3 séries Inesquecíveis -ou: do Papel Educativo dos Media... (- por Ana Paula Fitas , ANossaCandeia, 31/8/2013)
... procurara já muitas vezes, sem sucesso, imagens de uma série inesquecível que recordo da televisão da minha infância: "Um Pai para Eddie" ...
Agradeço-lhe sinceramente e aproveito para partilhar convosco uma reflexão que trago comigo - quiçá a aguardar este momento:
Vivemos na época da GLOBALIZAÇÃO, das comunicações, da informação, da tecnologia, da informática... é certo!... e a grande vantagem desta realidade é uma significativa (porque seria profundamente incorreto e injusto dizer "total") massificação do acesso a estes instrumentos que, de algum modo,
podemos agradecer ao funcionamento democrático mas,
também (talvez preferencialmente!), ao mercado de trabalho que busca poupar nos custos de mão-de-obra, inventando máquinas e promovendo o desemprego
- numa lógica atenta e aproveitadora dos percalços e efeitos colaterais resultantes de opções que sacrificam, estrutural e persistentemente, a dimensão social da vida...
Neste contexto, poderá, talvez!, parecer conservador (ou, pelo menos, nostálgico), dizer aquilo que, provavelmente as gerações mais velhas vão dizendo sempre a propósito dos novos tempos mas que, salvaguardada esta possibilidade, vale a pena "dar a pensar", ou seja,
a alteração qualitativa de algumas abordagens mediáticas no que se refere à respetiva influência educativa enquanto demonstração de que uma utilização pedagógica e cuidada dos produtos multimédia, pode contribuir para a promoção de conteúdos educativos indiscutivelmente úteis à formação dos mais novos - e, quem sabe?, para a redução do fosso intergeracional que os tempos vão agravando.
Relembro, a este propósito, uma outra série que, de apaixonante, me fez despertar o gosto pela leitura e que, em tempos, já aqui referi: "Bela e Sebastião", a história do menino cigano nascido na montanha e que um velho caçador da aldeia acolheu para ajudar a crescer:
Uma certa evocação da liberdade do pensamento e da ação, da importância crucial da comunicação e do afecto, da luta contra os preconceitos e da promoção da reflexão, da autonomia e do respeito pela pessoa humana na sua diversidade e pluralidade, estavam presentes na mensagem explícita destas séries juvenis de que ainda vale a pena destacar "Pipi das Meias Altas":
De facto, em pleno século XXI, num tempo em que os DIREITOS das PESSOAS se vão PERDENDO a uma velocidade assustadora e em que o futuro se anuncia profundamente VIOLENTO e agressivo em termos de condições de luta pela SOBREVIVÊNCIA dos mais jovens,
vale a pena relembrar que a geração que agora ronda os 50 anos, viveu, apreciou, defendeu e defende os DIREITOS HUMANOS e os direitos fundamentais, a democracia, a LIBERDADE, a igualdade e o respeito pela DIVERSIDADE...
e é uma geração que cresceu com histórias de fadas a título de estímulo do imaginário e com mensagens CÍVICAS como as que aqui evocamos hoje...
Foram por certo, poucas essas mensagens e, infelizmente, não chegaram a todas as crianças - porque eram poucas as que na altura tinham televisão...
de qualquer forma, o importante nesta breve mas já extensa evocação é o facto de, atualmente, a
sociedade ter perdido esta competência de RESPONSABILIDADE SOCIAL que tão vantajosa seria para todos, em termos de desenvolvimento individual e de bem-comum...
Há cerca de 40, quase 50 anos, séries como a de Eddie, em que se demonstrava a vivência e o desenvolvimento saudável de uma criança apenas com um dos progenitores, no caso, o pai ou, no caso de Sebastião, a problemática da adopção e do combate ao racismo e à discriminação e ainda, no caso da Pipi, a afirmação da autonomia e da capacidade de resolução de problemas que justifica a confiança nas crianças,
foram verdadeiras bandeiras de uma formação emancipada, consciente e solidária...
Talvez os media devessem ser obrigados a pensar sobre isso...
com os políticos, os professores e os pais!...
Por um Mundo Melhor... para Todos!
'Buen Vivir' no CIDAC
O CIDAC - Centro de Intervenção para o Desenvolvimento Amílcar Cabral (R.Tomás Ribeiro, 3, em Picoas, Lisboa) prossegue o seu ciclo de iniciativas sobre propostas ALTERNATIVAS de DESENVOLVIMENTO.
Depois de Serge Latouche (DECRESCIMENTO)
e Immanuel Wallerstein (teoria do SISTEMA-MUNDO),
é a vez de debater o conceito e proposta política de 'BUEN VIVIR', que
enfatiza a dignidade e a harmonia com a natureza em detrimento do crescimento económico.
O convidado é Alberto Acosta - economista, professor universitário e ex-ministro das minas e energia no primeiro governo de Rafael Correa .
Às três sessões do Círculo de Leitura (9, 19 e 26 outubro), orientado por Jochen Oppenheimer, seguir-se-ão um seminário (8 e 9 novembro) e uma conferência pública pelo próprio Acosta. Em outubro e novembro, com inscrições por e-mail até ao final desta semana.
Mais informações aqui.: http://www.cidac.pt/files/3713/7967/7961/Circulo_de_leitura_e_seminario.png
e-mail: ed-ja@cidac.pt
(-por Alexandre Abreu , Ladrões de B., 26/9/2013)
Eco-socialismo, Ecossocialismo, socialismo verde ou ecologia socialista é uma ideologia em que se fundem elementos do marxismo, do socialismo ou do socialismo libertário com a política verde, a ecologia e alter-globalização.
Os ecossocialistas em geral acreditam que a expansão do sistema capitalista é a causa da exclusão social, da pobreza, da guerra e da degradação ambiental através da globalização e do imperialismo, sob a supervisão de estados e estruturas transnacionais repressivos.
Os ecossocialistas (em geral, mas há variantes e gradações) defendem : o desmantelamento do capitalismo, advogando a propriedade coletiva dos meios de produção por produtores livremente associados e a restauração dos commons.
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Eco-socialismo
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