Segunda-feira, 15 de Julho de 2013

         A crise chegou lá a casa.           (-por M.Afonso  em  http://revistaanexo.wordpress.com/ )

    E, de repente, não havia dinheiro nem perspectivas de trabalho.  A miúda chorava ...

 

         “Compromisso  de  salvação  nacional”   ?!          Quem  diria ?   !!

  PS PS   (-por M. Cardina)    Das duas, uma: ou o PS, ao aceitar o repto de Cavaco, vai fingir que negoceia, tomando o povo por parvo;

ou vai mesmo negociar com aqueles que considera não terem já legitimidade para estar no poder. Se assim for, predispõe-se a indicar como se processará o corte de 4700 milhões - a tal "reforma do Estado" -

 e qual o itinerário daqui até ao 2.º resgate - que assim ficará "ratificado" por acordos prévios entre o "arco da austeridade", sem passar por essa maçada das eleições (ou levando a que elas ocorram tendo como pano de fundo um "facto consumado"). Finalmente percebi o que significa um "catch-all party"...

           Uma  ideia  mesmo  perigosa :  aspirar a  melhorar a  vida

    Nasci em (…) A minha mãe morreu quando eu era muito novo e fiquei ao cuidado da minha avó. Cresci na pobreza (relativa) e por várias vezes fui para a escola com buracos nos sapatos. A minha educação foi, no sentido original da palavra, bastante austera. O rendimento familiar consistia num cheque do Estado, mais concretamente numa pensão de velhice, para além das ajudas ocasionais do meu pai trabalhador manual (…) Sou um filho do Estado-Providência e tenho orgulho neste facto.    Actualmente, sou professor ...  - Mark Blyth, Austerity – The History of a Dangerous Idea,...
            É o  tempo  da  corrupção e  das  plutocracias        [Sala Mecenato BES  (ISEG)]
     Veio enfim um tempo em que tudo o que os homens tinham olhado como inalienável se tornou objecto de troca, de tráfico, e podia alienar-se. É o tempo em que as próprias coisas que até então eram comunicadas, mas nunca trocadas; dadas, mas nunca vendidas; adquiridas, mas nunca compradas - virtude, amor, opinião, ciência, consciência, etc. - em que tudo enfim passou para o comércio. É o tempo da corrupção geral, da venalidade universal. - Karl Marx
    ... finjamos que levamos a sério a última cerimónia (de doutoramento honoris causa) e que imaginemos o que o “padrinho” de Salgado, João Duque, terá dito: o Doutor Ricardo Salgado ensinou-nos a fugir com capitais, a reconstruir, a golpes de política, o poder financeiro, a desenhar parcerias público-privadas lucrativas, a capturar políticos e não só, a entrar em conselhos de ministros para fazer valer os seus interesses, a minimizar obrigações fiscais, a beneficiar de ditaduras e de democracias que se parecem com plutocracias, a mandar vir a troika para ajustar contas com o que resta da economia política do 25 de Abril e muito mais.  ...

       Entrevista a Jean-Luc Mélenchon  da Frente de Esquerda (francesa)

 A única maneira de fazer mexer a social-democracia é a outra esquerda ultrapassá-la nas urnas. 

 

14 de Julho de 1789   A Bastilha (forte- prisão política e símbolo do poder absolutista, arbitrário e monárquico-oligárquico) foi tomada pelos cidadãos de Paris há 224 anos (e passou a símbolo da Revolução Francesa, da República, da Liberdade-Igualdade-Fraternidade). O mundo mudou. Levou tempo, mas mudou. E para muito melhor, mau grado todos os avanços e recuos e todos os desvarios da natureza humana que não olham a contextos históricos.  (E as outras «bastilhas», quando cairão?)

 


Publicado por Xa2 às 07:45 | link do post | comentar

20 comentários:
De 'Entalar o PS / não se deixar entalar. a 15 de Julho de 2013 às 15:06
-------- 'Entalar o PS' ...

Para Manuel Alegre, a decisão do presidente da República pretende colocar dificuldades ao Partido Socialista: "Ao transferir a responsabilidade para os partidos, mete no mesmo saco o PS e os dois partidos da coligação. O objetivo parece ser entalar o PS, pois se este aceitar um compromisso o PS fica amarrado ao Governo e chegará às eleições desgastado. Se não dialogar, será acusado pelo Presidente de virar as costas ao País."

O histórico socialista deixa um aviso a António José Seguro:
"O PS não é o terceiro partido da direita.
Se isso acontecer, será o suicídio político do PS ou desta direção.
Confio na honestidade do secretário-geral, António José Seguro, quando diz que não vai voltar atrás com a palavra."
Recomenda ao PS e a Seguro que se afirmem como alternativa:
" Os portugueses têm que perceber que o PS, para além do seu secretário-geral, tem uma equipa capaz."

