamento e todos (uns com mais outros menos) receberam, por parte dos empreiteiros e fornecedores destas empresas públicas, as suas fatias do bolo despesista.
Acresce que os dois maiores partidos (os do arco da governação) sempre gostaram de fazer inaugurações em vésperas eleitorais.
A comissão de inquérito da Assembleia da República, agora empossada pela respectiva presidente, é outro embuste. Eles próprios deveriam ser afastados, dado que não fizeram o que lhes competia que era fiscalizar, em tempo útil, os procedimentos gestionários e as autorizações/ordens emanadas da tutela para as empresas gastarem e pedirem empréstimos bancários.
O povo põe-se a jeito, anda distraído e por isso é/somos enganados vezes sem conta e sucessivamente.
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