Horta do Monte: Testemunho de um dos feridos e fotos da destruição
Armand Munoz foi das vítimas da agressão policial que teve lugar esta manhã durante a destruição da Horta do Monte, promovida pela Câmara Municipal de Lisboa. Após ter sido assistido no hospital, necessitando de pontos na cabeça, relatou ao esquerda.net como tudo se passou.
Armand Munoz “estava a levar as suas filhas à escola” quando recebeu uma mensagem de telemóvel informando-o de que as máquinas estavam a destruir a Horta. Quando chegou ao local, “por volta das 7h30, as máquinas já tinham destruído a Horta do Monte e estavam talvez cinco pessoas” ligadas ao projeto comunitário no local. Pouco depois chegaram mais pessoas, sendo que, no total, não seriam mais de dez.
Segundo descreveu ao esquerda.net, foram feitas várias tentativas no sentido de solicitar à Polícia Municipal o despacho que autorizava a intervenção, contudo, os agentes policiais negaram o acesso ao documento, argumentando que seria necessário “dirigir um requerimento à Câmara para esse efeito”. “Apenas um polícia municipal se encontrava identificado”, referiu.
“Enquanto me encontrava fora da cerca que foi montada pela Polícia Municipal à volta da Horta, uma amiga começou a tirar fotografias com o telemóvel”, relatou Armand Munoz, avançando que a representante da CML presente no local rapidamente se deslocou para fora do perímetro da cerca, em direção ao passeio, onde se encontravam. Tentando acalmar os ânimos Armand Munoz colocou-se em frente da sua amiga, sendo alvo de um encontrão por parte da representante camarária.
Apesar de constantemente apelar à calma, Armand Munoz acabou por ser vítima de um novo empurrão, por parte de um agente da Polícia Municipal, acabando por bater com a cabeça no chão. A sua amiga levou duas bastonadas. "Todas as agressões tiveram lugar no passeio, fora da cerca montada pela Polícia Municipal", assegurou. [Esquerdanet]
Fotos retiradas do facebook de Cátia Maciel:
Fotos de Alex Mogly:
De Adão Santos a 25 de Junho de 2013 às 18:21
Estou ENVERGONHADO E REVOLTADO tomaram conta do pais e qual PIDE qual quê? A PIDE para evitar a revolta "trabalhava" às escondidas, agora tal é a confiança na impunidade que não se escondem de ninguem!! TOMA TUGA... TU GOSTAS...
De Maria Luisa das Neves Silva a 25 de Junho de 2013 às 18:22
Destruir é fácil,não terá a CML mais que fazer do que acabar com esta horta?
Os movimentos associativos e de criação não podem ter expressão?
Não estaremos numa confusão de atitudes, veja-se o despropósito das medidas policiais, que tal garantir a segurança das populações e ajudar aqueles que precisam na mobilidade pela cidade.
Porque não passear por Lisboa e gastar energias na reconstrução de espaços da cidade. Podem vir ao Campo Grande e trabalhar, na parte Sul, Tem muito para destruir e construir.
De São todos iguais a 25 de Junho de 2013 às 18:47
É verdade que a tendência natural do ser humano é resistir às mudanças. É, todavia, mais verdade ainda que os políticos são quase todos iguais quando se encontra no exercício do poder e quando estão na oposição.
Na oposição é tudo falinhas mansas e boas vontades. prometem o que podem e o que sabem não poder cumprir. quando ascendem ao exercício do poder mentem descaradamente e usam da força bruta para atingir os seus intentos e nem se acham no dever de dar explicações a quem os elegeu. É assim nas freguesias, nos municípios, na Assembleia da Republica, no governo e na Presidência.
Não são palhaços não, os palhaços agradecem as palmas que recebem nos espectáculos que dão e até nos fazem rir. Estes deveriam fazer-nos revoltar mas, ... o pagode é manso!
De Pagante a 25 de Junho de 2013 às 19:23
Entre esta Polícia, que nós pagamos bem caro, e a PIDE, para aqueles que a conheceram, acho que brevemente vamos ter saudade da PIDE.
Como diz o Adão, agora já nem se escondem.
Como quase tudo o que fazem é pago como extraordinário ( o vencimento é só por serem polícias) provavelmente estas saídas aumentam-lhe o ordenado ao fim do mês.
Aposto dobrado contra singelo em como vão ser os primeiros da Função Pública a beneficiarem da excepção ao aumento de horário.
De Zé das Esquinas, o Lisboeta a 26 de Junho de 2013 às 08:01
O que estará por de trás desta ação vergonhosa da CML do dito socialista Costa?
O que faz uma câmara destruir um projeto comunitário de uma horta urbana para a substituir por um relvado? Interesses obscuros?
Alguém sabe esclarecer? Terá alguma coisa a ver com uma nova unidade hoteleira de luxo que em breve abrirá um pouco mais abaixo deste local?
Serão coincidências? Em breve haverá eleições autárquicas. Espero que os Lisboetas e sobretudo os moradores da Graça e Mouraria não se esqueçam deste «lindo» serviço!
Grande fotografia de Inês «tiananmen» Clematis, coordenadora do projeto.!
De Será que todos têm um preço? a 28 de Junho de 2013 às 19:08
Ouvi dizer que tudo estava encaminhado para que o projecto fosse salvaguardado e integrado no conjunto hortícola que ali vai ser construído pela própria Câmara.
O que terá feito mudar a vereação (Sá Fernandes e António Costa) ?
Também ouvi dizer que não será estranha a compra por parte do grande grupo Pestana do palacete ali ao lado.
Haverá por ali mãozinha corrupta sobre autarcas socialistas?
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