De Anónimo a 15 de Julho de 2013 às 10:34
PS
por Miguel Cardina
Das duas, uma:
ou o PS, ao aceitar o repto de Cavaco, vai fingir que negoceia, tomando o povo por parvo;
ou vai mesmo negociar com aqueles que considera não terem já legitimidade para estar no poder.
Se assim for, predispõe-se a indicar como se processará o corte de 4700 milhões - a tal "reforma do Estado" - e qual o itinerário daqui até ao 2.º resgate - que assim ficará "ratificado" por acordos prévios entre o "arco da austeridade", sem passar por essa maçada das eleições (ou levando a que elas ocorram tendo como pano de fundo um "facto consumado").
Finalmente percebi o que significa um "catch-all party
«Não é a pornografia que é obscena.
É a fome que é obscena.» - J. Saramago
Para Manuel Alegre, a decisão do presidente da República pretende colocar dificuldades ao Partido Socialista: "Ao transferir a responsabilidade para os partidos, mete no mesmo saco o PS e os dois partidos da coligação. O objetivo parece ser entalar o PS, pois se este aceitar um compromisso o PS fica amarrado ao Governo e chegará às eleições desgastado. Se não dialogar, será acusado pelo Presidente de virar as costas ao País."
O histórico socialista deixa um aviso a António José Seguro:
"O PS não é o terceiro partido da direita.
Se isso acontecer, será o suicídio político do PS ou desta direção.
Confio na honestidade do secretário-geral, António José Seguro, quando diz que não vai voltar atrás com a palavra."
Recomenda ao PS e a Seguro que se afirmem como alternativa:
" Os portugueses têm que perceber que o PS, para além do seu secretário-geral, tem uma equipa capaz."
Quanto a Cavaco Silva, considera que o Presidente coloca o País sob uma dupla tutela: "A da troika e agora a dele próprio. Só que o Presidente da República não é o tutor dos partidos."
O que deveria ter feito, após a carta de Vítor Gaspar e da demissão de Paulo Portas, era ter convocado eleições.
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