Quanto a Cavaco Silva, considera que o Presidente coloca o País sob uma dupla tutela: "A da troika e agora a dele próprio. Só que o Presidente da República não é o tutor dos partidos."

O que deveria ter feito, após a carta de Vítor Gaspar e da demissão de Paulo Portas, era ter convocado eleições.


De .FMI: via austeritária PIORA tudo. a 15 de Julho de 2013 às 15:08
FMI diz que austeridade provoca mais desigualdade e desemprego de longo prazo

Estudo exibe resultados negativos de ajustamentos orçamentais em 17 países da OCDE entre 1978 e 2009. Refuta também a ideia de que cortes na despesa pública são mais benignos do que aumentos de impostos.
(Jorge Nascimento Rodrigues,14 de julho de 2013)

A consolidação orçamental produziu efeitos distributivos significativos amentando a desigualdade, diminuindo a parte dos rendimento do trabalho e aumentando o desemprego de longo prazo,
dizem quatro técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI) num artigo de análise de 173 episódios de consolidação orçamental entre 1978 e 2009 em 17 países da OCDE, em que se inclui Portugal. O estudo não abrange o período de ajustamentos iniciado após a crise das dívidas soberanas na zona euro.

O estudo produziu três "sugestões" (como escrevem) de correlação, a partir da evidência empírica dos ajustamentos orçamentais, que, em média, naquela amostra analisada foram de 1% do PIB, ainda que os episódios variassem entre 0,1% e 5% do PIB:

# a desigualdade, medida pelo índice de Gini, aumentou 0,1 pontos percentuais no muito curto prazo, ou seja doze meses depois, e 0,9 pontos percentuais a prazo, ou seja oito anos depois; os efeitos são "duradouros";

# a parte dos rendimentos dos assalariados caiu 0,8 pontos percentuais, e, como padrão, tende a cair "mais rapidamente depois da ocorrência de um episódio de consolidação";
o efeito negativo sobre os rendimentos do trabalho é maior do que nos lucros e nos rendimentos provenientes de rendas;

# o desemprego de longo prazo aumentou 0,5 pontos percentuais no médio prazo; este aumento é preocupante pois implica o risco de agravamento do desemprego como um problema estrutural;
o "desemprego de longo prazo ameaça a coesão social" e a democracia (faz disparar as opiniões negativas sobre a eficácia da democracia e aumenta o desejo por determinado tipo de lideres políticos antidemocráticos - rogue leader, dizem inclusive os autores quase a concluir).

Conclui, ainda, ao contrário do que se tem divulgado em muitos outros estudos técnicos, que ajustamentos orçamentais operados pela via dos cortes de despesa pública produzem, "em média, efeitos distributivos muito maiores do que os ajustamentos por via dos impostos".
Naturalmente, os efeitos distributivos são negativos, como se assinalam nas conclusões gerais.

Foram os trabalhos do professor Alberto Alesina (q. está ERRADO) que difundiram a ideia de que consolidações por via fiscal (dos impostos) seriam mais recessivas do que consolidações por via dos cortes de despesa pública, sobretudo no médio prazo.
O mesmo tipo de impacto ocorreria no desemprego. Este artigo publicado pelo FMI contesta tal conclusão:
"Os resultados obtidos por este exercício sugerem que as consolidações por via do corte na despesa pública tendem a ter efeitos muito maiores".
Em particular, aponta o estudo, o efeito de médio prazo da consolidação orçamental na desigualdade de rendimentos é cerca de 1 ponto percentual para os casos de consolidação por via dos cortes e de 0,6 pontos percentuais para os casos via receitas de impostos.

Ainda, recentemente, o Expresso chamou a atenção para um artigo publicado por quatro técnicos do Banco de Portugal , intitulado "Fiscal multipliers in a small euro area Economy: how big can they get in crisis times? " (Working Papers, 11/2013, Banco de Portugal), em que
se concluía que os multiplicadores orçamentais (no seu efeito negativo) podem quase duplicar em períodos de crise nas consolidações pelo lado da despesa e aumentar entre 30% e 60% nas consolidações pelo lado da receita.
Ou seja, são mais gravosos via cortes da despesa do que via receita fiscal.

O artigo da autoria de Laurence Ball, professor da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, e de Davide Furceri, Daniel Leigh e Prakash Loungani, técnicos do FMI, foi publicado na semana passada na série de Working Papers daquela instituição ("The Distributional Effects of Fiscal Consolidation ", WP 13/151, disponível no site do FMI em pdf).

Já vários estudos na última década haviam apontado para o facto de que os ajustamentos orçamentais acabam por ficar "tipicamente associados c. + pobreza e desigualdade"
...



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