A crise chegou lá a casa. (-por M.Afonso em http://revistaanexo.wordpress.com/ )
E, de repente, não havia dinheiro nem perspectivas de trabalho. A miúda chorava ...
“Compromisso de salvação nacional” ?! Quem diria ? !!
PS (-por M. Cardina) Das duas, uma: ou o PS, ao aceitar o repto de Cavaco, vai fingir que negoceia, tomando o povo por parvo;
ou vai mesmo negociar com aqueles que considera não terem já legitimidade para estar no poder. Se assim for, predispõe-se a indicar como se processará o corte de 4700 milhões - a tal "reforma do Estado" -
e qual o itinerário daqui até ao 2.º resgate - que assim ficará "ratificado" por acordos prévios entre o "arco da austeridade", sem passar por essa maçada das eleições (ou levando a que elas ocorram tendo como pano de fundo um "facto consumado"). Finalmente percebi o que significa um "catch-all party"...
Uma ideia mesmo perigosa : aspirar a melhorar a vida
Salvação, disse ele
...
...
Para Cavaco, o país não precisa de pôr termo ao processo de destruição em curso, nem precisa de ouvir os portugueses e saber o que estes querem para o seu futuro. Nada disso.
O que Portugal precisa, diz-nos Cavaco, é de gente séria que cumpra (custe o que custar) o que o atual governo acordou com a troika, isto é,
Portugal tem de manter e reforçar o desastre dos últimos dois anos e avançar, rápido e em força, para o corte de 4700 milhões de euros em salários e pensões
- o tal corte que Gaspar entendeu não ter condições para concretizar,
o tal corte que explica a atual crise política,
o tal corte que, de acordo com um estudo do Banco de Portugal, será mais recessivo do que tudo o que foi feito nos últimos dois anos.
Em suma:
Cavaco entende que devemos caminhar todos, de mãos dadas, para o abismo.
Deficitário de cultura democrática, Cavaco acha que esta escolha só não é patrioticamente assumida pelos partidos porque estes estão mais empenhados na intriga política, não porque seja
social, económica e politicamente insustentável fazê-lo.
Perante isto, Cavaco optou por pôr o atual (des)governo sob tutela presidencial, forçando-o a prosseguir a agenda que levou à sua implosão,
e quer arrastar o PS para esse compromisso de desastre nacional.
Para seduzir o PS, Cavaco promete eleições antecipadas em 2014. Mas, como não dá ponto sem nó, o Presidente de uma parte dos Portugueses (Bloco e PCP não entram nas contas) diz que
só convocará eleições se estiver previamente assegurado, mediante um acordo de médio prazo entre os partidos do ‘arco da governação',
que estas não servem para nada.
Se o PS se comprometer a não alterar uma vírgula à política da atual maioria, então Cavaco convocará eleições.
Não para que os portugueses escolham o que quer que seja,
mas para que todas as escolhas que verdadeiramente importam não estejam ao dispor dos cidadãos e da democracia.
Cavaco, que jurou cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa, tem um plano, acontece que
esse plano não é compatível com a democracia. E não poderá salvar Portugal.»
[DE]João Galamba.
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«Salvação nacional» seria isolar Cavaco + os Bangsters + o fantoche desGoverno + ... , nas ilhas Desertas ... desculpem-me as cagarras e gaivotas !!
De .Seja CIDADÂO pleno. a 16 de Julho de 2013 às 13:02
- Que maneiras/ soluções há de «o povo querer, mas querer mesmo.» mudar «isto» ?
1- através de Eleições/ Votando, ... preferencialmente fazendo parte de um partido, de uma lista candidata, de um grupo de promotores de programas/ manifestos/ moções/ propostas, ...
2- indo para a 'Rua' (e escrevendo cartazes, blogs, artigos jornal, comentários, ...), Manifestando, Reivindicando, fazendo Greve, Grandolando, gritando, sapateando, ...
3- indo para a Revolução, pegando em mocas e/ou armas e escolher os alvos responsáveis por este pântano falso-democratico e por esta roubalheira continuada, ....
4- fazendo parte duma nova 'carbonária', ou duma 'opus D', ou duma loja/obediência maçónica, do 'club bilderberg', ... (não conta fazer parte dos 'rotários', ou do ACP, ou dum clube de futebol,...)
- Qual opção escolhe, Zé ?
se se opõe à 1ª, já foi para a Rua ? ou está a preparar a 3ª ...
ou apenas critica negativamente, nada faz nem quer que os outros façam ... mas «quer mesmo» um milagre (especialmente para si, que desenrasque a sua vidinha) ?
Pense bem ... e seja coerente .
- Se gosta de como «isto» está, se é de Direita, ... não se mexa, bata palmas, ...
- Se está DESCONTENTE /indignado, se é de Esquerda, ...
será coerente apoiar a Frente ou COLIGAÇÂO de ESQUERDA, manifestar-se e ser um Cidadão Pleno, mais activo.
Estão mesmo a tentar salvar a nação?
(-por S.L. - Esta crónica de Pedro Tadeu diz tudo o que precisa de ser dito sobre o tal "compromisso de salvação nacional"):
"O que é um acordo de salvação nacional? O que significa salvar o País?
O que se quer salvar? Quem se quer salvar?
Os políticos do PSD, PS e CDS que negoceiam umas frases para um papel onde ficará timbrado o percurso para essa dita salvação nacional
são os dirigentes dos partidos responsáveis pelo percurso político de Portugal nos últimos 30 anos.
São estes os partidos que levaram o Estado, oito vezes secular, à ruína,
à perda de independência económica e ao abandono de uma parte da sua soberania política.
Os líderes do PSD, PS e CDS, que discutem agora como erguer os três pilares que suportarão o edifício da suposta salvação nacional, são dirigentes dos mesmos partidos que
a golpes de incompetência, ganância, corrupção e inconsciência arruinaram a administração central,
empurraram milhares e milhares de pessoas para o abismo da miséria
e criaram no seu estômago a fome voraz, monstruosa, que só foi saciada com o alimento do crime económico e financeiro, como denunciam PPP, BPN ou swaps.
Estes são partidos onde medrou gente que na política, nas empresas e no mundo financeiro
utilizou abusivamente dinheiros europeus,
banalizou faturas falsas,
cultivou fugas aos impostos, a "contabilidade criativa",
promoveu a construção desenfreada,
os atentados ecológicos e urbanísticos,
a dependência excessiva do crédito e mais e mais e mais...
Os negociadores do PSD, PS e CDS são dirigentes de partidos que precisam de ser salvos,
perdidos na imoralidade carreirista,
na servidão aos interesses externos,
na dependência eleitoralista,
na ambição pequenina, na mediocridade dos seus quadros,
no caciquismo dos seus autarcas.
O Presidente da República pediu, com urgência, para estes partidos salvarem Portugal mas eles não têm capacidade para isso.
Primeiro, repito, eles precisavam de se salvar e isso demora muito mais tempo do que
chegar a acordo para marcar eleições, o valor limite do défice e a redução a prazo da dívida pública.
É mesmo mais difícil do que fazer uma reforma do Estado sensata e inteligente.
Os partidos convocados por Cavaco Silva, os partidos que se intitulam a si
próprios "partidos do arco da governação" são, na verdade, os partidos do sistema que nos levou até aqui, à beira da perdição.
A missão destes partidos, independentemente das lutas internas e das tricas que os separam, não é a "salvação nacional" é, lamento constatar,
a "salvação do sistema", a salvação dos seus vícios.
Pode até ser que, para isso, assinem um acordo e melhorem as contas do Estado, mas, no final, acho com tristeza, a nação não ficará salva."
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