Segunda-feira, 15 de Julho de 2013
Este senhor é João de Almada Moreira Rato, Presidente do IGCP.
O IGCP é a entidade pública a quem compete, nos termos da lei,
assegurar o financiamento e efectuar a gestão da dívida pública directa do Estado Português.
Vejam o embaraço deste membro da troika (os outros dois são António Borges e Carlos Moedas).
Porque será que me senti agoniado depois ver este... vou chamar-lhe burocrata,
para não ser ordinário?
Por um Manifesto Anti-Costa
Será que Carlos Costa ouviu falar do Pessoa? Não o Fernando, mas sim o convencionalíssimo modelo de equilíbrio geral dinâmico e tudo, que dá pelo nome do poeta,
do Banco que governa e que, já o sabemos, não é de Portugal, até porque não imprime moeda nossa, sendo uma sucursal de Frankfurt, e porque tem dificuldade em distinguir-se da Associação Portuguesa de Bancos?
Trata-se de um modelo económico que incorpora umas fricções e rigidezes de curto prazo, mas que passado pouco tempo parece estar feito para que tudo volte a um normal idílio de equilíbrio mercantil.
No entanto, isso basta para que o modelo dê resultados muito incómodos:
por cada euro de corte na despesa pública em tempos de crise, estima-se que o PIB caia dois euros, bem mais do que por cada euro de aumento de impostos.
O que diz Carlos Costa perante isto?
Avance-se com o tal corte na despesa de 4700 mil milhões, um corte certo de procura que fará o PIB contrair quase 6%, uma boa ajuda para a confiança, e diminuam-se os impostos, o que neste cenário de destruição não fará ninguém investir, nem consumir, claro, mas dará jeito às grandes empresas e seus accionistas.
Tudo ao contrário, mas tudo alinhado com os interesses de classe que contam para estas elites.
Esse é o verdadeiro modelo e até tem uma boa capacidade explicativa.
Quando penso no que está mal neste país, penso também em pessoas como Carlos Costa, alguém que fez o seu percurso entre a chefia do gabinete do comissário-golfista Deus Pinheiro e a gestão do BCP na área dos infernos fiscais, aterrando no Banco numa estranha decisão de Teixeira dos Santos (seu ex-colega de curso).
Costa é um dos agentes políticos menos escrutinados e mais poderosos em Portugal hoje em dia, um poder que também vem de Frankfurt, sendo o principal dos que está atrás de Cavaco a tentar urdir o tal acordo dito de regime para salvar o grande capital, não duvidem.
Quando ouço Carlos Costa, e agora ouço-o pelo menos uma vez ao dia, apetece-me, tivesse eu arte e engenho para imitar Almada, escrever para a economia política algo que começaria assim:
“Basta Pum Basta!”
Uma das primeiras tarefas do governo que terá de vir depois desta tragédia, e que terá de libertar e reconstruir um país,
um governo que junte socialistas com e sem partido, comunistas, bloquistas e tantos outros democratas, tantos outros patriotas,
é também tirar Costa do Banco de Portugal e acabar com a ficção da sua independência. “Pim!”
(-por João Rodrigues ,16/7/2013)
De Zé das esquinas, o Lisboeta a 16 de Julho de 2013 às 11:54
Estão a falar de que Costa? Ah, o Carlos aquele que o Sr. Sócrates nomeou... o tal que substituiu o galardoado e afamado Constâncio premiado com um «tacho» lá fora depois da complacência e incompetência mostrada cá dentro...
Porque de início atá me assustei e pensei que estavam a falar do outro Costa, do António atual e futuro governador de Lisboa e aspirante a cargos mais altos porque sabe que governar a capital lhe pode proporcionar outros voos, como já aconteceu anteriormente... o tal que aceita e dizem que vai manter o Zé o que dizia que fazia falta... mas que se mostrou pela prática que à cidade não fazia falta nenhuma... Se calhar o lema era para ele , a ele é que lhe fazia falta o «tacho» e usou o trampolim do BE para atingir os objetivos pessoais.
Mas de que é que estávamos à espera? É só mais um, mais um que veio mostrar que este sistema não funciona e que temos de reinventar a democracia sobre pena de continuarmos presos a esta ditadura «democrática».
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